Mês: dezembro 2007

Músicos africanos prestam homenagem ao U2

Músicos africanos prestam homenagem ao U2

Fonte: Omelete

Que Bono, vocalista do U2, é um ativista incansável você já sabe, especialmente no que se refere à ajuda ao continente africano. Agora é a vez da retribuição: os artistas de lá prestaram uma homenagem à banda no álbum In the Name of Love: Africa Celebrates U2.

A coletânea reúne alguns dos mais proeminentes artistas africanos como Angélique Kidjo, African Underground All-Stars, Tony Allen (Fela Kuti, The Good, The Bad and The Queen), Soweto Gospel Choir e o Refugee All-Stars prestando sua homenagem à banda irlandesa. Vale dizer que o Refugee All-Stars, banda de Serra Leoa, ganhou a colaboração de Joe Perry, guitarrista do Aerosmith, na versão de “Seconds”, faixa de 1983 do U2.

O álbum produzido por Shawn Amos será lançado em 1º de abril de 2008 e, evidentemente, parte da renda arrecadada com sua venda será revertida para o Global Fund, instituição que faz campanhas contra a AIDS, tuberculose e malária.

Amos adiantou que o álbum é repleto de sonoridades africanas e atesta o quanto o U2 é global, afinal é possível reconhecer qualquer música da banda mesmo que ela tenha sido desconstruída, traduzida e tocada de maneira completamente diferente de sua versão original.

Confira as faixas de In the Name of Love: Africa Celebrates U2:

Angélique Kidjo – “Mysterious Ways”

Vieux Farka Tour – “Bullet the Blue Sky”

Ba Cissoko – “Sunday Bloody Sunday”

Vusi Mahlasela – “Sometimes You Can’t Make It On Your Own”

Tony Allen – “Where the Streets Have No Name”

Cheikh L – “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”

Keziah Jones – “One”

Les Nubians – “With or Without You”

Soweto Gospel Choir – “Pride (in the Name of Love)”

Refugee All Stars – “Seconds”

African Underground All-Stars – “Desire”

Waldemar Bastos – “Love Is Blindness”

U2 quer novas influências para próximo disco

U2 quer novas influências para próximo disco

Fonte: Gazeta Online

U2 quer novas influências para próximo disco. A banda é uma das mais respeitadas do mundo, tanto pelos amantes do rock como do pop. Mas agora é bem capaz que outras tribos se entusiasmem com o novo disco do U2. Em entrevista a um jornal, o líder Bono contou que o álbum deverá ter influências da música africana. O trance, ritmo eletrônico bastante dançante, e o hardcore também estarão presentes de alguma forma. “Ele não parece com nada que qualquer outra pessoa tenha feito também”, revelou o vocalista. O disco, que está sendo gravado no sul da França, é o sucessor de “How to Dismantle an Atomic Bomb”, de 2004.

Arte se veste de vermelho para leilão contra Aids em Nova York

Arte se veste de vermelho para leilão contra Aids em Nova York

Fonte: Folha Online

Alguns dos nomes mais famosos da arte contemporânea apresentaram obras inspiradas pela cor vermelha para um leilão beneficente pelo combate à Aids que será realizado no dia de São Valentim (14 de fevereiro) de 2008 em Nova York. O leilão, organizado pelo artista britânico Damien Hirst e apoiada pelo músico Bono, do U2, em colaboração com a galeria Gagosian, de Londres, será na Christie’s nova-iorquina. Hirst, considerado um dos artistas mais ricos do mundo, convidou uma centena de colegas de diferentes países para contribuírem com o leilão e conscientizarem o mundo sobre a doença. Ele próprio doou sete obras especialmente criadas para o evento. Uma delas é uma pintura da série de borboletas batizada de “All You Need is Love”, como a canção dos Beatles. Outra é um armário cheio de remédios anti-retrovirais que o artista intitulou “Where There is a Will, There is a Way” (‘Onde Há Vontade, Há um Jeito’). Entre os artistas que responderam positivamente ao convite de Hirst estão Jasper Johns, Matthew Barney, Andreas Gursky, Georg Baselitz, Jeff Koons, Anish Kapoor, Antony Gormley, Marc Quinn e Douglas Gordon. O valor de mercado das obras doadas supera os US$ 40 milhões (R$ 71,7 milhões). O dinheiro arrecadado no leilão irá diretamente para o chamado Fundo Global contra a Aids. Segundo Bono, é um momento histórico que conseguiu reunir “a melhor coleção de arte dos melhores artistas do mundo”.

Próximo álbum dos U2 com influências trance e metal

Próximo álbum dos U2 com influências trance e metal

Fonte: Blitz, de Portugal

Bono garante que os fãs vão notar a diferença.

Os U2 estão neste momento no sul de França a trabalhar no próximo álbum. Em entrevista a um jornal britânico, o vocalista Bono garantiu que os fãs vão notar a diferença, dado que a banda está a compôr canções bem diferentes. O sucessor de How to Dismantle an Atomic Bomb , de 2004, tem influências trance, metal e de música marroquina.

Segundo declarações ao jornal Independent, «Há algumas influências trance. Mas o The Edge também apostou em guitarras bastante fortes. Metal realmente intenso. Não se parece com nada que tenhamos feito antes e achamos que não soa a algo que alguém já tenha feito».

O cantor garante que a banda está apenas no início do processo, trabalhando as demos feitas em Marrocos no início do ano, mas que tem bastante matéria-prima: «Temos material suficiente para dois álbuns, mas tem de ser extraordinário».

O disco que fez dos U2 um fenómeno global

O disco que fez dos U2 um fenómeno global

Fonte: Diário de Notícias, de Portugal

Em 1987, os U2 viram-se transformados no maior fenómeno de popularidade rock’n’roll do seu tempo, estatuto que ainda hoje mantêm. Depois de quatro bem sucedidos álbuns de originais editados entre 1980 e 84, com canções como Sunday Bloody Sunday ou Pride (In the Name of Love) entretanto transformadas em hinos de insubmissão por toda uma nova geração de almas sedentas de rebeldia rock’n’roll, somadas digressões que cativaram aplausos e admiradores, faltava o ingrediente final para que a banda nascida em Dublin, na Irlanda, se transformasse no tal acontecimento global que todos então já adivinhavam mais dia, menos dia.

O salto deveu-se a The Joshua Tree, álbum editado em Março de 1987 e que abriu definitivamente as portas da América à música do grupo, daí catapultando-o para a primeira linha dos acontecimentos musicais à escala mundial. O disco deu-lhes os seus dois primeiros Grammys, os dois primeiros singles no número um da tabela americana, capa na Time, vendas na ordem dos mais de 20 milhões (só metade nos EUA) e motivou uma digressão, a primeira da banda por estádios, que amplificou os efeitos que o álbum lançara.

The Joshua Tree, contudo, não foi um acaso. A sua história começa no Verão de 1985, dias depois da muito bem sucedida passagem do grupo pelo Live Aid. Bono, a voz do grupo, e a sua mulher, Ali, passam um mês na Etiópia. Sem publicidade, dedicaram o seu tempo a um projecto educacional. Meses depois, em Dublin, actuam no Self Aid. E, mais tarde, rumam aos EUA para ser cabeças de cartaz da digressão de beneficência A Conspiracy of Hope, que assinalava os 25 anos da Amnistia Internacional.

Os confrontos que vivia o mundo real, enfatizados por uma posterior viagem a El Salvador e à Nicarágua, motivaram o ser político que já morava na consciência de Bono, mas até então ainda com poucas manifestações, salvo em pontuais canções. A esta inquietude, somou-se o confronto com a América profunda que descobrem, com mais atenção, durante a digressão com a Amnistia Internacional. Uma América que não era dos filmes do velho oeste mas, como o baixista Adam Clayton descreveria mais tarde a um programa do VH-1, a dos dias de Reagan. Este clima emocional, mais sombrio, chega à sala de ensaios do grupo num tempo em que Bono e The Edge, o guitarrista, optam por uma escrita mais clássica e convencional, afastando-se assim do veio pós-punk que os vira nascer.

A América, a da música, dos blues, do gospel, de Bob Dylan e Patti Smith, recentemente descoberta pela banda, assim como a América dos livros de Tennessee Williams, de Flannery O’Connor, de Norman Mailer e Raymond Carver, que então liam em viagem, ganhou também expressão nas canções que começavam a nascer. Canções que contam uma história, partindo do deserto, em Where the Streets Have no Name, repensa a América em Bullet the Blue Sky, evoca conflitos alguns milhares de quilómetros a sul em Mothers of the Disapeared e regressa aos seus terrenos já conhecidos em Running to Stand Still ou Red Hill Mining Town.

Uma história que não se faz apenas dos factos que se observam e comentam, mas também das reflexões de Bono, seja no debate dos medos que o amor encerra em With or Without You, nas tentações de Trip Through the Wires, na memória de um amigo perdido em One Tree Hill.

Imortalizado por uma capa na qual uma a banda é revelada numa foto de Anton Corbijn tirada no Vale da Morte (Califórnia), e não junto da “verdadeira” Joshua Tree, em Palm Springs, este tornou-se um marco na história dos U2, na da música dos anos 80 e será, certamente, recordado um dia como um dos discos de referência da história do rock’n’roll.