A autópsia confirmou ontem que o líder do The Clash, Joe Strummer, morreu devido a um ataque cardíaco repentino e fulminante. O guitarrista de 50 anos havia acabado de voltar de um passeio com seu cachorro. Sua mulher, Lucinda, teria tentado reanimá-lo após ver Strummer caído na cozinha de sua casa, em Somerset, oeste da Inglaterra. O guitarrista deixou ainda duas filhas adolescentes.
Joe Strummer havia retornado de uma turnê com sua banda The Mescaleros. Ele também havia trabalhado recentemente numa composição – ao lado de Bono, do U2, e Dave Stewart, do Eurythmics – em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela. A canção seria apresentada em um concerto marcado para 2 de fevereiro, com renda revertida para a fundação Mandela SOS. A família de Strummer pediu a fãs e amigos que não mandem flores, mas façam contribuições ao site da instituição (www.mandelasos.com).
O site da revista Rolling Stone traz comentários de músicos e amigos do guitarrista. “Nosso amigo e compadre se foi…Deus te abençoe, Joe”, disse seu ex-companheiro de banda, Mick Jones. “The Clash era a maior banda de rock. Eles escreveram as regras para o U2…é um grande choque”, afirmou Bono.
“Aquele coração sempre trabalhou muito”, disse Pete Townshend, guitarrista do The Who. “Vou sentir muitas saudades.” O produtor de música eletrônica Moby também elogiou o trabalho de Strummer. “Joe e o The Clash fizeram música emocionante, política, desafiadora, experimental e maravilhosa”, disse Moby. “Ele escreveu algumas das canções mais importantes do século XX e sua presença fez o mundo um lugar melhor.”