Fonte: Folha Online

Um grupo eclético formado por personalidades que incluíam o presidente da Microsoft, Bill Gates, o vocalista do U2, Bono, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez um apelo nesta sexta-feira em Davos, na Suíça, para que empresas, organizações e governos de todo o mundo aumentem seus esforços de combate à pobreza no mundo.

O grupo advertiu que, se esses esforços se mantiverem em seu nível atual, não será possível cumprir o objetivo de reduzir pela metade a extrema pobreza no mundo até 2015, em relação aos níveis de 1990, de acordo com as Metas de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidas pela ONU.

Muitas nações estão ficando para trás. Precisamos de novas idéias e ações”, afirmou o secretário-geral da ONU. A mesa, no Fórum Econômico Mundial, tinha ainda a presença da rainha Rania, da Jordânia, e do presidente da Nigéria, Umaru Yar’Adua, entre outros.

Emergência

Para Brown, o mundo se encontra em um momento de “verdadeira emergência” em relação não somente ao combate à pobreza, mas também em relação a outras questões como a ampliação do acesso à saúde e à educação, outros objetivos das Metas do Milênio.

Prometemos que a mortalidade infantil cairia em 75% até 2015, mas no ritmo atual não vamos conseguir. Prometemos que todas as crianças estariam escolarizadas até 2015, mas se não mudarmos nossa maneira de atuar não conseguiremos isso nem mesmo em 2115, e as crianças do mundo não podem esperar mais um século”, advertiu o premiê britânico.

Diante de uma platéia formada basicamente por executivos das grandes empresas do mundo e algumas autoridades governamentais, o cantor Bono defendeu a adoção de exigências legais para o cumprimento das metas para avançar além das “declarações morais de intenção”.