Grupos regravam canções de John Lennon para projeto da Anistia Internacional

Grupos regravam canções de John Lennon para projeto da Anistia Internacional

Fonte: EFE

U2, The Cure e Christina Aguilera são alguns dos grupos e músicos que participaram de um álbum para arrecadar fundos para a Anistia Internacional (AI), que estará disponível a partir de hoje, na loja online “iTunes”. O trabalho, que será comercializado em CD ainda este mês, leva o nome de “Make Some Noise”, e conta com versões de artistas do cenário pop/rock internacional para canções de John Lennon.

O álbum tem como objetivo, ainda, conscientizar para o trabalho da AI, especialmente em relação à crise na região sudanesa de Darfur. Desta forma, o grupo U2 interpreta “Instant Karma”; a banda britânica The Cure faz sua versão para “Love”; o guitarrista Lenny Kravitz canta “Cold Turkey”, e a cantora Christina Aguilera interpreta “Mother”. A viúva de Lennon, Yoko Ono, doou os royalties dessas canções para a campanha da AI. “É maravilhoso que, por meio desta campanha, músicas que são tão familiares para a minha época possam ser adotadas agora por uma nova geração”, disse Yoko Ono. “Realmente podemos fazer um mundo melhor”, acrescentou.

A secretária-geral da AI, Irene Khan, se mostrou satisfeita por poder contar com as canções de Lennon na luta pelos direitos humanos. “Esperamos que estas músicas conscientizem uma nova geração sobre os direitos humanos. Acima de tudo, os direitos humanos são o que tornam a música possível. Não seríamos capazes de criar músicas, escutá-las ou dançá-las sem as liberdades de expressão e de associação”, indicou.

As 38 canções estarão disponíveis a partir de hoje na loja virtual “iTunes”. Cerca de 97% dos lucros obtidos com a venda das músicas serão destinados à Anistia Internacional.

Chegará às lojas, ainda este mês, um CD duplo, com as vinte e quatro canções do projeto. Coincidindo com o lançamento do disco, a Anistia fez hoje um novo pedido ao Governo do Sudão, para que permita o posicionamento de uma força de pacificação conjunta da União Africana e da ONU em Darfur. A AI pede ao Governo de Cartum que interrompa os ataques indiscriminados contra civis, desarme as milícias Janjaweed e zele pelo cumprimento do embargo de armas. O conflito de Darfur começou em fevereiro de 2003, quando a população pegou em armas para protestar contra a pobreza e marginalização na zona. Desde então, o conflito já deixou mais de 200 mil mortos, e forçou a fuga de dois milhões de refugiados.

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