Bono, do U2, afirma que prefere o rock à política

Bono, do U2, afirma que prefere o rock à política

DUBLIN (Reuters) – O roqueiro irlandês Bono afirmou na quinta-feira que a música é seu primeiro e maior amor e que, apesar de seu trabalho em favor dos direitos humanos, não tem interesse em tornar-se político.

Nada se compara à sensação de acordar com uma música na cabeça e ter uma banda como o U2 para ajudar você a capturá-la”, disse o cantor à revista irlandesa Hot Press.

A política não faz minha cabeça do mesmo modo que a música. Hoje em dia eu sinto bem mais respeito pelos políticos do que sentia. Eles trabalham muito mais duro do que imaginava. Mas eu não quero ser um deles”.

O artista de Dublin já fez lobby junto a diversos líderes mundiais, entre eles o presidente francês, Jacques Chirac, para aumentar a ajuda aos países pobres e promover o perdão da dívida dos mesmos. Em maio, ele fez uma viagem de 12 dias pela África na companhia do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’Neill, fazendo campanha contra a pobreza.

Citado como possível candidato à presidência da Irlanda, Bono disse que não tem qualquer interesse pela presidência, um cargo em grande medida protocolar que costuma atrair candidatos distantes do “mainstream” político.

Participante do célebre concerto Live Aid, organizado pelo também irlandês Bob Geldof em 1985 para ajudar os atingidos pela fome na África, Bono criou sua própria organização, a DATA (Dívida, Assistência e Comércio para a África), que defende o aumento da assistência econômica, a redução das tarifas sobre as exportações e a ajuda com dinheiro para o combate à Aids nos países pobres.

O cantor, cujo nome verdadeiro é Paul Hewson, disse que, desde que a turnê “Elevation” chegou ao fim, em dezembro de 2001, o U2 vem trabalhando num álbum para dar continuidade ao premiado com o Grammy “All That You Can’t Leave Behind”.

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