Fonte: EFE Noticias, via Yahoo
Em 20 anos, a África pode ser uma economia emergente como a Índia se o Grupo dos Oito (os sete países mais ricos e a Rússia) fizer o possível para ajudar o continente em sua cúpula de julho, segundo Bono, vocalista da banda de rock U2. Na opinião do cantor e ativista, as futuras gerações podem considerar “ridícula” a idéia de que a África é um caso perdido e nunca poderá sair da pobreza. Em entrevista à BBC exibida ontem à noite, Bono pediu às nações mais industrializadas do mundo, que se reunirão em Gleneagles (Escócia) entre 6 e 8 de julho, que não permitam que a preocupação pela corrupção em alguns países africanos seja um obstáculo para conseguir um acordo histórico de ajuda à África. O Reino Unido, que exerce a presidência do G8, colocou o alívio da pobreza na África como prioridade da cúpula. Bono apóia a campanha “Make Poverty History” (“Faça com que a Pobreza seja História”, em inglês), que busca convencer os países mais ricos para cancelar a dívida no Terceiro Mundo. O músico reconheceu que nenhuma campanha poderá eliminar totalmente a pobreza no mundo, e destacou os progressos na Índia. “A extrema pobreza, a pobreza estúpida, com crianças que morrem por falta de comida no estômago no século XXI, isso sim podemos” resolver, ressaltou o cantor. “O comércio é o que, no final das contas, resolverá os problemas, mas para levar estes países adiante é necessário um acordo para assuntos como a Aids e a malária”, ressaltou Bono. “Há um incrível progresso na Índia”, acrescentou. Como parte da campanha para ajudar à África, o também cantor e ativista Bob Geldof organizou para o próximo 2 de julho shows simultâneos em Londres, Paris, Roma, Berlim e Filadélfia (EUA), com estrelas como Madonna, Paul McCartney, Elton John e o grupo U2. Estes concertos levam o nome de “Live 8”, pois acontecerão dias antes da cúpula do G8.