A continuação da turnê Joshua Tree 30 anos vai recomeçar na cidade de Auckland, Nova Zelândia, dia 8 de novembro. Os horários são completamente loucos pra gente daqui do outro lado do mundo, por isso o Ultraviolet resolveu fazer um resumo com as datas, locais e horários de cada um dos shows.
Vai querer ouvir antes de ir pro trabalho, escola ou faculdade? Dá uma olhadinha e se programe direitinho. Lembrando que o horário sempre é o de Brasília. Saca só:
Greg Caroll foi um jovem neozelandês que conheceu o U2 trabalhando em alguns shows em seu país. De origem Maori, ele acabou cativando a todos e recebeu um convite de Bono pára ir trabalhar com eles na Irlanda.
Após sair com a moto de Bono, para ficar com Ali – que estava sozinha, à noite, enquanto Bono terminava a gravação do disco Joshua Tree – ele sofreu um acidente e veio a falecer. Em sua homenagem, o U2 fez a canção One Tree Hill
Os membros da banda foram à cerimônia indígena em homenagem a Caroll, em sua terra natal, e receberam de sua família adotiva, um ursinho que sua mãe biológica havia lhe presenteado ao coloca-lo para adoção.
Recentemente, o fotografo Mark Nixon pediu a Ali e Bono um objeto que tivesse um significado especial para eles e Ali entregou o ursinho para ser fotografado. A irmã mais velha de Greg, Christina, revelou à imprensa de seu país que ela recebeu do casal Hewson uma cópia da fotografia.
Ali revelou em entrevista que o ursinho de pelúcia é a memória de “um dos homens mais incríveis da minha vida” e que a morte de Greg havia deixado um buraco gigante em sua vida e na de Bono.
“Greg Carroll se tornou um grande amigo para mim e Bono”, revelou. “Greg era um maori, e em seu tangi (testamento/legado) um amigo dele nos entregou este ursinho de pelúcia. Era dele, e está conosco desde então. Um fragmento da realidade do Greg, desaparecido, mas nunca esquecido.
Lembra da canção?
One Tree Hill
We turn away to face the cold, enduring chill As the day begs the night for mercy, love.
A sun so bright it leaves no shadows Only scars carved into stone on the face of earth.
The moon is up and over One Tree Hill We see the sun go down in your eyes.
You run like a river runs to the sea You run like a river runs to the sea.
And in the world, a heart of darkness, a fire-zone Where poets speak their heart then bleed for it
Jara sang, his song a weapon in the hands of love. You know his blood still cries from the ground.
It runs like a river runs to the sea. It runs like a river to the sea.
I don’t believe in painted roses or bleeding hearts While bullets rape the night of the merciful.
I’ll see you again when the stars fall from the sky And the moon has turned red over One Tree Hill.
We run like a river runs to the sea We run like a river to the sea.
And when it’s rainin’, rainin’ hard That’s when the rain will break a heart.
Rainin’, rainin’ in your heart Rainin’ in your heart. Rainin’, rain into your heart Rainin’, rainin’, rainin’ Rain into your heart. Rainin’, ooh, rain in your heart, yeah. Feel it.
Oh great ocean Oh great sea Run to the ocean Run to the sea.
É uma fofoca que envolve Bono, indiretamente. Há cerca de 10 dias, nós postamos – em nosso Facebook – algumas fotos de Bono e seu amigo Guggi na França, num Chateau que é uma mistura de vinícula, hotel, museu, etc. Também esteve com eles, o ator Bradley Cooper.
Ontem, algumas publicações postaram uma foto que seria da atriz e cantora Lady Gaga ao lado de Cooper, provando enfim, um possivel relacionamento entre ambos, algo muito ansiado pelos fãs que chipavam o casal deste o filme Nasce uma estrela.
Pois bem, o surpreendente da história é que Lady Gaga nunca esteve presente no local! Confundiram o amigo de infância de Bono, Guggi, com a cantora norte americana. Apenas hoje a confusão foi desfeita, para gargalhadas gerais.
Olha só as fotos:
E aí? Achou parecidos? Você também os confundiria?
Conheça Jean Pigozzi, fotógrafo amigo de Bono e de várias outras celebridades!
Jean Pigozzi tem muitas faces. Italiano de nascimento, ele foi criado na França, mas é cidadão do mundo. Foi reconhecido como o maior colecionador de arte africana do planeta. Ainda é designer de moda e fotógrafo, mas o que interessa mesmo pra gente: é amigão do Bono e seu vizinho de verão, no sul da França.
Pigozzi é proprietário da lendária Villa Dorane em Cap d’Antibes, próximo a Cannes. Desde menino, ele fotografa quase tudo e todos em sua tão famosa Villa. Em sua piscina é que as grande festas cheias de celebridades aconteciam. Ao longo de mais de quatro décadas, ele registrou seus convidados ilustres e em 2016, publicou um livro chamado Pool Party, com mais de cem fotos, todas capturadas em seu deck da Riviera Francesa.
Mick Jagger, Sharon Stone, Bono, Edge, Elizabeth Taylor, diversos outros famosos desfilam pelo livro em fotos espontâneas e felizes. Bono escreveu, no prefácio que fez para o livro: “Apesar de todos os convidados selvagens e maravilhosos entrando e saindo de sua piscina cristalina, para mim o mais excitante é ouvir o riso que abafa o mar”.
Algumas das fotos já são icônicas e muito conhecidas, como aquela ali em cima, que registrou Edge, Bono e Michael Hutchence saindo d’água. Em entrevista, Jean explicou que começou a fotografar ainda criança porque sua dislexia o impedia de escrever como queria e assim transformou a fotografia em uma espécie de narrativa.
O mundo que rodeia o U2 é sempre muito especial e acaba fazendo com que histórias como essa apareçam para os seus fãs, não é?. Aproveite e veja só mais algumas fotos incríveis que ele fez:
Um dos grandes sonhos de muita gente deste fandom é o de se comunicar com seus ídolos. Conversar, nem que seja virtualmente, com um dos quatro membros do U2. O mais próximo que chegamos disso aconteceu durante a turnê 360°, quando The Edge abriu uma conta pessoal no Twitter, micro blog recém criado naquela época.
Ele não interagia com os fãs, utilizava o Twitter como se fosse uma plataforma semelhante ao atual Instagram. Postava muitas fotos de paisagens, de comidas, dos bastidores dos shows e algumas poucas selfies.
Após a turnê, o perfil foi abandonado e o U2 só voltou a aparecer nas redes sociais através de seu perfil oficial, que também não interage com ninguém e tem uma qualidade até questionável, se for comparado com o de outros artistas semelhantes.
Demora a se manifestar sobre temas importantes – como aconteceu quando houve o atentado na França, em que o show foi cancelado. Só soubemos que todos estavam bem via perfil da prima de Edge, Ciara -, não responde perguntas pertinentes, utilizando apenas comunicados no site oficial, existem muitas críticas em relação à interatividade da banda.
Mas em 2009, pudemos olhar o mundo através dos olhos de Edge. Caso vocês queiram matar a curiosidade, o perfil inativo ainda está no ar, mas muitos links já não funcionam mais, inclusive algumas tiradas em São Paulo e em Brasília. Clique aqui para ver. Eis algumas das fotos postadas por Edge, pra vocês matarem a saudade:
O ano de
2019 marca a 14ª campanha do fã-clube ULTRAVIOLET-U2 em favor do Graacc. Há 14
anos ininterruptos arrecadamos doações para o hospital durante o mês de maio.
Gostaríamos de convidar a todos para participarem novamente este ano.
As doações podem ser de qualquer valor, a não ser que você deseje concorrer aos brindes que serão sorteados.
Há duas
maneiras de contribuir:
Via DEPÓSITOS/TED/DOC na conta do GRAACC
GRAACC
Banco
Bradesco
Agência: 0548(caso seja pedido, o dígito é 7)
Conta Corrente: 98.355-1
CNPJ: 67.185.694/0001-50
OBRIGATÓRIO
O ENVIO DO COMPROVANTE PARA QUE POSSAMOS COMPUTAR A DOAÇÃO E TAMBÉM COLOCAR O
NOME DE VOCÊS NO SORTEIO DOS BRINDES.
Tomar banho com ele vai te lembrar sua banda favorita.
Calendário GRAACC
Para ajudar a doar o ano inteiro, quem sabe?
E aí? Gostou?
Acho que vai ter gente doando 3 vezes para poder concorrer a todos os combos, hein…. Você pode depositar qualquer valor, mas quantias superiores a estas indicadas concorrerão aos brindes indicados.
Faça sua boa ação e muita sorte para todos!
5 clipes do U2 que você quase esqueceu de assistir!
Quase esqueceu porque vamos te apresentar, você vai descobrir ou relembrar… O U2 é uma banda tão poderosa que não se contenta em fazer apenas 1 único clipe de seus hits; faz logo 2, 3 e até 4!!!.
Se você for distraído, é bem capaz de nunca ter tomado conhecimento de nenhum deles! Deve só conhecer os clipes originais, mais divulgados. Tá curioso? Dá só uma olhadinha nestes 5 exemplos abaixo.
Stuck in a moment
Todo mundo lembra do vídeo em que Bono e Edge dão as mãos, só que o mercado norte americano recebeu uma versão exclusiva para ele. O outro é bem melhor, mas este é bem curioso.
One
O famoso vídeo do bar, com Bono fumando loucamente, o fandom inteiro já viu; ou a versão alemã, com os 4 fantásticos vestidos como “belas” mulheres. Este daqui, com búfalos, ficou mais restrito ao circuito de arte, vamos dizer assim…
Beautiful Day
Mais um clipe em cima do telhado. Foi filmado em Dublim, é bem sem graça, mas vale como curiosidade.
Walk on
Todo mundo conhece – e ama – a versão gravada no Rio de Janeiro. Nem deveria ter outro… mas tem. A linda música, marcada pela campanha em prol da libertação da ativista Aung San Suu Kyi (que se mostrou bem equivocada, a posteriori), recebeu mais de um registro em vídeo. Dá uma olhadinha nesse:
Song for Someone
A música – presente no penúltimo CD Songs of Innocence – ganhou dois belos vídeos, mas este ficou meio escondido e muita gente boa acabou não vendo. Saca só!
Gostou? Quais outros clipes meio escondidinhos do U2 você curte?
O mundo corporativo é muito dinâmico. ele costuma apresentar uma série de estudos sobre a personalidade das pessoas e, atualmente, o eneagrama está sendo utilizado por alguns profissionais de sucesso. Ele pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.
O UV Henrí Galvão, um grande entusiasta do assunto, resolveu fazer um estudo dentro dos preceitos desta técnica em cima das personalidades de Bono e The Edge. Aqui vai o segundo texto, sobre o Edge. Se perdeu o sobre o Bono, é só procurar em nosso site que está aqui. Se liga só:
Eneagrama &
Música: The Edge
Bono certa vez comparou cada um dos quatro membros do U2 a partes do corpo humano. Enquanto ele próprio seria o coração da banda (por conta de sua grande emocionalidade), Adam e Larry representariam os pés, e The Edge representaria a cabeça.
Isso faz muito sentido se a gente for considerar que The
Edge (cujo nome verdadeiro é Dave Evans) recebeu esse apelido logo quando da
formação da banda, por conta de sua preferência por observar as coisas de uma
certa distância, e por conta de seu comportamento geralmente pouco emocional.
E, de uma perspectiva do Eneagrama, a análise de Bono faz
ainda mais sentido. Isso porque muitas poucas pessoas que conhecem esse sistema
discordariam de mim quando digo que The Edge é, quase que sem nenhuma dúvida,
um tipo Cinco.
Não espere por muito
Não é de se espantar que um dos nomes mais comumente usados pra descrever esse tipo é “o Observador” (“o Investigador” também é bastante comum). Eles são considerados os mais “cerebrais” dos nove tipos, no sentido de serem aqueles que tendem a confiar mais no intelecto. Muito frequentemente, em detrimento de suas emoções.
Muito disso vem da sua paixão característica, que é a avareza.
No contexto do Eneagrama, a avareza deve ser vista sob um contexto mais amplo,
já que ela não trata apenas de ser mesquinho em relação a dinheiro, mas também
em relação a outros recursos, como tempo e energia.
Em outras palavras, o tipo Cinco frequentemente percebe as
demandas externas como sendo simplesmente demais pra eles. Como resultado, eles
tendem a evitar se envolver muito com outras pessoas num nível bastante
emocional, em parte porque eles geralmente duvidam de sua própria capacidade de
dar a essas pessoas o que elas procuram.
Disso decorre uma tendência a ter a frugalidade em alta
conta, e em se virar com menos do que seria sequer concebível pra maioria das
pessoas. O que, sob um ponto de vista artístico, pode dar uns resultados muito
interessantes.
Tome essas mãos, elas não servem pra nada
Não é nenhum exagero dizer que The Edge é um dos guitarristas mais únicos e influentes de todos os tempos. Ter crescido sob a influência do movimento punk acabou sendo o encaixe perfeito pra um músico que se considera um minimalista de coração, com muito pouco interesse em tocar uma quantidade excessiva de notas.
“Eu sou um músico. Não sou um pistoleiro”, ele
diz. E ter essa perspectiva mais ampla de si mesmo lhe permitiu explorar
territórios desconhecidos enquanto guitarrista, dando rédea livre pro seu
grande interesse nas possibilidades técnicas não só do seu instrumento
principal, mas também do estúdio de gravação.
De fato, embora eu não leve muito a sério aqueles que o
criticam enquanto guitarrista por causa do seu estilo mais contido, eu às vezes
concordo com outros que dizem que ele se fia demais na parafernália técnica ao
redor de tudo isso, a qual envolve um setup ridiculamente complexo de guitarras
durante os shows.
E isso, por sinal, também pode ser creditado ao seu tipo no
Eneagrama. Por um lado, o tipo Cinco tende a ter uma capacidade fora do comum
de se concentrar e ir a fundo no trabalho que faz. Por outro lado, eles podem
ir longe demais nisso, ficando obcecados com detalhes que, no fim das contas,
podem acabar lhes distraindo do todo.
Aliás, até certo ponto foi uma surpresa pra alguns fãs
quando Bono disse recentemente que o maior culpado pelo fato do U2 estar
demorando cada vez mais pra lançar seus álbuns é The Edge. O fato dele ser
tanto o maior workaholic quando o maior perfeccionista da banda é capaz de deixar
todo mundo ao seu redor louco.
Você vem vivendo debaixo da terra, comendo de uma lata
O que me leva à questão dos subtipos, já que essa mistura de workaholismo e perfeccionismo é a maior razão de eu acreditar que o seu instinto mais forte no Eneagrama é o autopreservação.
Confesso que essa não é uma aposta muito confiante da minha
parte. Em parte porque os diferentes subtipos do Cinco não são considerados
muito diferentes uns dos outros, exceto pra aqueles que os conhecem muito bem
(o que tende a ser uma tarefa difícil, como vimos).
Mas, como eu não vejo nele nem o idealismo que parece ser
típico do Cinco social, nem o romantismo do Cinco sexual, classificá-lo como
autopreservação-dominante me parece que pelo menos faz algum sentido (afinal,
esse subtipo é o considerado o mais “puro” dos Cinco).
Em geral, diz-se que o Cinco autopreservação tem uma
necessidade mais forte por demarcações claras e por se isolar, assim como uma
dificuldade maior que os outros dois subtipos no que se refere a ser assertivo
e demonstrar agressividade.
Não sei se quaisquer desses aspectos se aplicam a The Edge
com certa regularidade (algo que provavelmente só os seus familiares e os seus
colaboradores mais recorrentes poderiam dizer), mas o seu excesso de dedicação
ao trabalho me lembra algo que Bea Chestnut diz em The Complete Enneagram:
O Cinco autopreservação limita suas
necessidades e vontades por acreditar que todo desejo pode abrir a porta para
que eles se tornem dependentes de outros. Desejos, portanto, são ou sublimados
em interesses específicos, ou apagados da consciência.
Suponho que tais interesses e atividades poderiam ser
simplesmente hobbies para alguns desses
Cinco. Mas também é muito frequente que eles sejam seu ganha-pão.
E isso me leva ao meu último ponto de hoje (e provavelmente
a coisa que mais me incomoda enquanto fã do U2).
Uma ideia perigosa que quase faz sentido
Embora, enquanto banda, o U2 sempre tenha sido mais apolíneo do que dionisíaco (no sentido de demonstrar uma preocupação muito forte com o que é apropriado de se exibir ou não), nos últimos quinze anos, mais ou menos, esse desequilíbrio cresceu ainda mais.
Enquanto boa parte dos anos 90 viu a banda se reconciliando
com seu lado dionisíaco (o que, pra todos os efeitos, foi uma experiência liberadora
pra todos eles), desde então eles vêm tendo mais e mais dificuldade em trazer
uma dose saudável de espontaneidade e caos ao processo criativo como um todo.
A consequência é que, quando eles tentaram replicar tal
experiência no álbum No Line on the Horizon, de 2009, eles simplesmente
não conseguiram. Não que seja um álbum ruim, mas ele dá a nítida impressão de
que eles sentiram que haviam se tornado grandes demais pra fracassar e não
conseguiram mais se deixar levar.
Mas o pior de tudo é que, desde então, a banda lançou dois
álbuns recheados de grandes músicas (Songs of Innocence, de 2014, e Songs
of Experience, de 2017), as quais foram (pelo menos pra mim) eclipsadas por
uma triste constatação: pela primeira vez, o U2 está soando como qualquer outra
coisa que toca no rádio.
A razão de eu estar abordando tudo isso é por acreditar que
muito disso tem a ver com a influência desproporcional que o perfeccionismo de
The Edge teve sobre esses álbuns. Sinto até que estou sendo meio duro ao
escrever isso, porque eu também acho que boa parte das escolhas artísticas da
banda até então haviam sido mais que justificáveis.
Mas também suspeito que, se eu fosse um garoto de 11 anos
hoje (como eu era quando vi pela primeira vez o clipe de “Staring at the
Sun” na MTV), eu provavelmente não ligaria muito pro U2. Não porque eles
estão se esforçando demais (isso eles sempre fizeram), mas porque agora eles
estão se saindo melhor do que antes.
Torço pra que, como diz a letra da última música do seu (ridiculamente menosprezado) álbum de 1997, Pop, ainda seja possível rebobinar tudo como se fosse um toca-fitas (Songs of Ascent, mais alguém?). Mas a cada ano que passa isso vem se tornando uma possibilidade mais remota no meu coração.
O mundo corporativo é muito dinâmico. ele costuma apresentar uma série de estudos sobre a personalidade das pessoas e, atualmente, o eneagrama está sendo utilizado por alguns profissionais de sucesso. Ele pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.
O UV Henrí Galvão, um grande entusiasta do assunto, resolveu fazer um estudo dentro dos preceitos desta técnica em cima das personalidades de Bono e The Edge. Aqui vai o primeiro texto, sobre o Bono. Semana que vem vamos postar o sobre The Edge. Se liga só:
Eneagrama &
Música: Bono
Bono é um personagem que não requer maiores introduções. Ainda que, enquanto frontman do U2, ele seja uma das estrelas do rock mais famosas do mundo, talvez ele seja igualmente conhecido por seu envolvimento numa variedade de causas sociais, principalmente aquelas relacionadas à melhora das condições econômicas e de saúde na África.
Ao mesmo tempo, eu me pergunto se um estudante do Eneagrama
que não soubesse quem ele é (é claro que isso é quase impossível pra qualquer
um que acompanhe a música pop), e que fosse introduzido apenas aos fatos-chave
da vida de Bono e do que ele defende, concordaria com o que estou prestes a
dizer: que ele é, muito provavelmente, um tipo Sete.
Você perde muita coisa nesses dias se você para pra pensar
Por um lado, talvez não seja assim tão difícil pensar nele quando frequentemente se vê diferentes autores se referindo ao tipo Sete como “o Epicurista” do Eneagrama. Afinal, mesmo quando o U2 era considerado uma banda muito séria, havia sempre uma notável “joie de vivre” nas entrevistas que Bono concedia, bem como nas suas artimanhas de palco.
Por outro lado, sempre que se estuda um certo tipo no
Eneagrama, há algo de mais importante do que o nome que é frequentemente dado a
ele: a saber, a sua paixão predominante. A qual, para o tipo Sete, se chama gula.
Por conta disso, muito do entusiasmo que os Sete demonstram
vêm de querer fazer e experimentar muitas coisas (comida sendo apenas uma
delas), frequentemente todas ao mesmo tempo. E essa tendência, paradoxalmente,
tende a lhes negar justamente a satisfação que eles procuravam quando decidiram
se engajar em tais experiências.
Isso porque a principal fixação desse tipo se chama antecipação.
Em outras palavras, como eles estão constantemente pensando sobre o que fazer
ou aonde ir em seguida, estar presentes onde quer que eles estejam – e com quem
quer que esteja com eles – num dado momento pode ser algo incrivelmente
difícil.
É claro que estar presente não é uma tarefa fácil pra
ninguém, independentemente do seu tipo. (O tipo Quatro, por exemplo, tende a
pensar bastante no passado.) A questão é que muitos tipos Sete, justamente por
conta de sua fixação, tendem a desenvolver uma baixíssima tolerância à
frustração.
A partir daí, não é de surpreender que um dos seus maiores
desafios seja uma falta de comprometimento generalizada. Toda criatividade e
excitação que eles geralmente demonstram durante os estágios iniciais de
qualquer projeto podem ser sabotadas por um certo desinteresse em dar
prosseguimento às suas ações – em parte devido a um certo medo de se sentirem
presos.
Um amor, uma vida
Tendo isso em mente, talvez soe estranho ouvir um tipo Sete dizer algo nesses termos:
Eu comecei a namorar a minha esposa, Ali,
na mesma semana em que entrei no U2, e aquela foi uma boa semana
Sem contextualizar as coisas, talvez a frase acima não soe
tão fora do comum por si só, então vou reenquadrá-la da seguinte maneira: temos
aqui um tipo Sete na faixa dos 50 anos que encontrou sua futura esposa e seus
futuros companheiros de banda quando tinha apenas 16, e eles todos estão juntos
desde então. (Incrivelmente, o U2 nunca passou por nenhuma mudança de
formação.)
A estranheza dessa situação pode ser ao menos parcialmente
explicada quando consideramos que o instinto predominante de Bono no Eneagrama
é o social, e isso o coloca dentre aqueles que são classificados como
contra-tipos neste sistema – pessoas que expressam a paixão de seu tipo das
formas mais inesperadas.
Como o nome sugere, o instinto social se relaciona com como
uma pessoa lida com dinâmicas de grupo em geral. Assim, talvez a forma mais
fácil de entender a influência que esse instinto tem sobre um indivíduo é
considerar a importância que ele/ela dá a qualquer situação na qual haja mais
de duas pessoas envolvidas.
Como comentei no meu primeiro texto dessa série, isso não
significa que uma pessoa que seja social-dominante vá ser mais socialmente
envolvida do que se o seu instinto predominante fosse o sexual ou o
autopreservação. Basicamente, o que isso significa é que, seja como for que
essa pessoa decida se comportar em grupos, ela raramente vai deixar de levar em
conta essas dinâmicas.
Isso pode ser facilmente visto não só no papel cada vez maior de Bono enquanto ativista social ao longo dos anos, mas também no seu papel enquanto membro do U2. Nos anos 80, a banda era vista como os salvadores do rock por alguns, e um observador casual não pensaria que carregar tal bandeira fosse um fardo tão pesado pra ele.
Então, pra mais uma vez trazer a paixão a essa equação: o
Sete social é considerado um contra-tipo por reconhecer que a gula – isso é,
sua tendência a pensar em sua própria satisfação antes mesmo de sequer levar em
conta os desejos e necessidades dos outros – frequentemente não cai muito bem
com o que é socialmente esperado.
Consequentemente, esse subtipo faz o movimento contrário à
tendência do tipo Sete de ser oportunista, e deliberadamente evita tomar algo
pra si mesmo primeiro, defendendo causas que são frequentemente maiores do que
eles mesmos.
É por isso que esse subtipo é muito apropriadamente chamado
de “Sacrifício”: eles se comportam de maneiras bastante
antioportunistas. Como resultado, como diz Bea Chestnut no seu livro The
Complete Enneagram, sua gula pode ser difícil de identificar, “porque
eles se esforçam para escondê-la em comportamentos altruístas”.
Nos sonhos começam as responsabilidades
Se tudo isso soa bom demais pra ser verdade, é porque, até certo ponto, é. Esses Sete agem como bons samaritanos, mas isso frequentemente vem acompanhado de um desejo igualmente forte de serem reconhecidos pelos outros. (O que é uma das razões pela qual o Sete social pode de certa forma se parecer com um tipo Dois.)
Em sua análise desse subtipo, Bea certamente não poupa
palavras, e diz algo que soaria como música aos ouvidos dos detratores de Bono
(que aparentemente são muitos): “Seu sacrifício e serviço é o preço que
eles pagam por sua necessidade neurótica por admiração.”
Antes de dizer qualquer outra coisa, talvez eu deva deixar claro que sou um fã tanto dele quanto do U2. Embora isso faça com que eu seja um tanto parcial, eu realmente acredito que o seu nível de autoconsciência é bem alto, e o fato dele estar mais que disposto a receber os mais diferentes ataques me parece um bom indício de que ele realmente acredita de coração no que faz.
Na minha opinião, um calcanhar de Aquiles mais delicado está
nas suas escolhas como, provavelmente, o membro mais influente do U2 – alguns
diriam que ele é o líder de facto da banda. Mais evidentemente, na obsessão que
a banda tem em ser aclamada e estar na crista da onda como se nada mais
importasse.
Imagino que muito dessa obsessão venha da insistência de
Bono em igualar relevância a popularidade. O que, por sua vez, me faz lembrar
de como o tipo Sete é muito suscetível a sofrer de uma certa recusa em
envelhecer, quase como se “envelhecer
graciosamente” fosse um oximoro.
Não é segredo que a ambição rói as unhas do sucesso
De certa forma, me alegra ouvir Bono dizendo coisas como: “se nós acreditamos nas nossas músicas, precisamos usar todos os meios possíveis pra alcançar as pessoas”. Eu mesmo provavelmente não teria me tornado o fã que sou se não tivesse sido exposto à música da banda bem cedo, inclusive quando eles nem eram mais tão “descolados” assim.
E eu com certeza não estou aqui pra dizer o que Bono e o U2
devem ou não fazer a respeito de como comunicam o valor de seu trabalho. Mas às
vezes eu me pergunto: será que eles não estão se vendendo barato demais? Não
seria bacana, só pra variar, deixar os mais jovens descobrirem o U2 por si
mesmos?
É claro que, enquanto fã, eu meio que já sei quais seriam as
respostas a essas perguntas. Mas acho que não faz mal “sonhar alto”
só um pouquinho, não é?
Presente na cerimonia de entrega do prêmio Nobel de medicina este ano, The Edge apoia diversas pesquisas médicas relacionadas com a cura através dos alimentos. Desde que sua filha mais nova, Sian, foi curada de um tipo agressivo de leucemia em 2006/07, Edge se aproximou de alguns médicos e pesquisadores relacionados com o tema. Ele apareceu esta semana com um livro nas mãos e fomos procurar saber sobre o que se tratava.
Trata-se de Eat to beat disease , do Dr. William Li. O médico fala especificamente sobre um processo conhecido como Angiogenese, que atua diretamente em tumores cancerígenos, segundo a tese.
A Angiogenese faz com que veias e vasos nasçam saudáveis e ajudem o corpo a permanecer funcionando normalmente. A técnica revela um processo que impede a irrigação necessária para o crescimento das células cancerígenas e o livro demonstra que existem alimentos específicos que ajudam a derrotar a doença.
Da maneira similar, ele auxilia a cura de outras doenças importantes que matam milhares de pessoas em todo o planeta, como aquelas relativas ao coração. Ou seja, pode ser algo que vai revolucionar os estudos sobre doenças que atingem muitas pessoas no mundo.
Mas o que tem o U2 a ver com isso? A banda apoia a fundação que realiza as pesquisas no setor e tem seu nome citado no site da entidade como um dos principais financiadores dos estudos.
Nós como fãs, ficamos orgulhosos porque, indiretamente, também estamos financiando este estudo através da compra de material oficial da banda e dos ingressos dos shows.