“Nós somos grandes fãs do seu trabalho”, disse the Edge sobre T-Bone Burnett, produtor da trilha sonora vencedora do filme “O Brother Where Art Thou”. “Então, por um lado, nós estamos desapontados por não termos ganhado o Álbum do Ano mas por outro lado nós estamos muito orgulhosos dele e tão orgulhosos do seu trabalho que não queríamos perder para ninguém além do T-Bone. Foi um tipo de derrota agradável.”
Mudando de assunto, Bono discutiu o que tem sido para o U2 estar nos Estados Unidos nos meses passados.
“Quando este país o recebe no coração, é um sentimento extraordinário”, disse Bono à CDNow. “E estes têm sido tempos bem difíceis para os Estados Unidos, então vocês não estão recebendo todo mundo no coração. Nós pusemos ingressos à venda depois do 11 de setembro. Eu acho que aquilo falou alto. As músicas mudaram de significado. Supõe-se que você saiba sobre o que você está escrevendo; você é o escritor das letras das músicas. Supõe-se que você saiba sobre o que são aquelas músicas. Você às vezes se engana.”
“A música muda de forma para se encaixar no contexto em que se encontra e este ano, o contexto foi uma América bem diferente”, prosseguiu ele. “Eu tenho que dizer a vocês que, como estrangeiros, como hóspedes da nação, nós sempre adoramos vir aqui. Mas este ano eu redescobri meu amor pelos Estados Unidos, a grande idéia como oposição a apenas o grande país. É uma grande idéia, vale a pena defendê-la, e também vale a pena levar esta idéia para o mundo.”
Foi nos Grammy Awards do ano passado que Bono disse que a banda estava se candidatando ao emprego de “Maior Banda de Rock e A Mais Importante”, algo que muitos concordam que eles conseguiram agora após o sucesso da turnê Elevation.
“Você sabe, quando você está contra a parede, nós fazemos, eu faço, pronunciamentos extravagantes sobre o nosso potencial mas, você sabe, nós não estamos contra a parede hoje, nós estamos no meio da rua principal. Nós gostamos muito mais daqui. Nós achamos que combina conosco”, disse ele. “Mas ano passado nós estávamos empurrando o nosso rock para cima da colina. Nesta época do ano passado, o rock era bem o forasteiro. E é assim que nós ficamos na defensiva e começamos a fazer pronunciamentos extravagantes sobre ser a maior banda de rock do mundo.”
E eles são, perguntaram a ele? “Sim, por acaso,” repondeu ele, provocando risadas. “Mas alguns dos nossos amigos são muito bons também!”
Ficando mais sério novamente, Bono continuou dizendo que o desejo mais profundo como banda é para que os Estados Unidos realmente olhem “para fora, para ver o que está acontecendo no resto do mundo e o choque de 11/09 não foi só assistir as Torres Gêmeas virarem poeira, mas foi o choque posterior das pessoas comemorando em Jacarta e Paquistão. E você se pergunta, ‘Como aquilo pôde acontecer?’ para nós na Europa, para vocês nos Estados Unidos?”
“O que está acontecendo que os Estados Unidos, o país que libertou a Europa, está sendo visto desta maneira? E esta é uma pergunta muito difícil que tem que ser respondida, porque eu não acho que é uma posição merecida”, continuou ele. “Os Estados Unidos são realmente uma merda nas R.P. e têm um papel a desempenhar no mundo não só como polícia mas na verdade só continuando a idéia do país. E é uma idéia incrível. A Declaração da Independência é incrível – nós garantimos nossas vidas, nosso dinheiro, nossa honra sagrada - estas são idéias poéticas. E parece que a idéia por trás dos Estados Unidos foi embora nos últimos tempos, é apenas um grande país bem sucedido, com grande poder militar.”
“Eu realmente acredito na idéia por trás dos Estados Unidos e estou realmente encorajado a acreditar que a idéia pode pegar, no despertar desta tragédia.”