Mês: abril 2011

Os melhores momentos do U2 no Brasil… Por nós, fãs!

Os melhores momentos do U2 no Brasil… Por nós, fãs!

Outras bandas vem ao Brasil e fazem o show para vocês. Conosco, são vocês que fazem o show para nós…”

Essa declaração de Bono em um dos shows do U2 no Brasil me deu uma idéia; Ao invés de infindáveis resenhas e textos sobre a passagem da banda pelo Brasil, porque não narrar a ‘epopéia’ através dos olhos de nós, fãs, que acampamos, comemos mal, rimos, chorarmos, pulamos, tomamos chuva e faríamos tudo de novo para assistir a maior banda do mundo novamente.

Nessa primeira parte, tem de tudo; Grandes experiências e histórias surreais… Com vocês, nós, OS FÃS!

Estava na fila junto com amigos Uvs, quando fomos surpreendidos pelo pessoal do U2.com, que nos filmou para o vídeo oficial do site. Estamos em míseros 2 segundos registrados, entre os 0:25 ao 0:27 segundos, com nossas camisas UV lindas e amarelinhas… .rs Eu, Fabiana, de frente na grade e o amigo Assis de costas.”

(Fabiana – UV Minas)

Caros amigos UV;

Sair de Belém, para sentir a grande emoção que senti ao ouvir e ver a banda pessoalmente foi indescritível. É um público selete, diferenciado e de extremo bom gosto, que foi coroado com um belíssimo show. Assisti somente ao dia 13 e, para isso, tive de tirar cinco dias de férias no trabalho para poder estar lá. Foi o melhro show da minha vida.

Compartilho a satisfação de poder repassar tamanha felicidade…”

(Carlos Pereira – UV Pará)

Foram muitos momentos…

Primeiro, a chance de comentar dois shows do U2 profissionalmente, e unir a chance de assistir à Banda ao vivo com a importância de falar sobre eles, em um momento da carreira de jornalista. Tudo isso ao mesmo tempo que lançava o meu livro sobre as aventuras deles por aqui.

Também senti muitas emoções diferentes sobre a música tocada ao vivo. No primeiro show, “In A Little While”: talvez a minha faixa favorita de All That You Can’t Leave Behind, que traduz muitos sentimentos descritos por Bono e a banda. O momento em que o Bono anunciou a presença de Julian Lennon no dia de seu aniversário também foi incrível. Histórico.

A segunda noite ficou marcada pela entrada de Zooropa e Ultraviolet (Light My Way). Quando vamos ter a chance de ouvir esse hino da lista novamente ao vivo? É difícil de  saber…

Na despedida do Brasil, fiquei muito perto do palco, e tive a chance de ver a banda passar bem próxima da minha posição na Red Zone. Ver o Bono “drowning in sorrow” na ponte móvel em “Until The End Of The World” valeu toda a espera de ver a banda por aqui após 5 anos…

Poderia comentar até o fim dos tempos, mas…”

(Claudio Dirani – UV São Paulo)

Segurei na mão do Edge (no vídeo). Indescritível… Agora, se fosse só um momento do show, seria “Zooropa”…

(Regiane Batista – UV São Paulo)

Bastidores

A insanidade de um fã não tem limites. Foram vários os furos no esquema de segurança na turnê 360º em São Paulo. Me lembro quando me abordaram questinando a minha presença dentro do estádio em lugares extremamente restritos. O que esperar de um fã insano dentro do inner circle enquanto a equipe de montagem devorava suas marmitas quentinhas próximo às garras daquele magnifico palco? 

Me recordo, uma noite, quando um membro do staff do U2 me perguntou: “Are you working here? Eu, com aquele espírito de impostor respondi: “Oh sir, my work has finished. I’m just tired of the same old grind. Poxa, como pode isso, um fã cansado de tanto trabalhar? Estava mais acordado do que nunca. Isso era algo totalmente fora de cogitação. Foi quando ele me expulsou dizendo: “You need to go home guy”. This is way. C’mon! Mas isso ocorreu depois de um tour de 04 (quatro) horas em lugares jamais liberados aos fãs. Eu consegui e já ganhei o dia.

O fato de ter burlado o esquema foi uma sensação única. Nunca fui tão “cara de pau” como nestes dias. Até a caráter eu estive. Descolei, não me perguntem como, até um capacete e protetores auriculares. Aquilo não tinha preso. Eram minhas credenciais. Nenhum fã tinha aquilo. Só a equipe técnica. Ou melhor, a equipe técnica e eu, apenas (risos). Agora sei o por quê destes equipamentos serem conhecidos como EPI – equipamentos de proteção individual. Eles realmente me protegeram o bastante, a ponto de permanecer por longos 240 minutos mais emocionantes que vivenciei. Até me ameaçaram dizendo que poderia ser preso por estar presente em lugares proibidos. Eu fascinado com todo aquele cenário e situação respondi: “Por que prenderiam um fã que só foi comer um pão de queijo na lanchonete e encontrou a rampa de acesso livre? Sou fã e resolvi contemplar toda essa maravilha de perto, ora bolas! 

Só sei que sai pela porta principal. E ainda me deparei com um dos membros do staff, onde caminhando, perguntei: “Hey, please, can you give me your t-shirt? It’s amazing. Era uma camiseta colorida com a seguinte mensagem na estampa: “U2 Staff Crew”. Não consegui, mas tentei. Convenhamos, ele estava em expediente. Tenho certeza que conseguiria se ele ao menos estivesse “cansado” como eu estive (risos). Lorotas que deram certo. Ele apenas sorriu, dando aquele ar de: “Seu sacana, nem era pra você estar aqui conosco.” Enfim, sai pela porta da frente depois de entrar pela porta de trás. Perfeito!

Vivenciar os bastidores do melhor show do mundo foi uma sensação inesquecível. Pura adrenalina. Era uma tensão a cada segundo. Acompanhar a montagem, deitar sobre o gramado do Morumbi feito um marajá em Copacabana onde no lugar de pessoas, empilhadeiras, do sol, holofotes que iluminavam os bastidores ao som de gringos falando inglês orientando as equipes a manusear aquelas peças gigantes como se fossem “Legos” foi uma experiência magnífica. O melhor de tudo. Registrei em fotos todos esses momentos que guardarei pra sempre. Fiz dos bastidores um verdadeiro espetáculo. Acompanhei o nascimento daquele palco colossal. Presenciei o melhor show do mundo e me despeço da turnê com o sabor da imensa satisfação de vivenciar tudo isso.”

(Rodrigo Hahnekamp – UV São Paulo)

Somos de Coronel Fabriciano,no interior de Minas.   Eu e minha esposa chegamos as dez da manhã no Morumbi. Imaginei que estaria com um movimento tranquilo, mas quado só conseguimoschegar no final da fila do portão 2 às 11:15, percebi que deveria ter chegado um dia antes. (Rs) Pelo menos fizemos amizade com 2 casais de Fortaleza e também acabamos conhecendo um primo da minhas esposa que veio com uma turma de BH. Fatos que ajudaram e muito a não percebermos o tempo de espera para a abertura dos portões. 

Diante da situação a preocupação era de conseguirmos um bom local para assistir o show. E para nossa surpresa conseguimos um lugarzinho sem nenhum conforto denominado INNER CIRCLE.Após nossa entrada na área, apenas mais umas 40 pessoas foram autorizadas a participar da sensação de estar dentro da “nave”. Durante todo o show a sensação era de estarmos em outro mundo, outra vida… Principalmente para minha esposa que estava debutando em show internacional e logo, em um  do U2, banda esta, responsável pela nossa união. (Outra história para outro momento…) 

Estava tudo perfeito até o final “Moment of Surrender”, pois a partir daí foi um drama só: Nenhum taxista estava disponível para nos atender e quando achamos um, estava completamente fora do normal o valor pedido. Resultado: resolvemos voltar à pé mesmo pro hotel. O problema é que não tínhamos a noção da distância, pois quando chegamos de taxi, o trânsito estava maneiro e chegamos em apenas 15 minutos. Pois é, como acabamos dando a volta no Morumbi e pelo CT do São Paulo, até chegarmos à Av. Morumbi foi um sufoco. O que nos serviu de apoio foi ver muita gente tambémretornando à pé e o trânsito de veículos completamente imobilizado.

 Obviamente todos os demais caminhantes sabiam exatamente o que estavam fazendo, enquanto os mineiros aqui estavam indo pelo rumo e em um determinado momento só existia um casal nas calçadas da madrugada paulistana: nós! Demoramos cerca de 1:40 minutos para chegarmos ao nosso hotel em Santo Amaro, mas não tivemos nenhum problema de violência, apenas apreensão mesmo. A volta pra casa foi tranquila e assistimos via net o show de quarta relembrando os momentos do show presencial de sábado. 

(Klévis Santiago – UV Minas)

E ai, gostaram? Continuem mandando seus textos, com foto para marcioguariba@hotmail.com. Ainda essa semana, teremos a segunda parte do especial.(Para a minha história, acessem o meu blog * http://umtemperamental.blogspot.com/2011/04/u2-sao-paulo-9-10-e-13-de-abril.html *. A história é um pouquinho longa…rss)

“U2:Duals” (E outras parcerias…)

“U2:Duals” (E outras parcerias…)

Ontem, depois de quase sete meses de assinatura do U2.com, chegou aqui em casa “Duals”, novo presente dado aos fiéis fãs que pagam cinquenta doletas pela assinatura anual do site. O CD dá continuidade a série de lançamentos exclusivos que a banda vem fazendo nos últimos anos. Na verdade, a história começou com “Melon:Remixes For Propaganda”, de 1994. Só que na época, os contemplados eram os assinantes da revista oficial do fã-clube da banda, a “Propaganda”. A série continuou em 2000, com o lançamento de “Hasta La Vista, Baby”, um EP com algumas faixas do show mexicano da “Popmart”, e desde 2005, com um lançamento por ano; “U2.Communication”, “Zoo TV Live”, “Go Home!: Live From Slane”, “Medium, Rare and Remastered” e “Artificial Horizon”. Com exceção do último, nenhum continha material inédito. E a medida parece ter continuado nesse aqui.

Quase nada é ‘realmente’ novo. Tirando a versão nas coxas feita para “Amazing Grace” e “Where The Streets Have No Name”, em um dueto mequetrefe com o Soweto Gospel Choir, nada é totalmente inédito. Se é que podemos considerar essa versão inédita, já que o que eles fizeram foi pegar a versão ao vivo gravada para o DVD “360 Live At The Rosebowl”, tirar o áudio do público e mesclar com as vozes do coral. Ficou bonito, mas sem o mínimo de capricho. Custava terem perdido uns dois dias pra gravar uma verdadeira versão inédita das canções?

A maioria do disco é formada por parcerias que já são muito conhecidas pelos fãs. Lembre-se, é um presente para FÃS mesmo, então poderia ser algo mais diferente. Não que ouvir a sensacional “The Wanderer”, com Johnny Cash, ou “Miss Saravejo” pela enésima vez com Pavarotti e Brian Eno seja um suplício, mas existem outras versões das mesmas canções que nunca foram editadas em conteúdos oficiais do U2, como a versão da primeira feita para a trilha sonora do filme “Tão Longe, Tão Perto”, de Wim Wenders e a versão ao vivo gravada com Pavarotti, que só saiu no lado B do single da canção.

Algumas outras canções são dispensáveis pelo simples fato de serem muito recentes; “The Saints Are Coming”, cover do Skids gravada com o Green Day para a coletânea “18 Singles” e a versão de “One” gravada com Mary J. Blidge são de 2006. “Falling At Your Feet”, com Daniel Lanois está na trilha de “Million Dollar Hotel”, que todo fã do U2 tem. “Drunk Chicken America”, que foi lançada recentemente na edição de aniversário de “The Joshua Tree”, em 2007, nada mais é que uma base eletrônica tosca enquanto o poeta Beatnik Allen Ginsberg recita seu poema “America” por cima. Sem falar de “When Love Comes To Town”, com BB King, que é de um álbum oficial da banda. Ela facilmente poderia ter sido substituída pela versão ao vivo lançada no álbum digital “Love:Live From Point Depot”, gravado em Dublin em 1989.

Slow Dancing”, garavada com Willie Nelson, é um b-side da fase “Pop” e até justifica a sua edição aqui. “I’m Not Your Baby”, com Sinead O’Connor, feita para a trilha do filme “O Fim da Violência” nunca havia sido lançada pelo U2, somente uma versão instrumental, como B-Side do single de “Please”. Na minha opinião, a melhor faixa do disco, dentre as que já haviam sido lançadas.

Outras duas faixas que se justificam nessa coletânea são “The Ballad Of Ronnie Drew”, faixa escrita por Bono em homenagem ao cantor folk irlandês citado no título, gravada com um time de artistas locais, como Andrea Corr, Shane McGovan e Sinead O’Connor e lançada como single em 2008, com renda beneficiente e “Stranded”, canção co-escrita por Bono, Edge e Jay Z, com participação de Rihanna, lançada em 2010 para arrecadar fundos para as vítimas do terremoto no Haiti. Não são músicas que estariam em colêtaneas imaginadas por fãs, mas valem o acréscimo.

Duas faixas ao vivo valem a edição; Primeiro, o dueto com Jay Z em Auckland, durante a passagem da ‘360’  na Oceania. O rapper estava abrindo os shows e, durante “Sunday Bloody Sunday”, subia para um rap com citações de “Get Up Stand Up”, de Bob Marley. E em segundo, a sensacional parceria com Mick Jagger em “Stuck In A Moment you Can’t Get Out Of”, gravada na festa de aniversário de 25 anos do “Rock’N’Roll Hall Of Fame”. Pra quem não sabe, Jagger estava escalado para cantar na faixa original e chegou a gravar a sua participação. Porém, na edição final, ela foi cortada.

Aliás, existe uma semelhança incrível com uma música dos próprios Rolling Stones nessa faixa. Ouçam “Beast Of Burden”, do álbum “Some Girls”, de 1978, e vejam também a versão com Jagger da faixa. Dá até pra fazer um ‘snippet’ de uma na outra. Aliás, outras faixas de “All That You Can’t Leave Behind” têm bastante influência dos Stones, como “Wild Honey” e “In A Little While”.

OUTRAS FAIXAS
Agora, fazendo aquele exercício de imaginação, como poderia ter sido esse “Duals”, com um pouquinho mais de boa vontade em negociar os direitos com outras gravadoras e, quem sabe, com novas gravações?

Primeiro, temos várias faixas lançadas por outros artistas dais quais Bono ou o U2 participaram. Muitas, são favoritas dos fãs.

Slide Away”, parceria de Bono com o ex-INXS Michael Hutchence é uma das melhores. Meio eletrônica, tem mais a cara do U2 do que do INXS. Lançada no auto-intitulado álbum solo do cantor, em 1999.

Em “Joy”, temos Bono e Mick Jagger numa balada rock/soul de primeira. A faixa foi a troca de favores pelo pai do Lucas ter participado de “All That Can’t You Leave Behind”. Mesmo sem ter usado a participação, Bono foi lá gravar a sua parte, que foi lançada no álbum “Goddess in The Doorway”, em 2001.

Há ainda “In a Lifetime”, distante parceria de Bono com a banda irlandesa Clannad, lançada em 1985.

Outro que fez muitas parcerias com a banda foi Gavin Friday. Quatro faixas foram lançadas oficialmente; “Elvis Ate America”, no álbum “Original Soundtracks One”, do Passengers em 95, “Children Of The Revolution”, cover da banda de Glam Rock T-Rex para a trilha do filme “Moulain Rouge”, em 2001 e duas canções para a trilha de “Em Nome do Pai”, em 1994; “Billy Boola” e “In The Name Of The Father”, minha preferida;

Há ainda uma série de parcerias menores, como o dueto ‘virtual’ com Marvin Gaye em “Save The Children”, de 1995. “Let The Good Times Roll”, com Stevie Wonder, Ray Charles e Quincy Jones, para o álbum solo do último, também em 95. “Give Me Back My Job”, para o álbum de Carl Perkins lançado em 96, em parceria com Johnny Cash e Willie Nelson. “What’s Going On?”, cover de Marvin Gaye em parceria com Chris Martin do Coldplay. “Don’t Give Up”, cover de Peter Gabriel em parceria com Alicia Keys. “46664”, com Joe Strummer e Dave Stewart (ex Clash e Eurythmics, respectivamente), feita para o aniversário de Nelson Mandela. Sem falar de “I’ve Got You Under My Skin”,  com Frank Sinatra, “Summer Wine” e “When The Stars Go Blue” (Covers de Lee Hazzelwood e Ryan Adams, respectivamente) gravadas ao vivo com o Corrs, “I Wanna Be Around”, com Tony Bennet, “Kids”, com Kylie Minogue, “New Day”, com Wyclef Jean, “Tower Of Song”, com Leonard Cohen, “American Prayer”, com Beyoncé e Dave Stewart e uma versão de “Love Rescue Me”, lançada como B-Side de “Angel Of Harlem”, com participações de Ziggy Marley e Keith Richards… Além de várias outras participações não só de Bono, mas dos outros membros da banda.

Existem ainda algumas faixas que foram usadas em filmes que nunca foram lançadas comercialmente, nem nas trilhas dos respectivos; “Don’t Come Knocking”, de Bono com Andrea Corr, feita para o filme de mesmo nome, de 2005 e “Love Is In Need Of Love Today”, com Stevie Wonder de 2007.

PARCERIAS DOS SONHOS?
Seria muito legal ver o U2 gravando covers ou participando de álbuns de alguns artistas. Uma das minhas parcerias favoritas, e que realmente aconteceu, é a versão de “Love Will Tear Us Apart”, gravada ao vivo no Canadá, com o Arcade Fire. Outra ótima, é “In A Little While”, com Brandon Flowers, vocalista do Killers.

Além dessas, adoraria ver a banda junto com David Bowie para alguma versão de “Heroes”, ou de “Space Oddity”, usada pela banda durante a ‘360’. Ou mesmo uma versão oficial de “Satellite Of Love” com Lou Reed, já que a versão utilizada durante a “Zoo TV” era pré-garavada. O mesmo acontece com Sinead O’Connor e sua participação em “Your Blue Room”, que ficou linda.

A minha lista ficaria assim;

1. “The Wanderer” (Soundtrack Version), U2 & Johnny Cash
2. “I’ve Got You Under My Skin”, Bono & Frank Sinatra
3. “Slide Away”, Bono & Michael Hutchence
4. “Tower Of Song”, U2 & Leonard Cohen
5. “Satellite Of Love” (Gravada em estúdio), U2 & Lou Reed
6. “In A Little While”, (Gravada em estúdio), U2 e Brandon Flowers
7. “Don’t Give Up”, Bono & Alicia Keys
8. “In a Lifetime”, Bono & Clannad
9. “Your Blue Room” (Gravada em Estúdio), U2 & Sinead O’Connor
10. “Stuck In A Moment you Can’t Get Out Of” (Ao Vivo), U2 & Mick Jagger
11. “American Prayer” (Ao Vivo), U2, Beyoncé e Dave Stewart
12. “In The Name Of The Father”, Bono & Gavin Friday
13. “Don’t Come Knocking”, Bono & Andrea Corr
14. “46664”, Bono, Joe Strummer e Dave Stewart
15. “When Love Comes To Town”, (Live) U2 & BB King Band
16. “Love Will Tear us Apart” (Live), U2 & Arcade Fire
17. “One”, U2 & Mary J.Blidge
18. “Kids” (Live), Bono & Kylie Minogue
19. “Give Me Back My Job”, Bono, Carl Perkins, Johnny Cash e Willie Nelson
20. “Love Is In Need Of Love Today”, Bono & Stevie Wonder

E pra vocês? Como seria um álbum perfeito de parcerias do U2 com outros artistas? Vale tanto coisas já lançadas quanto idéias malucas… Deixem suas opiniões nos comentários… 

N.E.; Eu fiz um videozinho tosco e com áudio sem sincronia mostrando o “U2:Duals”, com alguns comentários. Quem quiser assistir, clique aqui.

“Breathe”; Uma interpretação…

“Breathe”; Uma interpretação…

Músicas tem significados diversos. Cada um de nós ‘ouve’ ou ‘sente’ de uma forma. Muitas pessoas procuram respostas. Outras, admiram a poesia… No caso do U2, ainda há aqueles que buscam significados espirituais.

Todas são válidas, claro. Eu já tenho um jeito um pouco diferente. Eu trago as letras para a minha vida…

Interessados?

Dêem play, e leiam o texto…

Espero que gostem 😉

Abra a porta.

Eu quero ficar vivo por um pouco mais de tempo…
E essa é somente uma das coisas que eu gostaria de dizer.
Todos os dias… Todos os segundos…
Quando eu nasci de novo.

Eu olhei pra dentro pra ter coragem de seguir em frente.
Abrir os braços e não temer nada…
Porque nada me faz infeliz.
Eu quero estar aonde estou…

Eu sou eletricidade.
Eu sou a falta de medo.
Um barulho que mora do outro lado do silêncio.
E que todos vão negar que existe.

As pessoas em mim.
Nada que elas tem me fazem mudar.
Eu respiro… Eu respiro… Respiro até me perder dentro do som. O som da sua voz…
Me guiando pra fora.

Tudo está nos seus olhos…
Uma rua escura e um coração que nunca dorme.
E é tudo que eu preciso agora.
Não temer você…

Grite alto de novo.

Eu ouvirei…

Próxima parada; México!

Próxima parada; México!

Ontem, dia 25 de abril, foi o aniversário de quatorze anos da abertura da ‘Popmart’ em Las Vegas. Considerado por muitos uma das piores apresentações da história da banda, o show, que foi transmitido ao vivo para todo os EUA mostrou uma banda pouco á vontade com o repertório (“Staring At The Sun” teve de ser recomeçada por que a banda não conseguia acertar o tempo da canção) e um Bono com a voz esganiçada pelo clima seco da desértica cidade.

Mas não é essa a intenção deste post… 

Como a bem-sucedida ‘360’ está chegando no México, local que recebeu o show gravado e lançado posteriormente em vídeo “Popmart Live From Mexico City” e em áudio, no EP para assinantes do site oficial “Hasta La Vista, Baby!”, o U2.com relembrou a passagem da banda com “Even Better Than The Real Thing” daquele show, conectando com o fato de que a música, em nova versão, foi rebuscada para os recentes shows na América do Sul. Veja;

Além da segunda passagem pelo México (a primeira foi durante a ‘Zoo TV’, em 1992), a ‘Popmart’ foi a gira que finalmente trouxe a banda para cá, no começo de 1998, para três shows.

Muitos de nós, fãs, relembram com muito carinho aquela turnê, que para a maioria, foi a primeira experiência com a banda ao vivo.

Criada para ser somente executada em grandes estádios, a turnê começou meio torta e pelos Estados Unidos, um erro gigantesco, posteriormente reconhecido por Paul McGuinness e por Edge, como disse na biografia (e bíblia, para nós), “U2 by U2”;

Nós realmente não estávamos no mesmo compasso que a América e isso se tornou mais evidente quando começamos a vender a turnê. Esse era o peso do grunge, a cena do rock pesado de Seattle, a qual (não levando em consideração os verdadeiros inovadores, como o Nirvana), eu devo confessar, era insuportavelmente chata. Nós estávamos explorando novas idéias musicais, mas o que nós não gostávamos era o quanto isso ia ser difícil para qualquer um na América que fosse apaixonado pela música rock ir aonde nós estávamos indo. A cultura dance existia num nível muito underground nos Estados Unidos. Os gêneros musicais geralmente não se misturam, porque a rádio é extremamente polarizada. Você tem estação de R&B;, estações de rock, estações alternativas, estações de dance, enquanto que em rádios do Reino Unido ou da Irlanda, você escuta várias combinações desses diferentes gêneros. Então, em termos de imagem e estética, nós estávamos completamente fora dos padrões dos nossos fãs americanos. O Pop é, de fato, certamente um álbum de rock ´n` roll, mas certamente não é um álbum grunge. Quando lançamos o álbum em março de 1997 e colocamos os ingressos à venda, as rachaduras começaram a aparecer. Nós não estávamos tendo o apoio que estávamos acostumados a ter das rádios. Os críticos estavam divididos. O que se falou foi que essa não era a nossa melhor hora. Para fazer as coisas ficarem ainda pior, na tentativa de alcançar níveis ainda maiores de ironia, nós fizemos uma coletiva de imprensa para lançar a turnê da PopMart em um K-Mart em Nova York, uma cadeia de supermercados bem barata. Levamos até quase a metade da turnê para descobrir como iríamos montar o show. Mas quando conseguimos foi realmente incrível. Nós reorganizamos muitas músicas. Excluímos ‘Do You Feel Loved’ bastante cedo. ‘Discotheque’ foi intensamente reestruturada. ‘Staring At The Sun’ foi despida e se tornou apenas um dueto acústico. ‘Gone’ tinha um novo trecho de guitarra. ‘Velvet Dress’ estava mais pesada e mais direta. ‘Mofo’ quase se tornou um rock pesado. ‘Miami’ ficou mais densa. As únicas que sobreviveram no que você pode chamar de arranjo do álbum foram ‘Please’ (embora ela tenha ganhado um novo final) e ‘Last Night On Earth’.”

Apesar de todos os problemas, quando a turnê chegou á Europa ela estava melhor arranjada e ensaiada. Depois de vários shows em estádios imensos e com a metade da capacidade, no velho continente a banda fez shows memoráveis, como em Saravejo, recém saída do estado de sítio e em Reggio, na Itália, onde tocou para mais de 150 mil pessoas, o maior público da história da banda.

A banda ainda voltaria para mais shows na América do Norte, mas o estrago já havia sido feito; Eles tiveram de rebuscar antigos hits, como “New Year’s Day”, “Pride”, “40” e “Sunday Bloody Sunday” para sustentar o ‘monstro’, que consumia milhares de dólares dia.

Sem medo de errar, podemos afirmar que quando chegou na América Latina, a ‘Popmart’ teve os seus melhores shows. Outra vez na biografia, Edge disse;

Nós levamos a Popmart até o Brasil, a Argentina e o Chile. Se Tóquio foi a capital da Zoo Tv, então o Rio provavelmente foi a capital do Pop. O público na América do Sul é tão apaixonado, os shows foram inacreditáveis.”

Depois, a banda resolveu ‘sonhar tudo de novo’ novamente. Assim como no final a década de oitenta, eles precisavam mudar e se reiventar para não ficarem obsoletos. Mataram o monstro que criaram nos anos 90 e voltaram pianinhos para o rock de arena que ajudaram a criar na década anterior. Se para o bem ou para o mal, é assunto para outro post…

Que bela desculpa eu arrumei para falar da ‘Popmart’, não? rss.

Zooropa; “Be all that you can be”

Zooropa; “Be all that you can be”

/// Zooropa; “Be All That You Can Be” ///

Sabe quando tudo dá tão certo que você fica totalmente sem medo de arriscar? As coisas funcionam, o dinheiro está entrando, mas, ao invés de guardá-lo, você resolve enfiar ainda mais o pé na jaca. Esticar a tolerância das pessoas que confiam em você ao limite.

Depois de terem simplesmente se reinventado num nível que só David Bowie havia conseguido de maneira bem sucedida antes, o U2 ia mais além; “Zooropa” não é um disco, é um manifesto. Uma declaração de independência criativa em favor da arte.

A idéia nasceu durante a perna americana da “ZOO TV tour” em 1992. Pensaram “Hey, estamos passando por uma fase criativa tão interessante, porque não tentamos gravar algumas músicas e lançá-las num EP, para dar uma energia á mais para a próxima parte da turnê?”. Então, entrou Bono e sua megalomania; “EP? Quatro músicas? Fuck! Vamos fazer um álbum!”.

Daí, tudo o que eles tinham guardado, foi revisitado; Sobras do álbum anterior, como “Down All The Days” (transformada em “Numb”); canções escritas para outros artistas, como “Stay”, “The First Time” (Originalmente chamada “Prodigal Son”) e “The Wanderer” (outra que mudou de nome, “Ellis Island”) feitas para Sinatra, Al Green e Johnny Cash, respectivamente; Soundchecks, como “Zooropa”, que nada mais é que duas músicas coladas em uma só, e “Dirty Day”, feita durante as passagens de som da turne.

O conceito do disco era descrever o mundo mudando através da tecnologia. Tudo era revisitado sob o ponto de vista das conseqüências dessas mudanças. E o fato de ter sido gravado entre vôos após os shows e folgas, refletiu no clima errático do disco. Ele foi pouco mexido, o que o definiu como um produto de um momento. Uma polaróide de uma fase. E isso o torna tão especial.

Ele é conexo, porém, dissonante. Temático, porém, solto… Uma obra de arte.

Já na abertura, somos apresentados á um U2 novo; Como seria a banda de arena do futuro. “Zooropa”, a canção tema, é uma fusão de duas idéias. No começo, sapos eletrônicos introduzem um clima sombrio… A guitarra de Edge entra épica. A batida, militar. Slogans publicitários são sussurrados por Bono. Tudo se encaixa perfeitamente; No futuro, seremos as marcas que consumimos. Compraremos os slogans e eles serão a personalidade que queremos ter. Isso em 1993!!!

No meio, a música muda… Um loop e entramos na visão desse futuro. Um homem crente perdendo sua crença; “I Have No Religion… I Have No Map… I Have No Reasons to Get Back…”. Pesado. Arrebatador. Um hino que só não é mais importante hoje, porque a banda ainda tenta ser popular. Ouso á dizer que o Radiohead de “OK Computer” está muito nessa música.

Depois da assombração de um futuro apocalíptico (e real…), ou um pesadelo num sono inquieto, temos um outro lado. “Babyface” é doce, mas nada recatada. Um homem fazendo amor com uma imagem na televisão. Sexo via satélite e com controle remoto. Lembre-se; MSN’s e cameras embutidas ainda não eram moda.

Ai, temos “Numb”.

O que é aquilo? Sim. Foi o primeiro single…

Imaginem a reação de todos na época. Tá certo que todos já estavam mais acostumados com o ‘novo U2’, principalmente depois dos primeiros shows da ‘ZOO TV’, mas aquilo era outro planeta.

Edge é um homem que se transformou num escravo da televisão. Já fala (canta) como um robô, hipnotizado pelas imagens de uma TV ligada 24 horas por dia. Já não faz nada mais de sua vida, e não precisa. As músicas vão se conectando de maneira impressionante…
Na quarta faixa, “Lemon”, saímos um pouco do tema “homem escravo da tecnologia” e vamos para o tema “Homem auto-indulgente”. A música em sí já é um hino á tecnologia do futuro; A reciclagem. É cíclica, repetitiva. As texturas são usadas sempre em favor da voz de Bono, cantada ‘in character’ como ele gosta de dizer. Cheia de falsetes, ora versando sobre a visão mais antiga de sua mãe, vestida com um vestido cor de limão, enquanto Edge, novamente como um robô saído de “2001 : Uma odisséia no espaço”, vangloria o homem pelos seus feitos.

O Lado A (é geração “All That You Can’t Leave Behind”, na época, até isso tinha de ser pensado…), fecha com a melhor canção do disco; “Stay”. Apesar de ser a única música que quase virou um hit, não é esse o motivo de ela ser a melhor. Sua melancolia, seu tema, seu clipe… Uma obra de arte pura. Até Bono a acha a melhor canção que escreveu.

Como foi usada na trilha sonora do filme “Tão Longe, Tão Perto”, de Wim Wenders, acabou se conectando com a história. Pra quem não sabe, essa é a continuação de “Asas do Desejo”, que ficou mais famoso por ter sido refilmado nos Estados Unidos como “Cidade dos Anjos”. Para os românticos de plantão, no filme original, o anjo abre mão de sua divindade para viver ao lado de sua amada humana. Porém, ela morre. Na continuação, ela agora é o anjo dele…

Apesar de escapar um pouco do tema, temos aqui uma frase que sintetiza a melancolia da facilidade. “With satellite television… You can go anywhere…”. Um velho rabugento reclamando da modernidade desses tempos modernos…

O ‘Lado B’ é o recomeço do pesadelo. Mais uma vez ‘in character’, “Daddy’s Gonna Pay For your Crashed Car” é um blues eletrônico. Dançante. A juventude ‘ecstasy’ sendo descrita num hino anti-pista de danças. A música alcançou seu ápice na parte final da turne, a “Zoomerang”, onde foi interpretáda por Mr. MacPhisto.

Some Days Are Better Than Others” versa sobre a confusão do final do milênio. Crise dos trinta. Não saber onde se está. Não saber o que querer. Como ser tão simples e tão genial. Linha de baixo matadora de Adam.

No final, temos a trilogia “Father and Son”. “The First Time”, que originalmente era um soul, ganhou cordas, violão e piano e se tornou um hino etéreo da relação entre Pai e filho. Bono cantando como nunca.

Dirty Day” é onde o filho trai o Pai pela carne. A raiva na redenção. No futuro, não queremos mais ser protegidos por um Deus que permita coisas absurdas acontecerem.”You’re looking for explanations, I don’t even understand… If you need someone to blame, throw a rock in the air you’ll hit someone guilty…“From father to son”

Uma carta aberta dizendo que no futuro, não haverá mais Deus no coração dos homens.

Será?

Em “The Wanderer”, cantada por Johnny Cash no disco (imaginem isso… Quem tem essa coragem hoje? Nem eles mesmos!), vemos esse homem, agora mais velho, perambulando pelo mundo, buscando novamente sentido em tudo. Deus, afinal… “I went out walking, With a bible and a gun… The word of God lay heavy on my heart, I was sure I was the one”.

E é isso. Começamos com um hino de danação e terminamos com um de redenção.

Fechamos a porta e a reabrimos. Nos afogamos na dor e vemos a luz.

Experiências transcendentais assim acontecem pouco numa vida.

Entrevista para TV Mexicana!

Entrevista para TV Mexicana!

Estamos chegando aos shows da ‘360’ no estádio Azteca, na Cidade do México, nos próximos dias 11, 14 e 15 de maio. E lá na terra do Chaves, começam a pipocar matérias e informações sobre a passagem da banda.

Primeiro, a jornalista Adela Micha entrevistou a banda aqui no Brasil. Veja os vídeos em duas partes;

(Fonte; U2 México)

Há também, algumas fotos de operários retirando o gramado do estádio. Vocês acham isso interessante? Pois é, nem eu…

Especial U2:Show!

Especial U2:Show!

Olá UVs,

Apesar de ter comprado o livro U2 Show, de Diana Scrimgeour, há algum tempo atrás, só agora comecei a ler os artigos e entrevistas nele contidos. O tema do livro são as apresentações ao vivo do U2, mas numa proposta diferente do U2 Live, do Pimm Jal de La Parra, que é basicamente um catálogo de todas as performances e shows que o U2 já fez. No U2 Show, não há datas e setlists. O foco é mais na concepção de cada turnê, como os shows foram construídos.

O livro é composto basicamente de uma história fotográfica dos shows e turnês do U2, e ao final constam artigos e entrevistas com praticamente todas as pessoas que trabalham ou trabalharam com eles pra colocar esse bloco na rua, incluindo empresário e assistentes do PM, agentes e promoters, pessoal envolvido na produção, som e imagem, design, iluminação, figurinos, roadies, técnicos dos instrumentos, produtores dos discos, etc. O livro é endossado pelo U2 e Paul McGuinness.

Esses textos têm sido uma grata surpresa pra mim. Minha idéia é iniciar um novo projeto, divulgando aqui no site, em traduções livres, as partes mais interessantes ou reveladoras desses artigos pra mim, à medida que vou lendo o livro, começando com Ellen Darst, uma das tantas mulheres que foram importantes na carreira do U2, principalmente, por ter empresariado a banda nos Estados Unidos, sendo uma das responsáveis pela ‘invasão’ do U2 no meio dos anos oitenta.

ELLEN DARST

Ellen Darst foi responsável pelo escritório do Principle Management nos Estados Unidos, de 1983 a 1993. Vou copiar alguns trechos do artigo dela.

Aqui ela fala de suas primeiras impressões sobre o U2, de como tudo começou:

Havia muitas coisas que diferenciavam o U2 de outras bandas, mas talvez a mais importante delas fosse a pura ambição que eles tinham. Eles queriam tanto vencer, que encaravam todo o trabalho que fosse necessário. Eles eram também muito claros sobre os parâmetros a serem respeitados na promoção da banda. Havia muitas coisas que eles não fariam, como comerciais para rádios.”Oi, aqui é o Bono, e vocês estão ouvindo a rádio WXYZ, de Passaic”. Todas as bandas faziam isso, mas eles não. Desde o começo eles queriam estar no controle de como as pessoas os veriam, como seria a divulgação, era algo realmente pessoal pra eles. Eu ajudei a achar caminhos nos quais eles pudessem se auto-promover, sendo fiéis a si mesmos, mas realmente isso veio deles. O U2 tinha o instinto e eu tinha o conhecimento do mercado, estava apta a auxiliá-los a chegarem lá, sem se venderem muito barato nesse processo. Eles estavam sempre a fim e prontos pra encontrar quem quer que fosse. Nada era demais pra eles. Eu gostei muito disso, porque estava disposta a trabalhar duro, e queria trabalhar com quem estivesse a fim de dar tanto duro quanto eu. Eu vi o quanto eles queriam. Musicalmente, o nível de comprometimento e vontade de correr riscos era realmente de entusiasmar. Pra mim, a energia deles e sua ambição quase nua eram irresistíveis. Eu realmente apreciava o trabalho ético e a força de vontade pra se jogar nisso. Comecei a trabalhar diretamente com eles em 1983.”

Outro trecho legal é quando ela fala na transformação do Bono em The Fly:

Eu acho que o Achtung Baby é um dos melhores trabalhos do U2 até hoje. Marcou uma mudança na forma como eles se relacionavam com o público. Eles se afastaram daquela coisa séria e auto-reveladora, para as sombras, aquela coisa toda do The Fly, Bono com os óculos. As pessoas ficaram realmente incomodadas pelos óculos. Aquela persona franca, direta, se foi, e no lugar dela havia ironia, a última coisa que o público esperava do U2. O público notou uma mudança na acessibilidade da banda, e alguns se ressentiram disso. Também acho que marcou uma mudança no Bono. Provavelmente era apenas auto-preservação, uma decisão de não entregar tanto de si mesmo. É claro que em parte era uma paródia daquela coisa toda de celebridade, mas eu acho que era também o jeito dele reconhecer que precisava de alguma proteção. The Joshua Tree era só peito aberto, de cara limpa, entrega total, todo o tempo. Esse era diferente. Nós íamos para as entrevistas, e as pessoas queriam que ele tirasse os óculos, e ele se recusava. Era um truque. Mas eu acho também que ele começava a sentir necessidade da distância que eles criaram. Era demais pra ele ser tão aberto assim, todo o tempo. Eu acho que o público amava essa abertura toda, mas você pode acabar sem que nada reste pra você mesmo. Bono é uma dessas pessoas que está sempre no modo “vamos lá”, o tempo todo. Ele tem mais energia do que 5.000 pessoas juntas. Ele nunca foi muito bom em manter o próprio ritmo ou se segurar, e de certa forma eu pensei que aquele era o seu jeito de dizer “eu preciso um pouco mais de mim mesmo”. Bono é uma força pura, intelectualmente e espiritualmente, e em qualquer outro nível. Ele é também provavelmente uma das pessoas mais engraçadas que já conheci, e uma das pessoas mais decididas que já encontrei. Conheço muitos músicos e artistas, mas realmente não consigo lembrar de encontrar alguém com tanta força de vida quanto esse cara tem. Há um lado negro nisso também, mas em geral ele o tem usado para o bem.”

Por Maria Teresa (followeru2)

Alguns vídeos na Globo News!

Alguns vídeos na Globo News!

Durante a passagem do U2 pelo Brasil, o canal Globo News levou ao ar vários programas com conteúdos da banda. Um deles, mostrando o trabalho humanitário de Bono. Ótimo pra quem acha que ajudar os mais necessitados é só doar dinheiro. Clique aqui e assista.

O canal também levou ao ar o ‘Arquivo N’, com o título de “A História do U2”. Paulo Ricardo dá os seus (dispensáveis) pitacos;

Agora, a cereja do bolo, é um vídeo levado ao ar na quarta-feira, dia do último show no Brasil. Uma turminha fazia barulho enquanto esperávamos a abertura dos portões… Eu, de novo, fui escolhido pra pagar o mico com a despreparada repórter-traveco. Vejam;

Falando em fila e show no Brasil, recebi MUITAS histórias ótimas que vocês, ou nós, os fãs mandaram para mim. Semana que vem, colocaremos no site a matéria especial com todas elas. Aguardem.

Algumas notícias do final de semana!

Algumas notícias do final de semana!

Feriadão! Muita comida e ovos de páscoa, certo? Nós, que não somos de ferro, tiramos o feriadão de folga, mas não deixamos de acompanhar tudo!

Vamos ao resumo das notícias do final de semana!

Em entrevista, Adam dá pistas que o show no festival de Glastonbury ressucitará “Zoo TV” e “PopMart”!

Em entrevista para a última edição da revista inglesa Q, Adam Clayton falou do que podemos esperar do show que a banda fará no festival de Glastonbury, dia 24 de junho.

O que podemos esperar do show?


É muito anti-Gastonbury fazer uma grande produção, mas nós estaremos escondendo algumas coisas por trás dos portões que esperamos tornar a experiência um pouco mais como um Glastonbury “turbinado”.


Você terá trabalho “escondendo” o palco da U2 360…


Isso pode ser complicado. Mas estamos ampliando os níveis do que pode ser feito. Esperamos criar uma experiência alucinante que reaja bem com todas as outras substâncias envolvidas.


Como vocês farão isso?


Nós precisamos trazer de volta nosso trabalho dos anos 90 que brinca com um certo tipo de psicodelia e fazer algo que gire em torno disso, da Zoo TV à PopMart. Este é o aniversário de 20 anos do Achtung Baby então há uma ótima conexão lá e nós pensamos que poderíamos marcar isso.

Será? Não digo da banda trazer de volta figurinos e estruturas dessas turnês, mas só de rebuscar repertórios dessa fase seria sensacional! Afinal, o que eles tem a perder?

Fonte; @ U2

Bono quer Ivete Sangalo e Roberto Carlos em show beneficiente no Corcovado em 2014?

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal ‘A Folha de São Paulo’, Bono estaria orquestrando um show beneficiente da banda durante a Copa de 2014 no Corcovado, no Rio de Janeiro. Para este show, ele gostaria de contar com estrelas da música brasileira, como Ivete Sangalo (?!?) e Roberto Carlos (?!?!?!?!).

Já imaginaram?

Caso esta idéia não vingue, um outro projeto seria o de um show gratuito na praia de Copacabana, um dia antes da final da Copa, com a presença dos quatro ao lado da nossa presidente Dilma na final.

Cruz credo… Bono não costuma dar sorte para a nossa selação… Quem se lembrar de 98 e 2006? Ganhe a copa pela Irlanda deu no que deu…

Não duvido de um show beneficiente organizado e com participação de Bono, mas duvido que todos entrem nessa. Assim com foi o show com Luciano Pavarotti, em 95, algo assim pode realmente ocorrer. Seria o fundo do poço, mas…

Fonte; A Folha de São Paulo

Em passagem pelo Brasil, Steve Lillywhite diz que adora trabalhar com ególatras.

Durante a passagem da banda pelo Brasil, o produtor Steve Lillywhite, que além de trabalhar com o U2 desde o primeiro álbum, “Boy”, de 1980, produziu gente como Morrissey e Rolling Stones, disse que não tem problemas em trabalhar com músicos ególatras, como Bono, “Afinal”, concluiu, “Se ele não fosse desse jeito não seria ‘o’ Bono, não é mesmo?”.

Boca fechada não entra mosquito, Steve…

Fonte; Vagalume

Gavin Friday lançou seu primeiro disco em 16 anos, “catholic”.

Muito não sabem, mas Gavin Friday é praticamente um membro do U2. É dele as idéias mais estranhas que a banda teve durante os anos. Durante a ‘360’, do qual ele participou como ‘Consultor’, é dele as vozes e a idéia da “Zoo Intermission”, passagem de vídeo entre o primeiro e o segundo bis.

Ex-vocalista dos Virgin Prunes, Gavin nunca conseguiu se estabilizar na sua carreira solo, apesar de alguns discos ótimos, como “Shag Tobacco”, de 1995, que, para quem já ouviu, consegue ouvir muuuuita influência do cara no U2, principalmente em “Pop”, de 1997.

Sua última ‘cartada’ havia sido em 2009, quando um timaço de artistas composto por Scarlet Johansson, Lady Gaga, Courtney Love, The Corrs, Lou Reed, Jonh Zorn e, claro, o U2, tocando as músicas dos seus três álbums. A versão que Bono cantou de “The Last Song I’ll Ever Sing” é uma obra prima. Veja clicando aqui.

Agora, dezesseis anos depois de seu último lançamento, sendo que ultimamente ele só tem participado de trilhas de filmes, Gavin lança “catholic”, assim mesmo, com letra minúscula.

Nenhum outro detalhe do álbum foi dado. Nem se há alguma participação do U2 nele. Uma curiosidade, é que o fotógrafo por trás das fotos no site oficial do artista é Peter Rowen, mais conhecido como o menininho das capas de “Boy”, “War”, “The Best Of 1980 – 1990” e muitos singles e promos. Clique aqui e veja.

Fica aqui a minha dica sobre o trabalho de Gavin, que é sensacional. Pretendo, mais adiante, escrever um texto contando a sua trajetória e como, hoje, tem um dos melhores trabalhos do mundo; Influeciar Bono a ser o que não se espera dele.

Novos detalhes sobre o Homem-Aranha

Novos detalhes sobre o Homem-Aranha

Os produtores do musical do Homem-Aranha revelaram detalhes da nova versão do espetáculo. O novo diretor está colocando mais foco no romance entre Peter Parker e Mary Jane e na batalha com o Duende Verde. O papel da vilã Arachne foi diminuído e um coro de quatro cantores que narrava o show será abandonado.

The Edge esteve no teatro Foxwoods em Nova York no domingo passado para assistir a última apresentação da versão original. Bono se juntará a ele ainda esta semana para trabalhar em material novo.

O novo show abrirá oficialmente ao público em 14 de junho.

Fonte: NME. Obrigada à MT pela dica!