Jubileu de prata e maioridade! Como fãs do U2, sempre admiramos a banda não só por suas músicas, mas também pelos exemplos de solidariedade e trabalho social que ela sempre nos deu. Esse ano, temos muito a comemorar: o fã-clube ULTRAVIOLET-U2 faz 25 anos e a nossa campanha do GRAACC entra no 18º ano consecutivo! Não poderíamos estar mais felizes! Venham celebrar conosco, fazendo a sua doação para o GRAACC.
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BRINDES
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Quadro de guitarra com alusão à banda
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Conheça mais sobre Fran Miguel Lara e o U2 em sua obra
A campanha do Ultraviolet U2 Fan Club Brazil em prol do GRAACC chega a sua 15ª edição e neste ano, cheio de desafios, tivemos a grata surpresa de contar com a colaboração do artista plástico espanhol Fran Miguel Lara, que generosamente cedeu uma de suas obras inspiradas no trabalho do U2 para que fosse sorteada entre os doadores. Foi por conta dessas obras – que lindamente traduzem de forma criativa e tocante várias músicas do U2 – que conhecemos seu trabalho e passamos a publicar em nossas redes várias de suas gravuras. Conheça agora um pouco mais sobre este artista, seu olhar sobre a vida e a influência do U2 em seu trabalho.
Sobre a sua obra
A melancolia e a ironia da vida cotidiana, expressas em ilustrações digitais, a maioria delas feitas em iPad, coletando uma inspiração momentânea ou uma ideia fugidia que chega a memória sob a forma de silhuetas.
Há ilustrações mais ou menos elaboradas tecnicamente, mas não é essa técnica formal que me move a desenhar, mas precisamente a nudez expressiva da linha, do contorno e o preenchimento absoluto em preto e branco, contraste total.
No entanto, às vezes eu preciso facilitar ou ser mais leve, e desenhar assuntos ou cenas aparentemente mais rasas, menos dramáticas ou melancólicas, personagens otimistas que eu permito que sejam cheios de cor e, no entanto, inevitavelmente podem ser perfeitamente identificados como meus.
Influenciado pelo mundo da história em quadrinhos de Frank Miller, o expressionismo Murnau, pintores como Klint ou mesmo os desenhos magistralistas de Chillida, meu trabalho está progredindo pouco a pouco por causa de meu próprio caminho, procurando sempre ser sincero e honesto e transmitir ou deixar um depósito, um pensamento ou um piscar de olhos para quem, por favor, observe-o.
Sobre o U2
Eles foram um grupo importante para mim nos anos 90, eles têm grandes canções que eu cantei muitas vezes e são uma inspiração para mim ou para qualquer um que ama as artes e a boa música. Na verdade, o primeiro LP que comprei foi WAR, onde “Drowing Man” é uma das minhas canções favoritas. Sempre tive interesse em evoluir, como criador, humildemente e como U2, apesar do que considero tropeços artísticos ou talvez tenham chegado tão alto que é muito difícil ir mais longe, sempre se reinventaram e isso é algo que admiro neles. É por isso que meus desenhos também mudam com o tempo, embora exista um estilo que me identifica
A pandemia do Covid-19 chegou em 2020 e mudou o conceito de “vida normal” que nós tínhamos. Isso incluiu a nossa tradicional campanha realizada todos os anos no mês de maio em benefício ao Hospital do GRAACC, que oferece tratamento especializado e humanizado para crianças e adolescente com câncer de todo o Brasil. Entretanto, jamais deixaríamos de fazer uma campanha tão importante e querida por todos nós. Por isso, chamamos todos para participarem da 15ª campanha consecutiva dos fãs do U2, que esse ano será realizada de 1 a 30 de setembro! Participe! Ajude as crianças do Hospital do GRAACC a realizarem o sonho da cura e de ter um futuro inteiro pela frente.
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Como sempre, nós oferecemos alguns brindes àqueles que doarem um pouco mais ao Hospital. Como o ano de 2020 está sendo muito difícil, nós diminuímos os valores, tentando alcançar mais pessoas, fazendo com que não seja pesado para ninguém oferecer esta ajuda às crianças e adolescentes. Ficou curioso? Dá só uma olhadinha no que temos para vocês.
Se você doar a partir de R$ 20,00 vai concorrer a:
Ecobag Ultraviolet em crochêSingle U2 – Walk onSingle U2 Sweetest ThingLivro Killing Bono
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Vinil ZooropaRolling Stone BrasilDVD Especial – Glastonbury + JohannesburgLivro Pedro e o Lobo
Se você doar a partir de R$ 60,00 vai concorrer a:
CD Brinde do u2.com 2019Livro North Side Story – U2 in DublinBluray Across the Universe, com participação de BonoLivro Walk On, uma jornada espiritual
Doações a partir de 120 reais concorrem ao sorteio de uma gravura original, em papel artístico, entregue direto na sua casa. Veja que linda!
Gravura do artista 6dilly4dally, você pode admirar seu trabalho em seu Instagram, de mesmo nome.
Quem levar o quadro ganha, de brinde, a garrafinha do nosso fã clube!
Setembro é o mês de aniversário do U2, foi quando os rapazes se reuniram pela primeira vez na cozinha da mãe do Larry e a mágica aconteceu. Sua doação será um “Muito Obrigado” à banda que você tanto ama!
Não esqueça de mandar os comprovantes de deposito, para poder concorrer aos brindes!
Em artigo escrito especialmente para o Hot Press, Bono revela as expectativas sobre tocar na terra de Mahatma Gandhi pela primeira vez em 43 anos de carreira.
Tradução: André Joe
O U2 e o parceiro indiano AR Rahman
Antes do fim da ‘The Joshua Tree Tour 2019’, Bono escreve sobre a viagem do U2 à Índia
Em um artigo especialmente escrito para a milésima edição da publicação irlandesa Hot Press, Bono – que fez um review do Thin Lizzy no Hammersmith Odeon pra Hot Press no final dos anos 70 – entregou um texto com 1.000 palavras para esta 1.000ª edição.
O artigo é um olhar sobre a expectativa do primeiro show do U2 na Índia, que acontecerá no dia 15 de Dezembro:
Visual da turnê Joshua Tree 30 anos
Antes do Natal, o U2 tocará na Índia pela primeira vez. É uma de uma série de estreias para nós – incluindo Cingapura, Filipinas e Coréia do Sul. Mas levar ‘The Joshua Tree Tour’ para Mumbai – Bombaim como era conhecida – será uma espécie de peregrinação a um subcontinente que deu ao mundo quatro grandes religiões: hinduísmo, budismo, sikhismo e jainismo.
Nós não temos aquela paixão mística louca da Índia dos anos sessenta, mas estamos encantados com a geografia e a história. Uma história que confunde as expectativas daqueles de fora – que subestimam a sofisticação da maior democracia do mundo; e todos aqueles que estão em casa – que incitariam a antiga animosidade que contradiz a tradição indiana de Ahimsa, sua inspiradora não-violência.
Mesmo com todas essas preocupações presentes, é difícil para um ativista anti-pobreza não colocar as coisas em perspectiva com admiração por um país que tirou o máximo de pessoas da pobreza no menor tempo possível que qualquer democracia.
Isso era impensável quarenta anos atrás, a primeira vez que nossa banda apareceu na capa da Hot Press. A primeira vez que apareceu na capa de qualquer lugar.
O U2 pisa em solo indiano pela primeira vez.
‘U2 Come of Age – A Story of Boys in Control’ foi a manchete e, olhando para a capa, quatro garotos cujas vidas estavam prestes a mudar tão radicalmente quanto as minhas calças xadrez. Na foto de Hugo McGuinness, pareço Jack olhando para o gigante, pronto para arrancar os seus dentes – ou ser comido. Ambas as coisas eram verdadeiras, como se vê. Pensávamos que estávamos no controle, mas mesmo com grandes sonhos e grandes mentes, nenhum de nós podia imaginar o pé de feijão que estávamos escalando, uma subida alimentada em parte pela fé desta revista em nós, numa época em que éramos mais atitude do que aptidão.
Ao longo de quatro décadas, não há muitos lugares para onde esse combustível não tenha nos levado, mas a Índia parece algo diferente. Ainda nos consideramos estudantes e, indo para a Índia, ainda há muito a aprender. A logística explica, em parte, por que uma visita nossa levou tanto tempo, mas também o medo de me apaixonar pelo lugar e voltar muito mudado. É o que acontece.
Visitar a África através da Etiópia nos anos 80 virou meu mundo de cabeça para baixo (ou mais precisamente, para cima), então fiquei com um pouco de medo de abordar a vastidão e complexidade da Índia. Como muitas crianças da minha época, minha apresentação foi via Rudyard Kipling, e eu também tinha ouvido histórias do Raj, do pai da minha tia que serviu no exército britânico. Mas foi ‘Os Filhos da Meia-Noite’ de Salman Rushdie que me convenceu de que eu tinha que ir. Salman retratou um mundo magicamente real, onde a história da Índia e sua modernidade estavam tanto em um misturador de cimento, quanto em uma coqueteleira.
Se você está com fome de linguagem, Salman é um banquete: para explorações caprichosas e sérias, para personagens fictícios selvagens em que você acredita, ou personagens reais à beira do sangramento do plausível. Com mais de 720 dialetos na Índia, o idioma se torna música quando tem tantas cadências. Adoro a música de AR Rahman, compositor da trilha sonora de ‘Quem Quer Ser um Milionário?’, e fiquei grato por como o diretor Danny Boyle retratou a dignidade e tenacidade das pessoas que vivem nesse tipo de pobreza. Freqüentemente as realidades de tais vidas são enterradas uma segunda vez, primeiro sob injustiça econômica, depois sob clichês desumanizadores.
Salman Rushdie
Como diz o grande Arundhati Roy: “Um outro mundo não só é possível como já está a caminho. Em um dia calmo, posso ouvir sua respiração”.
Com Mahatma Gandhi, a Índia deu ao mundo uma de suas melhores almas, um homem que usou sua religião para desafiar sua religião – e depois a nossa. Ele disse uma das coisas mais inteligentes de todos os tempos sobre o cristianismo. “Eu gosto do seu Cristo, mas não gosto de seus cristãos. Seus cristãos são tão diferentes do seu Cristo”.
O Novo Testamento teve uma grande influência sobre Gandhi, particularmente ao desenvolver sua filosofia de não-violência. Um estudante perspicaz dos Evangelhos, ele gostava particularmente da leitura de Tolstói e também do romance Ressurreição de Tolstói. O Sermão da Montanha, ele dizia, é tudo o que você precisa.
Assim, a Índia deu ao mundo um pensamento mais poderoso que a energia nuclear, mais poderoso que o império britânico, mais poderoso que o próprio poder. A ideia de não-violência como poder. Como gerações de outras pessoas, a filosofia de Gandhi nos influenciou como uma banda, e vimos isso se desenrolar através de líderes como o Dr. King na luta pelos direitos civis pelos negros americanos, e depois novamente nesta ilha com a nobreza de John Hume. Também vimos o que acontece quando isto não ocorre.
Capa do single lançado especialmente pro público indiano
A Índia e o mundo precisam mais da sabedoria de Gandhi do que em qualquer outro momento dos 70 anos desde sua morte. A violência está em ascensão, e a divisão política é exercida como um clube por líderes nativistas que confundem populismo com patriotismo. Nós não somos estranhos a isso na Irlanda e talvez precisemos lembrar da mensagem de Gandhi aqui em casa se, como resultado do Brexit, o impensável acontecer e as coisas se desfizerem na fronteira.
Quando Gandhi viveu em Londres, estudou nosso movimento de independência Irlandesa, assim como fizeram muitos defensores da independência na Índia. E, ao estabelecerem sua independência da Grã-Bretanha, a Índia utilizou seções de nossa constituição para a deles e, coincidentemente, adotou as mesmas cores para sua bandeira. Apesar de todas as nossas diferenças de tamanho, cultura e religião, temos muito em comum.
Ainda assim, não tenho ideia do que esperar de nossa viagem. Talvez ninguém tenha ouvido falar de nós! A energia, o movimento e a cor da cena musical de Bollywood são fascinantes – e um pouco intimidantes. Há alguns DJs e remixadores interessantes que estou curioso para conferir.
Quatro Dubliners com guitarras, uma bateria e um gorro combinam com isso? Faremos o nosso melhor pela Irlanda. Adam estará lá para apertar as mãos e com seu seu grande instrumento de quatro cordas; Larry estará lá com seu aceno; e Edge, pelo que ouvi, está trabalhando em seus movimentos de dança. Bollywood, aqui vamos nós.
Quase esqueceu porque vamos te apresentar, você vai descobrir ou relembrar… O U2 é uma banda tão poderosa que não se contenta em fazer apenas 1 único clipe de seus hits; faz logo 2, 3 e até 4!!!.
Se você for distraído, é bem capaz de nunca ter tomado conhecimento de nenhum deles! Deve só conhecer os clipes originais, mais divulgados. Tá curioso? Dá só uma olhadinha nestes 5 exemplos abaixo.
Stuck in a moment
Todo mundo lembra do vídeo em que Bono e Edge dão as mãos, só que o mercado norte americano recebeu uma versão exclusiva para ele. O outro é bem melhor, mas este é bem curioso.
One
O famoso vídeo do bar, com Bono fumando loucamente, o fandom inteiro já viu; ou a versão alemã, com os 4 fantásticos vestidos como “belas” mulheres. Este daqui, com búfalos, ficou mais restrito ao circuito de arte, vamos dizer assim…
Beautiful Day
Mais um clipe em cima do telhado. Foi filmado em Dublim, é bem sem graça, mas vale como curiosidade.
Walk on
Todo mundo conhece – e ama – a versão gravada no Rio de Janeiro. Nem deveria ter outro… mas tem. A linda música, marcada pela campanha em prol da libertação da ativista Aung San Suu Kyi (que se mostrou bem equivocada, a posteriori), recebeu mais de um registro em vídeo. Dá uma olhadinha nesse:
Trocamos o áudio do vídeo por causa do copyright da gravadora
Song for Someone
A música – presente no penúltimo CD Songs of Innocence – ganhou dois belos vídeos, mas este ficou meio escondido e muita gente boa acabou não vendo. Saca só!
Trocamos o áudio do vídeo por causa do copyright da gravadora
Gostou? Quais outros clipes meio escondidinhos do U2 você curte?
O mundo corporativo é muito dinâmico. ele costuma apresentar uma série de estudos sobre a personalidade das pessoas e, atualmente, o eneagrama está sendo utilizado por alguns profissionais de sucesso. Ele pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.
O UV Henrí Galvão, um grande entusiasta do assunto, resolveu fazer um estudo dentro dos preceitos desta técnica em cima das personalidades de Bono e The Edge. Aqui vai o segundo texto, sobre o Edge. Se perdeu o sobre o Bono, é só procurar em nosso site que está aqui. Se liga só:
Eneagrama &
Música: The Edge
Bono certa vez comparou cada um dos quatro membros do U2 a partes do corpo humano. Enquanto ele próprio seria o coração da banda (por conta de sua grande emocionalidade), Adam e Larry representariam os pés, e The Edge representaria a cabeça.
Isso faz muito sentido se a gente for considerar que The
Edge (cujo nome verdadeiro é Dave Evans) recebeu esse apelido logo quando da
formação da banda, por conta de sua preferência por observar as coisas de uma
certa distância, e por conta de seu comportamento geralmente pouco emocional.
E, de uma perspectiva do Eneagrama, a análise de Bono faz
ainda mais sentido. Isso porque muitas poucas pessoas que conhecem esse sistema
discordariam de mim quando digo que The Edge é, quase que sem nenhuma dúvida,
um tipo Cinco.
Não espere por muito
Não é de se espantar que um dos nomes mais comumente usados pra descrever esse tipo é “o Observador” (“o Investigador” também é bastante comum). Eles são considerados os mais “cerebrais” dos nove tipos, no sentido de serem aqueles que tendem a confiar mais no intelecto. Muito frequentemente, em detrimento de suas emoções.
Muito disso vem da sua paixão característica, que é a avareza.
No contexto do Eneagrama, a avareza deve ser vista sob um contexto mais amplo,
já que ela não trata apenas de ser mesquinho em relação a dinheiro, mas também
em relação a outros recursos, como tempo e energia.
Em outras palavras, o tipo Cinco frequentemente percebe as
demandas externas como sendo simplesmente demais pra eles. Como resultado, eles
tendem a evitar se envolver muito com outras pessoas num nível bastante
emocional, em parte porque eles geralmente duvidam de sua própria capacidade de
dar a essas pessoas o que elas procuram.
Disso decorre uma tendência a ter a frugalidade em alta
conta, e em se virar com menos do que seria sequer concebível pra maioria das
pessoas. O que, sob um ponto de vista artístico, pode dar uns resultados muito
interessantes.
Tome essas mãos, elas não servem pra nada
Não é nenhum exagero dizer que The Edge é um dos guitarristas mais únicos e influentes de todos os tempos. Ter crescido sob a influência do movimento punk acabou sendo o encaixe perfeito pra um músico que se considera um minimalista de coração, com muito pouco interesse em tocar uma quantidade excessiva de notas.
“Eu sou um músico. Não sou um pistoleiro”, ele
diz. E ter essa perspectiva mais ampla de si mesmo lhe permitiu explorar
territórios desconhecidos enquanto guitarrista, dando rédea livre pro seu
grande interesse nas possibilidades técnicas não só do seu instrumento
principal, mas também do estúdio de gravação.
De fato, embora eu não leve muito a sério aqueles que o
criticam enquanto guitarrista por causa do seu estilo mais contido, eu às vezes
concordo com outros que dizem que ele se fia demais na parafernália técnica ao
redor de tudo isso, a qual envolve um setup ridiculamente complexo de guitarras
durante os shows.
E isso, por sinal, também pode ser creditado ao seu tipo no
Eneagrama. Por um lado, o tipo Cinco tende a ter uma capacidade fora do comum
de se concentrar e ir a fundo no trabalho que faz. Por outro lado, eles podem
ir longe demais nisso, ficando obcecados com detalhes que, no fim das contas,
podem acabar lhes distraindo do todo.
Aliás, até certo ponto foi uma surpresa pra alguns fãs
quando Bono disse recentemente que o maior culpado pelo fato do U2 estar
demorando cada vez mais pra lançar seus álbuns é The Edge. O fato dele ser
tanto o maior workaholic quando o maior perfeccionista da banda é capaz de deixar
todo mundo ao seu redor louco.
Você vem vivendo debaixo da terra, comendo de uma lata
O que me leva à questão dos subtipos, já que essa mistura de workaholismo e perfeccionismo é a maior razão de eu acreditar que o seu instinto mais forte no Eneagrama é o autopreservação.
Confesso que essa não é uma aposta muito confiante da minha
parte. Em parte porque os diferentes subtipos do Cinco não são considerados
muito diferentes uns dos outros, exceto pra aqueles que os conhecem muito bem
(o que tende a ser uma tarefa difícil, como vimos).
Mas, como eu não vejo nele nem o idealismo que parece ser
típico do Cinco social, nem o romantismo do Cinco sexual, classificá-lo como
autopreservação-dominante me parece que pelo menos faz algum sentido (afinal,
esse subtipo é o considerado o mais “puro” dos Cinco).
Em geral, diz-se que o Cinco autopreservação tem uma
necessidade mais forte por demarcações claras e por se isolar, assim como uma
dificuldade maior que os outros dois subtipos no que se refere a ser assertivo
e demonstrar agressividade.
Não sei se quaisquer desses aspectos se aplicam a The Edge
com certa regularidade (algo que provavelmente só os seus familiares e os seus
colaboradores mais recorrentes poderiam dizer), mas o seu excesso de dedicação
ao trabalho me lembra algo que Bea Chestnut diz em The Complete Enneagram:
O Cinco autopreservação limita suas
necessidades e vontades por acreditar que todo desejo pode abrir a porta para
que eles se tornem dependentes de outros. Desejos, portanto, são ou sublimados
em interesses específicos, ou apagados da consciência.
Suponho que tais interesses e atividades poderiam ser
simplesmente hobbies para alguns desses
Cinco. Mas também é muito frequente que eles sejam seu ganha-pão.
E isso me leva ao meu último ponto de hoje (e provavelmente
a coisa que mais me incomoda enquanto fã do U2).
Uma ideia perigosa que quase faz sentido
Embora, enquanto banda, o U2 sempre tenha sido mais apolíneo do que dionisíaco (no sentido de demonstrar uma preocupação muito forte com o que é apropriado de se exibir ou não), nos últimos quinze anos, mais ou menos, esse desequilíbrio cresceu ainda mais.
Enquanto boa parte dos anos 90 viu a banda se reconciliando
com seu lado dionisíaco (o que, pra todos os efeitos, foi uma experiência liberadora
pra todos eles), desde então eles vêm tendo mais e mais dificuldade em trazer
uma dose saudável de espontaneidade e caos ao processo criativo como um todo.
A consequência é que, quando eles tentaram replicar tal
experiência no álbum No Line on the Horizon, de 2009, eles simplesmente
não conseguiram. Não que seja um álbum ruim, mas ele dá a nítida impressão de
que eles sentiram que haviam se tornado grandes demais pra fracassar e não
conseguiram mais se deixar levar.
Mas o pior de tudo é que, desde então, a banda lançou dois
álbuns recheados de grandes músicas (Songs of Innocence, de 2014, e Songs
of Experience, de 2017), as quais foram (pelo menos pra mim) eclipsadas por
uma triste constatação: pela primeira vez, o U2 está soando como qualquer outra
coisa que toca no rádio.
A razão de eu estar abordando tudo isso é por acreditar que
muito disso tem a ver com a influência desproporcional que o perfeccionismo de
The Edge teve sobre esses álbuns. Sinto até que estou sendo meio duro ao
escrever isso, porque eu também acho que boa parte das escolhas artísticas da
banda até então haviam sido mais que justificáveis.
Mas também suspeito que, se eu fosse um garoto de 11 anos
hoje (como eu era quando vi pela primeira vez o clipe de “Staring at the
Sun” na MTV), eu provavelmente não ligaria muito pro U2. Não porque eles
estão se esforçando demais (isso eles sempre fizeram), mas porque agora eles
estão se saindo melhor do que antes.
Torço pra que, como diz a letra da última música do seu (ridiculamente menosprezado) álbum de 1997, Pop, ainda seja possível rebobinar tudo como se fosse um toca-fitas (Songs of Ascent, mais alguém?). Mas a cada ano que passa isso vem se tornando uma possibilidade mais remota no meu coração.
O mundo corporativo é muito dinâmico. ele costuma apresentar uma série de estudos sobre a personalidade das pessoas e, atualmente, o eneagrama está sendo utilizado por alguns profissionais de sucesso. Ele pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.
O UV Henrí Galvão, um grande entusiasta do assunto, resolveu fazer um estudo dentro dos preceitos desta técnica em cima das personalidades de Bono e The Edge. Aqui vai o primeiro texto, sobre o Bono. Semana que vem vamos postar o sobre The Edge. Se liga só:
Eneagrama &
Música: Bono
Bono é um personagem que não requer maiores introduções. Ainda que, enquanto frontman do U2, ele seja uma das estrelas do rock mais famosas do mundo, talvez ele seja igualmente conhecido por seu envolvimento numa variedade de causas sociais, principalmente aquelas relacionadas à melhora das condições econômicas e de saúde na África.
Ao mesmo tempo, eu me pergunto se um estudante do Eneagrama
que não soubesse quem ele é (é claro que isso é quase impossível pra qualquer
um que acompanhe a música pop), e que fosse introduzido apenas aos fatos-chave
da vida de Bono e do que ele defende, concordaria com o que estou prestes a
dizer: que ele é, muito provavelmente, um tipo Sete.
Você perde muita coisa nesses dias se você para pra pensar
Por um lado, talvez não seja assim tão difícil pensar nele quando frequentemente se vê diferentes autores se referindo ao tipo Sete como “o Epicurista” do Eneagrama. Afinal, mesmo quando o U2 era considerado uma banda muito séria, havia sempre uma notável “joie de vivre” nas entrevistas que Bono concedia, bem como nas suas artimanhas de palco.
Por outro lado, sempre que se estuda um certo tipo no
Eneagrama, há algo de mais importante do que o nome que é frequentemente dado a
ele: a saber, a sua paixão predominante. A qual, para o tipo Sete, se chama gula.
Por conta disso, muito do entusiasmo que os Sete demonstram
vêm de querer fazer e experimentar muitas coisas (comida sendo apenas uma
delas), frequentemente todas ao mesmo tempo. E essa tendência, paradoxalmente,
tende a lhes negar justamente a satisfação que eles procuravam quando decidiram
se engajar em tais experiências.
Isso porque a principal fixação desse tipo se chama antecipação.
Em outras palavras, como eles estão constantemente pensando sobre o que fazer
ou aonde ir em seguida, estar presentes onde quer que eles estejam – e com quem
quer que esteja com eles – num dado momento pode ser algo incrivelmente
difícil.
É claro que estar presente não é uma tarefa fácil pra
ninguém, independentemente do seu tipo. (O tipo Quatro, por exemplo, tende a
pensar bastante no passado.) A questão é que muitos tipos Sete, justamente por
conta de sua fixação, tendem a desenvolver uma baixíssima tolerância à
frustração.
A partir daí, não é de surpreender que um dos seus maiores
desafios seja uma falta de comprometimento generalizada. Toda criatividade e
excitação que eles geralmente demonstram durante os estágios iniciais de
qualquer projeto podem ser sabotadas por um certo desinteresse em dar
prosseguimento às suas ações – em parte devido a um certo medo de se sentirem
presos.
Um amor, uma vida
Tendo isso em mente, talvez soe estranho ouvir um tipo Sete dizer algo nesses termos:
Eu comecei a namorar a minha esposa, Ali,
na mesma semana em que entrei no U2, e aquela foi uma boa semana
Sem contextualizar as coisas, talvez a frase acima não soe
tão fora do comum por si só, então vou reenquadrá-la da seguinte maneira: temos
aqui um tipo Sete na faixa dos 50 anos que encontrou sua futura esposa e seus
futuros companheiros de banda quando tinha apenas 16, e eles todos estão juntos
desde então. (Incrivelmente, o U2 nunca passou por nenhuma mudança de
formação.)
A estranheza dessa situação pode ser ao menos parcialmente
explicada quando consideramos que o instinto predominante de Bono no Eneagrama
é o social, e isso o coloca dentre aqueles que são classificados como
contra-tipos neste sistema – pessoas que expressam a paixão de seu tipo das
formas mais inesperadas.
Como o nome sugere, o instinto social se relaciona com como
uma pessoa lida com dinâmicas de grupo em geral. Assim, talvez a forma mais
fácil de entender a influência que esse instinto tem sobre um indivíduo é
considerar a importância que ele/ela dá a qualquer situação na qual haja mais
de duas pessoas envolvidas.
Como comentei no meu primeiro texto dessa série, isso não
significa que uma pessoa que seja social-dominante vá ser mais socialmente
envolvida do que se o seu instinto predominante fosse o sexual ou o
autopreservação. Basicamente, o que isso significa é que, seja como for que
essa pessoa decida se comportar em grupos, ela raramente vai deixar de levar em
conta essas dinâmicas.
Isso pode ser facilmente visto não só no papel cada vez maior de Bono enquanto ativista social ao longo dos anos, mas também no seu papel enquanto membro do U2. Nos anos 80, a banda era vista como os salvadores do rock por alguns, e um observador casual não pensaria que carregar tal bandeira fosse um fardo tão pesado pra ele.
Então, pra mais uma vez trazer a paixão a essa equação: o
Sete social é considerado um contra-tipo por reconhecer que a gula – isso é,
sua tendência a pensar em sua própria satisfação antes mesmo de sequer levar em
conta os desejos e necessidades dos outros – frequentemente não cai muito bem
com o que é socialmente esperado.
Consequentemente, esse subtipo faz o movimento contrário à
tendência do tipo Sete de ser oportunista, e deliberadamente evita tomar algo
pra si mesmo primeiro, defendendo causas que são frequentemente maiores do que
eles mesmos.
É por isso que esse subtipo é muito apropriadamente chamado
de “Sacrifício”: eles se comportam de maneiras bastante
antioportunistas. Como resultado, como diz Bea Chestnut no seu livro The
Complete Enneagram, sua gula pode ser difícil de identificar, “porque
eles se esforçam para escondê-la em comportamentos altruístas”.
Nos sonhos começam as responsabilidades
Se tudo isso soa bom demais pra ser verdade, é porque, até certo ponto, é. Esses Sete agem como bons samaritanos, mas isso frequentemente vem acompanhado de um desejo igualmente forte de serem reconhecidos pelos outros. (O que é uma das razões pela qual o Sete social pode de certa forma se parecer com um tipo Dois.)
Em sua análise desse subtipo, Bea certamente não poupa
palavras, e diz algo que soaria como música aos ouvidos dos detratores de Bono
(que aparentemente são muitos): “Seu sacrifício e serviço é o preço que
eles pagam por sua necessidade neurótica por admiração.”
Antes de dizer qualquer outra coisa, talvez eu deva deixar claro que sou um fã tanto dele quanto do U2. Embora isso faça com que eu seja um tanto parcial, eu realmente acredito que o seu nível de autoconsciência é bem alto, e o fato dele estar mais que disposto a receber os mais diferentes ataques me parece um bom indício de que ele realmente acredita de coração no que faz.
Na minha opinião, um calcanhar de Aquiles mais delicado está
nas suas escolhas como, provavelmente, o membro mais influente do U2 – alguns
diriam que ele é o líder de facto da banda. Mais evidentemente, na obsessão que
a banda tem em ser aclamada e estar na crista da onda como se nada mais
importasse.
Imagino que muito dessa obsessão venha da insistência de
Bono em igualar relevância a popularidade. O que, por sua vez, me faz lembrar
de como o tipo Sete é muito suscetível a sofrer de uma certa recusa em
envelhecer, quase como se “envelhecer
graciosamente” fosse um oximoro.
Não é segredo que a ambição rói as unhas do sucesso
De certa forma, me alegra ouvir Bono dizendo coisas como: “se nós acreditamos nas nossas músicas, precisamos usar todos os meios possíveis pra alcançar as pessoas”. Eu mesmo provavelmente não teria me tornado o fã que sou se não tivesse sido exposto à música da banda bem cedo, inclusive quando eles nem eram mais tão “descolados” assim.
E eu com certeza não estou aqui pra dizer o que Bono e o U2
devem ou não fazer a respeito de como comunicam o valor de seu trabalho. Mas às
vezes eu me pergunto: será que eles não estão se vendendo barato demais? Não
seria bacana, só pra variar, deixar os mais jovens descobrirem o U2 por si
mesmos?
É claro que, enquanto fã, eu meio que já sei quais seriam as
respostas a essas perguntas. Mas acho que não faz mal “sonhar alto”
só um pouquinho, não é?
O site u2.com enviou links para que os fãs baixem o aplicativo que promove uma experiência de Realidade Aumentada em que Bono aparece em 3D enquanto canta Love is all we have left.
A tecnologia será usada nos shows do U2 na nova tour.
Fãs do U2 de todo o planeta costumavam se comunicar numa lista internacional conhecida como Wire, no final dos anos 90. Foi lá que nossa presidente, Ana Vitti, e mais alguns fãs – que continuam conosco até hoje, participando dos eventos e acompanhando nossos perfis nas redes sociais – se encontraram após um deles perguntar, em português, se havia algum brasileiro presente.
A partir desta lista, brasileiros começaram a ter um lugar para se encontrar virtualmente, muito antes do surgimento das redes sociais. O Ultraviolet-U2 Fan Club Brazil começou timidamente como uma lista de emails, em um pequena empresa que foi comprada pelo Yahoo, e após a apresentação no Fantástico e a gravação do vídeo de Walk on, em 2000, Adra Garcia oficializou a reunião de fãs e registrou o fã clube num cartório. Depois disto, pessoas de todos os estados brasileiros, além de alguns moradores de países estrangeiros, passaram a se autodenominar como UVs e UVas, com muito orgulho.
E é esta união virtual e física que iremos comemorar no próximo dia 28 de abril de 2018, no Bar Skull, em São Paulo. Com shows das bandas Manchester Oasis Cover e a Ultraviolet Tribute Band (formada por pessoas que se conheceram ainda na antiga lista de emails), o encontro vai comemorar a última passagem do U2 pelo brasil, em outubro do ano passado, além de rever e conhecer alguns membros do fã clube e participar de sorteios de alguns brindes especiais.
Se você quer conhecer as pessoas do grupo e curtir um som especial, não deixe de participar!
Tradução coletiva do livro U2 – At the End of The World
Um dos livros mais completos sobre o começo da trajetória do U2 – chamado U2 – At the end of the world, de Bill Flanagan – jamais foi traduzido para o português, nem mesmo o de Portugal. O fã clube Ultraviolet, ainda nos tempos em que existia apenas como uma lista de emails, começou a tarefa de traduzir as dezenas de capítulos da publicação. Infelizmente, ela não foi concluída e muita gente não conseguiu acessar o material.
Desta vez, parece que o projeto vai até o fim! Sob a conduta do UV Cris Araújo, de Santa Catarina – que resolveu revisar todo o material já trabalhado e finalizar o restante – vamos postar o livro em capítulos aqui no site. De 15 em 15 dias, aproximadamente, um pedaço inédito será postado e todo mundo vai poder baixar e ler o livro completo em português.
Bill Flanagan
Para saber um pouco mais sobre o livro, leia a resenha que o atu2 fez sobre ele. Caso queira comprar o livro original, em inglês, é só clicar aqui!
Sempre que um capítulo for acrescentado, nós avisaremos na fanpage do Facebook e no Twitter.