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Bono fala sobre o primeiro show na Índia!

Bono fala sobre o primeiro show na Índia!

Em artigo escrito especialmente para o Hot Press, Bono revela as expectativas sobre tocar na terra de Mahatma Gandhi pela primeira vez em 43 anos de carreira.

Tradução: André Joe

O U2 e o parceiro indiano AR Rahman

Antes do fim da ‘The Joshua Tree Tour 2019’, Bono escreve sobre a viagem do U2 à Índia

Em um artigo especialmente escrito para a milésima edição da publicação irlandesa Hot Press, Bono – que fez um review do Thin Lizzy no Hammersmith Odeon pra Hot Press no final dos anos 70 – entregou um texto com 1.000 palavras para esta 1.000ª edição.

O artigo é um olhar sobre a expectativa do primeiro show do U2 na Índia, que acontecerá no dia 15 de Dezembro:

Visual da turnê Joshua Tree 30 anos

Antes do Natal, o U2 tocará na Índia pela primeira vez. É uma de uma série de estreias para nós – incluindo Cingapura, Filipinas e Coréia do Sul. Mas levar ‘The Joshua Tree Tour’ para Mumbai – Bombaim como era conhecida – será uma espécie de peregrinação a um subcontinente que deu ao mundo quatro grandes religiões: hinduísmo, budismo, sikhismo e jainismo.

Nós não temos aquela paixão mística louca da Índia dos anos sessenta, mas estamos encantados com a geografia e a história. Uma história que confunde as expectativas daqueles de fora – que subestimam a sofisticação da maior democracia do mundo; e todos aqueles que estão em casa – que incitariam a antiga animosidade que contradiz a tradição indiana de Ahimsa, sua inspiradora não-violência.

Mesmo com todas essas preocupações presentes, é difícil para um ativista anti-pobreza não colocar as coisas em perspectiva com admiração por um país que tirou o máximo de pessoas da pobreza no menor tempo possível que qualquer democracia.

Isso era impensável quarenta anos atrás, a primeira vez que nossa banda apareceu na capa da Hot Press. A primeira vez que apareceu na capa de qualquer lugar.

O U2 pisa em solo indiano pela primeira vez.

‘U2 Come of Age – A Story of Boys in Control’ foi a manchete e, olhando para a capa, quatro garotos cujas vidas estavam prestes a mudar tão radicalmente quanto as minhas calças xadrez. Na foto de Hugo McGuinness, pareço Jack olhando para o gigante, pronto para arrancar os seus dentes – ou ser comido. Ambas as coisas eram verdadeiras, como se vê. Pensávamos que estávamos no controle, mas mesmo com grandes sonhos e grandes mentes, nenhum de nós podia imaginar o pé de feijão que estávamos escalando, uma subida alimentada em parte pela fé desta revista em nós, numa época em que éramos mais atitude do que aptidão.

Ao longo de quatro décadas, não há muitos lugares para onde esse combustível não tenha nos levado, mas a Índia parece algo diferente. Ainda nos consideramos estudantes e, indo para a Índia, ainda há muito a aprender. A logística explica, em parte, por que uma visita nossa levou tanto tempo, mas também o medo de me apaixonar pelo lugar e voltar muito mudado. É o que acontece.

Visitar a África através da Etiópia nos anos 80 virou meu mundo de cabeça para baixo (ou mais precisamente, para cima), então fiquei com um pouco de medo de abordar a vastidão e complexidade da Índia. Como muitas crianças da minha época, minha apresentação foi via Rudyard Kipling, e eu também tinha ouvido histórias do Raj, do pai da minha tia que serviu no exército britânico. Mas foi ‘Os Filhos da Meia-Noite’ de Salman Rushdie que me convenceu de que eu tinha que ir. Salman retratou um mundo magicamente real, onde a história da Índia e sua modernidade estavam tanto em um misturador de cimento, quanto em uma coqueteleira.

Se você está com fome de linguagem, Salman é um banquete: para explorações caprichosas e sérias, para personagens fictícios selvagens em que você acredita, ou personagens reais à beira do sangramento do plausível. Com mais de 720 dialetos na Índia, o idioma se torna música quando tem tantas cadências. Adoro a música de AR Rahman, compositor da trilha sonora de ‘Quem Quer Ser um Milionário?’, e fiquei grato por como o diretor Danny Boyle retratou a dignidade e tenacidade das pessoas que vivem nesse tipo de pobreza. Freqüentemente as realidades de tais vidas são enterradas uma segunda vez, primeiro sob injustiça econômica, depois sob clichês desumanizadores.

Salman Rushdie

Como diz o grande Arundhati Roy: “Um outro mundo não só é possível como já está a caminho. Em um dia calmo, posso ouvir sua respiração”.

Com Mahatma Gandhi, a Índia deu ao mundo uma de suas melhores almas, um homem que usou sua religião para desafiar sua religião – e depois a nossa. Ele disse uma das coisas mais inteligentes de todos os tempos sobre o cristianismo. “Eu gosto do seu Cristo, mas não gosto de seus cristãos. Seus cristãos são tão diferentes do seu Cristo”.

O Novo Testamento teve uma grande influência sobre Gandhi, particularmente ao desenvolver sua filosofia de não-violência. Um estudante perspicaz dos Evangelhos, ele gostava particularmente da leitura de Tolstói e também do romance Ressurreição de Tolstói. O Sermão da Montanha, ele dizia, é tudo o que você precisa.

Assim, a Índia deu ao mundo um pensamento mais poderoso que a energia nuclear, mais poderoso que o império britânico, mais poderoso que o próprio poder. A ideia de não-violência como poder. Como gerações de outras pessoas, a filosofia de Gandhi nos influenciou como uma banda, e vimos isso se desenrolar através de líderes como o Dr. King na luta pelos direitos civis pelos negros americanos, e depois novamente nesta ilha com a nobreza de John Hume. Também vimos o que acontece quando isto não ocorre.

Capa do single lançado especialmente pro público indiano

A Índia e o mundo precisam mais da sabedoria de Gandhi do que em qualquer outro momento dos 70 anos desde sua morte. A violência está em ascensão, e a divisão política é exercida como um clube por líderes nativistas que confundem populismo com patriotismo. Nós não somos estranhos a isso na Irlanda e talvez precisemos lembrar da mensagem de Gandhi aqui em casa se, como resultado do Brexit, o impensável acontecer e as coisas se desfizerem na fronteira.

Quando Gandhi viveu em Londres, estudou nosso movimento de independência Irlandesa, assim como fizeram muitos defensores da independência na Índia. E, ao estabelecerem sua independência da Grã-Bretanha, a Índia utilizou seções de nossa constituição para a deles e, coincidentemente, adotou as mesmas cores para sua bandeira. Apesar de todas as nossas diferenças de tamanho, cultura e religião, temos muito em comum.

Ainda assim, não tenho ideia do que esperar de nossa viagem. Talvez ninguém tenha ouvido falar de nós! A energia, o movimento e a cor da cena musical de Bollywood são fascinantes – e um pouco intimidantes. Há alguns DJs e remixadores interessantes que estou curioso para conferir.

Quatro Dubliners com guitarras, uma bateria e um gorro combinam com isso? Faremos o nosso melhor pela Irlanda. Adam estará lá para apertar as mãos e com seu seu grande instrumento de quatro cordas; Larry estará lá com seu aceno; e Edge, pelo que ouvi, está trabalhando em seus movimentos de dança. Bollywood, aqui vamos nós.

Bono

Mahatma Gandhi

Leia o original aqui.


Vai começar! JTT, o retorno.

Vai começar! JTT, o retorno.

A continuação da turnê Joshua Tree 30 anos vai recomeçar na cidade de Auckland, Nova Zelândia, dia 8 de novembro. Os horários são completamente loucos pra gente daqui do outro lado do mundo, por isso o Ultraviolet resolveu fazer um resumo com as datas, locais e horários de cada um dos shows.

Vai querer ouvir antes de ir pro trabalho, escola ou faculdade? Dá uma olhadinha e se programe direitinho. Lembrando que o horário sempre é o de Brasília. Saca só:

Sexta feira, 8 de novembro, Auckland – NZ

Hora – 5h00

Sábado, 9 de novembro, Auckland, NZ

Hora – 5h00

Terça feira, 12 de novembro, Brisbane,AUS

Hora – 8h30

Sexta feira, 15 de novembro, Melborne, AUS

Hora – 8h00

Terça feira, 19 de novembro, Adelaide, AUS

Hora – 8h00

Sexta feira, 22 de novembro, Sydney, AUS

Hora – 7h30

Sábado, 23 de novembro, Sydney, AUS

Hora – 7h30

Quarta feira, 27 de novembro, Perth, AUS

Hora – 11h00

Sábado, 30 de novembro, Singapura, SGP

Hora – 12h00

Domingo, 1 de dezembro, Singapura, SGP

Hora – 12h00

Quarta, 4 de dezembro, Tóquio, JP

Hora – 10h30

Quinta, 5 de dezembro, Tóquio, JP

Hora – 10h30

Domingo, 8 de dezembro, Seul, KOS

Hora – 10h00

Quarta, 11 de dezembro, Manilla, PHI

Hora – 12h30

Domingo, 15 de dezembro, Bombaim, IND

Hora – 10h30

Saiba quais os horários dos shows do retorno da Joshua Tree Tour!

Vamos matar a saudade do Shadowman?

Um Brasileiro Visita a Joshua Tree Tour na América!

Um Brasileiro Visita a Joshua Tree Tour na América!

 

Por: Paulo Lilla

Fui com amigos acompanhar shows da “The Joshua Tree Tour 2017”, do U2, nos Estados Unidos, justamente o país que serviu de inspiração para a criação deste álbum fantástico, verdadeira obra prima do U2 que está completando 30 anos e que levou a banda ao estrelato. Desde o anúncio da tour, fiquei ansioso para ver a execução do Joshua Tree na íntegra, ao vivo, oportunidade única para um fã “raiz” como eu, que acompanha a banda há 25 anos. Optamos por assistir aos shows na Filadélfia e em Washington e, assim, aproveitar a oportunidade para encontrar amigos queridos que estão morando na região.

Passarei a relatar a seguir essa experiência única e incrível!

Organização: da compra dos ingressos à entrada no estádio

O primeiro ponto que vale destacar aqui é a boa organização do evento, desde a compra dos ingressos até a entrada no estádio, bem diferente do que temos visto no Brasil. Comprei meu ingresso facilmente pela Ticketmaster norte-americana usando meu código de pré-venda do site oficial do U2 e um cartão de crédito brasileiro. Eles ficaram armazenados no próprio cartão de crédito, intransferíveis. Para entrar no estádio, bastaria passar o cartão de crédito na catraca. Comprei para alguns amigos, eles precisariam entrar comigo. O resultado é a redução da atuação de cambistas, que ficam sem poder vende-los a preços absurdos.

Chegamos ao Lincoln Financiale Field, na Filadélfia, para fazer check-in na fila. Essa é outra peculiaridade dos shows fora Brasil. A primeira pessoa a chegar no local do show “ganha”o direito de organizar a fila. Isso mesmo, a fila é organizada pelos próprios fãs, e não pelos organizadores do evento. Na medida em que as pessoas vão chegando, fazem check-in, recebem um número correspondente à ordem de chegada que é marcado em sua própria mão e no caderninho do organizador da fila. Em seguida, a pessoa é dispensada e só precisa retornar nos horários combinados, um pela manhã e outro à noite. No dia do show, é necessário chegar às 6h da manhã para a última checagem. Por volta das 8 horas da manhã, os organizadores do evento distribuem pulseiras com um número que obedece a ordem de chegada. A partir de então, todos são dispensados e orientados a retornar apenas por volta das 14 horas, dessa vez já para aguardar a abertura dos portões. Não, ninguém monta barraca e dorme na fila, como acontece no Brasil. Na Filadélfia, eu era o número 33 na fila e, em Washington, o número 65. Logo soube que conseguiria garantir a grade!

A entrada no estádio foi bastante tranquila, tanto na Filadélfia como em Washington. Passamos os nossos cartões de crédito e entramos tranquilamente. Em seguida, fomos revistados pelos seguranças, sem qualquer transtorno. Uma vez dentro do estádio, antes de abrirem o acesso para a pista, formamos novamente uma fila de acordo com a ordem de chegada (segundo o número em nossas pulseiras) e aguardamos sentados e tranquilos. Finalmente a pista é liberada e somos orientados a entrar em fila indiana, devagar, sem correr. Qualquer um que tentasse correr poderia ser parado pelo segurança. Foi dessa forma, calmamente, que chegamos em nossos lugares. Na Filadélfia, alguns conseguiram correr e acabaram passando na frente de quem havia chegado primeiro. A situação foi prontamente corrigida no show seguinte. No vídeo abaixo, é possível ver a entrada tranquila em Washington.

Conseguimos ficar grade!

Como já imaginávamos, conseguimos ficar na grade nos dois dias. Na Filadélfia, optamos por ficar na grade do palco B, perto da bateria do Larry. Foi incrível! Na primeira parte do show a banda fica lá até subir para o palco A, quando o telão acende e começam a tocar o álbum The Joshua Tree na íntegra. A vantagem desse lugar é que você vê a banda de pertinho em alguns momentos ao mesmo tempo em que tem uma visão ótima do espetacular telão, que é um show à parte com suas belas imagens em alta resolução.

Já no show de Washington optamos por ficar na grade do palco A. A vantagem deste lugar é que a banda fica no palco A durante a maior parte do show, principalmente durante a execução do álbum The Joshua Tree. O palco é um pouco alto, mas é possível ter uma boa visão da banda. O ponto negativo é que a visão do telão fica um pouco prejudicada, mas é possível ver as imagens bem de perto, no detalhe. Achei que valeu muito a pena ver o show na grade do palco A, é uma experiência única! Recomendo assistir a um show no palco B e a outro no palco A, como fizemos. Para quem assistir apenas um show, recomendo que fique próximo ao palco B, pois ao mesmo tempo em que terá a oportunidade de ver a banda de perto em alguns momentos, poderá contemplar o espetáculo visual proporcionado pelas imagens em alta resolução proporcionadas pelo telão.

O show

Primeiramente, é importante destacar que esta é uma tour bastante diferente do que estamos acostumados em se tratando de U2. Os shows não têm musicas novas, como vimos na 360º no Brasil. A proposta é homenagear o álbum The Joshua Tree, que é executado na íntegra ao vivo. Só isso já vale o espetáculo para o fã mais fanático. Ao tocar sua obra prima, o U2 dá um presente especial para os fãs mais apaixonados que sempre acompanharam a banda. Por outro lado, alguns hits ficam de fora da apresentação, o que pode desagradar aqueles fãs de ocasião, que realmente buscam um show mais convencional, apenas com músicas conhecidas.

O show é dividido em três partes, sendo a primeira representando o início da banda. Na segunda parte o álbum The Joshua Tree é executado na íntegra. Já a terceira e última parte, ele representa o período pós-The Joshua Tree, mais precisamente os anos 90 e 2000.

Na primeira parte do show, a banda toca no palco B seus sucessos anteriores ao The Joshua Tree. E o faz de maneira mais rudimentar, sem o telão, como nos velhos tempos em que o U2 tocava em pequenas arenas. Larry é o primeiro a entrar, caminhando para o palco B, senta em sua bateria e começa a tocar o clássico Sunday Bloody Sunday, do álbum War. Em seguida, The Edge se junta a ele, entoando o riff inconfundível desse grande hit. Bono é o próximo a entrar, seguido de Adam Clayton. Pode até parecer estranho o U2 abrindo um show com Sunday Bloody Sunday, mas funciona muito bem. Logo após, a banda toca New Years Day, outro grande clássico do mesmo álbum.

Em seguida, somos presenteados com Bad, uma das preferidas dos fãs mais fiéis da banda. Na parte final da música, as luzes se apagam e é possível ver apenas as luzes dos celulares preencherem todo o estádio, como uma constelação de estrelas ao redor da banda. Momento lindo e emocionante que contagia a todos. Bono realmente se empolga, se entrega de corpo e alma, contagiando a todos. Belíssima performance da banda. No vídeo abaixo foi possível captar esse momento incrível:

Pride encerra esta primeira parte em grande estilo. No final da canção, Bono faz um breve discurso de união em um país que saiu dividido após as eleições que levaram Donald Trump à presidência: “Da direita, da esquerda, aqueles que ficam no meio termo: vocês são bem vindos aqui esta noite. Nós encontraremos interesses comuns para alcançarmos interesses mais altos” (“From the right, from the left, those in between: you are welcome here tonight. Whoever you vote for, you are welcome here tonight. We will find common ground, reaching for higher ground”). Ao lembrar do sonho de Martin Luther King, que inspirou Pride, Bono acrescentou: “Talvez aquele sonho apenas esteja nos falando que precisamos despertar. Despertar a America da comunidade e compaixão, do protesto e da tolerância, a América da justiça e da alegria” (“Maybe the dream is just telling us to wake up. Awaken the America of community and compassion, protest and tolerance, the America of justice and joy”). Belas palavras que cabem muito bem para o atual momento que vivemos no Brasil.

Após Pride, as luzes do telão se acendem e vemos a sombra da árvore de Josué grandiosa sob as luzes vermelhas do imenso telão. As primeiras notas do inconfundível órgão de Where the Streets Have no Name começam a soar anunciando o que estaria por vir. A banda caminha para o palco A em direção ao telão, como se este momento representasse sua subida rumo ao estrelato, proporcionada pelo fantástico álbum The Joshua Tree. A banda se junta ao lado da árvore e ouvimos os primeiros acordes inconfundíveis da guitarra de Edge. Quando Bono começa a cantar Streets, o imenso telão passa a mostrar a que veio. As imagens em alta resolução são incríveis, um espetáculo à parte, muito difícil expressar em palavras. Nem as imagens de vídeo são capazes de captar com exatidão toda essa beleza e grandiosidade. Só estando no show para ter a ideia exata do que estou falando. As belas imagens, em sua maioria de autoria de Anton Corbijn, fotógrafo oficial da banda desde os anos 80, dão uma nova cara às canções do álbum.

Após Streets, a banda continua tocando sua obra prima na íntegra e o telão segue exibindo as belas imagens de Corbjn. Still Haven’t Found What I’m Looking For, With or Without You, Bullet the Blue Sky e Running to Stand Still. Início avassalador! Em seguida, Red Hill Mining Town em nova versão com Edge ao piano. Nas imagens do telão, a banda do Exército da Salvação toca os metais acompanhando a música. É de arrepiar ver ao vivo essa pérola do álbum The Joshua Tree, que nunca havia sido executada pela banda antes dessa tour. Música linda em versão belíssima e empolgante. Um presente para os fãs!

Em seguida, In God’s Country mantém a mesma pegada de 30 anos atrás, mas dessa vez um pouco mais lenta, com belas imagens da Joshua Tree ao fundo em diferentes cores. A sequência continua com Trip Through Your Wires. Curioso que durante a execução dessa música, o telão mostra imagens de Morleigh Steinberg, esposa do Edge, exuberante em figurino cowgirl, pintando a bandeira dos Estados Unidos em um casebre no deserto. Para quem não sabe, Morleigh fazia a dança do ventre em MysteriousWays, durante a Zoo TV Tour em 92 e 93. Edge não resistiu aos seus encantos e acabou se casando com ela.

A banda passa a tocar One Tree Hill, sobre a qual Bono lembra que foi composta em homenagem ao neozelandês Greg Carrol, roadie e amigo da banda, morto num trágico acidente de moto, em 1986, quando o The Joshua Tree estava no auge de seu processo criativo.

Sem dúvida, o ponto alto do show é a performance de Exit, uma das canções mais sombrias do U2, pesada e poderosa. Para introduzir a música, uma crítica indireta e sutil ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O telão mostra trechos da série de TV norte-americana Trackdown, passada nos anos 50, cujo personagem, coincidentemente denominado Trump, anuncia o fim do mundo para os habitantes de uma comunidade, sugerindo que ele seria capaz de construir um muro ao redor das casas daquelas pessoas como forma de proteção para a suposta catástrofe que viria naquela noite. Um charlatão que busca o domínio através do medo. Coincidência ou não, o Trump atual se vendeu como salvador da pátria para vencer as eleições presidenciais e o mote de sua campanha era justamente a construção de um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México para conter a imigração latino-americana,  que na visão de boa parte do povo norte-americano, poderia ser equiparável ao fim do mundo… Voltando ao show, Bono sobe ao palco usando um chapéu, incorporando um personagem que ele próprio denominou de “Shadow Man” (Homem Sombra), pregando ilusões em uma performance alucinante. Toda a plateia vibra com as imagens do telão e o show de luzes que se vê nas partes mais empolgantes da canção, enquanto Bono faz seus movimentos de Shadow Man em direção à câmera, pedindo para colocarmos nossas mãos na tela… Fantástico!

Finalmente, a banda fecha o álbum The Joshua Tree com a canção Mothers of the Disappeared. No telão surgem vultos das Madres de Plaza de Mayo. Essas imagens remetem à célebre performance da banda na Argentina e no Chile durante a PopMart, em 1998, quando as elas subiram ao palco com o U2. Como se sabe, esta bela canção foi inspirada nessas mães que tiveram seus filhos desaparecidos nas violentas ditaduras argentina e chilena nas décadas de 60 e 70. Como nos célebres shows da PopMart, Bono canta “el pueblo vencera” na parte final da canção. Outro momento memorável. E assim acaba a execução do álbum The Joshua Tree na íntegra.

A banda segue o show tocando seus sucessos pós-The Joshua Tree. A impressão que dá é que ainda não encontraram o melhor formato para essa parte final.  Em Washington, eles iniciaram essa última etapa com Miss Sarajevo. No telão, vemos as imagens do campo de refugiados de Zaatari, na Jordânia, e a narrativa de uma adolescente síria, Omaima Hoshan, sobre suas trágicas experiências na guerra. O ativismo da banda, especialmente de Bono, jamais faltaria numa tour desta magnitude, ainda mais em se tratando do álbum The Joshua Tree e sua veia política. Se Miss Sarajevo fora inspirada nos horrores da Guerra da Bósnia nos início dos anos 90, agora a canção ganha um novo significado, tendo como pano de fundo a Guerra da Síria. Nas cadeiras inferiores, holofotes iluminam uma grande bandeira com a imagem de Omaima, que circunda toda a extensão do estádio. Uma gravação da voz memorável de Pavarotti em dueto com Bono, ao vivo no palco, dão o toque final à bela canção.

Em seguida, a banda toca Beautiful Day em uma versão repaginada, com uma pegada levemente eletrônica. Matizes de cores e luzes envolvem o imenso telão, servindo como pano de fundo para esta bela canção do U2.

Dando sequência à parte final do show, tocam Elevation. Os mais fanáticos torcem o nariz para essa música, considerada um hit muito óbvio e que, portanto, acaba soando um tanto quanto deslocado no show. Em Washington, Edge acabou errando a entrada da música, provocando risos do baterista Larry Mullen Jr.

Em seguida, a banda faz uma bela homenagem às mulheres em UltraViolet, uma das canções favoritas dos fãs. Do telão, vemos imagens de mulheres que cumprem ou cumpriram um papel importante na luta pela igualdade de gênero e direitos humanos. Belíssimo! No show da Filadélfia, a banda tocou MysteriousWays no lugar de UltraViolet, provavelmente em homenagem ao casal Edge e Morleigh, que fazia aniversário de casamento naquele dia.

A belíssima One é então executada após Bono fazer um discurso político contra o corte do orçamento de Trump que prejudicará o financiamento dos Estados Unidos a programas de combate à AIDS na África. Bono ressalta que essa ajuda humanitária foi um conquista bipartidária, envolvendo os dois partidos rivais, Democratas e Republicanos, mas que agora está em risco com os cortes de Trump que, segundo Bono, não representa os valores e tradições do Partido Republicano. Bono se empolgou tanto com seu discurso, que acabou errando a entrada de One. Mas ele tem crédito, a gente perdoa!

Finalmente, o show é encerrado com Vertigo, outro hit considerado óbvio pelos “fãs raiz”. Do telão, vê-se um belo espetáculo de cores vermelhas e pretas que provocam certa vertigem. Belo espetáculo! Acabamos não conseguindo ver Little Things that Give You Away, nova balada do álbum Songs of Experience, ainda não lançado, que a banda tocou no encerramento de alguns shows.

Na Filadélfia, a ordem das músicas na parte final foi um pouco diferente: Miss Sarajevo, Mysterious Way (ao invés de UltraViolet), One, Beautiful Day, Elevation e Vertigo. No final desse show, nosso amigo Neto Moreschi conseguiu o set list. Lógico que vai para a moldura, né?

O que dizer desses shows?

Para resumir a nossa experiência com esses dois show, só posso dizer que ficamos maravilhados com a performance da banda, com o imenso e imponente telão e seu show de imagens e cores e, principalmente, com o The Joshua Tree sendo executado na íntegra. Ao final do show, olhamos uns para os outros e notamos a felicidade estampada em nossas faces. A foto abaixo, tirada após o primeiro show em Filadélfia, ilustra bem esse momento:

Destaque positivo também para a organização dos shows, desde a compra dos ingressos até a entrada nos estádios.

Agora é aguardar os shows no Brasil. Provavelmente, teremos algumas mudanças no set list e possivelmente nas imagens do telão. De qualquer maneira, a oportunidade de ver o U2 tocando o The Joshua Tree na íntegra em terras tupiniquins é emocionante, já que a tour original de 30 anos atrás acabou não vindo para o Brasil. Quem conhece bem a banda e a obra prima The Joshua Tree vai vibrar, chorar, gritar, cantar as músicas e se emocionar com o show. Passaremos perrengue? Sim, mas estaremos felizes como nunca! Já os fãs de ocasião que não conhecem tão bem o U2 para além dos hits radiofônicos, terão a oportunidade única de ver esta verdadeira obra prima, o The Joshua Tree, executada na íntegra ao vivo. E certamente o U2 ganhará novos fãs, aquelas pessoas que vimos saindo boquiabertas do estádio, impressionadas com a grandeza da maior banda do planeta. Ah, mas não seria pelo telão? Pode até parecer que sim, mas a verdade é que o telão é muito pequeno perto da grandeza do U2 e de sua obra repleta de canções que tocam a alma e o coração.

 

 

  • Todos os vídeos e fotos by Paulo Lilla, exceto Ultraviolet, by Ju Sarda, e With or Without You, by Márcio Artacho Frugiuele
Mais um show no Brasil é anunciado!

Mais um show no Brasil é anunciado!

Por: Natália Rosa

 

Foi anunciado na tarde dessa sexta-feira (16), o segundo show do U2 pela turnê The Joshua Tree Tour no Brasil, após a alta demanda para o show do dia 19 de Outubro.

O segundo show acontecerá num sábado, dia 21 de Outubro, no Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Uma pré-venda para os assinantes do U2.com abrirá neste sábado, 17 de junho – às 10h para assinantes do grupo Red Hill, e às 12h, para o grupo Wires – e tem término previsto para o domingo, 18 de junho, às 17h. (horário de Brasília).

Na segunda-feira, dia 19 de Junho, se inicia a venda de ingressos para cartões estilo Ourocard Platinum e similares, e na terça-feira, dia 20 de Junho, é o dia para os outros cartões Ourocard. As vendas começam a partir de 0:01h (horário de Brasília)

A venda para o público geral começa na quinta-feira, 22 de Junho, à 00:01h. (horário de Brasília).

Veja os valores de cada lugar.

Os assinantes do U2.com devem comprar apenas a cota restante, caso não tenham comprados os 4 ingressos disponíveis na primeira pré venda, do show do dia 19.  Se já tiverem utilizado o limite, devem renovar se quiserem ter outro código para pré-venda.

Site para comprar: Tickets for Fun

Site para ter direito  pré-venda: U2.com

Pré-venda BB: Ourocard

Para maiores detalhes: Aqui

 

Eu fui a um concerto do U2 na Tour Joshua Tree!

Eu fui a um concerto do U2 na Tour Joshua Tree!

Cristina Cruz é portuguesa e participa do fã clube Ultraviolet desde o começo dos anos 2000, principalmente no antigo Fórum do UV.

 

Quando me pediram para escrever sobre o concerto do U2, em Paris, no dia 4 de Julho de 1987, a primeira coisa em que pensei foi a overdose de emoções sentidas naquele dia. Mesmo tendo já passado quase 30 anos (30 anos!), ainda é com emoção que recordo aqueles momentos.

Eu tinha 16 anos, estava em Paris e a minha banda preferida era o U2. Tinha uma semana antes comprado o álbum – em vinil, claro – Joshua Tree. Recordo-me que no dia em que cheguei a Paris fiquei pasmada no mêtro ao ver numa tela enorme o vídeo de “Where the streets have no name”. Lembro-me dos meus colegas de viagem me dizerem que também gostavam, o que eu achei fantástico, pois os meus amigos gostavam mais do Bryan Adams e do Wham.

Em Paris, tudo era novidade. No terceiro dia, numa das nossas preambulações pelas ruas, perto dos Campos Elísios, vimos uma limousine parar e de lá saírem algumas pessoas. Paramos para ver quem seriam. Quando me apercebi que uma das pessoas era o Bono senti um misto de perplexidade e excitação. Seria possível? O Bono do U2? O Bono que usava cabelos compridos e cantava no cimo dos prédios? Sim, era mesmo ele. Cabelo preso, calças pretas e penetrantes olhos azuis. Ele sorriu para nós e um colega meu começou a gritar “U2, I love you”. Ele aproximou-se ainda mais de nós e disse “Thank you” e acrescentou “Are you comming to the concert tomorrow?”. E seguiu, conversando com os outros três que iam com ele. Reparei que eram os outros membros da banda, mas eu naquela altura não sabia sequer como se chamavam, só sabia que instrumentos tocavam.

Já longe deles quebramos o silêncio e questionamos “Que concerto? Vai haver um concerto? Onde?”. Relembro aqui que, na época, não havia internet, cartões de crédito, celulares, apenas (poucas) revistas de música e os jornais quase não escreviam sobre concertos. Nessa noite, no hotel, perguntamos ao rececionista se ia haver um concerto do U2, onde era e se havia ingressos. Ele foi procurar e disse “é amanhã no Hipodrome e ainda vendem ingressos lá”. Decidimos ir, prontos a gastar todo o dinheiro que tínhamos, nem que isso significasse passar fome o resto da viagem.

Lembro-me que chegamos lá no meio da tarde, compramos os últimos ingressos à venda e entramos. Havia muita gente do lado de fora, mas confesso que fiquei chocada com as milhares de pessoas que estavam lá dentro. Alguém disse que era um recorde em Paris, cerca de 70 mil pessoas. Eu só me perguntava: essas pessoas gostam todas tanto do U2 como eu? Deviam gostar! Afinal de contas eu nunca tinha ido a um concerto, nem tinha estado num lugar com tanta gente.

O palco era enorme e lindo, com a árvore projetada no fundo e dos lados, em tons de amarelo torrado e preto. Passado pouco tempo começou a cantar o Pogues e depois o UB40. Eu não sabia quem era o Pogues e apesar de conhecer o UB40 não conseguia estar atenta ao que cantavam ou como se movimentavam no palco. Queria ver o U2, ouvir a voz do Bono cantando sem ser no toca discos ou no rádio. Não ficamos muito perto do palco com receio de alguma confusão e pelo aglomerado de câmaras de televisão. Fiquei naquele momento com a sensação que aquilo tudo não seria o usual, mas não pensei que o concerto iria ser gravado.

 

Quando finalmente o U2 apareceu no palco, fiquei de boca aberta e com o coração batendo descontroladamente. Fui percorrida por uma espécie de arrepio até à alma. Eram eles, eram mesmo eles! O Bono tinha uma energia louca, pulava, gritava, não parava um minuto. A voz era límpida, provocante e cheia de garra. As músicas seguiam-se umas atrás da outra a um ritmo alucinante e sem interrupções. Recordo-me especialmente de Sunday Bloody Sunday, na época a música emblemática da banda. O público parecia enlouquecido e berrava cada palavra da música. Bono cantava avidamente como se o mundo fosse acabar ali, naquele momento. Quase no fim lembro-me de me sentir absolutamente feliz quando ouvi Running to Stand Still, uma das minhas músicas preferidas. A seguir, esperava Where the Streets Have no Name, mas ela não veio. Pouco depois começou With or Without You e tudo se transformou. Na frente as pessoas iam sendo empurradas pelas que estavam mais atrás. De repente, no meio da noite, surgiu uma nuvem de fumaça branca. Nós voltamos para trás e combinamos ir embora. Entretanto, o Bono parou de cantar e disse qualquer coisa como “nos concertos do U2 ninguém sai ferido”. Essas palavras acalmaram as pessoas e o concerto recomeçou com Party Girl (a Ali apareceu no palco, mas na altura a gente não sabia que ela era a mulher dele, pensamos que era uma fã) e por fim 40. Acabou? Sim, acabou o concerto e eu nem acreditava que ele algum dia tinha acontecido.

No caminho para o hotel viemos em silêncio. Tinha sido tudo tão extraordinário e surreal que qualquer palavra poderia acabar com a magia do que tínhamos vivido. Eu pensava que quando chegasse a casa e contasse o que tinha visto ninguém ia acreditar. Ainda por cima tinha deixado a minha máquina fotográfica no hotel com medo que me roubassem! Ainda hoje não me perdoo por isso.

Nos 30 anos seguintes, voltei a ver U2 ao vivo, em várias tours, em vários países, na grade e na arquibancada. Tive a oportunidade de voltar a ver o Bono (e o Edge) na rua durante a 360 tour, tirar-lhe fotos e, no fim, ele me dar, sem eu pedir, um autógrafo no single de vinil de Pride.

Lembro do concerto de Paris muitas vezes. Em 2007, quando eles escolheram para a comemoração dos 20 anos esse concerto para incluir na box da edição especial, eu estava novamente longe de casa e fui numa loja no dia em que a colocaram à venda. Nada anunciava o lançamento e quando a colocaram na prateleira ninguém estava por perto na expectativa de lhe tocar. O simples gesto de pegar nela foi emocionante para mim. Trouxe o box para casa, mas nunca fui capaz de ver o concerto, talvez por achar que o que está guardado na minha memória tenha pouco a ver com a realidade.

Entretanto, o ano passado o U2 anunciou que vai comemorar os 30 anos do Joshua Tree com uma nova Joshua Tree Tour. Fiquei surpreendida! O que esperar? Não sei. Acho que nenhum fã sabe. Mas talvez eu vá finalmente ver o DVD do concerto de Paris no momento certo, ou seja, na véspera do começo desta tour. Apesar de, aparentemente, ser um regresso ao passado, acredito que essa tour seja bem mais do que isso. Apenas uma coisa é imutável, essa é a banda – e os concertos, a forma onde todas as emoções transbordam – que acompanha a minha vida há mais de 30 anos.

Cris Cruz, Maio de 2017

 

Conhecendo a Irlanda: A viagem dos sonhos de todo fã!

Conhecendo a Irlanda: A viagem dos sonhos de todo fã!

Não existe um fã do U2 que nunca tenha sonhado em conhecer a terra sagrada que gerou Larry, Bono, Edge e Adam. Muitos já conseguiram realizar este sonho e outros ainda mais sortudos conseguirão voltar, para a eXPERIENCE Tour, ainda em 2018.

A nossa amiga Maria Teresa Menegassi da Rosa – UV das antigas, uma das pessoas que mais colaboraram com o fã clube desde que eramos apenas uma lista de e-mails – fez uma guia básico para que todo fã, marinheiro de primeira viagem, possa conhecer os principais lugares da história da banda. Coisa de quem conhece a fundo a história do U2 e é extremamente generosa em compartilhar com os fãs mais novos.

Vejam só o roteiro que ela preparou para quem vai à Irlanda e quer conhecer tudo de mais importante na cidade de Dublin e regiões próximas, que fizeram e fazem parte da trajetória de sucesso de nossos fab4.

 

16 LOCAIS NA IRLANDA LIGADOS À HISTÓRIA DO U2
Por: Maria Teresa Menegassi da Rosa

1) Mount Temple Comprehensive School
Endereço: Malahide Road, Clontarf, Dublin 3

https://goo.gl/maps/WZAYaZUxe2J2 (localização aproximada – Google Maps)

Escola onde os quatro integrantes do U2 (Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr) estudaram e se conheceram. Foi no mural da escola, em 1976, que o baterista, Larry Mullen Jr, colocou um aviso procurando outros rapazes interessados em formar uma banda de rock. Foi nessa escola também que eles fizeram sua primeira apresentação para os outros alunos, num palco improvisado no pátio, tocando um set de covers de Peter Frampton e Bay City Rollers.

 

    

 

2) Antiga residência da família Mullen
Endereço: 60 Rosemount Avenue, Artane, Dublin

https://goo.gl/maps/DCfXM4jnqk42  (localização aproximada – Google Maps)

Foi o local do primeiro ensaio dos rapazes que aceitaram o convite colocado no mural da escola Mount Temple por Larry Mullen Jr. Desse encontro, que aconteceu na cozinha da casa, nasceu o U2. Da jam session, que aconteceu em 25 de setembro de 1976, participaram seis rapazes, sendo que quatro deles vieram a formar o U2, que gravou seu primeiro álbum em 1980.

 

 

3) Antiga residência da família Hewson
Endereço: 10 Cedarwood Road, Finglas, Dublin

https://goo.gl/maps/BnQpxin5KPu (localização aproximada – Google Maps)

Foi onde o vocalista Bono nasceu em 10 de maio de 1960, num subúrbio afastado, na zona norte de Dublin. Ele viveu nessa casa até se casar (em 1982), inicialmente com seu pai, mãe e irmão. Com a morte de sua mãe em 1974, passaram a viver ali apenas três homens tristes, em uma “casa que não era um lar”, como canta Bono na música “Sometimes You Can´t Make It On Your Own”, de 2004.

 

4) Loja de aparelhos auditivos BONAVOX
Endereço: 9 North Earl Street, Dublin 1

https://goo.gl/maps/dKHbpVd3BgN2 (localização aproximada – Google Maps)

A loja deu origem ao apelido do vocalista Bono, cujo nome de batismo é Paul Hewson. O nome em latim significa “boa voz”.
Bem no início, ele era chamado pelos amigos de Bono Vox, porém logo esse apelido foi encurtado para Bono, apenas, que ao final se transformou em seu nome artístico.

 

 

5) Estúdio Hanover Quay
Endereço: Hanover Quay, Dublin 4

https://goo.gl/maps/Nb9Ph1hrSzq (localização aproximada – Google Maps)

Estúdio atual do U2, adquirido na metade dos anos 90, localizado na região das docas, às margens do Rio Liffey. Assim como Windmill Lane, as paredes externas são cobertas de pinturas, escritos e grafitti com homenagens dos fãs do U2 de todo o mundo. Atualmente funciona mais como depósito de equipamentos da banda.

 

6) Hotel The Clarence
Endereço: 6/8 Wellington Quay, Dublin 2

https://goo.gl/maps/B9S3QhkTeku (localização aproximada – Google Maps)

Tradicional hotel boutique de Dublin, adquirido por Bono e The Edge, do U2, nos anos 90, e reformado logo a seguir, incluindo a abertura do nightclub The Kitchen no porão do hotel. Em 2000 o U2 gravou o videoclipe da música “Beautiful Day” na cobertura do hotel Clarence.
Pouco depois, o nightclub “The Kitchen” foi fechado. Recomendado é o bar do hotel, “The Octagon”, que funciona desde 1996.

 

 

7) Prisão Killmainham (Killmainham Gaol)
Endereço: Inchicore Road, Killmainham, Dublin 8

https://goo.gl/maps/KVhXtYAndTF2 (localização aproximada – Google Maps)

Famoso museu em Dublin, foi uma importante prisão durante a dominação britânica, onde os líderes do Easter Rising (Levante da Páscoa) de 1916 foram presos e executados. O U2 gravou nesse local o videoclipe da música “A Celebration”, em 1981. Recomenda-se fazer a visita guiada à prisão, programa essencial para quem quer conhecer um pouco mais sobre a história da Irlanda.

 

 

8) Estádio Croke Park
Endereço: Jones’ Rd, Drumcondra, Dublin 3, Irlanda

https://goo.gl/maps/TSQGvF3gXM92 (localização aproximada – Google Maps)

Estádio de futebol gaélico e quartel-general da GAA, Gaelic Athletic Association, inaugurado em 1913, e totalmente reformado a partir dos anos 90. O U2 se apresentou nesse estádio em diversas ocasiões, sendo a primeira em 1985, e a última em 2009. A próxima será em julho de 2017.

 

 

9) Hard Rock Café
Endereço: 12 Fleet Street, Temple Bar, Dublin

https://goo.gl/maps/jTFApfmrjhM2 (localização aproximada – Google Maps)

Decorando o hall de entrada, encontra-se pendurado do teto um dos carros Trabant, usados pelo U2 na sua turnê Zoo TV, além de diversos itens de memorabilia do U2, como letras manuscritas pelo Bono, fotos, óculos e posteres.

 


 

10) Residência do Bono
Endereço: Vico Road, Killiney, sul de Dublin

https://goo.gl/maps/EH36HPvw3Xq  (localização aproximada – Google Maps)

Famoso local de “peregrinação” para os fãs do U2 do mundo todo, a ida à casa do Bono vale também pelo passeio pela bela costa sul de Dublin. A casa (branca, na primeira foto bem à esquerda) fica na encosta de uma colina na praia de Killiney, e os famosos portões são cobertos de escritos e dedicatórias ao U2.

 

 

11) Fitzwilliam Square
Endereço: Fitzwilliam Square, Dublin 2

https://goo.gl/maps/meXiWDqAVfL2 (localização aproximada – Google Maps)

Ao redor dessa praça, em 20 de setembro de 1998, o U2 gravou o videoclipe do remake de “Sweetest Thing”. O vídeo funciona como um pedido de desculpas do Bono à sua esposa Ali por ter se esquecido de seu aniversário à época da composição da música nos anos 80. No vídeo, Bono tenta de todas as maneiras agradar à Ali, que estava sentada à sua frente em uma carruagem, trazendo pra rua um verdadeiro desfile de coisas que sua esposa, supostamente, apreciava, como elefantes, bombeiros sexy, dança irlandesa, e a banda Boyzone.

 

 

12) The Little Museum of Dublin
Endereço: 15 St Stephen´s Green, Dublin 2

https://goo.gl/maps/tVitX8dtbnS2 (localização aproximada – Google Maps)

No 2º andar há uma exposição chamada “U2 Made in Dublin”, organizada com colaboração de fãs, como raridades, fotos e artigos relacionados à história da banda.

 

13) 3Arena (ex Point Depot Theatre)
Endereço: North Wall Quay, North Dock, Dublin 1

https://goo.gl/maps/6HrrsUnUbe22 (localização aproximada – Google Maps)

O antigo teatro Point Depot foi utilizado pelo U2 nas gravações do filme “Rattle and Hum”, com performances de “Desire” e “Vand Diemen’s Land”. Na virada da década de 80 para 90, a banda levou a “Lovetown tour” ao local, em 4 shows memoráveis, incluindo o do famoso discurso de Ano Novo de 89/90 (“dream it all up again“). Em 2015, já transformado na 3Arena, o U2 ali apresentou sua “Innocence + experience Tour” em outros 4 shows memoráveis.

 

14) Chaminés da Usina Poolbeg
Endereço: 
Poolbeg península, Ringsend, Dublin

https://goo.gl/maps/iMjrSABzce92 (localização aproximada – Google Maps)

As duas chaminés listradas de vermelho e branco, com 207m de altura cada, da usina termoelétrica Poolbeg continuam fazendo parte da paisagem de Dublin, mesmo com o fechamento da usina em 2010. Elas aparecem no videoclipe de “Pride (In the Name of Love)”.

 

 

15) Moydrum Castle
Endereço: Unnamed Rd Co. Irlanda, Co. Westmeath, Irlanda

Ruínas do castelo visto na capa do álbum “The Unforgettable Fire

https://goo.gl/maps/qSbjF1tdyY62

 

16) Slane Castle
Endereço: Slanecastle Demesne, Slane, Co. Meath, Irlanda

https://goo.gl/maps/eeussBJtKvz

Metade das sessões de estúdio do álbum “Unforgettable Fire” foram gravadas no castelo de Slane. Depois disso, dois shows memoráveis aconteceram ali em 2001 e acabaram se tornando um DVD Duplo.

 

 

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