O empresário Roberto Medina, criador e organizador do atemporal megafestival Rock in Rio, afirma que ainda não houve conversas com nenhuma banda para a próxima edição do evento.
Segundo declarou Medina por meio de sua assessoria de imprensa, o Rock in Rio 4 vai ser, sim, realizado, com bandas internacionais, mas não em janeiro, seu mês tradicional.
“O festival ainda está sendo redesenhado para se adaptar à difícil realidade econômica do Brasil. Seu projeto já teria que estar pronto para realizá-lo em janeiro”, disse o publicitário carioca. “Não haveria tempo hábil para organizá-lo, agendar bandas e montá-lo em poucos meses.”
De acordo com Medina, o festival deve ocupar algumas datas no meio do ano que vem. Ou ainda no período de setembro/outubro, data desfalcada no pop nacional pela extinção do Free Jazz Festival, que acontecia em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O novo desenho do Rock in Rio 4 está sendo trabalhado em três frentes, todas dependendo do número de patrocinadores a serem angariados.
Sem descartar a presença de atrações internacionais de grande e médio porte, a mais provável é a de um festival com um porte menor que o de costume.
O terceiro Rock in Rio, realizado no ano passado, ofereceu cerca de 150 atrações para um público estimado em 1,2 milhão de pessoas, total que ocupou os 250 mil m2 da Cidade do Rock (Jacarepaguá) nos sete dias de evento.
As outras opções para a quarta edição do festival, ambas em segundo plano: um evento no mesmo molde gigante das versões anteriores e um Rock in Rio formado apenas por bandas brasileiras.
U2
Para suprir a ausência do Rock in Rio no mês de janeiro, Medina tentou trazer para o início de 2003 a banda irlandesa U2. Mas as negociações, muito por conta da disparada do dólar, não se revelaram bem-sucedidas.
A primeira edição do Rock in Rio ocorreu em 1985 e teve atrações como Ozzy Osbourne, Yes e B-52’s. A segunda, em 1991, foi realizada no Maracanã e trouxe nomes como Prince, Billy Idol e Guns n” Roses. No ano passado, vieram Neil Young, REM, Oasis, entre outros.