O cantor irlandês Bono Vox, líder do U2, disse em entrevista à revista americana Time, que lhe dedicou a capa de sua edição desta semana, que se desencantou com a música como uma força política.
Na entrevista, o cantor declarou: “Estou cansado de sonhar. Estou mais interessado em fazer o momento. Prefiro ter objetivos que estejam ao meu alcance”, e completou, “o U2 fala sobre o impossível, a política é a arte do impossível. São coisas muito diferentes, e estou resignado com isso agora.”
O músico acredita que suas negociações com políticos, “nos bastidores”, seja mais eficiente do que a música politizada.
“Quando você canta, você torna as pessoas vulneráveis à mudança em suas vidas, mas, no fim, você tem de se tornar essa mudança que quer ver no mundo”, disse Bono.
O artigo tem um título irônico: “Bono consegue salvar o mundo? -não ria, o maior rock star do mundo embarcou numa missão de mudar o mundo”.
O músico foi homenageado recentemente num show em Los Angeles, por seu trabalho humanitário em benefício de vítimas da Aids na África, e por seu pedido de perdão da dívida de países pobres no fórum de globalização em Nova York.
O U2 concorre a oito prêmios Grammy esta semana.