Maurício Manieri acha que seu sucesso foi em parte algo que casual, que por detalhes talvez não estivesse onde está agora, com três discos e o mais novo, Apartamento 82, bem recebido por seu público. Com o primeiro, A Noite Inteira, fez mais de 300 shows e resvalou na casa do 1 milhão de cópias – a numeração mágica para qualquer artista pop brasileiro. O cantor esteve nesta segunda no Chat Show do Terra, conversou com os internautas e mostrou suas canções mais românticas ao piano, junto com seu irmão e parceiro Marcelo ao violão.
“Desde pequeno tocamos juntos. Eu apareço como o Maurício Manieri artista, mas poderíamos ser uma banda”, diz Maurício sobre a relação com o irmão. O cantor afirma que não pertence à faixa purista e que quer apenas fazer seu som, esperando ser um dia reconhecido por seu estilo. “Tenho meus princípios. Tento emocionar as pessoas com minha música, que é a representação de minha essência. As coisas no nosso país estão muito erradas. Os artistas verdadeiros vão sumir. Está se criando um hiato. O modismo tira muito da identidade. Modismo lembra a coisa ‘comercial’. Isso é algo que tira o sentimento. Se tira isso, para mim não faz sentido. Os falsos artistas são os caras que não estão nem aí para a música. Se o cara está lá só para aparecer, aí rola um ‘falsiê’”, prega Manieri, que distribuiu beijos para suas fãs internautas.
A inspiração para suas canções românticas são seus relacionamentos, suas paixões. Ele diz que diz que nunca uma paixão sua se reconheceu em uma música, mas que já disse para uma “essa aqui é você”. Manieri está voltando depois de um período de afastamento proposital para preparar Apartamento 82. “Tive um pouco de medo com a volta. Tenho de fazer minha história. Mas vão surgir dificuldades e medos, é claro. Mas eu estava vendo uma entrevista do Bono: se ele tem medo, quem sou eu?”, compara. Quanto ao sucesso, acha que isso não deve ser o objetivo final: “Vamos fazer sucesso? Não, vamos fazer boas músicas, isso sim. Acho que esse é o lance.”