Mês: maio 2002

Bono e O’Neill visitam clínica de tratamento de pacientes com AIDS

Bono e O’Neill visitam clínica de tratamento de pacientes com AIDS

SOWETO, África do Sul (AP) – A voz do astro de rock Bono falhou na sexta-feira quando ele tentou explicar as emoções que sentiu ao conversar com um grupo de mães infectadas com o vírus da AIDS.

Este é um lugar incrível com pessoas incríveis”, disse ele na clínica pré-natal de tratamento de pacientes infectados com o HIV no hospital Chris Hani Baragwaneth de Soweto. “É muito, muito difícil para um astro do rock irlandês admitir isso. Eu estou na verdade sem palavras.”

Bono e o secretário do tesouro americano Paul O’Neill se encontraram com alguns dos pacientes que estão entre as 4,7 milhões de pessoas infectadas com o HIV na África do Sul como parte de um passeio de 10 dias pelo continente.

Mais tarde Bono, o vocalista do U2, fez uma apresentação improvisada em uma favela em Soweto. Um grupo de estudantes tinha começado a dançar a música do U2 “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” quando o rádio deles quebrou e Bono continuou a música acompanhado por palmas e um homem tocando um tambor tradicional.

Bono e O’Neill estão visitando diversos países africanos no que tem sido denominada uma missão de pesquisa de fatos pelo Tesouro e como um exercício de persuasão pela lenda do pop irlandês.

A visita é o resultado de uma reunião há um ano quando os dois homens se encontraram no escritório de O’Neill. Inicialmente relutante em se encontrar, O’Neill mais tarde disse que ficou impressionado pelo conhecimento do cantor sobre a África.

Bono disse que estava determinado a mostrar a O’Neill que a ajuda pode ser bem empregada na África.

Os dois esperam que a visita traga atenção em todo o mundo para a devastação que o HIV está trazendo à África. O’Neill disse que está perplexo em descobrir que tanto do dinheiro da ajuda vindo do país estava sendo usado para a prevenção ao invés de para o tratamento.

Há algo de errado quando o sistema não está cuidando do aqui e agora”, disse ele.

A recomendação de O’Neill de que o tratamento venha antes da prevenção vai contra a maior parte dos programas contra a AIDS ao redor do mundo, que fazem da prevenção a prioridade.

Bono aparentemente usou de bajulação para tentar pressionar O’Neill publicamente a dar mais dinheiro para o desenvolvimento na África e para a batalha contra o HIV.

Ele está ficando mais zangado a cada dia conforme vai vendo o grande potencial do continente e como ele não está sendo usado”, disse ele com O’Neill ao seu lado.

Ao se referir à AIDS, ele disse: “O secretário será capaz de enviar uma mensagem de volta ao presidente. É uma emergência o que nós vimos hoje.”

O’Neill respondeu: “Nós o mundo temos que lidar com o problema. … É factível.”

O’Neill, que várias vezes criticou países recipientes por terem usado mal a ajuda estrangeira, disse que quer reavaliar os locais onde a ajuda americana estava sendo empregada bem como um aumento na ajuda.

Muitas mulheres HIV positivas nunca ouviram falar sobre os dois homens mas elas dizem que estão felizes por tais pessoas estarem tão interessadas em seu sofrimento.

A clínica está dando Nevirapine, uma droga com o propósito de prevenir a transmissão do HIV de mães grávidas a seus bebês. Eles esperam ser capazes de tratar 8 mil mulheres até o final do ano.

Bono e secretário do Tesouro dos EUA vão à África do Sul

Bono e secretário do Tesouro dos EUA vão à África do Sul

O ministro da Economia mais poderoso do mundo retomou seu giro pela África na quinta-feira ao lado do astro pop Bono, do U2, depois de uma tempestade tropical haver prendido os dois por horas em uma cidade remota de Gana.

O secretário do Tesouro dos EUA, Paul O’Neill , e o cantor irlandês Bono partiram da capital ganense, Acra, na quinta-feira de manhã em direção à África do Sul, onde se reúnem com o presidente Thabo Mbeki e o ministro Trevor Manuel (finanças).

Companheiros de viagem insólitos, O’Neill e Bono rodam pela África discutindo sobre a melhor forma de gastar bilhões de dólares para ajudar o continente mais pobre do mundo. Os dois devem jantar com empresários e líderes trabalhistas da África do Sul depois de sua chegada na quinta.

Na menos próspera Gana, a agenda de quarta-feira foi suspensa quando uma tempestade os prendeu por horas em uma cidade remota sob um toque de recolher imposto após conflitos entre tribos rivais nas proximidades terem deixado dezenas de mortos.

Suas diferenças a respeito da ajuda a ser dada à África ficaram claras durante a viagem. O vocalista do grupo U2 defende o envio de ajuda para os setores públicos. O’Neill é partidário do incentivo ao setor privado como estratégia de criação de empregos e de combate à pobreza.

Ao visitarem projetos sociais, Bono advertiu que o apoio da população aos EUA poderia rapidamente se transformar em ódio se o governo norte-americano não fizesse nada para aliviar a pobreza na região.

O cantor também criticou os subsídios pagos por governos ocidentais para proteger suas indústrias.

Na semana passada, o presidente dos EUA, George W. Bush, assinou uma lei que aumenta os subsídios para grãos e laticínios em 67 por cento, o que, segundo alguns, faz parecer uma piada os pedidos feitos à África a fim de que adote uma política de abertura de mercado. Os dois visitam também a Etiópia e Uganda.

Bono, líder do U2, canta para crianças em escola africana

Bono, líder do U2, canta para crianças em escola africana

ACRA (Reuters) – O líder da banda irlandesa U2, Bono, soltou sua voz nesta quarta-feira, em uma apresentação especial para crianças de uma escola em Gana, durante sua visita à África ao lado do secretário Tesouro norte-americano, Paul O’Neill.

Bono disse que normalmente não canta a pedidos, porém uma menina de 12 anos de idade, que nunca tinha ouvido falar do cantor, persuadiu-o a quebrar a regra.

O artista -que juntamente com O’Neill faz uma visita em países africanos como Gana, África do Sul, Etiópia e Uganda- cantou “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”, sucesso de 1987.

Ficamos sabendo que ele era um cantor bem conhecido, então pedi que cantasse para nós”, disse Felicia Boateng, responsável pela escola Richard Akwei Memorial, localizada em uma vizinhança pobre da capital de Gana.

Normalmente eu diria ‘Não, eu não vou (cantar)’”, disse Bono, colocando seus óculos escuros -marca registrada do cantor- nos rosto da garotinha.

Obrigado por isso”, disse ele à menina. “Você sabe o que você é? Genuinamente legal. Talvez eu consiga ser assim quando chegar aos 60 anos”.

O’Neill e Bono estão visitando a África juntos para ver como os países ricos podem ajudar o continente mais pobre do mundo.

O secretário norte-americano é forte defensor do empreendimento privado e famoso crítico dos empréstimos de instituições do Ocidente.

Já Bono insiste que países pobres precisam também de ajuda para construção de estradas e fornecimento de serviços básicos, antes do florescimento de empresas privadas.

Eu me considero um dos melhores lutadores que conheço, e parte do meu trabalho é fortificar a briga de quem pensa que a ajuda pode não ser efetiva”, disse Bono às crianças e aos professores em um empoeirado pátio.

A escola é parte de um projeto fundado por doadores estrangeiros e o governo de Gana. O objetivo é ajudar no ensinamento das crianças, como cozinhar e trabalhar com o couro, para que elas consigam trabalho, no futuro, em uma área com altos índices de desemprego.

Nós estamos realmente muito felizes com a ajuda. É nossa vontade que o crescimento prossiga”, disse Elisabeth Agyemang Gyau, 49 anos, professora de inglês da escola, que conta com 900 estudantes.

No entanto, ela estava tão confusa como os outros com a visita de Bono. “Quem é ele?”, perguntou enquanto o comboio corria para pegar o vôo para uma visita ao norte de Gana.

(Por David Clarke)

Vocalista do U2 e secretário dos EUA discordam sobre ajuda à África

Vocalista do U2 e secretário dos EUA discordam sobre ajuda à África

da Reuters, em Acra (Gana)

Três dias depois do início de sua viagem pela África, o secretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neill, e o cantor Bono Vox [vocalista da banda pop irlandesa U2] deixaram claras suas diferenças sobre a melhor maneira de ajudar o continente mais pobre da Terra -o secretário defendeu o incentivo à iniciativa privada, o vocalista do U2, o envio de ajuda.

Durante uma visita ao mercado Makola, em Acra [capital de Gana], Bono e O’Neill, companheiros pouco prováveis de viagem, discordaram sobre a melhor forma de levar a prosperidade para os pobres.

Os dois chegaram à ex-colônia britânica na segunda-feira (20) à noite e visitam juntos, além de Gana, a África do Sul, Uganda e a Etiópia.

Reuters

Por mais ajuda à África

Por mais ajuda à África

O cantor Bono, do grupo U2 (E) e o secretário do Tesouro dos EUA, Paul O’Neill (C), encontraram-se com o presidente de Gana, John Kufuor, ontem em Accra. A capital do país foi a primeira escala da viagem que Bono e O’Neill estão fazendo pela África. O músico é um grande defensor do aumento da ajuda internacional ao continente. “Odeio a visão que o mundo tem da África, cheia de clichês”, disse Bono. Já O’Neill tem criticado bastante a ajuda aos países africanos, alegando que os programas não conseguirar criar desenvolvimento real, só gastaram milhões de dólares. Mas o secretário elogiou os conhecimentos de Bono sobre a situação africana. “Vim até aqui para aprender”, disse. Eles também vão visitar a África do Sul, Uganda e Etiópia. (Agências internacionais)

Novo filme de DiCaprio tem tantos problemas quanto Titanic

Novo filme de DiCaprio tem tantos problemas quanto Titanic

A imprensa internacional assistiu a um “trailer” de 20 minutos de Gangues de Nova York em Cannes há poucos dias. O novo filme de Martin Scorsese, estrelado por Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz e Daniel Day-Lewis, já teve previsões de se tornar tanto uma obra-prima quanto um grande fracasso (a resposta definitiva só deve aparecer em dezembro, quando a produção chega aos cinemas). Mas uma coisa é verdade: a realização da fita foi uma das mais problemáticas do cinema americano desde Titanic.

Gangues de Nova York tem a missão de tentar reaquecer a carreira de DiCaprio (resfriada pelo fracasso de A Praia) e de colocar Scorsese na corrida pelo Oscar. Em um mundo perfeito, a produção também poderia virar um dos maiores sucessos da Miramax (já que é o filme mais caro produzido pelo estúdio nova-iorquino) e abrir caminho para novas fitas de época em Hollywood. O sucesso da prévia mostrada em Cannes é a primeira luz no fim do túnel, já que, até agora, as únicas notícias associadas ao filme eram em relação aos problemas enfrentados durante a realização.

Scorsese passou quase 30 anos planejando adaptar o livro escrito por Herbert Asbury em 1927 sobre a guerra das gangues de imigrantes em Nova York no século 19. Em 2000, o diretor finalmente conseguiu US$ 84 milhões e seguiu para os estúdios da Cinecittá, em Roma, para rodar a saga. As filmagens foram problemáticas porque o chefão da Miramax, Harvey Weinstein, passou a fazer constantes visitas ao set para controlar o orçamento (que acabou pulando para US$ 97 milhões). As brigas entre os dois viraram lenda – assim como as inúmeras versões do roteiro, que não estava pronto quando os trabalhos começaram.

Uma das maiores divergências foi a construção de uma igreja: Weinstein achava que só a fachada já produziria o efeito desejado, mas Scorsese insistiu em criar o prédio todo, para poder fazer um take de 360º. Nesta disputa, Tom Cruise, que visitava o set na época, acabou se envolvendo e ajudou a convencer Weistein a liberar os US$ 100 mil necessários para a construção da igreja. Tanto o diretor quanto DiCaprio concordaram em devolver parte de seus salários para ajudar a pagar a conta estourada.

Oito meses depois, o cineasta voltou a Nova York e começou a editar o filme, que deveria estrear em dezembro de 2001. Recheado de cenas de violência, a produção virou um problema instantâneo com os atentados terroristas de 11 de setembro. “O filme lida com a formação de Nova York e com a polícia, então tivemos que parar para pensar em tudo novamente depois dos ataques”, disse Scorsese à revista americana Entertainment Weekly.

Durante a produção, ele ainda arrumou tempo para terminar outro projeto, Minha Viagem à Itália , um documentário de quatro horas de duração sobre a história do cinema italiano, financiado por Giorgio Armani e exibido no New York Film Festival, em outubro. Na época, Scorsese parecia esgotado com o interminável processo criativo da saga. “Foi muito bom trabalhar neste documentário depois de passar tanto tempo preocupado com aquela coisa que se tornou Gangues de Nova York”, disse ele à imprensa.

O problema seguinte foi a duração da fita: o diretor, que passou um ano editando A Época da Inocência e Cassino, insistia em fazer uma versão de quase quatro horas de duração. Apesar de ter controle sobre a versão final, Scorsese acabou conseguindo cortar a duração para duas horas e quarenta minutos. Weinstein, por sua vez, conseguiu convencer o U2 a gravar uma música inédita para os créditos. The Hands That Built America foi apresentada há poucos dias no TriBeCa Film Festival, em Nova York.

As primeiras sessões de testes e a promoção em Cannes foram positivas – o que dá sinais de que o filme pode lembrar Titanic também nas bilheterias e na premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. E com mais seis meses para montar um gigantesco esquema promocional nos Estados Unidos, Gangues tem tudo para usar todas as histórias sobre os problemas de produção a seu favor. Isso, claro, se o filme não tiver de enfrentar nenhum um outro imprevisto.

Guto Barra/Planet Pop

Bono inicia missão humanitária na África

Bono inicia missão humanitária na África

ACRA, Gana — O cantor Bono, líder da banda irlandesa U2, está começando uma das turnês mais improváveis já realizadas por um astro do rock – sem direito a fãs enlouquecidas ou a uma parafernália de instrumentos.

Militante ferrenho do fim das desigualdades sociais, Bono uniu forças com um veterano membro do governo norte-americano para lançar uma campanha destacando a necessidade de investimentos efetivos na África.

A primeira escala no giro de 10 dias é Gana. Bono desembarcou em Acra acompanhado do secretário do Tesouro Paul O’Neill, disposto a aproveitar sua fama para chamar a atenção do mundo para a pobreza extrema do continente.

A dupla visitará também a África do Sul, Uganda e Etiópia.

Embora compartilhem uma causa comum, Bono e O’Neill destacam-se pelos estilos contrastantes: o músico anda sempre com seu traje casual e óculos de lentes coloridas; o secretário cumpre à risca a dobradinha cabelo bem aparado-terno de corte perfeito.

Eu sou o bagunceiro. Meu quarto não é lá muito arrumado e eu como pizza”, brincou o roqueiro.

Piadas à parte, Bono prima pela seriedade ao falar de assuntos humanitários, especialmente os que envolvem a África. É uma paixão antiga.

O’Neill reconhece o empenho de Bono, classificando o cantor como um indivíduo “substantivo”, que tem um apelo eficiente junto aos jovens.

Bono e O’Neill já subiram juntos, em março, em um palanque ao lado do presidente norte-americano, George W. Bush, durante a reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington.

Os Estados Unidos prometeram investir US$ 5 bilhões por ano com ajuda externa; Bono disse que as “economias de microadministração de Washington” não eram a resposta para as necessidades da África, onde a maior parte da população vive com menos de US$ 1 por dia.

Não concordo com interferências externas nas economias do Hemisfério Sul e duvido que o secretário O’Neill também concorde”, desafiou Bono.

O’Neill respondeu prontamente: “Isso não apenas é uma má idéia como também não pode ser feito”.

Para Bono, um dos meios de erradicar a pobreza é dotar os jovens com instrumentos educacionais desde cedo, de modo que eles possam se tornar “intelectualmente independentes” o mais rápido possível e continuar aprendendo sozinhos.

Bono elogiou os progressos em Uganda, que se tornou habilitada à ajuda sob um programa organizado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), intitulado Iniciativa para Países Pobres Pesadamente Endividados.

O sucesso em Uganda está no fato de as pessoas poderem ter visto de onde o dinheiro vinha, como era gasto”, observou.

(Há um vídeo disponível no site da CNN, veja em http://www.cnn.com.br/2002/entretenimento/05/21/bono/index.html.)

DVDs revelam bastidores de álbuns clássicos do rock

DVDs revelam bastidores de álbuns clássicos do rock

Qualquer fã de rock já sentiu uma certa curiosidade em saber como os álbuns mais clássicos do gênero foram gravados. Mas a ST2 Video resolveu ajudar o público brasileiro: está sendo lançada por aqui a série de DVDs Classic Albums.

São documentários que dão detalhes técnicos e curiosidades variadas sobre a produção de discos, incluindo entrevistas com os artistas, produtores, músicos de apoio e, em alguns casos, performances exclusivas gravadas em estúdio.

Elton John, por exemplo, tem Goodbye Yellow Brick Road dissecado — desde uma frustrada tentativa de gravação na Jamaica até a conclusão, em um chateau mal assombrado na França.

O DVD também ajuda a vencer qualquer preconceito que o espectador tenha quanto a John (provavelmente causado pelo excesso de baladas açucaradas nos anos 90).

Gus Dudgeon, produtor, e David Hentschel, engenheiro de som, mostram como algumas faixas ganharam a forma final, dando uma visão (e audição) que normalmente não se tem depois que o álbum chega às lojas. Há também demonstrações do guitarrista Davey Johnstone, que explica como compôs riffs e solos.

Mas, definitivamente, a melhor parte do documentário é o segmento dedicado à canção Candle in the Wind. “É o tipo de música que as pessoas dizem ‘se eu não a ouvisse novamente, ficaria muito feliz’”, admite o próprio John.

A faixa foi sucesso três vezes: quando saiu em compacto na Inglaterra, na versão ao vivo lançada nos EUA e no single beneficente em homenagem à princesa Diana, em 1997.

Em Nova York

Em 1972, Lou Reed lançava Transformer, disco que também mereceu um DVD da série Classic Albums . Basta dizer que o trabalho foi produzido por David Bowie (presente em exatos 26 segundos de entrevista) e Mick Ronson (então guitarrista do Spiders From Mars).

Nunca tive uma molecada gritando por mim. Só gritavam pelo David. Em mim eles só jogavam seringas e baseados”, sintetiza Reed. “Essa não é uma frase ótima?”, completa, com um raro sorriso no rosto.

No começo da década de 70, depois de ter saído do Velvet Underground, ele foi um dos principais inspiradores do movimento punk. Com os mesmo três acordes que produziriam dezenas de canções do Ramones nos anos seguintes, ele fez faixas como Waiting for the Man e Vicious. “Alguns me dizem ‘todas as suas músicas têm os mesmos acordes’ e eu digo ‘ok, não me ouça’”, esbraveja o cantor.

O documentário também é eficiente ao mostrar como era a Nova York de Andy Warhol, com todos os aspirantes a artista e eventos excêntricos. Além disso, é interessante ver alguns dos personagens de Walk on the Wild Side falarem sobre a música — e afirmarem que não conheciam o artista na época.

Para os mais interessados na parte técnica, há uma detalhada explicação sobre a linha de baixo do clássico que era, na verdade, uma dobradinha entre um instrumento acústico e um elétrico, como explica (e demonstra) o músico de estúdio Herbie Flowers. “Foi para dar um pouco mais de atmosfera, de personalidade”.

Cada DVD traz ainda como bônus vários trechos das entrevistas que não foram usados na montagem final. As legendas são em espanhol ou português (de Portugal, diga-se de passagem).

Ainda fazem parte da série Classic Albums discos de Elvis Presley (o primeiro, que levou o nome do cantor), Jimi Hendrix (Eletric Ladyland), U2 (The Joshua Tree) e Iron Maiden (The Number of the Beast), entre outros.

U2 e Metallica são escalados para tributo aos Ramones

U2 e Metallica são escalados para tributo aos Ramones

da Reuters, em São Paulo

As bandas U2, Metallica, Garbage e Pretenders confirmaram, na segunda-feira, a participação no esperado álbum tributo aos Ramones, segundo o site da Billboard.

A coletânea de sucessos, cujo comando ficou por conta do roqueiro Rob Zombie, também terá contribuições de Eddie Vedder, Red Hot Chili Peppers, Green Day, Rancid, Marilyn Manson e Offspring, entre outros, informou o site.

O fim da banda norte-americana Ramones, um dos expoentes do punk rock, se deu com a morte do vocalista, Joey Ramone, em 2001, aos 49 anos.

Segundo a Billboard, as faixas do álbum são, até o momento:

  • Blitzkreig Bop”, Rob Zombie
  • I Believe in Miracles”, Eddie Vedder
  • Havana Affair”, Red Hot Chili Peppers
  • The KKK Took My Baby Away”, Marilyn Manson
  • I Wanna Be Sedated”, the Offspring
  • Something To Believe In”, the Pretenders
  • I Just Want To Have Something To Do”, Garbage
  • Rockaway Beach”, Motorhead
  • Outsider”, Green Day
  • Gimme Gimme Shock Treatment”, Static X
  • Sheena Is a Punk Rocker”, Rancid
  • Beat on the Brat”, U2
  • We’re a Happy Family”, Metallica
  • Jacky and Judy”, Tom Waits