Mês: maio 2015

Quem foi o Dennis Sheeran que só o U2 conheceu…

Quem foi o Dennis Sheeran que só o U2 conheceu…

Por Maria Teresa Menegassi da Rosa

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Nessa quarta-feira, dia 27 de maio, o U2 perdeu não só um grande parceiro, mas um grande amigo. Trata-se de Dennis Sheehan, o responsável pelas turnês do U2 desde 1982, e um dos mais antigos colaboradores da banda. Irlandês do condado de Waterford, nasceu em 1946, e foi criado pelos avós até a adolescência, quando então se juntou aos pais que moravam em Londres. Chegou a fazer parte de uma banda, The Carnivals, por algum tempo, o que o levou a se envolver com a parte logística de turnês de várias bandas, inclusive Led Zeppelin, pra quem trabalhou por vários anos, até que Paul McGuinness, empresário do U2, o cooptasse para organizar as turnês da banda. Sua responsabilidade era enorme, pois tinha que verificar todos os aspectos de cada turnê, antes mesmo que ela começasse, como por exemplo, os locais onde seriam os shows, hotéis, e todas as providências de viagem, não só para a banda, mas também para todo o staff e todos os que os acompanhavam. Um de seus deveres, segundo ele mesmo, era providenciar sempre a edição diária do jornal The Irish Times para a banda, em qualquer lugar que eles estivessem se apresentando.

Bem no início, ele foi também uma espécie de anjo da guarda do Bono, juntamente com Steve Iredale, outro integrante antigo do staff, o que significava seguir cada movimento do vocalista no palco, inclusive quando ele escalava caixas de som e andaimes. Ele pode ser visto em vários vídeos de apresentações do U2 nessa época, da War Tour, como por exemplo no dvd Live From Red Rocks, show de 1983. É dele a voz que puxa o coro de “40” no final do show, o famoso “how long to sing this song”. Eles saem do palco pela primeira vez, e o público não engrena cantando o refrão pra chamar a banda de volta, então Dennis pega um microfone, escondido, e puxa o coro. Bono conta esse episódio na biografia U2 By U2.

Na apresentação no festival alemão Rockpalast, pouco tempo depois, ele pode ser visto arrumando os cabos, e servindo de “apoio” pro Bono durante Two Hearts Beat As One. E um pouco antes dessas duas apresentações, no US Festival, ainda em 1983, seu fiel escudeiro Dennis Sheehan pode ser visto em ação, inclusive subindo os andaimes atrás do Bono até a cobertura do palco, levando o microfone. E a partir daí, todas as turnês do U2 (Unforgettable Fire, Joshua Tree, Lovetown, Zoo TV, Popmart, Elevation, Vertigo, 360 e Innocence + Experience Tour) contaram sempre com a competência e dedicação de Dennis.

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O U2 sempre se diferenciou das outras bandas,  não só por manter os mesmos integrantes desde o início, mas também por tratar seus fiéis colaboradores com correção e justiça, reconhecendo e creditando sempre os profissionais do seu staff pelo sucesso de suas turnês, o que com certeza acabou por fidelizar muitos deles. Junto com o engenheiro de som, Joe O’Herlihy, e o gerente de produção Steve Iredale, Dennis Sheehan era um dos mais antigos colaboradores do U2. Ele os conhecia muito bem, e sempre admirou o perfil batalhador e perfeccionista dos membros da banda, assim como seu senso de justiça e companheirismo com todos os que trabalham com eles.

Algumas declarações de Dennis Sheeham sobre o U2, e sobre trabalhar com a banda, tiradas dos livros U2 Show e North Side Story:

“Shows são sempre ótimos. Eu acredito que, pra mim, a melhor experiência é quando o grupo está pronto pra entrar em cena, e começam a se dirigir ao palco. Geralmente eu faço uma contagem regressiva, porque usamos músicas de introdução e o timing é essencial pra que eles estejam no palco na hora certa. Então, depois disso, eu me junto ao público e fico olhando para os seus rostos. Eles se iluminam. Isso é parte importante do porque eu gosto de fazer o que faço. Aquele júbilo e felicidade por duas horas e meia enquanto o grupo está no palco valem totalmente à pena, e não têm preço.”

“A experiência de excursionar com o U2 é maravilhosa. É um lar longe de casa. Os integrantes da banda e suas famílias eram bons amigos quando os conheci, e hoje em dia são mais amigos ainda. Eles têm trabalhado duro a sua vocação, e isso tem sido evidente durante os bons momentos e os difíceis também. Temos sido abençoados com um grupo que redefine as fronteiras de sua música a cada álbum, mantendo-os excitantes. Muitos fãs diriam que as canções significam tudo pra eles, a música e as palavras. Eu sinto que o Cristianismo é a base para o que eles fazem. Não digo isso relacionado a religião. Eu digo em tudo o que fazem, dizem e agem.”

“O grupo é formado por pessoas muito honradas. Quando eles começam a construir algo, eles estão construindo sobre algo que já é grande. Eles constroem tendo em mente o Everest, mas quando chegam ao topo eles ainda sentem que precisam ir mais alto. Não acho que exista um limite para o U2, eles têm continuadamente ido mais e mais alto com sua música, e atingiram o cume em termos de conquistar aquilo a que se propuseram. Nossas turnês são assim também. Temos sempre lutado pra sermos cada vez melhores, e acho que temos conseguido isso. O U2 provou que podem ser grandes realizadores e ainda assim levar uma vida praticamente normal, e respeitar aqueles aos seu redor e aqueles com quem eles entram em contato. Afinal de contas, nós estamos aqui na Terra por um curto espaço de tempo. O que mais eu teria feito?”

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“Algumas bandas dizem ‘nós queremos chegar ao topo’. Com o U2, não há um topo. Existem níveis – e esses níveis ficam cada vez mais altos. Conforme vão compondo novos álbuns e novas turnês, eles sempre tentam ter músicas que são relevantes para o seu tempo e relevantes para as coisas que acontecem no mundo. Eles têm um trabalho ético impressionante, na estrada e fora dela. Se temos alguns dias livres entre shows, eles não se chamam dias livres, mas dias sem show – porque eles ainda estão trabalhando: ensaiando, compondo, dando entrevistas, e Bono sempre tem seu trabalho humanitário para tratar, ao mesmo tempo.”

“Nós que trabalhamos nas turnês do U2 somos muito sortudos, e nós sabemos disso. Pode haver alguma exceção, mas praticamente todos concordam que é um ambiente excepcional, onde os membros da banda vêm conversar com os roadies e demais apoiadores, fazem refeições junto com o pessoal e fazem com que todos se sintam parte do que acontece. Eles reconhecem que, se não fosse por todos nós, eles não estariam fazendo o que fazem. E essa tem sido a atitude deles, desde o princípio.”

Veja uma pequena entrevista dele:

Confira como foram os shows da i+e Tour em Phoenix

Confira como foram os shows da i+e Tour em Phoenix

A i+e Tour segue em território americano e, nos dias 22 e 23 de maio, passou pela cidade de Phoenix, no Arizona. Passada a tensão inicial pela estreia e os primeiros shows, já se vê um U2 mais relaxado e à vontade no palco.

Os membros da banda continuam indo ao encontro dos fãs que aguardam a abertura da arena durante a tarde, para conversas rápidas, algumas fotos e eventuais autógrafos.

O show permanece com a mesma estrutura. Aparentemente The Troubles foi excluída de vez do repertório – Bono teria dito que a música não mexeu com o público da maneira que eles esperavam. California também ficou de fora destes shows, aparecendo apenas como snippet durante Where The Streets Have No Name. Seguem em esquema de revezamento: The Electric Co./Out of Control, Desire/Angel of Harlem e City of Blinding Lights/Miracle Drug, além do encerramento, que numa noite fica por conta de I Still Haven’t Found What I’m Looking For, fechando com One na apresentação seguinte.
When Love Comes To Town novamente foi tocada, porém, apenas no segundo show.

A entrada do U2 no palco, que até então era anunciada pela canção Beat On The Brat, dos Ramones, foi substituída por People Have The Power, de Patti Smith. E, diferentemente dos shows anteriores, a banda toda se dirigiu ao palco principal, enquanto Bono surgiu no palco B.

Outra novidade ficou por conta de alguns livros que são distribuídos pela passarela antes de Raised By Wolves – Bono chega a arrancar páginas deles e jogar em direção ao público, até mesmo a lançar os livros inteiros, numa referência ao cenário pós-atentado citado na música.

Um fato que merece destaque é que em todo show um fã tem sido escolhido para subir ao palco. Ou até mesmo mais de um, como em Phoenix: na primeira noite três irmãs foram escolhidas durante Mysterious Ways. Não suficiente, um rapaz que havia falado com Bono do lado de fora e pediu para ouvir In God’s Country foi chamado, e ainda teve a oportunidade de tocar violão e cantar a música junto com a banda! Sem dúvida um momento incrível.

Durante a segunda apresentação na cidade, Bono citou e comemorou diversas vezes ao longo da noite a vitória do “sim” no referendo realizado na Irlanda que propunha a legalização da união civil entre casais homossexuais. Ele inclusive dedicou Pride à comunidade gay, mudando a letra para “they couldn’t take your gay pride”. A notícia também foi repercutida nas redes sociais do U2, com uma foto de The Edge, já dentro do avião após o show, segurando uma taça de vinho.

A próxima parada da Innocence + Experience Tour será em Los Angeles, onde o U2 fará cinco shows, além de uma apresentação gratuita, fechada para ouvintes da emissora de rádio KROQ.


Setlists:

22 de Maio – US Airways Center – Phoenix (AZ), EUA

The Miracle (Of Joey Ramone)
The Electric Co.
Vertigo
I Will Follow
Iris (Hold Me Close)
Cedarwood Road
Song For Someone
Sunday Bloody Sunday
Raised By Wolves
Until The End Of The World
Invisible
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways
Desire
In God’s Country
Sweetest Thing
Every Breaking Wave
Bullet The Blue Sky
The Hands That Built America (snippet) / Pride (In The Name Of Love)
Beautiful Day
Bad / Moment of Surrender (snippet)
With Or Without You
City Of Blinding Lights
Where The Streets Have No Name / California (There Is No End To Love) (snippet)
I Still Haven’t Found What I’m Looking For

 

23 de Maio – US Airways Center – Phoenix (AZ), EUA

The Miracle (Of Joey Ramone)
Out Of Control
Vertigo
I Will Follow
Iris (Hold Me Close)
Cedarwood Road
Song For Someone
Sunday Bloody Sunday
Raised By Wolves
Until The End Of The World
Invisible
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways
Angel of Harlem
When Love Comes To Town
Every Breaking Wave
Bullet The Blue Sky
The Hands That Built America (snippet) / Pride (In The Name Of Love)
Beautiful Day
With Or Without You
Miracle Drug
Where The Streets Have No Name / California (There Is No End To Love) (snippet)
One / Invisible (snippet)


Vídeos

Crédito de todos os vídeos/ All videos by: U2Gigs

 

22/05/2015:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

23/05/2015:

 

 

 

 

 

 

 

Innocence + Experience Tour chega aos Estados Unidos

Innocence + Experience Tour chega aos Estados Unidos

Na California o amor não tem fim, diz Bono na canção que homenageia o ensolarado estado americano. Coincidentemente, ou não, esta foi a primeira parada da Innocence + Experience Tour nos EUA. A cidade de San Jose recebeu dois shows, em plenas segunda e terça-feira.

Assim como fizeram em Vancouver, Bono, Larry, Edge e Adam chegaram cedo ao local do show e saíram para atender os fãs que esperavam na fila, distribuindo autógrafos e alguns sorrisos.

Há relatos de que, durante o show, o sinal de internet dentro da arena aparentemente foi reduzido, senão cortado, dificultando a transmissão via streaming pelos fãs. Ainda assim, muitos usam os aplicativos Periscope e Mixlr para compartilhar o show pela web.

O setlist segue relativamente igual, com um ou outro ajuste. Como destaque, aparece o repeteco de When Love Comes To Town na primeira noite, e a estreia de The Electric Co. no segundo show.

Também surgiu como novidade o vídeo que separa o bloco Innocence do Experience, no qual Johnny Cash canta a mítica The Wanderer, faixa do álbum Zooropa.

Setlists:

18 de Maio – SAP Center – San Jose (CA), EUA

The Miracle (Of Joey Ramone)
Out Of Control
Vertigo
I Will Follow
Iris (Hold Me Close)
Cedarwood Road
Song For Someone
Sunday Bloody Sunday
Raised By Wolves
Until The End Of The World
Invisible
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways
When Love Comes To Town
Angel Of Harlem
Every Breaking Wave
Bullet The Blue Sky
The Hands That Built America (snippet) / Pride (In The Name Of Love)
Beautiful Day
With Or Without You
City Of Blinding Lights
Where The Streets Have No Name / California (There Is No End To Love) (snippet)
I Still Haven’t Found What I’m Looking For


19 de Maio – SAP Center – San Jose (CA), EUA

The Miracle (Of Joey Ramone)
The Electric Co.
Vertigo
I Will Follow
Iris (Hold Me Close)
Cedarwood Road
Song For Someone
Sunday Bloody Sunday
Raised By Wolves
Until The End Of The World
Invisible
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways
Desire
Sweetest Thing
Every Breaking Wave
Bullet The Blue Sky
The Hands That Built America (snippet) / Pride (In The Name Of Love)
Beautiful Day
Bad / Moment of Surrender (snippet)
With Or Without You
City Of Blinding Lights
Where The Streets Have No Name / California (There Is No End To Love) (snippet)
One / Invisible (snippet)

 

Vídeos

Crédito de todos os vídeos/ All videos by U2Gigs

 

18/05/2015:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

19/05/2015:

 

 

 

 

Shows no Canadá dão início à Turnê Innocence + Experience

Shows no Canadá dão início à Turnê Innocence + Experience

Foram muitos meses de ansiedade e especulações sobre a nova turnê do U2, Innocence + Experience. Ainda mais depois do acidente de bicicleta que Bono sofreu no final de 2014, comprometendo sua integridade física e fazendo surgir o temor e boatos de que o início da tour poderia ser adiado.

Os planos foram mantidos e, após algumas semanas de ensaios – que incluíram um show teste completo na última semana -, nos dias 14 e 15 de maio ocorreram os concertos de abertura da turnê na Rogers Arena, em Vancouver, Canadá.

Embora o clima ainda seja de entrosamento, a banda manteve uma postura firme e apostou num repertório seguro, sem muitos riscos. Várias canções de Songs of Innocence foram incluídas, começando pela abertura com The Miracle (of Joey Ramone), passando por Iris, Cedarwood Road, Raised by Wolves, Every Breaking Wave (versão piano e voz) e The Troubles. Entre os clássicos, tivemos a volta de Out of Control e I Will Follow, e também de Bullet the Blue Sky, que não foi tocada durante a 360° tour. Além de Desire e de uma nova versão de Sunday Bloody Sunday, tocada no violão por The Edge. Um trecho (“snippet”) de The Hands That Built America introduziu Pride. Sweetest Thing também apareceu como novidade. Mas a verdadeira surpresa no primeiro show ficou por conta da ausência de One, pela primeira vez desde a ZOO TV Tour (dando fim à inacreditável marca de 603 apresentações ao vivo da música até então!).

Há uma divisão clara do show entre dois momentos, o que pode explicar e caracterizar o nome da turnê: o primeiro bloco seria o Innocence, com músicas mais antigas combinadas com as do novo álbum que fazem alusão à mesma época. O bloco Experience trata de temas mais sérios, mais “adultos”. Isso fica claro com o vídeo que é exibido nos telões durante o intervalo entre as duas partes do show.

Em termos de palco, como foi possível conferir na prévia apresentada em vídeo durante o programa de Jimmy Fallon, há um palco principal, uma passarela e um palco B. Os telões ficam dispostos na arena numa configuração que chega a dificultar a visão de quem está na grade ou mesmo na Red Zone, mas que proporciona uma experiência fantástica para quem está um pouco mais afastado. Os efeitos em Invisible e o “tour virtual” pela Cedarwood Road durante a canção de mesmo nome são os pontos altos do uso do vídeo como suporte à apresentação.

O primeiro show terminou com I Still Haven’t Found What I’m Looking For, que foi “coroada” com um belo tombo de The Edge. Ele caminhava pela passarela, tocando e cantando, e, mesmo com uma visível faixa amarela delimitando o caminho, não olhou para o chão e acabou caindo do palco. Não foi nada grave, e uma foto dos arranhões no braço foi postada no Instagram e no Facebook oficiais da banda.

Na segunda noite houve uma discreta variação no setlist. One voltou (!), The Troubles saiu. Entre as novidades, a inclusão de California (there is no end to love), Angel of Harlem, Miracle Drug (estas duas últimas muito aguardadas, pois foram ensaiadas, mas acabaram não entrarando no primeiro show) e a volta da tão amada, e sempre esperada, Bad. Houve também uma performance de When Love Comes To Town, como homenagem ao mestre do blues B. B. King, que morreu na noite anterior.

Fãs relatam um Bono relativamente contido, mas espontâneo e feliz em estar de volta, sem muitos discursos, e com pouca improvisação – abusando apenas dos snippets, citações a outras músicas.

Muito se falou sobre a estratégia de fazer os shows em pares em cada cidade. Houve rumores de que poderiam fazer um show elétrico e outro acústico, ou um show apenas com o U2 e outro com o acompanhamento de uma orquestra, mas nada disso aconteceu – pelo menos por enquanto.

Confira os setlists das duas primeiras apresentações da Innocence + Experience Tour:

14 de Maio – Rogers Arena, Vancouver (Canadá)

The Miracle (Of Joey Ramone)
Out Of Control
Vertigo
I Will Follow
Iris (Hold Me Close)
Cedarwood Road
Song For Someone
Sunday Bloody Sunday
Raised By Wolves
Until The End Of The World
Invisible
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways
Desire
Sweetest Thing
Every Breaking Wave
Bullet The Blue Sky
The Hands That Built America (snippet) / Pride (In The Name Of Love)
The Troubles
With Or Without You
City Of Blinding Lights
Beautiful Day
Where The Streets Have No Name / California (There Is No End To Love) (snippet)
I Still Haven’t Found What I’m Looking For / Invisible (snippet)

 

15 de Maio – Rogers Arena, Vancouver (Canadá)

The Miracle (Of Joey Ramone)
Vertigo
California (There Is No End To Love)
I Will Follow
Iris (Hold Me Close)
Cedarwood Road
Song For Someone
Sunday Bloody Sunday
Raised By Wolves
Until The End Of The World
Invisible
Even Better Than The Real Thing
Mysterious Ways
Angel Of Harlem
When Love Comes To Town
Every Breaking Wave
Bullet The Blue Sky
The Hands That Built America (snippet) / Pride (In The Name Of Love)
Beautiful Day
With Or Without You
Miracle Drug
Bad / Moment of Surrender (snippet)
Where The Streets Have No Name / California (There Is No End To Love) (snippet)
One

 

Vídeos

Assista aos vídeos feitos por fãs!
Crédito de todos os vídeos / All videos by: U2Gigs

14/05/2015:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

15/05/2015:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

U2 se apresenta no Tonight Show com Jimmy Fallon

U2 se apresenta no Tonight Show com Jimmy Fallon

Na madrugada de sexta para sábado, o U2 se apresentou no programa da NBC, Tonight Show With Jimmy Fallon, retransmitido com 1 semana de atraso pelo GNT, aqui no Brasil. Além de uma pequena entrevista – onde o apresentador fez muitas piadas sobre o acidente que Bono sofreu e os fez não poder participar do show televisivo anteriormente – a banda participou de duas brincadeiras com Fallon.

A primeira foi uma espécie de reconstituição bem humorada do acidente, onde Edge, Larry e Adam também participaram, de maneira inusitada. Veja:

A segunda brincadeira foi a apresentação da banda no metrô de Nova Iorque. Inicialmente, o apresentador os introduziu à audiência, como uma banda que estava tentando encontrar um lugar ao sol, iniciantes. Mas foi só juntar um pequeno número de fãs para que todos já se dessem conta de que se tratava do U2. Veja:

Ainda não há um bom vídeo da entrevista, em si, apenas uma publicação de fã, no Youtube. Se quiser ver para matar a curiosidade e sem legendas, está aqui:

Os números musicais foram os seguintes:

Beautiful Day

Song for Someone:

E finalmente, Angel of Harlem:

E para fechar com chave de ouro a apresentação, foi divulgado o vídeo promocional da nova turnê da banda, iNNOCENCE + eXPERIENCE, onde o palco, o telão e vários efeitos são finalmente revelados com maiores detalhes.

Falta menos de uma semana para a brincadeira recomeçar.

Fiquem de olho que o Ultraviolet-U2 Brasil vai acompanhar de perto tudo sobre a nova Tour.

Uma conversa para se ter em um pub com o meu melhor amigo irlandês… E poderia ser ao som de Sunday Bloody Sunday!

Uma conversa para se ter em um pub com o meu melhor amigo irlandês… E poderia ser ao som de Sunday Bloody Sunday!

Por Angela Kuczach

Bióloga – diretora executiva da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação.

Eleita uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil, pela revista Época, em 2014.

Amazônia

 

Dias atrás conversando com uma amiga sobre esse culto ao Bono, doença crônica da qual sofro há uns 20 anos, disse a ela que se eu pudesse escolher um pedido u2maníaco para o Universo, seria ter uma conversa de bar com o meu melhor amigo irlandês.

Ser fã do U2 é coisa séria. Os surtados que seguem a banda pelo mundo e se entregam à egrégora criada em um show em músicas como Where the streets… ou Walk On, sabem disso. Só que não há nada nesse mundo que não possa piorar…

Como uma banda formada por irlandeses crazy-caxias, cristãos e altamente politizados, as influências que eles têm sobre nós podem ser inúmeras, variando de espiritualidade, obsessão pela Irlanda ou militância política.

No meu caso, começou há mais ou menos 20 anos…

Aos 13 anos, eu era uma adolescente marrenta, rebelde, sonhadora e querendo desesperadamente uma causa perdida para lutar. Bem… Na época, acho que nem sabia direito o que era uma causa perdida, talvez para combinar com o ar intempestivo que eu adorava ter, achasse que a causa perdida em si era eu e o quanto não me encaixava no mundo. No fundo, só o egocentrismo de uma adolescente leonina.

Naqueles dias, eu sonhava em viajar o mundo, conhecer o máximo de belezas naturais que pudesse e “nunca deixar de olhar para um céu estralado”. Naquela época também, ficava cada vez mais claro que esse era um sonho caro. Desistir estava fora de cogitação, então a opção era buscar um jeito de viabilizar.

Por gostar de escrever, aos 14 anos, decidi ser jornalista. E por gostar muito mais da aventura e da liberdade em meio a natureza, aos 15, achei que biologia fazia mais sentido. Uma rebelde inveterada com um certo complexo de heroína, me meter em encrenca era algo frequente. Era comum me encontrar com a cara pintada no pátio da escola, onde só eu protestava “contra a venda da Vale” ou algo que o valha.

Como nada na vida é o por acaso, um belo dia, depois de uma discussão familiar em que o pai ou a mãe proferem aquele famoso discurso “enquanto você viver sob o meu teto e eu pagar as tuas contas você faz o que eu mandar” – mais clichê do que nunca – bati a porta e prometi arrumar um emprego “para me sustentar e fazer o que eu quiser”.

Parque Nacional da Serra da Canastra

Acabei estreando minha carteira de trabalho como “atendente de lanchonete do McDonalds”, e, se o tal emprego foi em si uma experiência para não ser repetida, ele me trouxe uma coisa boa: foi lá, com o meu chefe na época, que eu conheci e aprendi a gostar de U2. Eu tinha 15 anos, e na letra de músicas como “Sunday bloody Sunday” “pride”, “bad” e “MLK” eu me encontrei.

Naqueles dias de sede por algo maior, conhecer a história de Martin Luther King ou a guerra religiosa-separatista vivida na Irlanda através das músicas do U2, me trouxe a amplidão de horizonte que eu tanto ansiava. Acho, porém, que foi 4 anos depois, quando passei no vestibular para biologia, que eu comecei a entender a dimensão que essa banda teria minha vida.

Ainda na faculdade, eu entendi que Conservação da Natureza, antes de mais nada, é uma missão de vida, que para ser um conservacionista de verdade o sangue precisa acelerar nas veias, o coração precisa bater mais forte. E o meu batia. Era a causa pela qual um dia pedi e pela qual valeria a pena lutar, da qual depende o futuro de todos nós – sem xiitismo, mas é isso mesmo. Nesta época, estudava para as provas ao som de Beautiful Day.

Minha paixão, além do U2, eram os grandes predadores e durante toda a graduação, eu me dediquei às onças-pintadas e pumas pelos rincões do Brasil. Depois de me formar, o amor pelos felinos selvagens que, eu imaginava, me levariam para os confins da África ou da India, me levaram na verdade para o centro-político das discussões.  Ter o ativismo junto com a biologia correndo no sangue era uma combinação explosiva demais para me levar para os lugares inóspitos que sonhava. Mais fácil acabar no meio de alguma passeata para que esses lugares continuassem existindo.

Como não poderia deixar de ser, fui trabalhar em uma Organização Não Governamental (uma ONG) que tem como missão a conservação de áreas protegidas, como os Parques Nacionais. Uma forma de mantermos o mínimo de recursos naturais, frente às necessidades cada vez maiores de uma população de sete bilhões de pessoas e que continua aumentando… Muita gente, muito consumo. Só um planeta.

Idas e vindas da vida – mudanças de emprego, mas nunca de rumo – a dificuldade de se defender uma causa que não afeta a vida das pessoas de forma imediata. Ainda mais no Brasil. A certeza de que nasci pra fazer isso, não necessariamente como uma escolha, mais como uma missão, uma benção e uma maldição. O ônus e o bônus de ter nascido ativista por natureza… E em certos dias só a voz do Bono me salvava.

Eu e ele_Sao Paulo 2011

No meio disso, descubri a ONE Campaign. Inspiração pura! Tudo aquilo que eu acredito: “ser você a mudança que se deseja para o mundo –  Gandhi”, trabalhar em prol da mudança positiva. Olhar para a solução e não para o problema. Fé. Esperança. Coragem. Uma boa briga é aquela que você luta gargalhando! Combater o bom combate e não cair na tentação fácil da lamúria e da vitimização. Mudar o mundo é possível… e é uma grande aventura!

Não por acaso a ONE é uma organização advocacy, ou seja, que trabalha de forma articulada com outras instituições em prol de uma causa. Não por acaso a minha ONG é advocacy. E quando o termo mal era conhecido no Brasil – até “esses dias” atrás – eu entrava no site da ONE babando nas ações q eles desenvolvem, na comunicação, na forma que atuam, e pensava: “É isso! É desse jeito que eu quero trabalhar… só que para a conservação!” De novo, Bono me apontando o caminho e naquilo que eu menos esperava…

Olhando pra trás, não mudou muito da adolescente de 15 anos para a mulher de 35. As lutas hoje são mais reais, os embates muito mais duros e agora não se trata mais de “sonhar em mudar o mundo” e sim de encontrar uma forma de efetivamente fazê-lo. Mas no fundo, acho que quem acredita que pode mudar o mundo não amadurece no sentido cético da palavra. A esperança precisa de uma certa dose de ingenuidade, de uma fé no impossível.

Casa do Bono

Vinte anos depois, e hoje como diretora executiva dessa mesma ONG advocacy que defende os Parques Nacionais do Brasil, eu continuo buscando inspiração no ativismo do Bono para desenvolver o meu trabalho. Na verdade, cada vez que vejo as apresentações de One, em Chicago (2005), e Walk On, na 360° Tour, parte da minha fé na vida se renova. Cada vez que vejo um discurso do Bono dizendo que nós podemos sim mudar o mundo, eu me identifico. Quando ele diz que: “celulares são aparelhinhos muito perigosos e que querem a nossa voz”, eu entendo no fundo da alma o que ele está dizendo. Me sinto olhando na mesma direção.

Meu melhor amigo irlandês me dá músicas lindas, a voz familiar e reconfortante dele em uma canção, me dá a sensação de estar em casa, e meu amor por ele me levou até a Irlanda, uma das melhores experiências que a viajante de alma aqui já teve, mas o que meu melhor amigo irlandês trouxe de mais forte para minha vida até hoje foi essa fé inabalável na vida. O sonho quase palpável de que mudar o mundo é possível, de que apesar de tudo, hoje estamos melhor do que ontem como humanidade, e onde a maioria das pessoas enxerga um problema, ele me ensinou a enxergar um desafio, uma oportunidade. Uma aventura!

Não sei dizer até onde minha visão de vida é intrínseca e até onde o Bono me influenciou. Sei que, no meio disso tudo, quando olho para o “factivismo” dele. eu me sinto menos sozinha no mundo. Sinto que numa conversa de bar a gente se entenderia. Coisa de gente louca é claro… Mas quem é louco o suficiente para achar que pode mudar o mundo, é capaz de acreditar em qualquer coisa e torna-la possível.

 

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Por Favor

Por Favor

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Os conflitos na Irlanda do Norte tem motivado muitas canções do U2 ao longo dos anos. “Please” é uma delas.
Anton Corbijn foi o diretor convidado pelo U2 para fazer um videoclipe para a canção, que foi lançado em 1997.
Nele, podemos ver que na verdade, todas as casas tem um rosto, e as ruas não tem nome. Casas com olhos e nariz, esta era a ideia da equipe. As casas dão um toque humano.
Para Anton, as casas e as projeções do céu em volta delas, são o melhor do vídeo. É como um mundo artificial, e isso agrada muito ele.
Ele disse: “se você tem a possibilidade de refazer seu próprio mundo em um estúdio, é realmente encantador.”
Anton revelou que o videoclipe foi feito exatamente do jeito que ele desenhou. Ele brinca que esse foi o erro da banda.
Dentro de uma destas casas, a banda está tocando e olhando para o mundo lá fora, e Bono canta de uma janela para o mundo.
Os personagens vistos são uma espécie de representantes de parte da população do mundo, escolhidos à esmo. A ideia para as pessoas ajoelhadas tem a ver com humildade, e a ver as coisas de um ângulo diferente.

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Quando as pessoas estão se levantando e andando, elas estão ignorando um monte de fatos. Uma espécie de metáfora da vida. “Todos nós temos chances na vida, e as pessoas abandonam isso pelo caminho”, diz Corbijn.
O homem mais velho pode ser visto como a metáfora mais óbvia da figura de um Deus. O diretor vê ele apenas como um “homem sábio”, e um desafio que podemos aceitar ou não.
A sessão inicial do videoclipe é em preto e branco, porque não é como a realidade é de verdade, mas sim o mundo na visão que Anton gostaria que fosse, com as pessoas vivendo em paz. Passa a sensação que aquilo é que está acontecendo no momento, que é assim que o mundo é.
O diretor passou duas tardes procurando personagens para o vídeo, em especial para representar o homem mais velho, e ele diz que sua escolha foi ótima, achou o visual perfeito.

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Vemos também uma dupla de freiras, um bispo em suas vestes litúrgicas, um rabino, uma menina vestida de branco, um grupo de adolescentes e um homem com tatuagens.

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Para Joanou, as palavras não são traduzidas diretamente em imagens, então ele fez isso com “Por Favor” , “De Joelhos” e “Levante-se”. Parecia ser uma ideia visual muito forte, que não poderia deixar de ser usada.
A garotinha de branco, é a inocência e esperança.
O videoclipe muda, a música muda. Sai o preto e branco e entra o colorido, as pessoas ficam agressivas, começam os confrontos.

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Bono, como sempre, é a alma da música.
Todos passam pelo homem velho, que tem uma placa sinalizando “Por Favor”. Ninguém tem tempo pra ele, e nem estão interessados. Cada um só se interessa pelos seus próprios problemas e prioridades.
E então o momento incrível do videoclipe: Bono canta “levante-se de joelhos, por favor”, e começa a chorar de verdade cantando esta parte.
É um vídeo que vai de A para B, segundo Anton. Não há muita repetição, e há uma lógica na sequência.
Anton ao ouvir “Please”, presumiu que era um tipo de música romântica, e que se poderia ampliar o sentido.

Quando o homem velho vai embora no final do vídeo, ele deixa nós seguirmos este desafio, de se fazer um mundo melhor. A placa então passa para a garotinha, a esperança.

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U2 e Jimmy Fallon: confira as surpresas que podem pintar na próxima sexta

U2 e Jimmy Fallon: confira as surpresas que podem pintar na próxima sexta

Como já anunciado, o U2 será a principal atração do programa The Tonight Show, com Jimmy Fallon, que vai ao ar na próxima sexta-feira, 8 de maio. As gravações do episódio ocorreram nos últimos dias e, até agora, é possível afirmar que:

O acidente que deixou Bono longe dos holofotes nos últimos meses será relembrado de maneira cômica;

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Segundo tweets de @LisaWhelchel, o U2 tocou três músicas no estúdio do programa: Beautiful Day, Angel Of Harlem (com participação de membros do The Roots, banda residente do Tonight Show) e o novo single, Song For Someone;

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Também no Twitter, o usuário @ShaneAnkeney postou imagens dos rapazes fazendo uma apresentação surpresa no metrô de Nova York, com disfarces à la Dalton Brothers:

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Nos resta torcer para que tudo isso e muito mais vá ao ar na próxima sexta-feira. Fique de olho nas redes sociais da UV para mais novidades!

Campanha GRAACC 2015

Campanha GRAACC 2015

Como já é tradição no mês de maio, estamos dando início à DÉCIMA campanha de doação dos fãs do U2 em favor do GRAACC.
Para participar, faça uma doação DE QUALQUER VALOR durante o mês de maio na seguinte conta:

GRAACC
Banco Bradesco
Agência: 0548
Conta Corrente: 87087-0
CNPJ: 67185694/0001-50
ATENÇÃO: Em alguns casos, pode ser que seja exigido o dígito da AGÊNCIA. Caso isso ocorra, digite 0548-7 para fazer sua doação.

Depois de feita sua doação, ENVIE O COMPROVANTE para ultraviolet-u2-owner@yahoogrupos.com.br
Isso é necessário para que as doações sejam atribuídas aos fãs do U2, visto que o GRAACC recebe doações de outras fontes também. O ULTRAVIOLET-U2 encaminhará os comprovantes para os responsáveis pelo setor financeiro da instituição. Somente após checarem esses depósitos nos extratos deles é que a doação é contabilizada como “feita por fãs do U2”. Sem comprovantes fica impossível fazer isso. Por isso, após a doação, ENVIEM OS COMPROVANTES! (ultraviolet-u2-owner@yahoogrupos.com.br)

Temos disponíveis contas no Banco Itaú e no Banco do Brasil para que os depósitos dessa campanha sejam feitos. Caso alguém precise, entre em contato que passaremos as mesmas: ultraviolet-u2-owner@yahoogrupos.com.br

Infelizmente, as doações feitas via pontos da Sky NÃO poderão ser computadas nessa campanha.

Esse ano, os fãs que doarem a partir de R$20,00 concorrerão ao sorteio de uma revista Bizz (edição de colecionador) lacrada e os que doarem a partir de R$ 50,00 concorrerão ao sorteio do livro NORTH SIDE STORY!!! Não percam a oportunidade de concorrer a esses prêmios sensacionais e ainda ajudar o GRAACC!!!

Quaisquer outras dúvidas, entrem em contato: ultraviolet-u2-owner@yahoogrupos.com.br

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