Os donos do mundo – Amor, paz e mais alguma coisa: o planeta através do U2, sua maior banda de rock

Os donos do mundo – Amor, paz e mais alguma coisa: o planeta através do U2, sua maior banda de rock

Trechos de artigo do Diário da Manhã, de Goiânia

O planeta Terra está cada vez mais esquisito. As pessoas parecem ter se especializado em gelar o coração e ser capaz de cometer qualquer tipo de atrocidade, desde matar criancinhas até zombar do amor. A mesma era digital, a mesma Internet que une os povos numa aldeia global, torna todo mundo mais individualista e gelado. Nesse meio cínico e esquizofrênico, somente um homem tem coragem suficiente de levantar uma bandeira branca e pregar amor, paz e mais alguma coisa: Bono Vox. O sujeito que é capaz de abraçar Bush Junior e pedir para que ele perdoe a dívida externa de alguns países do Terceiro Mundo. O único homem no mundo moderno capaz de fazer o sermão da montanha e todos prestarem atenção – e ainda descer do Sinai vivo. How to Dismantle an Atomic Bomb, o novo disco da banda, lançado há algumas semanas, é o U2 de sempre – o que é superior a 99,9% do que rotulam como novidade por aí. São 11 faixas que soam como um bálsamo para tempos bicudos como este. Uma espécie de auto-ajuda sonora para enfrentar os percalços do quotidiano. Não é à toa que já vendeu quase oito milhões de unidades em todo mundo em menos de vinte dias.

No saldo final, depois de introduções falsas, paradas experimentais, alguns blips e blops, uma cozinha perfeita nas mãos de Larry e Adam, temos um disco que fala sobre como enfrentar a morte (Sometimes You Can’t…), o renascimento (Original of the Species), Deus (Yahweh), amor (A Man and a Woman), guerra (Love and Peace or Else) e paz (City of Blindind Lights). Assuntos ultrapassados para um mundo acostumado a drogas sintéticas, a ditadura da beleza, ao cinismo, ao individualismo. Acostumado com bombas estourando em todos os lugares. Com pessoas que não abaixam a guarda e dão uma chance. Ingenuidade? Sim, eu quero duas doses. “A bomba na verdade sou eu. Andei bebendo e feri pessoas que eu amo. Queria acabar com isso. Por isso, esse é um disco sobre quem você ama, como você ama e porque você ama”, finaliza Bono Vox. Precisa dizer mais alguma coisa?

Com esse ótimo artigo que vale à pena ser lido na íntegra (clique no link), queremos desejar a todos um Feliz Natal, ao som de U2.

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