Autor: Patricia Moura

Vai começar! JTT, o retorno.

Vai começar! JTT, o retorno.

A continuação da turnê Joshua Tree 30 anos vai recomeçar na cidade de Auckland, Nova Zelândia, dia 8 de novembro. Os horários são completamente loucos pra gente daqui do outro lado do mundo, por isso o Ultraviolet resolveu fazer um resumo com as datas, locais e horários de cada um dos shows.

Vai querer ouvir antes de ir pro trabalho, escola ou faculdade? Dá uma olhadinha e se programe direitinho. Lembrando que o horário sempre é o de Brasília. Saca só:

Sexta feira, 8 de novembro, Auckland – NZ

Hora – 5h00

Sábado, 9 de novembro, Auckland, NZ

Hora – 5h00

Terça feira, 12 de novembro, Brisbane,AUS

Hora – 8h30

Sexta feira, 15 de novembro, Melborne, AUS

Hora – 8h00

Terça feira, 19 de novembro, Adelaide, AUS

Hora – 8h00

Sexta feira, 22 de novembro, Sydney, AUS

Hora – 7h30

Sábado, 23 de novembro, Sydney, AUS

Hora – 7h30

Quarta feira, 27 de novembro, Perth, AUS

Hora – 11h00

Sábado, 30 de novembro, Singapura, SGP

Hora – 12h00

Domingo, 1 de dezembro, Singapura, SGP

Hora – 12h00

Quarta, 4 de dezembro, Tóquio, JP

Hora – 10h30

Quinta, 5 de dezembro, Tóquio, JP

Hora – 10h30

Domingo, 8 de dezembro, Seul, KOS

Hora – 10h00

Quarta, 11 de dezembro, Manilla, PHI

Hora – 12h30

Domingo, 15 de dezembro, Bombaim, IND

Hora – 10h30

Saiba quais os horários dos shows do retorno da Joshua Tree Tour!

Vamos matar a saudade do Shadowman?

Bono, Ali e o presente de Greg Caroll

Bono, Ali e o presente de Greg Caroll

Greg Caroll foi um jovem neozelandês que conheceu o U2 trabalhando em alguns shows em seu país. De origem Maori, ele acabou cativando a todos e recebeu um convite de Bono pára ir trabalhar com eles na Irlanda.

Após sair com a moto de Bono, para ficar com Ali – que estava sozinha, à noite, enquanto Bono terminava a gravação do disco Joshua Tree – ele sofreu um acidente e veio a falecer. Em sua homenagem, o U2 fez a canção One Tree Hill

Greg Caroll

Os membros da banda foram à cerimônia indígena em homenagem a Caroll, em sua terra natal, e receberam de sua família adotiva, um ursinho que sua mãe biológica havia lhe presenteado ao coloca-lo para adoção.

Recentemente, o fotografo Mark Nixon pediu a Ali e Bono um objeto que tivesse um significado especial para eles e Ali entregou o ursinho para ser fotografado. A irmã mais velha de Greg, Christina, revelou à imprensa de seu país que ela recebeu do casal Hewson uma cópia da fotografia.

Ali revelou em entrevista que o ursinho de pelúcia é a memória de “um dos homens mais incríveis da minha vida” e que a morte de Greg havia deixado um buraco gigante em sua vida e na de Bono.

“Greg Carroll se tornou um grande amigo para mim e Bono”, revelou. “Greg era um maori, e em seu tangi (testamento/legado) um amigo dele nos entregou este ursinho de pelúcia. Era dele, e está conosco desde então. Um fragmento da realidade do Greg, desaparecido, mas nunca esquecido.

Lembra da canção?

One Tree Hill

We turn away to face the cold, enduring chill
As the day begs the night for mercy, love.

A sun so bright it leaves no shadows
Only scars carved into stone on the face of earth.

The moon is up and over One Tree Hill
We see the sun go down in your eyes.

You run like a river runs to the sea
You run like a river runs to the sea.

And in the world, a heart of darkness, a fire-zone
Where poets speak their heart then bleed for it

Jara sang, his song a weapon in the hands of love.
You know his blood still cries from the ground.

It runs like a river runs to the sea.
It runs like a river to the sea.

I don’t believe in painted roses or bleeding hearts
While bullets rape the night of the merciful.

I’ll see you again when the stars fall from the sky
And the moon has turned red over One Tree Hill.

We run like a river runs to the sea
We run like a river to the sea.

And when it’s rainin’, rainin’ hard
That’s when the rain will break a heart.

Rainin’, rainin’ in your heart
Rainin’ in your heart.
Rainin’, rain into your heart
Rainin’, rainin’, rainin’
Rain into your heart.
Rainin’, ooh, rain in your heart, yeah.
Feel it.

Oh great ocean
Oh great sea
Run to the ocean
Run to the sea.

Descubra qual a lembrança que Bono e Ali guardaram de Greg Caroll
Confundiram o Guggi com a Lady Gaga! Hilário!

Confundiram o Guggi com a Lady Gaga! Hilário!

Lady Gaga e Guggi Rowen

Vamos dar muita risada?

É uma fofoca que envolve Bono, indiretamente. Há cerca de 10 dias, nós postamos – em nosso Facebook – algumas fotos de Bono e seu amigo Guggi na França, num Chateau que é uma mistura de vinícula, hotel, museu, etc. Também esteve com eles, o ator Bradley Cooper.

Ontem, algumas publicações postaram uma foto que seria da atriz e cantora Lady Gaga ao lado de Cooper, provando enfim, um possivel relacionamento entre ambos, algo muito ansiado pelos fãs que chipavam o casal deste o filme Nasce uma estrela.

Pois bem, o surpreendente da história é que Lady Gaga nunca esteve presente no local! Confundiram o amigo de infância de Bono, Guggi, com a cantora norte americana. Apenas hoje a confusão foi desfeita, para gargalhadas gerais.

Olha só as fotos:

Bono e Guggi
Bono e Bradley Cooper tiraram fotos com funcionária do local.
A foto da discórdia! Guggi conversa com Cooper e desavisados o confundiram com Gaga.

E aí? Achou parecidos? Você também os confundiria?

Conheça Jean Pigozzi, fotógrafo amigo de Bono e de várias outras celebridades!

Conheça Jean Pigozzi, fotógrafo amigo de Bono e de várias outras celebridades!

Por Lupa

Edge, Michael Hutchence e Bono

Jean Pigozzi tem muitas faces. Italiano de nascimento, ele foi criado na França, mas é cidadão do mundo. Foi reconhecido como o maior colecionador de arte africana do planeta. Ainda é designer de moda e fotógrafo, mas o que interessa mesmo pra gente: é amigão do Bono e seu vizinho de verão, no sul da França.

Bono e Edge com Jack Nicholson

Pigozzi é proprietário da lendária Villa Dorane em Cap d’Antibes, próximo a Cannes. Desde menino, ele fotografa quase tudo e todos em sua tão famosa Villa. Em sua piscina é que as grande festas cheias de celebridades aconteciam. Ao longo de mais de quatro décadas, ele registrou seus convidados ilustres e em 2016, publicou um livro chamado Pool Party, com mais de cem fotos, todas capturadas em seu deck da Riviera Francesa.

Bono e Ali grávida

Mick Jagger, Sharon Stone, Bono, Edge, Elizabeth Taylor, diversos outros famosos desfilam pelo livro em fotos espontâneas e felizes. Bono escreveu, no prefácio que fez para o livro: “Apesar de todos os convidados selvagens e maravilhosos entrando e saindo de sua piscina cristalina, para mim o mais excitante é ouvir o riso que abafa o mar”.

Bono com Charlotte Rampling e jean Pigozzi

Algumas das fotos já são icônicas e muito conhecidas, como aquela ali em cima, que registrou Edge, Bono e Michael Hutchence saindo d’água. Em entrevista, Jean explicou que começou a fotografar ainda criança porque sua dislexia o impedia de escrever como queria e assim transformou a fotografia em uma espécie de narrativa.

O livro, com prefácio do Bono.

O mundo que rodeia o U2 é sempre muito especial e acaba fazendo com que histórias como essa apareçam para os seus fãs, não é?. Aproveite e veja só mais algumas fotos incríveis que ele fez:

fotografando Elizabeth Taylor
A atriz Sharon Stone e outros
Mick Jagger e amigos

Quando Edge tinha um perfil no Twitter…

Quando Edge tinha um perfil no Twitter…

Um dos grandes sonhos de muita gente deste fandom é o de se comunicar com seus ídolos. Conversar, nem que seja virtualmente, com um dos quatro membros do U2. O mais próximo que chegamos disso aconteceu durante a turnê 360°, quando The Edge abriu uma conta pessoal no Twitter, micro blog recém criado naquela época.

Ele não interagia com os fãs, utilizava o Twitter como se fosse uma plataforma semelhante ao atual Instagram. Postava muitas fotos de paisagens, de comidas, dos bastidores dos shows e algumas poucas selfies.

Após a turnê, o perfil foi abandonado e o U2 só voltou a aparecer nas redes sociais através de seu perfil oficial, que também não interage com ninguém e tem uma qualidade até questionável, se for comparado com o de outros artistas semelhantes.

Demora a se manifestar sobre temas importantes – como aconteceu quando houve o atentado na França, em que o show foi cancelado. Só soubemos que todos estavam bem via perfil da prima de Edge, Ciara -, não responde perguntas pertinentes, utilizando apenas comunicados no site oficial, existem muitas críticas em relação à interatividade da banda.

Mas em 2009, pudemos olhar o mundo através dos olhos de Edge. Caso vocês queiram matar a curiosidade, o perfil inativo ainda está no ar, mas muitos links já não funcionam mais, inclusive algumas tiradas em São Paulo e em Brasília. Clique aqui para ver. Eis algumas das fotos postadas por Edge, pra vocês matarem a saudade:

Um ângulo inusitado
Bastidores
Larry
Posando
Com o crew
Zoo Dollars
Visitando a NASA

CAMPANHA GRAACC 2019 – ANO 14

CAMPANHA GRAACC 2019 – ANO 14

Queridos UVs

O ano de 2019 marca a 14ª campanha do fã-clube ULTRAVIOLET-U2 em favor do Graacc. Há 14 anos ininterruptos arrecadamos doações para o hospital durante o mês de maio. Gostaríamos de convidar a todos para participarem novamente este ano.

As doações podem ser de qualquer valor, a não ser que você deseje concorrer aos brindes que serão sorteados.

Há duas maneiras de contribuir:

Via DEPÓSITOS/TED/DOC na conta do GRAACC

GRAACC

Banco Bradesco
Agência: 0548(caso seja pedido, o dígito é 7)
Conta Corrente: 98.355-1
CNPJ: 67.185.694/0001-50

OBRIGATÓRIO O ENVIO DO COMPROVANTE PARA QUE POSSAMOS COMPUTAR A DOAÇÃO E TAMBÉM COLOCAR O NOME DE VOCÊS NO SORTEIO DOS BRINDES.

ENVIAR O COMPROVANTE NO EMAIL: ultraviolet-u2-owner@yahoogrupos.com.br

OU

Via presente-solidário (loja virtual do GRAACC – pagamento com PayPal).

  • GRAACC
  • LOJA VIRTUAL: ENVIAR O PRINT PARA QUE POSSAMOS COMPUTAR A DOAÇÃO E COLOCAR O NOME DE VOCÊS NO SORTEIO. email:

ultraviolet-u2-owner@yahoogrupos.com.br

Temos sempre brindes pra quem contribui na campanha. Este ano, eles estão ainda mais sensacionais.

Confira abaixo a partir de qual valor você passa a concorrer a eles:

R$ 50,00

Livro: Morte a Bono

Não se assuste com o título, ele é muito divertido.


Livro: Pedro e o lobo

Ilustrado por Bono, muita gente quer, pouca gente tem.

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CD: SOE Deluxe

Para completar sua coleção.

Vinil: War – U2

Uma preciosidade, para quem gosta dos bolachões. Vinis voltaram com tudo!

Trufas: Recheadas com ganache, com formato do Darth Vader

Um mimo pra adoçar os seus lábios…

Imagem ilustrativa

Adesivos: Pink Adam

Eles se espalharam pelo mundo, que tal ganhar um?

Imagem ilustrativa

Calendário GRAACC

Para ajudar a doar o ano inteiro, quem sabe?

R$ 80,00

Livro: U2 by U2 – brochura em inglês

Aquele mesmo que alguns membros do fã clube se juntaram e traduziram.

Sabonetes: Joshua Tree – Aires

Tomar banho com ele vai te lembrar sua banda favorita.

DVD: U2 em Glastonbury

A participação histórica da banda no tradicional festival inglês.

Pôster: Serigrafias U2.com

Um brinde que vai encher sua casa de arte.

Imagem ilustrativa

CD: SOE Deluxe

Para completar sua coleção.

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Revista Rolling Stone – Bono

Para guardar pra sempre e saber um pouco mais sobre o U2

Calendário GRAACC

Para ajudar a doar o ano inteiro, quem sabe?

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R$ 120,00

Colcha/ Edredom Ultraviolet-U2 Fan Clube Brazil

Um presente super especial, feito com edição limitada!

foto ilustrativa

Consultoria de Moda com Drea Mada

Profissional experiente, ela vai te atender pessoalmente ou por skype.

DVD: From the Sky Down

Conheça a história da criação do icônico CD Achtung Baby.

Livro: North and South – U2 in Dublin 1978-1983

Todo mundo é curioso sobre os early days, não é? Saiba tudo!


Sabonetes: Joshua Tree – Aires

Tomar banho com ele vai te lembrar sua banda favorita.

Calendário GRAACC

Para ajudar a doar o ano inteiro, quem sabe?

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E aí? Gostou?

Acho que vai ter gente doando 3 vezes para poder concorrer a todos os combos, hein…. Você pode depositar qualquer valor, mas quantias superiores a estas indicadas concorrerão aos brindes indicados.

Faça sua boa ação e muita sorte para todos!

5 clipes do U2 que você quase esqueceu de assistir!

5 clipes do U2 que você quase esqueceu de assistir!

Quase esqueceu porque vamos te apresentar, você vai descobrir ou relembrar… O U2 é uma banda tão poderosa que não se contenta em fazer apenas 1 único clipe de seus hits; faz logo 2, 3 e até 4!!!.

Se você for distraído, é bem capaz de nunca ter tomado conhecimento de nenhum deles! Deve só conhecer os clipes originais, mais divulgados. Tá curioso? Dá só uma olhadinha nestes 5 exemplos abaixo.

Stuck in a moment

Todo mundo lembra do vídeo em que Bono e Edge dão as mãos, só que o mercado norte americano recebeu uma versão exclusiva para ele. O outro é bem melhor, mas este é bem curioso.

One

O famoso vídeo do bar, com Bono fumando loucamente, o fandom inteiro já viu; ou a versão alemã, com os 4 fantásticos vestidos como “belas” mulheres. Este daqui, com búfalos, ficou mais restrito ao circuito de arte, vamos dizer assim…

Beautiful Day

Mais um clipe em cima do telhado. Foi filmado em Dublim, é bem sem graça, mas vale como curiosidade.

Walk on

Todo mundo conhece – e ama – a versão gravada no Rio de Janeiro. Nem deveria ter outro… mas tem. A linda música, marcada pela campanha em prol da libertação da ativista Aung San Suu Kyi (que se mostrou bem equivocada, a posteriori), recebeu mais de um registro em vídeo. Dá uma olhadinha nesse:

Trocamos o áudio do vídeo por causa do copyright da gravadora

Song for Someone

A música – presente no penúltimo CD Songs of Innocence – ganhou dois belos vídeos, mas este ficou meio escondido e muita gente boa acabou não vendo. Saca só!


Trocamos o áudio do vídeo por causa do copyright da gravadora

Gostou? Quais outros clipes meio escondidinhos do U2 você curte?

Comenta aí embaixo!

O Eneagrama de The Edge

O Eneagrama de The Edge

O mundo corporativo é muito dinâmico. ele costuma apresentar uma série de estudos sobre a personalidade das pessoas e, atualmente, o eneagrama está sendo utilizado por alguns profissionais de sucesso. Ele pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.

O UV Henrí Galvão, um grande entusiasta do assunto, resolveu fazer um estudo dentro dos preceitos desta técnica em cima das personalidades de Bono e The Edge. Aqui vai o segundo texto, sobre o Edge. Se perdeu o sobre o Bono, é só procurar em nosso site que está aqui. Se liga só:

Eneagrama & Música: The Edge

Bono certa vez comparou cada um dos quatro membros do U2 a partes do corpo humano. Enquanto ele próprio seria o coração da banda (por conta de sua grande emocionalidade), Adam e Larry representariam os pés, e The Edge representaria a cabeça.

Isso faz muito sentido se a gente for considerar que The Edge (cujo nome verdadeiro é Dave Evans) recebeu esse apelido logo quando da formação da banda, por conta de sua preferência por observar as coisas de uma certa distância, e por conta de seu comportamento geralmente pouco emocional.

E, de uma perspectiva do Eneagrama, a análise de Bono faz ainda mais sentido. Isso porque muitas poucas pessoas que conhecem esse sistema discordariam de mim quando digo que The Edge é, quase que sem nenhuma dúvida, um tipo Cinco.

Não espere por muito

Não é de se espantar que um dos nomes mais comumente usados pra descrever esse tipo é “o Observador” (“o Investigador” também é bastante comum). Eles são considerados os mais “cerebrais” dos nove tipos, no sentido de serem aqueles que tendem a confiar mais no intelecto. Muito frequentemente, em detrimento de suas emoções.

Muito disso vem da sua paixão característica, que é a avareza. No contexto do Eneagrama, a avareza deve ser vista sob um contexto mais amplo, já que ela não trata apenas de ser mesquinho em relação a dinheiro, mas também em relação a outros recursos, como tempo e energia.

Em outras palavras, o tipo Cinco frequentemente percebe as demandas externas como sendo simplesmente demais pra eles. Como resultado, eles tendem a evitar se envolver muito com outras pessoas num nível bastante emocional, em parte porque eles geralmente duvidam de sua própria capacidade de dar a essas pessoas o que elas procuram.

Disso decorre uma tendência a ter a frugalidade em alta conta, e em se virar com menos do que seria sequer concebível pra maioria das pessoas. O que, sob um ponto de vista artístico, pode dar uns resultados muito interessantes.

Tome essas mãos, elas não servem pra nada

Não é nenhum exagero dizer que The Edge é um dos guitarristas mais únicos e influentes de todos os tempos. Ter crescido sob a influência do movimento punk acabou sendo o encaixe perfeito pra um músico que se considera um minimalista de coração, com muito pouco interesse em tocar uma quantidade excessiva de notas.

“Eu sou um músico. Não sou um pistoleiro”, ele diz. E ter essa perspectiva mais ampla de si mesmo lhe permitiu explorar territórios desconhecidos enquanto guitarrista, dando rédea livre pro seu grande interesse nas possibilidades técnicas não só do seu instrumento principal, mas também do estúdio de gravação.

De fato, embora eu não leve muito a sério aqueles que o criticam enquanto guitarrista por causa do seu estilo mais contido, eu às vezes concordo com outros que dizem que ele se fia demais na parafernália técnica ao redor de tudo isso, a qual envolve um setup ridiculamente complexo de guitarras durante os shows.

E isso, por sinal, também pode ser creditado ao seu tipo no Eneagrama. Por um lado, o tipo Cinco tende a ter uma capacidade fora do comum de se concentrar e ir a fundo no trabalho que faz. Por outro lado, eles podem ir longe demais nisso, ficando obcecados com detalhes que, no fim das contas, podem acabar lhes distraindo do todo.

Aliás, até certo ponto foi uma surpresa pra alguns fãs quando Bono disse recentemente que o maior culpado pelo fato do U2 estar demorando cada vez mais pra lançar seus álbuns é The Edge. O fato dele ser tanto o maior workaholic quando o maior perfeccionista da banda é capaz de deixar todo mundo ao seu redor louco.

Você vem vivendo debaixo da terra, comendo de uma lata

O que me leva à questão dos subtipos, já que essa mistura de workaholismo e perfeccionismo é a maior razão de eu acreditar que o seu instinto mais forte no Eneagrama é o autopreservação.

Confesso que essa não é uma aposta muito confiante da minha parte. Em parte porque os diferentes subtipos do Cinco não são considerados muito diferentes uns dos outros, exceto pra aqueles que os conhecem muito bem (o que tende a ser uma tarefa difícil, como vimos).

Mas, como eu não vejo nele nem o idealismo que parece ser típico do Cinco social, nem o romantismo do Cinco sexual, classificá-lo como autopreservação-dominante me parece que pelo menos faz algum sentido (afinal, esse subtipo é o considerado o mais “puro” dos Cinco).

Em geral, diz-se que o Cinco autopreservação tem uma necessidade mais forte por demarcações claras e por se isolar, assim como uma dificuldade maior que os outros dois subtipos no que se refere a ser assertivo e demonstrar agressividade.

Não sei se quaisquer desses aspectos se aplicam a The Edge com certa regularidade (algo que provavelmente só os seus familiares e os seus colaboradores mais recorrentes poderiam dizer), mas o seu excesso de dedicação ao trabalho me lembra algo que Bea Chestnut diz em The Complete Enneagram:

O Cinco autopreservação limita suas necessidades e vontades por acreditar que todo desejo pode abrir a porta para que eles se tornem dependentes de outros. Desejos, portanto, são ou sublimados em interesses específicos, ou apagados da consciência.

Suponho que tais interesses e atividades poderiam ser simplesmente hobbies para alguns desses Cinco. Mas também é muito frequente que eles sejam seu ganha-pão.

E isso me leva ao meu último ponto de hoje (e provavelmente a coisa que mais me incomoda enquanto fã do U2).

Uma ideia perigosa que quase faz sentido

Embora, enquanto banda, o U2 sempre tenha sido mais apolíneo do que dionisíaco (no sentido de demonstrar uma preocupação muito forte com o que é apropriado de se exibir ou não), nos últimos quinze anos, mais ou menos, esse desequilíbrio cresceu ainda mais.

Enquanto boa parte dos anos 90 viu a banda se reconciliando com seu lado dionisíaco (o que, pra todos os efeitos, foi uma experiência liberadora pra todos eles), desde então eles vêm tendo mais e mais dificuldade em trazer uma dose saudável de espontaneidade e caos ao processo criativo como um todo.

A consequência é que, quando eles tentaram replicar tal experiência no álbum No Line on the Horizon, de 2009, eles simplesmente não conseguiram. Não que seja um álbum ruim, mas ele dá a nítida impressão de que eles sentiram que haviam se tornado grandes demais pra fracassar e não conseguiram mais se deixar levar.

Mas o pior de tudo é que, desde então, a banda lançou dois álbuns recheados de grandes músicas (Songs of Innocence, de 2014, e Songs of Experience, de 2017), as quais foram (pelo menos pra mim) eclipsadas por uma triste constatação: pela primeira vez, o U2 está soando como qualquer outra coisa que toca no rádio.

A razão de eu estar abordando tudo isso é por acreditar que muito disso tem a ver com a influência desproporcional que o perfeccionismo de The Edge teve sobre esses álbuns. Sinto até que estou sendo meio duro ao escrever isso, porque eu também acho que boa parte das escolhas artísticas da banda até então haviam sido mais que justificáveis.

Mas também suspeito que, se eu fosse um garoto de 11 anos hoje (como eu era quando vi pela primeira vez o clipe de “Staring at the Sun” na MTV), eu provavelmente não ligaria muito pro U2. Não porque eles estão se esforçando demais (isso eles sempre fizeram), mas porque agora eles estão se saindo melhor do que antes.

Torço pra que, como diz a letra da última música do seu (ridiculamente menosprezado) álbum de 1997, Pop, ainda seja possível rebobinar tudo como se fosse um toca-fitas (Songs of Ascent, mais alguém?). Mas a cada ano que passa isso vem se tornando uma possibilidade mais remota no meu coração.

O Eneagrama de Bono

O Eneagrama de Bono

O mundo corporativo é muito dinâmico. ele costuma apresentar uma série de estudos sobre a personalidade das pessoas e, atualmente, o eneagrama está sendo utilizado por alguns profissionais de sucesso. Ele pode ser usado na compreensão e estudo de qualquer processo contínuo, uma vez que, em sua lógica, o fim é sempre o início de um novo ciclo.

O UV Henrí Galvão, um grande entusiasta do assunto, resolveu fazer um estudo dentro dos preceitos desta técnica em cima das personalidades de Bono e The Edge. Aqui vai o primeiro texto, sobre o Bono. Semana que vem vamos postar o sobre The Edge. Se liga só:

Eneagrama & Música: Bono

Bono é um personagem que não requer maiores introduções. Ainda que, enquanto frontman do U2, ele seja uma das estrelas do rock mais famosas do mundo, talvez ele seja igualmente conhecido por seu envolvimento numa variedade de causas sociais, principalmente aquelas relacionadas à melhora das condições econômicas e de saúde na África.

Ao mesmo tempo, eu me pergunto se um estudante do Eneagrama que não soubesse quem ele é (é claro que isso é quase impossível pra qualquer um que acompanhe a música pop), e que fosse introduzido apenas aos fatos-chave da vida de Bono e do que ele defende, concordaria com o que estou prestes a dizer: que ele é, muito provavelmente, um tipo Sete.

Você perde muita coisa nesses dias se você para pra pensar

Por um lado, talvez não seja assim tão difícil pensar nele quando frequentemente se vê diferentes autores se referindo ao tipo Sete como “o Epicurista” do Eneagrama. Afinal, mesmo quando o U2 era considerado uma banda muito séria, havia sempre uma notável “joie de vivre” nas entrevistas que Bono concedia, bem como nas suas artimanhas de palco.

Por outro lado, sempre que se estuda um certo tipo no Eneagrama, há algo de mais importante do que o nome que é frequentemente dado a ele: a saber, a sua paixão predominante. A qual, para o tipo Sete, se chama gula.

Por conta disso, muito do entusiasmo que os Sete demonstram vêm de querer fazer e experimentar muitas coisas (comida sendo apenas uma delas), frequentemente todas ao mesmo tempo. E essa tendência, paradoxalmente, tende a lhes negar justamente a satisfação que eles procuravam quando decidiram se engajar em tais experiências.

Isso porque a principal fixação desse tipo se chama antecipação. Em outras palavras, como eles estão constantemente pensando sobre o que fazer ou aonde ir em seguida, estar presentes onde quer que eles estejam – e com quem quer que esteja com eles – num dado momento pode ser algo incrivelmente difícil.

É claro que estar presente não é uma tarefa fácil pra ninguém, independentemente do seu tipo. (O tipo Quatro, por exemplo, tende a pensar bastante no passado.) A questão é que muitos tipos Sete, justamente por conta de sua fixação, tendem a desenvolver uma baixíssima tolerância à frustração.

A partir daí, não é de surpreender que um dos seus maiores desafios seja uma falta de comprometimento generalizada. Toda criatividade e excitação que eles geralmente demonstram durante os estágios iniciais de qualquer projeto podem ser sabotadas por um certo desinteresse em dar prosseguimento às suas ações – em parte devido a um certo medo de se sentirem presos.

Um amor, uma vida

Tendo isso em mente, talvez soe estranho ouvir um tipo Sete dizer algo nesses termos:

Eu comecei a namorar a minha esposa, Ali, na mesma semana em que entrei no U2, e aquela foi uma boa semana

Sem contextualizar as coisas, talvez a frase acima não soe tão fora do comum por si só, então vou reenquadrá-la da seguinte maneira: temos aqui um tipo Sete na faixa dos 50 anos que encontrou sua futura esposa e seus futuros companheiros de banda quando tinha apenas 16, e eles todos estão juntos desde então. (Incrivelmente, o U2 nunca passou por nenhuma mudança de formação.)

A estranheza dessa situação pode ser ao menos parcialmente explicada quando consideramos que o instinto predominante de Bono no Eneagrama é o social, e isso o coloca dentre aqueles que são classificados como contra-tipos neste sistema – pessoas que expressam a paixão de seu tipo das formas mais inesperadas.

Como o nome sugere, o instinto social se relaciona com como uma pessoa lida com dinâmicas de grupo em geral. Assim, talvez a forma mais fácil de entender a influência que esse instinto tem sobre um indivíduo é considerar a importância que ele/ela dá a qualquer situação na qual haja mais de duas pessoas envolvidas.

Como comentei no meu primeiro texto dessa série, isso não significa que uma pessoa que seja social-dominante vá ser mais socialmente envolvida do que se o seu instinto predominante fosse o sexual ou o autopreservação. Basicamente, o que isso significa é que, seja como for que essa pessoa decida se comportar em grupos, ela raramente vai deixar de levar em conta essas dinâmicas.

Isso pode ser facilmente visto não só no papel cada vez maior de Bono enquanto ativista social ao longo dos anos, mas também no seu papel enquanto membro do U2. Nos anos 80, a banda era vista como os salvadores do rock por alguns, e um observador casual não pensaria que carregar tal bandeira fosse um fardo tão pesado pra ele.

Então, pra mais uma vez trazer a paixão a essa equação: o Sete social é considerado um contra-tipo por reconhecer que a gula – isso é, sua tendência a pensar em sua própria satisfação antes mesmo de sequer levar em conta os desejos e necessidades dos outros – frequentemente não cai muito bem com o que é socialmente esperado.

Consequentemente, esse subtipo faz o movimento contrário à tendência do tipo Sete de ser oportunista, e deliberadamente evita tomar algo pra si mesmo primeiro, defendendo causas que são frequentemente maiores do que eles mesmos.

É por isso que esse subtipo é muito apropriadamente chamado de “Sacrifício”: eles se comportam de maneiras bastante antioportunistas. Como resultado, como diz Bea Chestnut no seu livro The Complete Enneagram, sua gula pode ser difícil de identificar, “porque eles se esforçam para escondê-la em comportamentos altruístas”.

Nos sonhos começam as responsabilidades

Se tudo isso soa bom demais pra ser verdade, é porque, até certo ponto, é. Esses Sete agem como bons samaritanos, mas isso frequentemente vem acompanhado de um desejo igualmente forte de serem reconhecidos pelos outros. (O que é uma das razões pela qual o Sete social pode de certa forma se parecer com um tipo Dois.)

Em sua análise desse subtipo, Bea certamente não poupa palavras, e diz algo que soaria como música aos ouvidos dos detratores de Bono (que aparentemente são muitos): “Seu sacrifício e serviço é o preço que eles pagam por sua necessidade neurótica por admiração.”

Antes de dizer qualquer outra coisa, talvez eu deva deixar claro que sou um fã tanto dele quanto do U2. Embora isso faça com que eu seja um tanto parcial, eu realmente acredito que o seu nível de autoconsciência é bem alto, e o fato dele estar mais que disposto a receber os mais diferentes ataques me parece um bom indício de que ele realmente acredita de coração no que faz.

Na minha opinião, um calcanhar de Aquiles mais delicado está nas suas escolhas como, provavelmente, o membro mais influente do U2 – alguns diriam que ele é o líder de facto da banda. Mais evidentemente, na obsessão que a banda tem em ser aclamada e estar na crista da onda como se nada mais importasse.

Imagino que muito dessa obsessão venha da insistência de Bono em igualar relevância a popularidade. O que, por sua vez, me faz lembrar de como o tipo Sete é muito suscetível a sofrer de uma certa recusa em envelhecer, quase como se “envelhecer graciosamente” fosse um oximoro.

Não é segredo que a ambição rói as unhas do sucesso

De certa forma, me alegra ouvir Bono dizendo coisas como: “se nós acreditamos nas nossas músicas, precisamos usar todos os meios possíveis pra alcançar as pessoas”. Eu mesmo provavelmente não teria me tornado o fã que sou se não tivesse sido exposto à música da banda bem cedo, inclusive quando eles nem eram mais tão “descolados” assim.

E eu com certeza não estou aqui pra dizer o que Bono e o U2 devem ou não fazer a respeito de como comunicam o valor de seu trabalho. Mas às vezes eu me pergunto: será que eles não estão se vendendo barato demais? Não seria bacana, só pra variar, deixar os mais jovens descobrirem o U2 por si mesmos?

É claro que, enquanto fã, eu meio que já sei quais seriam as respostas a essas perguntas. Mas acho que não faz mal “sonhar alto” só um pouquinho, não é?

Email: contato@henrigalvao.com

Links do texto original:

– Bono: U2, State of the World, What He Learned From Almost Dying – https://www.rollingstone.com/music/music-features/bono-the-rolling-stone-interview-3-203774/

U2 apoia livro sobre alimentos que curam!

U2 apoia livro sobre alimentos que curam!

Presente na cerimonia de entrega do prêmio Nobel de medicina este ano, The Edge apoia diversas pesquisas médicas relacionadas com a cura através dos alimentos. Desde que sua filha mais nova, Sian, foi curada de um tipo agressivo de leucemia em 2006/07, Edge se aproximou de alguns médicos e pesquisadores relacionados com o tema. Ele apareceu esta semana com um livro nas mãos e fomos procurar saber sobre o que se tratava.

Trata-se de Eat to beat disease , do Dr. William Li. O médico fala especificamente sobre um processo conhecido como Angiogenese, que atua diretamente em tumores cancerígenos, segundo a tese.


A Angiogenese faz com que veias e vasos nasçam saudáveis e ajudem o corpo a permanecer funcionando normalmente. A técnica revela um processo que impede a irrigação necessária para o crescimento das células cancerígenas e o livro demonstra que existem alimentos específicos que ajudam a derrotar a doença.

Da maneira similar, ele auxilia a cura de outras doenças importantes que matam milhares de pessoas em todo o planeta, como aquelas relativas ao coração. Ou seja, pode ser algo que vai revolucionar os estudos sobre doenças que atingem muitas pessoas no mundo.

Mas o que tem o U2 a ver com isso? A banda apoia a fundação que realiza as pesquisas no setor e tem seu nome citado no site da entidade como um dos principais financiadores dos estudos.

Nós como fãs, ficamos orgulhosos porque, indiretamente, também estamos financiando este estudo através da compra de material oficial da banda e dos ingressos dos shows.

Vale ou não à pena ser fã do U2?

Se beber vinho faz bem, então é melhor começar a aproveitar….

Colaborou: Luciana Pavanelli