Autor: Holy Joe

Por Favor

Por Favor

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Os conflitos na Irlanda do Norte tem motivado muitas canções do U2 ao longo dos anos. “Please” é uma delas.
Anton Corbijn foi o diretor convidado pelo U2 para fazer um videoclipe para a canção, que foi lançado em 1997.
Nele, podemos ver que na verdade, todas as casas tem um rosto, e as ruas não tem nome. Casas com olhos e nariz, esta era a ideia da equipe. As casas dão um toque humano.
Para Anton, as casas e as projeções do céu em volta delas, são o melhor do vídeo. É como um mundo artificial, e isso agrada muito ele.
Ele disse: “se você tem a possibilidade de refazer seu próprio mundo em um estúdio, é realmente encantador.”
Anton revelou que o videoclipe foi feito exatamente do jeito que ele desenhou. Ele brinca que esse foi o erro da banda.
Dentro de uma destas casas, a banda está tocando e olhando para o mundo lá fora, e Bono canta de uma janela para o mundo.
Os personagens vistos são uma espécie de representantes de parte da população do mundo, escolhidos à esmo. A ideia para as pessoas ajoelhadas tem a ver com humildade, e a ver as coisas de um ângulo diferente.

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Quando as pessoas estão se levantando e andando, elas estão ignorando um monte de fatos. Uma espécie de metáfora da vida. “Todos nós temos chances na vida, e as pessoas abandonam isso pelo caminho”, diz Corbijn.
O homem mais velho pode ser visto como a metáfora mais óbvia da figura de um Deus. O diretor vê ele apenas como um “homem sábio”, e um desafio que podemos aceitar ou não.
A sessão inicial do videoclipe é em preto e branco, porque não é como a realidade é de verdade, mas sim o mundo na visão que Anton gostaria que fosse, com as pessoas vivendo em paz. Passa a sensação que aquilo é que está acontecendo no momento, que é assim que o mundo é.
O diretor passou duas tardes procurando personagens para o vídeo, em especial para representar o homem mais velho, e ele diz que sua escolha foi ótima, achou o visual perfeito.

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Vemos também uma dupla de freiras, um bispo em suas vestes litúrgicas, um rabino, uma menina vestida de branco, um grupo de adolescentes e um homem com tatuagens.

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Para Joanou, as palavras não são traduzidas diretamente em imagens, então ele fez isso com “Por Favor” , “De Joelhos” e “Levante-se”. Parecia ser uma ideia visual muito forte, que não poderia deixar de ser usada.
A garotinha de branco, é a inocência e esperança.
O videoclipe muda, a música muda. Sai o preto e branco e entra o colorido, as pessoas ficam agressivas, começam os confrontos.

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Bono, como sempre, é a alma da música.
Todos passam pelo homem velho, que tem uma placa sinalizando “Por Favor”. Ninguém tem tempo pra ele, e nem estão interessados. Cada um só se interessa pelos seus próprios problemas e prioridades.
E então o momento incrível do videoclipe: Bono canta “levante-se de joelhos, por favor”, e começa a chorar de verdade cantando esta parte.
É um vídeo que vai de A para B, segundo Anton. Não há muita repetição, e há uma lógica na sequência.
Anton ao ouvir “Please”, presumiu que era um tipo de música romântica, e que se poderia ampliar o sentido.

Quando o homem velho vai embora no final do vídeo, ele deixa nós seguirmos este desafio, de se fazer um mundo melhor. A placa então passa para a garotinha, a esperança.

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“One”, parte três

“One”, parte três

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O primeiro videoclipe de “One” tinha os membros do U2 vestidos de drag queens, e não era o tipo de coisa que a banda imaginou que a MTV iria se importar de colocar no ar. 

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A segunda versão do videoclipe, era um filme composto por imagens de flores desabrochando, a palavra do título em várias línguas, e cenas de búfalos correndo em câmera lenta até um precipício. Uma bela metáfora para a epidemia de AIDS, talvez, mas não uma grande promoção para a música.

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Era preciso de um vídeo que a audiência adorasse, e que fizesse o single vender.

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Phil Joanou, que havia trabalhado com o U2 no filme-concerto ‘Rattle And Hum’, foi quem dirigiu a terceira versão, que é lembrada principalmente por Bono aparecer sentado em um bar na Filadélfia.
Joanou estava sentado em sua casa em uma tarde de sábado, quando recebeu um telefonema de Paul McGuinness, o empresário do U2, perguntando se ele poderia naquela noite pegar um vôo para Atlanta, para discutir sobre a gravação de mais um vídeo para “One”. Ele estava trabalhando em um roteiro com Christopher Hampton, mas deu preferência para trabalhar com o U2. Avisou que tinha um convite para viajar e escrever um roteiro para o novo videoclipe da banda, e ouviu de Hampton: “Tudo bem, vai lá, esqueça o roteiro então.”
Joanou chegou em Atlanta, onde a banda fazia um show da turnê. E sentou com eles no backstage, como havia acontecido em 1987 quando encontrou a banda pela primeira vez durante a turnê ‘The Joshua Tree’, para discutir sobre as filmagens de ‘Rattle And Hum’.
Phil se sentou com a banda e prontamente perguntou: “Bem, o que faremos desta vez?”, e a discussão continuou em um bar em Atlanta até 5, 6 da manhã.
Joanou diz que se recorda de olhar para Bono sentado e ele dizer: “Por que não fazemos um videoclipe como isto aqui?”
Depois de vários drinks, o diretor conseguiu convencer Bono à colocar uma garota junto com ele na gravação.
Com essa decisão, um grupo de travestis se apresentou para fazerem parte da gravação, só que um dos motivos que levou esta terceira versão à ser feita, foi justamente o fato de a banda querer algo diferente dos outros dois vídeos feitos, e o primeiro já tinha tido a banda como travestis.
Vários membros da produção então gritaram para Joanou: “Não podemos ter nenhum travesti neste. Já temos um videoclipe assim.”
Phil resolveu acalmar todos: “Eu sei! Não se preocupem! Teremos uma linda garota neste vídeo! Tudo sairá bem!”
Ninguém havia visto ainda essa linda garota, Serena, já que ela havia filmado suas cenas no estúdio na parte da manhã, enquanto todos ainda dormiam.

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Algumas das primeiras imagens vista no videoclipe, foi gravada em uma Super 8, câmera que permitia um aumento na área de exposição da película, proporcionando mais qualidade de imagem, dando um ar mais íntimo para as imagens.
Era este grau de intimidade que Phil Joanou queria, ao mostrar as cenas de perfil de Bono, closes nos olhos dele. Ele optou por essa câmera, por ela captar a coisa crua e real. É bem mais pessoal.

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O diretor conseguiu então chegar mais próximo da banda desta vez, pois agora realmente os conhecia muito bem. Até mais do que em ‘Rattle And Hum’, onde ele apenas havia acabado de conhecer o grupo.
Ele intercalou essas imagens gravadas de Bono, com gravações feitas da banda em shows da turnê ZOOTV.
O U2 havia tocado na Filadélfia na noite em que o videoclipe foi gravado. Sem descanso, chegaram muito rápido ao local, desceram do ônibus e já iniciaram as filmagens.
Gravaram as cenas deles caminhando meia noite na Times Square.
Edge, Larry e Adam ficaram muito contentes com este videoclipe, pois foram registradas entre 8 e 10 horas de filmagens do plano com Bono, e apenas 1 hora com eles três juntos.
O diretor tentou estabelecer uma conexão entre a intimidade da performance solo de Bono, a intimidade do grupo ao vivo, e a intimidade da garota.
Era suposto que aquilo simbolizava o amor perdido, mais do que qualquer outra coisa.
É mais do que claro que Bono normalmente gosta de tocar para seu público, mas neste vídeo ele atua para si mesmo, e para o espectador, e para a câmera. E fez isso muito bem.
Phil Joanou se sente muito orgulhoso por este vídeo.

Dá pra adivinhar a parte preferida de Phil Joanou? Óbvio: a cena quem que Bono diz “you say…”, encara a câmera e não continua cantando a letra. Mas música permanece tocando….

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Além de “Stay (Faraway So Close!)”

Além de “Stay (Faraway So Close!)”

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“Se eu pudesse ficar…”

O videoclipe da canção “Stay (Faraway So Close!)” foi dirigido por Wim Wenders em 1993, como uma extensão de seu filme ‘Faraway, So Close’ (Tão Longe, Tão Perto).

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Através do filme, a banda compôs a música. É uma das canções do U2 favoritas de Wenders. E também do próprio U2.

Bono disse que “o filme era sobre os anjos que querem ser humanos e que querem estar na terra. Mas para isso têm de se tornar mortal. Isso foi uma grande imagem para brincar – a impossibilidade de querer algo assim e então o custo de tê-la.”

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“Isso depende de quem está ao redor….”

O ator principal do filme, Otto Sander, aparece no videoclipe logo no início, (mas não como o personagem do filme, Cassiel), dentro de um ônibus, com uma caixinha de música nas mãos. Caixinha essa que vai para as mãos do anjo The Edge.

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Na primeira cena com Bono no vídeo, ele aparece ao lado de um jovem que está jogando um game portátil, com fone de ouvido. O rapaz na vida real é o sobrinho de Wim Wenders, Michael.

“Tão longe, tão perto….”

A ideia principal do videoclipe, foi tirada do filme ‘Wings Of Desire’ (Asas do Desejo), e Edge, Adam, Bono e Larry são anjos, invisíveis para os humanos.

Cenas do vídeo também foram retiradas de ‘Wings Of Desire’ (as cenas aceleradas no meio do videoclipe e a visão à partir do helicóptero, por exemplo).

Fazer um videoclipe, segundo Wim Wenders, é uma jogada diferente. Você na verdade tem o roteiro, porque você tem a música. E tudo o que tem a fazer é servir esta música, ajudar ela a brilhar, fazer com que soe melhor, mais interessante, torná-la melhor possível.

Wenders conheceu o profissionalismo e a generosidade dos integrantes do U2 quando dirigiu em 1990, o videoclipe de “Night And Day”. Achou pessoas incríveis, e disse que poderia filmar com eles tranquilamente, por semanas.

“E se você olha, você olha através de mim, e quando você fala, você fala comigo, e quando eu toco em você, você não sente nada…..”

A cena em “Stay (Faraway So Close!)” que Larry aparece como o anjo guardião do garoto que toca bateria na banda, Larry pega as baquetas e dá a impressão que corrige de verdade o ritmo em que o garoto tocava a canção. Edge é outro anjo guardião que também ajudou o garoto da guitarra a acertar a melodia.

Adam, como anjo guardião, apenas observa.

“Você podia sincronizar os lábios com os talk-shows….”

Foi difícil para a atriz e cantora alemã Meret Becker fingir que Bono, seu guardião, não estava ali, e cantar a letra da canção. Muitas vezes ela fechou os olhos na gravação e desviou o olhar ao máximo que podia, pois Bono a provocava e chegava muito perto para tentar distraí-la, declamando a letra que estava por vir. Mesmo assim, ela conseguiu cantar como se ele não estivesse lá.

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“E se você pula, você pode apenas cair. E se você grita, eu apenas ouço você…..”

A cena vista com a atriz Natasha Kinski, como o anjo Raphaela, foi tirada do próprio filme. Potsdamer Platz, um lugar abandonado na época, com muita confusão.

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Quando Bono pula do alto da estátua em que se encontra, e chega ao chão, ao encontro de Raphaela, atrás dele, em rápidos segundos, se nota um avião russo.

No Potsdamer Platz naquele período, ainda tinha esses aviões russos. Migs ao redor. Hoje em dia é o centro da cidade.

“Londres, Belfast e Berlim…”

Essa é a linha da canção favorita do diretor. Ele confessou: “Eu não podia deixar de cantar alto isso, toda vez que estávamos filmando esta parte no videoclipe”.

“Está quieto e não há ninguém por perto…”

Foram três dias de filmagens em Berlim. Em uma delas, após passarem uma noite inteira fazendo as tomadas na madrugada, quando já estava amanhecendo, Bono fez as tomadas solo de sua queda contra o chão, a última cena do videoclipe.

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“Apenas o estrondo e o barulho, como um anjo que acerta o chão…..”

 

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A cantora sueca Lykke Li revela detalhes sobre a gravação da canção “The Troubles” junto com o U2

A cantora sueca Lykke Li revela detalhes sobre a gravação da canção “The Troubles” junto com o U2

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“A maioria das coisas na vida vem de surpresa”, diz Lykke Li em entrevista à Rolling Stone, um dia depois do U2 surpreender o mundo com seu novo álbum, ‘Songs of Innocence’.

U2_Songs_Of_Innocence_LP_release_2014_September_9th_music_scene_irelandA cantora nascida na Suécia é a voz melodiosa cantando sublime “little by little …” em meio à um turbilhão de cordas orquestradas e um sussurro apaixonado de Bono no número de fechamento do álbum, a faixa “The Troubles”.

Quando a banda anunciou que meio bilhão de pessoas seriam capazes de baixarem imediatamente e gratuitamente o disco, no evento da Apple esta semana, Li estava “deitada de cabeça para baixo” em seu quiroprático. Como todo mundo, ela ficou surpresa. “Este foi uma coisa repentina, inesperada”, diz ela. “Eu não tenho nenhuma idéia sobre qualquer coisa.”

A vocalista foi convidada para cantar na música por volta de um ano e meio atrás por um dos produtores do álbum, Brian “Danger Mouse” Burton. “Ele me mandou uma mensagem: ‘Ei, você quer cantar em uma faixa do U2?'”, diz ela. “E eu disse ‘Sim, eu não sei. Certeza?’ Era uma pergunta aleatória.”

Então ela foi para um estúdio de Los Angeles onde ela realizou o corte de seus vocais em um tempo que a banda não estava por perto.
O U2 então mudou as notas da canção no verão passado e ela tinha que refazer o vocal da faixa, e uma vez que ela já estava na Europa, ela encontrou com a banda em Londres para refazer o corte de seus vocais, desta vez na presença de Bono.

“Bono foi muito gentil”, ela diz. “Ele era como o líder tranquilo, instruindo-me a cantar em sintonia – o que normalmente eu não faço.” Ela ri. “Principalmente, deixaram-me fazer do meu próprio jeito, nós tentamos coisas diferentes como sussurrando para alguém ou gritando com alguém, mas era tudo sobre como criar intimidade. Nós tiramos todos os instrumentos e música, e cantamos somente com o som da bateria, por isso foi realmente chegando ao cerne do que a música significava. Eu tive um momento maravilhoso.” (A propósito, Li disse que ela não tem ideia o que é a “versão alternativa” da música que estará disponível na edição deluxe do disco do U2, e como irá soar e se ela será dos mesmos cortes que a versão do álbum, quando acontecer o lançamento físico em outubro.)

Eles não discutiram o significado por trás da letra de “The Troubles”, que é uma canção de sobrevivência, mas Li diz que isso não importava. “A música já tem tanta profundidade, não precisa entender completamente do que as letras são para compreendê-la em sua alma e coração,” ela diz. “É uma coisa realmente maravilhosa que sou capaz de alinhar-me também, naquela emoção.”
Li estima que ela teve que fazer apenas um par de takes, entre os quais Bono a fascinou com “contos de sua estrada no rock and roll”.
Ela diz que essas histórias são “confidenciais”, mas disse que tinha algo a ver com Jack Nicholson e Nina Simone. “Super interessante”, ela diz timidamente. “Foi muito divertido. Ele contou um monte de piadas e se referiu a mim como uma ‘pequena criança vodu’. Eu realmente explodi de felicidade”.
Bono disse que sua canção favorita de Lykke Li é “Never Gonna Love Again.”

Li disse que manter sob sigilo sua contribuição em ‘Songs Of Innocence’ não foi difícil, porque, mesmo que ela não seja um tipo de fofoqueira, ela não tinha certeza se sua canção iria fazer parte do corte final do disco. Ela disse que contou apenas para alguns amigos íntimos desta possibilidade. Ela ouviu a música pela primeira vez, juntamente com todos os outros. “Eu achei que ficou ótimo”, diz ela. “Eu toquei no carro e provavelmente ela soa até mais psicodélica do que fizemos na gravação.”
Agora que foi lançada, ela está mais animada para compartilhar com o pai dela a canção “The Troubles”. “Ele não vai acreditar”, ela diz. “É uma coisa louca sua filha cantar com o U2”. A cantora diz que, embora ela tenha enviado a canção para ele, ela não sabe o que ele pensou sobre ainda porque, como ela diz com uma risada, “ele estava no topo de um montanha em algum lugar.”
Em última análise, Li está feliz de que a música esteja disponível. “Eu sou apenas o backing vocal”, diz ela. “É uma grande coisa. Acho que eles são mais ou menos como uma das maiores bandas do mundo, e eu acho que se Mary J. Blige pode cantar em “One” com eles, eu também posso”.

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A história do videoclipe de “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight”

A história do videoclipe de “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight”

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Com o jovem diretor irlandês David O’Reilly à bordo e belas obras de arte fornecidas pelo designer Jon Klassen, seis emocionantes semanas de produção aconteceram no Lumiere Studios em Londres em 2009 para o videoclipe de animação do U2, da canção “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight”, da produtora Colonel Blimp.

A banda assistiu seu curta-metragem online de 10 minutos, ‘Please Say Something’, e rapidamente entrou em contato para ele ajudá-los em um novo vídeo.

Sobre as idéias para a história e conteúdo, David comentou: “A banda realmente quis que eu fizesse minhas próprias coisas. A banda respeitou o espaço criativo e foram muito favoráveis sobre as minhas ideias sobre o video.”

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O videoclipe retrata várias pessoas em uma cidade passando por dificuldades, e os acontecimentos que são interligados e levam à felicidade, quando eles decidem realizar mudanças em suas vidas. O vídeo foi inserido no Festival Internacional de Animação de Ottawa.

Jon Klassen trabalhou a direção de arte, design de produção e arte conceitual, enquanto Chris Hutchison, Danielle Brown e Steve White trabalharam na animação. Steve White forneceu a animação extra.

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O prazo de seis semanas para criar personagens animados para um vídeo de 4 minutos, foi e sempre será um desafio, mas com o diretor no local dia e noite e uma equipe de animadores dedicados, trabalhando com paixão e crença no que eles estavam criando, todos sabiam que iria acontecer.

Da modelagem, texturização e aparelhamento de animação e composição, o Lumiere Studios manteve-se em consonância tanto com a agenda, quanto com a expectativa do diretor; o que permitiu à todos algo importante, que foi voltar e ajustar o final.

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David foi convidado para assistir um show da turnê 360°, e revelou: “Eu conheci lá, um dos meus cineastas favoritos de todos os tempos, e tive sorte o suficiente para ser apresentado à ele pelo próprio Bono. A banda é muito legal, você sabe, o povo mais amigável, mais humilde e mais inspirador que eu poderia conhecer.”

A história do videoclipe de “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight”:

Um jovem rapaz em fuga está sentado em um trem e recebe uma chamada em seu telefone celular. É sua mãe, uma enfermeira. Ele ignora, e ela sai chorando no hospital. Enquanto isso, uma garota de um lar desfeito, um pai embriagado, está embalando seus pertences em duas únicas malas, e ela também se prepara para fugir, enquanto um homem sem-teto fora da estação de trem tenta procurar abrigo quando começa a chover. A enfermeira sai do hospital e uma jovem garota é mostrada tirando cópias em uma máquina de xérox, de um panfleto de um cão perdido, e na chuva cola eles sobre anúncios para um próximo show do U2. O cão encontra o sem-teto que tem uma ideia, e elabora um teatro de “cão vagabundo dançando” na tentativa de ganhar algum dinheiro, com pouco sucesso.

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A garota fugitiva caminha contra o vento e chuva sem proteção, quando a enfermeira encosta e oferece-lhe uma carona, examinando alguns ferimentos leves no rosto dela, causados por outra pessoa. A menina adormece no carro, e a enfermeira lembra-se de seu filho, que encontrou o homem sem-teto e o cachorro perdido no trem.

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Imaginando-se ficar nessa mesma condição, ele corre para fora do trem na tentativa de encontrar a sua mãe, deixando o sua mochila para trás. Enquanto o homem descobre o conteúdo da mochila, o cão vai atrás do rapaz e corre para a garota com os panfletos, que está encantada por ter encontrado o seu animal de estimação novamente.

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O garoto continua em seu caminho e passa por um café. Ele é visto por sua mãe e a menina em fuga, que estavam sentados lá dentro. Sua mãe corre para a porta e chama por ele, levando-o a parar e olhar para ela.

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O vídeo termina com cenas de cada personagem mostrando o alívio e a felicidade que todos encontraram. A garota em fuga encontrou abrigo da chuva e calor, a garota com os panfletos encontrou seu cachorro perdido, o sem-teto tem comida, e o menino e sua mãe têm um ao outro.

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E eles nunca poderão nos separar: a história das fotos de Bono e Michael Hutchence em Londres no ano de 1994

E eles nunca poderão nos separar: a história das fotos de Bono e Michael Hutchence em Londres no ano de 1994

Bono-MichaelHutchence-SonyChristmasParty-HamiltonsGallery-Mayfair-London-19Dec1994copyTimDouglas-CameraPressLondon2wmMichael Hutchence, o vocalista do INXS, se suicidou aos 37 anos em um quarto de hotel na Austrália. Ele foi encontrado nu, enforcado com seu próprio cinto, que estava preso à maçaneta da porta.

Michael Hutchence e Bono tinham uma amizade muito intensa. Após sua morte, Bono escreveu a canção “Stuck In A Moment You Can’t Get Out Of” sobre o suicídio de seu amigo. A canção foi escrita sob forma deste argumento, na qual Bono tenta convencer Hutchence a não cometer a loucura do ato.

Bono certa vez foi chamado para ser padrinho da filha de Michael Hutchence, Heavenly Hiraani Tiger Lily, mas recusou devido à sua amizade com Bob Geldof (com quem Michael tinha desavenças, por um amor em comum pela mesma mulher, Paula Yates).

No livro U2 BY U2, Bono falou sobre a morte do amigo: “Eu perguntei à ele algumas vezes se ele estava bem. Ele entrou em um buraco negro muito grande e não conseguiu encontrar a saída. Esta é a única coisa na qual eu consigo pensar, era apenas um cão negro que estava o atacando. Eu tenho saudades dele. Especialmente quando estou no Sul da França, sinto falta da companhia dele. Ele teria facilidade em envelhecer, seu lado patife seria mantido nas pontas de seus dedos. Ele era uma alma encantadora e profundamente sensível que sempre verificava se estava tudo bem com você.”

Há uma foto que mostra esta cumplicidade entre Bono e Hutchence, e que foi registrada pelo fotógrafo Tim Douglas no final de 1994.

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Tim relatou para fãs do U2, a história de como conseguiu tirar as fotos de Michael Hutchence e Bono naquela noite, no Hamiltons Gallery, em Mayfair , Londres, perto do Hotel Connaught:

“A Hamiltons Gallery era propriedade de Tim Jefferies, e foi uma galeria de belas artes e fotografia de arte. Uma gravadora estava fazendo sua festa de Natal lá naquela noite, dia 19 de dezembro de 1994.

A Sony estava envolvida e Pavarotti e outros estavam sendo cogitados de estarem lá. Eu descobri e cheguei lá por volta das 06:30. Era uma noite muito gelada e rapidamente o frio intenso estava congelando meus ossos. Foi muito tranquilo – nenhum sinal de uma festa, sem porteiros ou segurança do lado de fora. Sem barreiras – nada! É muito raro ter algo parecido com isto tudo na auto sociedade. Limusines discretas começaram à aparecer, e pessoas começaram à subir a rua. Andrew Lloyd-Webber e sua esposa, integrantes do Bee Gees e suas esposas, Michael Hutchence e Helena Christensen – e outros que não reconheci. E então Bono. (Mas sem Pavarotti!)

Tirei fotos quando chegaram, pedindo educadamente. Eu acho que eu era muito lento para tirar fotos de Bono caminhando. Então eu tive que esperar a festa acabar e eu poderia fotografá-los indo embora. 

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As pessoas começaram a sair e as últimas pessoas que lá estavam eram Bono e Hutchence.

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Bono saiu primeiro e perguntei-lhe se eu poderia fazer uma foto e ele me obrigou. Ele disse “sua barba certamente tem possibilidades!” Ele mesmo estendeu a mão e tocou minha barba.

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Eu tirei uma foto e, em seguida, ele começou à entrar na parte de trás de sua limusine. Então Michael e Helena sairam pela porta da galeria e eu perguntei para Bono, que já estava na parte de trás do carro: “há alguma chance de fazer uma foto de você e Michael juntos?” Ele disse “boa idéia!”, e saiu para fora e fez as fotos para mim, colocando a cabeça na barriga de Helena e beijando a bochecha de Hutch! 

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Abençoado seja! Então acabou. Agradeci a eles, ele voltou para o carro, e acho que Michael e Helena foram pela rua de braço dado. Eu estava animado porque eu sabia que tinha algo que iria parar nos jornais. Eu tinha até esquecido como me senti mal, pois estava muito frio! Eu fui procurar uma cabine telefônica (não havia celular naqueles dias) e achei uma perto da estação de metrô de Green Park. Entrei em contato com um amigo fotógrafo que vendeu minhas fotos e tentou convencê-los que eu tinha algo de bom. Era tarde demais da noite, para irem para os jornais da manhã seguinte. Mais tarde, ele ligou para dizer que o The Sun estava muito interessado, e uma jornalista iria me ligar para os detalhes do que aconteceu. Na manhã seguinte, o cara queria que eu dissesse que eles estavam escandalosamente bêbados, mas eu disse que não estavam – eles estavam apenas de bom humor, se divertindo. Falei para eles não distorcerem o que eu havia dito, e que dessem meus créditos.

As fotos foram publicadas no Sun no dia seguinte e possivelmente em um outro jornal, não me lembro, e eu estava muito contente com isso. Anos depois, dei uma cópia da foto para Bono, dele beijando Hutch na bochecha, quando eu estava em uma premiação do lado de fora, junto com os caçadores de autógrafos. Ofereci para ele, ele pegou, juntamente com fotos de outras pessoas, que ele começou a autografar e entregar de volta. Ele devolveu na minha mão, ele pensou que eu queria que ele autografasse, mas eu disse “não, leve, é para você!” Então ele me agradeceu e entrou em uma van com o resto da banda e foi embora. Alguns anos atrás eu consegui que ele autografasse uma cópia para mim, quando o U2 estava fazendo uma promo na rádio BBC.”

“And they could never, ever, tear us apart” – INXS

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Irritado com Bono, o baterista Larry Mullen pensou em parar de tocar no show do Live Aid

Irritado com Bono, o baterista Larry Mullen pensou em parar de tocar no show do Live Aid

U2LiveAidPA040511Em diversas entrevistas, Bono falou sobre sua “performance solo” no Live Aid, onde ele quebrou uma das regras de Bob Geldof, e desceu para a platéia, tirando a garota Kal Khalique de 15 anos de idade para dançar, e atrasando totalmente o set do U2. Segundo Bono, ele avistou de cima do palco, a garota sendo esmagada contra as barreiras de proteção, e decidiu pular para o nível da platéia, para tirá-la dali com a ajuda dos seguranças.

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A própria garota afirmou que Bono salvou sua vida.

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Apesar da performance do U2 ter sido memorável, e considerada a melhor apresentação junto com o Queen, a atitude de Bono deixou os integrantes da banda irritados, pois não puderam tocar seu grande single de sucesso e mostrá-lo para milhares de telespectadores que estavam acompanhando o concerto pela TV. Larry Mullen pensou em parar de tocar naquela ocasião. Bono: “Live Aid poderia ter sido um clássico tiro na cabeça. Eu estava alto como uma pipa depois do Live Aid porque Linda McCartney me deu um beijo. E depois, eu estava dividindo o microfone com Paul McCartney.

Mas quando eu cheguei em casa e assisti ao vídeo do Live Aid, eu fiquei muito desesperado e deprimido. Eu realmente acreditava que eu tinha cometido um grande erro, ao descer do palco. Não conseguia dormir, não quis falar com ninguém. E eu dirigi para o sudeste da Irlanda, em uma cidade onde Ali tinha familiares, e conheci um escultor que não sabia quase nada sobre música, e estava fazendo uma peça de bronze que era para ser o espírito do Live Aid, uma figura nua, chamada The Leap. Ele chamou de The Leap (O Salto) porque eu tinha deixado o palco e esta imagem ligava à isso. A figura não era eu. Era para ser todo o espírito da coisa. Senti que ele entendeu o que eu estava tentando fazer. E ele era um homem na casa dos cinquenta anos. Mas não há nenhuma dúvida sobre isso, não farei isso novamente. E ainda não entendo por que fiz isso. Larry me disse que pensou em parar de tocar durante “Bad”. Foi um grande show para o U2, havia 1 bilhão de pessoas assistindo, e nós não tocamos nosso grande single, “Pride (In The Name Of Love)” por minha causa. Todo mundo estava muito irritado comigo, quero dizer, muito irritado.”

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Quando Bono voltou para casa, ele começou a acreditar nas pessoas, quando elas disseram que a parte do Live Aid que mais se lembravam, era exatamente a de Bono pulando no meio do multidão e abraçando a menina.

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A pedido da imprensa do Reino Unido, o U2 emitiu um comunicado na época, sobre sua participação no Live Aid: “O U2 está envolvido no Live Aid porque é mais do que dinheiro, é música. Mas isso também é uma demonstração para os políticos e os que se fazem de políticos, que homens, mulheres e crianças não vão andar por outros homens, mulheres e crianças como eles mentem, com barrigas inchadas, morrendo de fome por causa de uma xícara de grãos e água. Pelo preço de Star Wars, os orçamentos de defesa ofensiva de míssil MX, o deserto da África poderia ser transformado em terras férteis. A tecnologia é com a gente. Não são os tecnocratas. Somos parte de uma civilização que protege-se investindo na vida… ou investir em morte? Esperando por algo mais citável, muitos na mídia ignoram as declarações da banda.”

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Por trás das gravações de “Theme From Mission: Impossible” com Larry Mullen e Adam Clayton

Por trás das gravações de “Theme From Mission: Impossible” com Larry Mullen e Adam Clayton

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Um dos temas mais famosos de uma série de televisão, é o de Missão Impossível, composto pelo argentino Lalo Schifrin em 1966.
30 anos depois, em 1996, a série deu origem ao primeiro longa-metragem para os cinemas, estrelado por Tom Cruise.
Uma regravação do clássico tema, mas em uma versão mais dance, ficou por conta de Larry Mullen e Adam Clayton, o baterista e o baixista do U2.
Adam Clayton disse que quando era pequeno, era um tema inesquecível, que o fazia relacionar facilmente o tema à série.
Larry comentou que quando ele ouviu a versão original, ele sabia que era uma incrível peça de música. Mas quando se ouve no registro, você começa a perceber o quão complexa ela é.
O pedido inicial veio para o U2 fazer uma versão do tema para o longa, só que eles não podiam porque estavam no meio da gravação do disco ‘POP’. Adam e Larry pensaram que poderia ser interessante eles “darem uma festa sozinhos”.
Não houve referência ao U2, por isso tirou a pressão da dupla em um nível, das expectativas de que aquilo iria ser alguma faixa de rock, basicamente, e assim dando à eles a permissão para fazerem o que quisessem.
Um dos maiores problemas que Adam e Larry enfrentaram ao aceitarem trabalhar na trilha sonora do filme, foi que houve uma conversa de se fazer várias versões diferentes de “Theme From Mission Impossible” e colocá-las todas em um CD em seguida, que seria como um ‘Music Inspired By’.
Larry, obviamente, mostrou sua insatisfação em uma entrevista para a Soundtrack Magazine no ano 2000: “No geral era um bom disco, mas acho que é aí onde Hollywood e o negócio da música colidem. Para eles é uma coisa puramente comercial. Não importa o conteúdo dentro, mas só a coisa externa, vendê-lo e colocar uma foto de Tom Cruise na capa, ou o que for. Sempre achei que uma trilha sonora de filme deve contar sua própria história; deve ter a sensação de um filme , em vez de uma coleção de canções, uma coleção de idéias.”

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Larry Mullen deu todos os detalhes sobre a criação e a gravação da releitura feita para a canção: “Nós começamos com o tema clássico de “Mission Impossible” da série de televisão, que estava em 4/5. Comecei a trabalhar em Nova York, enquanto Adam começou a trabalhar em Dublin. Levamos um tempo para fazer estas demos. No meio do processo telefonei para Adam e disse: “Eu estou tendo alguns problemas terríveis aqui, eu não consigo fazer essa coisa de groove”, porque eu estava trabalhando com este tipo de seqüência de tempo. Ele disse: “Eu estou tendo um problema semelhante aqui. Eu decidi fazer uma abordagem séria e eletrônica, mesmo que não seja utilizada na trilha sonora. Talvez seja algo que possamos usar em um lado B”.
Ele me tocou o que tinha feito, mas eu não estava certo de que aquilo seria apropriado como o tema principal. Mais tarde, ele me telefonou de volta e havia uma seção que ele tinha feito, que parecia que estava em 4/4. Eu pensei: “talvez eu devesse tentar fazer isso em 4/4! Quem poderia me ajudar nisso?”
Fiz isto juntamente com David Beal, um amigo meu baterista de sessão, que se envolveu em eletrônica, e conseguimos um groove 4/4, apenas com um bumbo e caixa. Assim que isso aconteceu, a coisa toda mudou. Sabíamos então que poderíamos realmente fazer um groove e criar algo que as pessoas pudessem dançar. Chamei Adam para falar sobre isso e então ele voou para Nova York. Fomos para o estúdio e ele colocou seu baixo nisso, eu coloquei bateria de verdade, e nós iríamos gravar cordas reais e refazê-las, mas ficamos sem tempo, então pegamos samplers da versão original de Lalo Schifrin. Nós juntamos tudo, voltamos para Londres, mixamos, e enviamos a canção para eles, basicamente finalizada.”

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Mas as coisas não foram tão fáceis para Larry e Adam, e o baterista do U2 acabou um pouco frustrado com o projeto: “Eu pedi para ver o filme e eu falei com Tom Cruise. Ele disse: “Eu não posso te dar isso. Eu posso enviar-lhe um trailer, eu vou enviar-lhe um script, mas eles realmente não querem que eu faça isso.”
Ele foi muito útil e me mandou um script e um trailer, então eu fui capaz de ter uma ideia do como ele iria ser.
Eu gostaria de ter visto o filme, na verdade gostaria de ter feito mais música para o filme, se eu tivesse visto. Eu estava ciente que Danny Elfman (responsável pela trilha sonora do filme) tinha feito as marcações no filme e eu estava muito consciente, porque ele já tinha feito uma grande versão para o tema e marcações do filme. Chegamos um pouco mais tarde no projeto, e ele foi empurrado de um lado um pouco e me senti um pouco mal por causa disso. Eu teria adorado ter feito mais música para o filme, mas sei que teria sido politicamente incorreto.”

Adam Clayton disse: “Larry trabalhou arduamente para chegar ao ponto, e onde eu não fui tão decisivo ou crítico, ele foi. Foi ótimo trabalhar com ele e fazer parte da equipe.”

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Do piano à bateria, de bandinhas militares à uma banda de rock

Do piano à bateria, de bandinhas militares à uma banda de rock

imagesLarry Mullen não nasceu tocando bateria. Por volta dos seus 9 anos de idade, ele costumava tocar piano. A professora era uma senhora muito simpática, que um dia disse: “Larry, você não vai fazer isso.”

Ela sugeriu que Larry tentasse tocar outro instrumento. “Fiquei encantado, porque eu quis dizer essa mesma coisa para ela um ano antes disso”, ele conta.

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Larry não era muito bom no piano, não praticava muito, e seus pais achavam que era bom pra ele continuar, estar envolvido com música. E ele gostava de música.

Assim que deixou sua última aula de piano na College of Music, Larry ouviu alguém tocando bateria. Virou-se para sua mãe e disse: “É isso! Você ouviu isso? É isso que eu quero fazer!”

Ela disse: “Ok. Se você quiser fazer isso, você vai pagar por isso você mesmo!”

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Assim, aos 9 anos de idade, Larry economizou um pouco de dinheiro e conseguiu £9 para o seu primeiro período de instrução de bateria, que era complicado para ele: “Eu não era muito bom em técnica de aprendizado, eu não praticava muito, porque eu estava muito mais interessado em fazer minhas próprias coisas. Eu queria tocar junto com as gravações, como Bowie e os Stones. Eu não queria passar pelos rudimentos, paradiddles e todas essas coisas.”

Larry continuou com aquele professor por dois anos, e simplesmente ficou entediado.

Em uma entrevista para a Revista Modern Drummer em 1986, Larry disse que aquele professor acabou falecendo, e como ele era apenas um garoto, pensou uma coisa que agora soa terrível: “Uau, Intervenção Divina! Não vou mais precisar fazer isso!”

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Foi então que Larry entrou para uma banda de estilo militar: pífano, tambor, todo esse tipo de coisa.

Larry disse que se juntou à essa banda mais por brincadeira, porque havia meninas, na Color Guard. Eles não eram sofisticados em sua musicalidade, mas faziam os integrantes lerem música, e Larry sabia ler música.

Ele ficou dois anos nesta banda, e depois se juntou aos Artane Boys’ Band, que era algo mais solto, mais livre. “A Artane Band era muito rígida para mim. Eu estava com eles há três dias, e eles me disseram para cortar meu cabelo. E na época, meu cabelo era o meu orgulho e minha alegria, você sabe: até os ombros, cabelos dourados. Então, eu cortei alguns centímetros, e eles me disseram para cortá-lo mais. Então eu disse a eles para “enfiarem no c…”, e eu sai da banda!”

Já eram os primeiros anos do U2, e Larry teve mais uma fase, quando um cara tentou lhe ensinar a tocar jazz, mas, novamente, o mesmo problema. Este professor insistia em Steven Gadd, o seu ídolo. Larry achava Steve Gadd um grande baterista, mas este professor iria tocar os discos do Gadd e dizer-lhe para tocar daquela maneira. Ele estava ensaiando com o U2 também, então desistiu. Como ele explicou, ele “Não podia ficar lá apenas imitando outra pessoa.”

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Larry havia sido o responsável por formar o U2, e ele disse que essa responsabilidade durou três dias.

“Estávamos todos na mesma escola. E a perspectiva de deixar a escola e arrumar um emprego não estava lá. Não havia nenhum trabalho para obtermos. Era como se todos fôssemos nada, então decidimos sair juntos e formar uma banda. Nossa escola foi uma escola experimental, interdenominacional, bastante liberal e aberta. Tivemos que fazer o nosso trabalho, e se estávamos interessados em esportes ou música, por exemplo, era nos dado tempo. Eles nos deram uma sala para praticarmos. Havia muito poucas escolas assim na Irlanda. A maioria eram escolas Christian Brothers, onde você estudava, fazia seu trabalho, e era isso.

Começamos a banda quando o punk rock estava estourando na cena, e quando ouvimos isso, nós dissemos: “Uau, isso é incrível. Isto é energia!” Música foi ficando tão chata, mas o punk rock tinha força bruta. Um monte de bandas não podiam tocar, mas eles tinham algo a dizer. Eles deram inspiração.”

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Dallas Schoo, técnico de guitarra de The Edge, em uma noite de show do U2

Dallas Schoo, técnico de guitarra de The Edge, em uma noite de show do U2

54767066_410acb99fcDallas Schoo é o técnico de guitarra de Edge e trabalha com o U2 já há 27 anos, desde a turnê do álbum ‘The Joshua Tree’.

Além do U2, ele já trabalhou como técnico com o Pearl Jam, Lynyrd Skynyrd, Emmylou Harris, Bruce Springsteen, Paul McCartney e James Taylor.

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Em algumas noites em shows do U2, são utilizadas 18 guitarras diferentes para um setlist de aproximadamente 23 músicas. A responsabilidade de Dallas é tê-las todas afinadas em seus tons, limpas, e prontas para serem usadas no palco.

É um desafio, pois fazendo as contas, cada instrumento é utilizado por um tempo super limitado no dia do show, uns 4 minutos as vezes, que é a duração de uma música onde é usada, e a preparação para deixar a guitarra pronta para isso requer de 20 à 30 minutos.

Um dos momentos mais desafiadores acontece quando Bono chama uma audível (que é uma canção que ele deseja de última hora que seja tocada pelo U2, mas ela não foi selecionada para o setlist de músicas naquela noite de show) e Dallas não sabe se Adam Clayton e Stuart Morgan (que é técnico de baixo de Adam) tem o mesmo entendimento que ele sobre o tom daquela música, e também Dallas não sabe qual é o baixo que Adam escolheu para tocar a música.

Dallas comenta: “Stuart e eu conversamos muito para acertarmos tudo, mas se eu entrego para Edge uma guitarra e ele está afinada em um tom diferente, pode ser constrangedor.”

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Nos shows, Dallas usa um microfone para se comunicar com o ‘Monitor World’, que é onde Edge vai falando para ele as pistas: menos guitarra, mais bateria, o que ele desejar.

Assim, Dallas passa por voz a instrução para este ‘Monitor World’, e mantém o mix em seu ouvido. As vezes, ele consegue dar a instrução ao monitor, antes de Edge lhe dizer o que fazer.

Durante um show do U2, Dallas sobe e desce cinco degraus de sua posição, para a posição de palco, e entra 47 vezes na apresentação, isso só para a troca de guitarras. Se ocorre problemas técnicos com o sistema Wireless, troca de cabos, troca de guitarras com defeito ou cordas quebradas, este número aumenta.

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Dallas conhece muitos técnicos de guitarra do mundo, e quando alguns deles vão assistir uma apresentação do U2, Dallas os convida para ver exatamente o que ele faz no departamento de The Edge, e nem acreditam que aquilo tudo é necessário, pois muita coisa acontece ali.

Ele mesmo explica: “Trabalhar com guitarras Vintage, por exemplo, são difíceis de afinar e elas reagem ao clima e podem desafinar facilmente, e isso acontece quando você está com ela nas mãos já para ser usada na próxima música! Você tem que manter a calma, porque você ainda está dando sons para Edge no palco, com os pés. E precisa afinar uma guitarra. Então ele pode gritar do outro lado com algumas instruções para a mixagem que deseja, e isso me leva para um pouco mais do ‘Mundo de Edge’ sob o palco.”

 

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