A gigante de mídia Vivendi Universal anunciou nesta quarta-feira um prejuízo líquido de 12,3 bilhões de euros no primeiro semestre de 2002 e a diretoria da empresa anunciou que venderia a editora norte-americana Houghton Mifflin para ajudar a conter a crise.
A Vivendi, que anteriormente anunciou planos de vendas de ativos no valor de 10 bilhões de euros para reduzir sua avolumada dívida, prometeu trazer de volta 5 bilhões nos próximos nove meses, à medida que a empresa começa a se desfazer do império montado por seu último presidente, Jean-Marie Messier, que foi demitido no final de julho.
A companhia disse que o lucro operacional consolidado cresceu 8% para 2,4 bilhões de euros, auxiliado sobretudo pelas áreas de entretenimento e telecomunicações. Houve um aumento de 8% na receita no primeiro semestre, para 30,6 bilhões de euros (US$ 30,21 bilhões), com todos os negócios em alta menos os setores de Internet e música.
A empresa registrou no primeiro trimestre um expressivo prejuízo líquido de 17 bilhões de euros e de 13,6 bilhões de euros no ano de 2001. A Vivendi, cujo patrimônio inclui a gravadora Universal, que representa artistas como U2 e Eminem, tem uma dívida de 19 bilhões de euros em suas operações de mídia após as aquisições extravagantes feitas por Messer.