Mês: outubro 2002

Radiohead é reeleita “melhor banda do mundo”

Radiohead é reeleita “melhor banda do mundo”

Nova York – Os melhores artistas do mundo, pelo segundo ano consecutivo, são os da banda Radiohead. O grupo britânico ganhou ontem o prêmio mais importante dos Q Awards, da revista musical, pelo disco Amnesiac. O quinteto de Oxford bateu U2, Coldplay, Oasis e Stereophonics. O Coldplay ficou com o prêmio de melhor disco por A Rush of Blood to the Head. O melhor single foi Freak Like Me, de Sugarbabes. O prêmio de melhor vídeo foi para Get the Party Started, de Pink, e o de show ficou com o Hives.

Esta foi a 13ª edição da premiação, que também entregou ao cantor britânico Tom Jones, de 62 anos, um prêmio especial pelos 40 anos de sua carreira. “A última vez que me indicaram a um prêmio foi quando estava num clube de bombeiros, e daquela vez não ganhei nada. É uma honra receber um prêmio de tanta importância em meu próprio país”, agradeceu.

Planet Pop

U2 vira selo na Irlanda

U2 vira selo na Irlanda

São Paulo – Atenção fãs do U2. O grupo irlandês virou selo em seu país natal. Os Correios da Irlanda colocaram à venda esta semana uma coleção chamada Irish Rock Legends, que inclui Bono e sua turma, Phil Lynott, Rory Gallagher e Van Morrison. É possível comprar sets com quatro selos (um de cada) e folhas apenas com os de seu artista favorito.

Planet Pop

CINEMA – Irlanda do Norte e Domingo Sangrento despertam nas telas

CINEMA – Irlanda do Norte e Domingo Sangrento despertam nas telas

Juliana Resende/BR Press

(São Paulo, BR Press) – O assunto é quase doméstico e a casa em questão fica a milhares de quilômetros do Brasil – onde o caos social mata mais que a guerra da Bósnia. O fato aconteceu há 30 anos, num país que tem o tamanho do estado norte-americano de Connecticut, ou, para se ter um comparativo mais eficiente de suas dimensões modestas, do tamanho de Yorkshire, na Inglaterra. O lugar é a Irlanda do Norte – um país pequeno e barulhento, cheio de personalidade e cultura na mesma proporção que problemas. Anexada ao Reino Unido – o que tem sido grande motivo da violência interna, além dos conflitos religiosos (católicos e protestantes dividem o mesmo território e não se bicam) —, a Irlanda do Norte foi palco do chamado Domingo Sangrento, o fatídico Bloody Sunday, aquele mesmo que todo mundo conhece, cantado com emoção na clássica canção do U2 (o grupo é originário da República da Irlanda, país vizinho independente do Reino Unido).

Pois o Domingo Sangrento matou 13 pessoas e deixou mais 15 gravemente feridos, em 30 de janeiro de 1972, numa infeliz ação do exército britânico, em reprimenda a uma manifestação na cidade de Londonderry, a qual unia católicos e protestantes (coisa rara) em torno de uma causa: direitos civis. O evento, que tinha finalidade pacífica – dizem as mais fidedignas fontes que o IRA (Exército Republicano Irlandês, poder armado paralelo ao britânico, que promove uma guerrilha urbana), que já existia e detonava na época, não havia sido oficialmente convocado —, começou com parte da juventude católica e separatista atirando habituais pedras no soldados britânicos e acabou em tragédia.

A polêmica que ainda perdura até hoje é: teriam os ingleses atirado – primeiro — para matar deliberadamente, ou simplesmente se defenderam dos ataques dos “terroristas”? O diretor britânico Charles McDougall não tem mais dúvida: os ingleses tinham ordens para mandar bala nas pessoas. Mas a dúvida o perseguiu por tantos anos, que o levou a produzir o contundente documentário Domingo (Sunday, Inglaterra/Irlanda do Norte, 2002), exibido em três sessões na 26ª Mostra BR de Cinema, com a presença do próprio. “Esse episódio sempre foi um mito para minha geração e fazer o filme foi uma forma de expurgá-lo”, contou McDougall, em entrevista exclusiva à agência BR Press.

O Domingo Sangrento é um fato localizado, com poucas vítimas se comparado às grandes tragédias da atualidade, mas está rendendo ao ficar, digamos, “balzaquiano”. Outro documentário, Domingo Sangrento, escrito e dirigido por Paul Greengrass, está em cartaz no Rio de Janeiro. Sem data para estrear em outras capitais brasileiras. Ele trata em particular de duas histórias de dois líderes da marcha: Ivan Cooper, um protestante que vive em área católica e é um fervoroso defensor da paz, e Gerry Donahue, um rebelde católico que namora uma protestante e está mergulhado no conflito. O filme foi ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2001.

Atualmente a Irlanda do Norte voltou aos noticiários por causa de uma crise política, causada supostamente pela descoberta de espionagem no parlamento norte-irlandês, conduzida pelo IRA. A guerrilha estaria se infiltrando nos despachos do parlamento por meio de seu braço político, o Sinn Fein, partido de orientação católica e separatista, que governa o país junto com o partido protestante Unionista, cujo nome já diz a que veio. A crise levou o Reino Unido a suspender em 18/10 o governo autônomo da Irlanda do Norte. O primeiro-ministro britânico Tony Blair disse que só voltará aos termos do acordo de paz, datado de 1998, caso o IRA se comprometa a sair de cena para sempre – o que é pouco provável.

Saiba mais sobre a singular história da Irlanda do Norte – e sua paradoxal busca pela paz —, na entrevista a seguir com Charles McDougall.

Por que você, sendo inglês, decidiu fazer um filme sobre o Domingo Sangrento?

Charles McDougall – Porque para os ingleses o evento foi constrangedor e ao mesmo tempo misterioso, pouco comentado. Na verdade ouvíamos falar e não sabíamos direito o que acontecera. Ainda é um tabu. Eu era um garoto quando aquilo aconteceu (hoje o cineasta tem 40 anos). Foi uma maneira de passar as coisas a limpo.

Isso de fato aconteceu? Por quê?

Charles McDougall – Primeiro temos o trabalho do roteirista, Jimmy McGovern, que é reconhecido por seu trabalho 100% confiável ao produzir textos para documentários. Depois temos os meus estudos e centenas de entrevistas feitas com as pessoas diretamente envolvidas com o evento, na Irlanda do Norte. No filme a história dos envolvidos é totalmente baseada em fatos reais. Alguns personagens são interpretados por gente da mesma família daqueles que morreram. Pesquisei em diferentes fontes – o que me fez chegar perto da verdade.

Como as pessoas interpretaram o fato de você ser um inglês querendo contar algo sobre a Irlanda do Norte?

Charles McDougall – No início elas tinham muita desconfiança e eu tinha medo disso, do quanto seria difícil. Mas, com o passar do tempo, elas foram ser abrindo, eu ía à casa delas, conversávamos muito e prometi que mostraria o filme primeiro a elas.

E como foi a reação destas pessoas envolvidas com o fato ao verem o filme? Charles McDougall – Foi muito emocionante … Foi como se eles dissessem: “Enfim, alguém contou nossa história”. Foi com um alívio e tínhamos até médicos na sala de projeção. Muitos não aguentaram e tiveram de se retirar. É algo muito duro.

Como foi a reação dos ingleses? Você disse que o exército inglês se recusou a colaborar nas filmagens…

Charles McDougall – Bem, a imprensa mais conservadora achou, mesmo antes de ver o filme, que seria ia ser propaganda (do IRA e da questão da Irlanda do Norte). Depois, quando o filme foi lançado, as resenhas foram isentas, mais pelo reconhecimento da seriedade e imparcialidade do traballho de Jimmy McGovern do que pelo fato em si, denunciado pelo filme. Quanto ao exército britânico, infelizmente, não houve negociação.

Você acredita que os soldados que mataram pessoas serão considerados culpados no julgamento que está em curso em Londres?

Charles McDougall – Sim, mas acho que eles não serão punidos. Sei que o tribunal viu o filme. Mas eles estão nesse julgamento há dois anos e a sentença só deve sair daqui a mais dois anos. Há juizes da Austrália e Canadá, junto com ingleses, numa tentativa de conferir ao julgamento isenção.

Foi difícil conseguir dinheiro para fazer um filme sobre um fato que é um tabu?

Charles McDougall – Não foi difícil porque o roteirista é famoso. Jimmy McGovern tem sido meu parceiro em todos os meus filmes: Hillsborough (1996), Heart (1999) e Sunday (2002).

Seu primeiro filme trata sobre o que? Charles McDougall – Sobre um jogo de futebol no qual 96 pessoas morreram. Elas foram esmagadas. Foi num jogo do Liverpool, do qual sou torcedor. Eu estava lá (na cidade de Shefield) e vi. Houve negligência policial, mas ficou por isso mesmo.

Morreu mais gente no Domingo Sangrento…

Charles McDougall – Pois é. Ambos os filmes tratam de assuntos diferentes, mas da mesma manipulação de informações e também de mentiras.

Você passou quanto tempo na Irlanda do Norte? É uma sociedade realmente violenta?

Charles McDougall – Fiquei seis meses lá. Há muita tensão, mas os jovens não querem mais violência. Alguns terroristas querem a continuidade da violência, porque eles se alimentam dessa indústria.

Você acredita na continuidade do processo de paz mesmo agora, depois das acusações contra o IRA?

Charles McDougall – Sim, quero acreditar que sim.

Como você avalia o Domingo Sangrento num contexto mundial, onde há eventos muito mais violentos ainda em curso, onde civis convivem com abusos de poder e guerras, com zero em direitos humanos e ainda o terrorismo?

Charles McDougall – Contei uma história universal, que envolve pessoas, uma luta básica e conflitos emocionais. As pessoas estão conectadas e são solidárias com suas causas. Sabemos que o mundo precisa da paz. Senti isso no Brasil, onde sei que há muito problemas e muita violência. Quero agradecer essa solidariedade, que me faz acreditar ainda mais no fenômeno dessa conectividade.

Tributo aos Ramones é adiado novamente

Tributo aos Ramones é adiado novamente

O disco tributo aos Ramones, que tinha lançamento programado para o dia 24 de dezembro, vai demorar um pouco mais para chegar às lojas. Agora, o disco só deve sair em março do ano que vem. Quem sabe não dá tempo de colocar mais algumas bandas além das que já confirmaram presença? Veja abaixo, a lista de banda e músicas que vão estar em “We’re A Happy Family – A Tribute To The Ramones”:

Havana Affair” – Red Hot Chili Peppers

Blitzkrieg Bop” – Rob Zombie

I Believe In Miracles” – Eddie Vedder & Zeke

53rd & 3rd” – Metallica

Beat On The Brat” – U2

Do You Remember Rock ‘N’ Roll Radio?” – Kiss

The KKK Took My Baby Away” – Marilyn Manson

I Just Wanna Have Something To Do” – Garbage

Outsider” – Green Day

Something To Believe In” – Pretenders

Sheena Is A Punk Rocker” – Rancid

I Wanna Be Your Boyfriend” – Pete Yorn

I Wanna Be Sedated” – Offspring

Here Today, Gone Tomorrow” – Rooney

Return Of Jackie & Judy” – Tom Waits

Faixa bônus da edição limitada:

Daytime Dilemma (Dangers Of Love)” – Eddie Vedder & Zeke

Parte dos lucros obtidos com a venda do CD serão revertidos para A Fundação de Pesquisa Sobre o Linfoma da cidade de Nova York.

Veja mais no Rockwave

U2.com está transmitindo o novo Best Of

U2.com está transmitindo o novo Best Of

O U2.com está transmitindo as faixas do novo The Best Of 1990 – 2000 online.

Começando a partir do dia 14, a equipe do site está colocando uma ou duas faixas por dia do álbum (incluindo os B-sides) para serem ouvidas no Windows Media Player ou QuickTime.

Visite o site U2.com para mais informações.

Oasis lidera corrida ao Q Awards

Oasis lidera corrida ao Q Awards

Nova York – A banda Oasis recebeu o maior número de indicações ao prêmio musical britânico Q Awards. O grupo dos irmãos Gallagher concorre nas categorias de “melhores artistas do mundo hoje” (vão disputar com Coldplay, U2, Radiohead e Stereophonics), “melhor single” e “melhor show” na premiação da revista de música. O Oasis e o U2 já ganharam o prêmio de “melhores artistas do mundo hoje” quatro vezes cada. Red Hot Chili Peppers, The Vines, Coldplay e The Hives tiveram duas indicações cada. O prêmio de melhor álbum vai ser disputado por A Rush of Blood to the Head (Coldplay), Highly Evolved (The Vines), By The Way (Red Hot Chili Peppers), Daybreaker (Beth Orton) e The Last Broadcast (Doves). Os prêmios vão ser entregues em uma cerimônia em Londres na próxima segunda-feira.

Planet Pop

U2 voltará às origens em novo disco

U2 voltará às origens em novo disco

Nova York – O U2 vai voltar às origens em seu novo disco, de acordo com o guitarrista The Edge. Em entrevista para a revista irlandesa Hot Press, ele disse que o próximo trabalho da banda vai soar como o material do início de sua carreira, com “arranjos simples”. O álbum, ainda sem título, deve ser lançado mundialmente apenas em meados do ano que vem.

Entre as gravações mais recentes do U2, estão Electrical Storm e The Hands That Built America, que estão no novo disco U2: Best of 1990-2000, com lançamento previsto para o mês que vem. The Hands That Built America também faz parte da trilha sonora do filme Gangues de Nova York, de Martin Scorsese. Outras faixas que a banda já gravou para o novo disco são Sometimes You Can´t Make It On Your Own, Original of the Species e All Because of You, de acordo com The Edge.

Planet Pop

Novo disco do U2 deve sair na metade do próximo ano, diz guitarrista

Novo disco do U2 deve sair na metade do próximo ano, diz guitarrista

da Redação

The Edge, guitarrista do U2, disse que o novo CD da banda deve chegar às lojas na metade de 2003.

Em entrevista à revista irlandesa Hot Press, o músico afirmou que a banda está em estúdio e revelou que as músicas se parecem com as do início da carreira do grupo: “simples, sem arranjos”.

Este ano a banda lançou duas novas canções, “Electrical Storm” e “The Hands that Built America”. Ambas estarão na coletânea “U2: Best of 1990-2000”, que chega às lojas dos Estados Unidos no dia 5 de novembro.

Entre as músicas gravadas recentemente pela banda estão “Sometimes You Can’t Make it on Your Own”, “Original of the Species” e “All Because of You”, que, de acordo com Bono, se parece com uma canção do The Who.

As informações são do site Launch.

Presidente do Afeganistão é um dos favoritos para Nobel da Paz

Presidente do Afeganistão é um dos favoritos para Nobel da Paz

OSLO, Noruega (Reuters) – O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, ou especialistas em desarmamento dos EUA, podem ser anunciados na sexta-feira os vencedores do prêmio Nobel da Paz em meio a um imenso quadro de nomeados que inclui, entre outros, o presidente norte-americano, George W. Bush, e Bono, do grupo U2.

Se eu estivesse olhando de fora, acho que seria muito difícil apontar um favorito,” disse Geir Lundestad, diretor do Instituto Norueguês do Nobel, no qual se reúne a comissão de cinco membros do Nobel. “A escolha sempre parece óbvia depois,” declarou.

O presidente da comissão, Gunnar Berge, deve anunciar o vencedor do prêmio de 1 milhão de dólares às 11h (6h em Brasília) de sexta-feira. O nome sairá de uma lista de 156 indicados, um número recorde atingido em um ano marcado pelos ataques de 11 de setembro contra os EUA.

O prêmio deste ano pode ir para pessoas tão diferentes quanto George W. Bush, o papa João Paulo 2o ou Fidel Castro (presidente de Cuba),” disse o jornal norueguês Aftenposten, na quinta-feira.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e seu secretário-geral, Kofi Annan, receberam o prêmio em 2001, como se previa para o ano em que a premiação completou 100 anos. Os prêmios foram criados por Alfred Nobel, um filantropo sueco e o inventor da dinamite.

Stein Toennesson, chefe do Instituto de Pesquisa pela Paz de Oslo (Noruega), aposta que o senador republicano dos EUA Richarg Lugar e o ex-senador democrata Sam Nunn podem ser escolhidos devido a seus esforços para desmantelar os arsenais nuclear e químico legados pelo colapso da União Soviética.

Karzai poderia ser escolhido por liderar os esforços de reconstrução do Afeganistão após a derrubada do Taliban, no ano passado, em meio a ataques dos EUA.

(Observação: Quem ganhou o Nobel da Paz foi o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter.)