Tag: U2 & Eu

Meu encontro com Bono em Londres

Meu encontro com Bono em Londres

Por Regiane Batista do Nascimento

Entregando o terço

Meu nome é Regiane, sou fã desde 1989/90. Moro em Campinas e sou uma mulher de fé, que acredita no ativismo do U2 e sonha com justiça social.

Hoje, eu vou contar um pouquinho sobre o dia em que entreguei um terço ao Bono. Um encontro tão esperado e que acabou acontecendo de um modo inesperado. Foi a viagem dos sonhos que fiz, somente eu e uma amiga. O destino era a Irlanda e a Escócia. Os planos eram fazer “a tour” dos fãs em Dublin e depois embarcar para Glasgow, para assistir à I+E TOUR. Eu só tinha uma certeza: entregar um terço a ele!

Ainda no Brasil, recebi uma ligação de minha irmã, perguntando onde eu estava.  Respondi: estou numa loja comprando um terço para entregar para o Bono, ela achou aquilo engraçado e disse: doida! E lá vamos nós, um vôo com escala em Londres e, para nosso desespero, fomos informadas que a conexão para Irlanda estava cancelada por causa do mau tempo, sem previsão. Resumindo: três dias presas em Londres, três dias a menos na Irlanda.

Brian e Regiane

Não consegui engolir o choro, minha amiga menos ainda. Fomos para um hotel, inconsoláveis, com um porém: estávamos inconsoláveis em Londres… Conversando com os amigos da UV, soubemos que alguns estavam na cidade. E os UVs – sempre bem informados – sabiam em que hotel eles estavam. Saímos de manhã, para dar uma volta no Hyde Park, com os itens do U2 sempre nas nossas bolsas.  Resolvemos então passar pelo hotel e ficar olhando para as janelas, porque sabíamos que era praticamente impossível encontrá-los, já que na noite anterior tinham comemorado o aniversário do Larry e, com certeza, eles estavam de ressaca.

De repente, eu vejo Brian e um pequeno grupo de mais ou menos cinco pessoas na porta do hotel. Eu surtei por dentro, por fora fingi costume. Nos aproximamos e fomos falar com ele que, por sinal, é muito simpático quando não está no Brasil, rs… Ele já tinha um esquema e, como eram poucas pessoas, combinou com a gente que Bono desceria e um de cada vez ia entrar para tirar uma foto e pegar um autógrafo, sem demorar.

Uma imagem que fala mais que mil palavras

Surtei de novo, mas sempre fingindo estar acostumada. Meu número era o 6. O papo do simpático Brian com o grupo continuou. Quando olhamos pro lado, uma turma de curiosos se aproximou e descobriu que era Bono quem estava no hotel, para o nosso desespero. O pequeno grupo se transformou numa fila com mais de vinte pessoas. Brian entrou e saiu algumas vezes, até que nos informou sobre uma mudança de planos. Esse choro, eu tive que engolir…

Brian pediu desculpas e disse que, por conta da fila, Bono resolveu sair rapidamente e só dar alguns autógrafos. Além do Brian, vários seguranças faziam de tudo para que Bono não pegasse nada nas mãos. Pediam para entregar os presentes para eles o tempo todo. Pensei: não mesmo! Brian não saia do meu pé e ficava repetindo: o presente, o presente!

Bono pertinho de Regiane, com o terço na mão

Até que o Bono chegou, olhou para o terço e me perguntou sobre as cores. Era um terço missionário. Respondi que cada cor trazia uma reflexão para cada continente e ele respondeu: “Uau, Love and peace!” Neste momento, um grande mico. Do nada, involuntariamente, simplesmente saiu da minha boca: Yep! Love And Peace Or Else… Pensei em duas coisas: abre um buraco e enfia a cabeça; ou outra, ele deve “tá” pensando: essa é fã de verdade! Esperei que ele mandasse logo um: Laydown… Kkk

Óbvio que nenhum e nem outro, ele apenas pensou, mais uma maluca! Mesmo assim, perguntou de onde éramos, de qual cidade. Respondi que era do Brasil, São Paulo. Ele disse: “Uau, Brasil!!! Nós amamos São Paulo!” Depois disso, ele autografou nosso livro e saímos de lá querendo estrangular cada curioso que estragou o plano de dar um abraço e tirar uma foto com o nosso ídolo. De qualquer maneira, quando tem que ser, é!

O hotel em Londres

O terço que imaginei entregar em Glasgow, foi entregue em Londres por conta do mau tempo. Nunca mais reclamei quando os planos não saem como planejamos. Já no show, na Escócia, tenho certeza de que ele se lembrou do terço. Eu o segurei igual e, várias vezes, Bono olhou para ele e caminhou como se viesse com a intenção de pegá-lo (temos testemunhas). Os escoceses ao nosso lado vibravam, cada vez que ele caminhava na nossa direção…

Bandeira do Brasil que Bono “roubou” de Regiane e Liz

U2 & Eu: Sandra Sorlino

U2 & Eu: Sandra Sorlino

U2ExperienceApril201032

Meu nome é Sandra Sorlino. Nasci na Argentina, cresci na Califórnia e vivi a maior parte da minha vida em São Paulo, Brasil.

Não lembro exatamente quando foi a primeira vez que ouvi falar de U2. Eu lembro que foi nos meus primeiros anos de adolescência, através de um estudante de intercâmbio irlandês, que trouxe com ele uma fita cassete com uma ” banda nova ” do norte de Dublin. Gostei tanto do que ouvia, que ele acabou me presenteando com a fita.

Na época, ninguém realmente dava muita atenção quando eu mencionava “esta nova banda da Irlanda”.

No dia 13 de julho de 1985, uma estação local de TV transmitiu um concerto de rock que mudou, não só a maneira que eu via o Rock – fazendo com que me apaixonasse ainda mais pelo gênero – como causou uma mudança numa geração inteira. E lá estavam eles, na frente de uma multidão no estádio de Wembley. Tão surpresos e encantados quanto eu. Naquele dia, junto com os Rolling Stones, eles se tornaram meus ídolos.

U2ExperienceApril20102Finalmente em 1998, pude ter a sensação do que era estar num concerto do U2 ao vivo. Em 2006, novamente. Surpreendentemente, por ser uma voluntária da ONE.ORG, fui escolhida para trabalhar durante o concerto de São Paulo, no dia 09 de abril de 2011. Tive a experiência incrível de estar no palco com meus ídolos. Uma sensação que palavras não explicam.

Nessa mesma época, minha amiga querida Sabrina Gargiulo e eu começamos a sonhar no que seria assistir a um concerto do U2 em Dublin. Começamos a sonhar mais alto e resolvemos tornar o sonho realidade.

U2Membership

Nos dias 23 e 24 de novembro de 2015, fomos capazes de alcançar nosso sonho de uma vida inteira: viajar para participar de um dos mais incríveis concertos do U2. No The Point. Em Dublin, na Irlanda.

Nós não estávamos sozinhas. Como membros do Ultraviolet – um fã clube brasileiro único – estávamos compartilhando este momento tão especial com alguns amigos igualmente especiais. Os concertos e a alegria não teriam sido a mesma coisa sem eles.

U2UVBand

As amizades também aumentaram e, a cada dia, cada encontro e show do U2 Tribute Band – Ultraviolet, eu conheço mais e mais pessoas singulares que dividem comigo a paixão e a loucura insólita e incompreensível de ser fanática por alguma coisa. Bem… Só nós nos entendemos o que é ser fã.

Fã do U2…

U2UVFestaAdra
 

U2 & Eu: Andréa

U2 & Eu: Andréa

Eu sou Andréa, tenho 41 anos, moro em São Paulo, adoro ler, viajar, sair com amigos, praticar caridade e viver bem. Amei encontrar todos os grupos no Facebook, vocês são as únicas pessoas que me entendem.

Minha história com o U2

IMG_20141028_214606321

Como muitos de vocês sou considerada louca, boba e chata por amar tanto o U2. Esse amor começou quando tinha apenas 11 anos. Estava assistindo a um daqueles programas de clipes que já não existem há muito tempo, quando me deparei com uma banda que nunca tinha visto antes. Achei o vocalista um gato, meus olhos brilharam e eu fiquei hipnotizada com o U2 cantando Pride. Foi amor à primeira vista.

A partir deste dia, comecei a pesquisar sobre a banda dos 4 jovens irlandeses. A cada descoberta, meu amor aumentava mais. Todas as músicas tinham algo em comum comigo, achava esse fato surpreendente e tive certeza de que tinha encontrado minha cara metade!!!

Comprei discos, revistas, camisetas, etc. Daí começaram as críticas: “ Ah, como você é boba”; “Não aguento mais ouvir U2”; “Dá pra parar de falar desses caras?”. Enquanto todas as minhas amigas se desesperavam pelo Menudo, eu continuava fiel ao Bono e cia.

Fui uma jovem idealista que sonhava em mudar o mundo e Bono era meu maior e melhor exemplo: pela sua luta contra a miséria na África, pela paz entre as nações, pelos direitos iguais, entre outros engajamentos. Quando assistia o clipe do “Do they know it´s Christmas” chorava e tinha certeza de que ele era minha alma gêmea, rsrs. Coisas de adolescente…

Recebia críticas de todos pelo meu fanatismo sem limites, exceto de uma pessoa: meu pai, que resumia a banda e Bono em “udois”.  Ele comprava jornais, revistas, discos importados, shows em VHS – a secretária dele ajudava na busca de novidades, coitada… Se ele estivesse assistindo TV e alguma matéria sobre o U2 fosse anunciada, ele começava a gritar: “Dé corre que o ‘udois’ vai passar na televisão”.

Em 1998, o U2 anuncia sua vinda ao Brasil. Enlouqueci, fui nos 2 shows de São Paulo e chorei muito, gritei como histérica, confesso que não lembro nada da turnê POP, só deles cantando “I still haven´t found…” vagamente, e Bono apresentando a banda. Nos 2 shows, meu pai me levou até o estádio e ficou me esperando do lado de fora do Morumbi. Quanto o show acabava, eu corria até ele e o abraçava. Nós 2 chorávamos como crianças, eu por ter visto meus ídolos e ele por ver minha felicidade…

Chegou o ano de 2006 e o U2 volta ao Brasil com a turnê Vertigo. Novamente fui aos 2 shows, só que dessa vez foi diferente, lembro deles inteiros. O que mais me marcou foi Bono cantando “Sometimes you can make…” de forma tão dolorida e cheia de saudades de seu pai. Mais uma vez, o meu estava me esperando do lado de fora do estádio, na primeira noite nos abraçamos e choramos. Na segunda, fui surpreendida: quando corri para abraçá-lo, ele fez sinal de para, pra mim e falou:

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

“Espera filha, como o “udois” é feio!”

Eu: “Como assim pai?”.

Ele: “Ah, ele parou o carro aqui, desceu e me cumprimentou e a todos os que aqui estavam, mas que sujeitinho baixinho e feio”.

Quase morri…

O que aconteceu foi que quando o U2 estava chegando ao Morumbi, Bono pediu pro motorista parar o carro e foi até o povo que estava em uma determinada região para distribuir autógrafos e tirar fotos, porque ele pensou que eram fãs que não tinham conseguido ingresso. Eu quase enfartei, fomos brigando até minha casa. Primeiro porque ele achou Bono feio e segundo porque eu estava morrendo de inveja. Ele ria da situação e dizia que um dia eu ia conseguir abraçar e ganhar um beijo do “udois”.

Em 2011, o U2 traz ao Brasil sua maior turnê: 360º. Fantástica. 3 shows em São Paulo, comprei ingressos para todos os shows, só que desta vez foi muito diferente, meu pai não estava mais aqui… Fui a todos os shows sozinha e saia chorando, porque não havia mais ninguém me esperando… E uma música do U2 tinha tudo a ver comigo: Sometimes you can’t make it on your own. Parecia ter sido feita especialmente para falar da relação com meu pai, meu sentimento por ele e a dor da perda, que nunca passa.

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

No domingo, segundo show, sai de casa logo no começo da tarde, peguei a Marginal e num estalo mudei o caminho. Fui direto ao hotel onde a banda estava hospedada. Poucas pessoas estavam ali, porque os seguranças falavam que o U2 já tinha ido pro Morumbi. Mas eu decidi ficar um pouco, porque àquela hora já não iria ficar em um bom lugar na pista.

Meia hora depois, Edge desceu. Ele só me deu um autógrafo. Pedi 1 beijo, mas ele negou. Pedi pra segurar na sua mão, com certeza ele me achou uma louca, mas concedeu meu desejo. Ah, que mãos finas e suaves… A essa altura, a frente do hotel estava lotada.

Eis que surge Bono… Distribuiu vários autógrafos, abraçou algumas pessoas e se encantou por uma criança. Quando ele veio em minha direção e chegou perto de mim (que já estava aos prantos), me olhou, me abraçou e me deu um beijo no rosto… Em meio a toda aquela emoção, sentia meu pai dizendo: Tá vendo? Eu disse que um dia o “udois” ia te beijar…

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

E essa é minha história de amor pelos 5 homens da minha vida: Bono, Edge, Adam, Larry e Olimpio.

Screenshot_1