Mês: setembro 2012

Entrevista com Ralph Larmann: fotógrafo do livro ‘From The Ground Up’

Entrevista com Ralph Larmann: fotógrafo do livro ‘From The Ground Up’

O site U2tour fez uma entrevista com Ralph Larmann, fotógrafo do livo ‘From The Ground Up’ que será lançado em outubro, e que provavelmente será o novo brinde do site oficial do U2. (Confirmação ainda neste mês. Veja a notícia aqui no site da UV).

Foi publicada também, no mesmo site, uma resenha sobre o livro.

Os dois textos são bem grandes, por isso destaquei e traduzi aqui as partes mais relevantes de forma resumida.

Ralph, que além de fotógrafo é jornalista, e era baterista também, se interessou por entrevistar músicos.  Ele já estava no ramo há mais de 25 anos, já tinha lançado dois livros inclusive, e também fotos para a produção de Vertigo. Nesta ocasião, ele conheceu o Willie Williams e entregou um CD com fotos dos seus trabalhos. Somente dois meses depois, ele recebeu uma resposta por email com muitos elogios. Quando soube da turnê 360°, Ralph ficou muito interessado em fotografá-la. Ele manteve contato com Willie Williams, que o convidou para ir a Berlim fotografar o show e ainda disse que a banda estava muito ansiosa para conhecê-lo.

Ralph levou um equipamento mais atualizado para tirar fotos do show. Ele disse que foi um sonho receber um elogio do Bono. E depois nos dois shows em Londres, Ralph fotografou diretamente a banda e a produção. Algumas dessas fotos foram usadas para divulgação e pôsteres. A foto de Berlim ficou de capa oficial no programa da turnê.

O U2 gostou do jeito de Ralph tirar as fotos nos shows, por isso segui com a banda para a América do Norte. Ele usou câmeras especiais, principalmente duas Leicas, porque seu objetivo era fotografar esta turnê, com um palco único, uma produção superior aos padrões normais.

Ralph ainda contou que viajava junto com a banda e toda a produção. Ele disse que foi uma experiência gratificante, ainda mais por ser reconhecido por seu trabalho… ganhando a confiança do U2, que é uma ‘família fechada’, quer dizer, eles trabalham há anos com os mesmos profissionais. Ao mesmo tempo, são pessoas muito simples e normais, que não vivem fora da realidade, são “pé no chão”.

Sobre seu livro, Raplh falou que a ideia veio do Willie Williams. Na verdade, ele disse: “Esse livro não é meu, é definitivamente o livro da banda… É um livro do U2 e Dylan Jones, com a maioria das fotos tiradas por mim”. O show histórico de Glastonbury também foi incluído, pelo fato da banda ter muito orgulho em ter tocado lá e sem a ‘garra’.

O livro traz fotos em alta-resolução, de muito boa qualidade, e é diferente do ‘U2 Show’ porque havia um conceito por traz dele. Devido a isso, a banda se envolveu no projeto, Paul McGuinness escreveu o prefácio, e todos da produção fizeram parte. Há ainda o texto brilhante de Dylan Jones.

‘From The Ground Up’ é um documento que dá chance aos fãs de voltarem a experimentar a produção da maior turnê de todos os tempos, de uma forma que, em circunstâncias normais, não seria possível. Há declarações surpreendentes, pelo menos que não tinham sido ditas oficialmente antes, como “Não houve um single de No Line On The Horizon que empolgou a multidão”. Além disso, os protestos no festival de Glastonbury também são citados abertamente e sem uma tentativa de justificação. No fim, ainda há indagações sobre como seria a próxima turnê do U2. E a resposta do Adam parece ser a mais sensata: “Eu acho que nós não estamos preparados fisicamente para tocar ao ar livre na próxima vez. Nós faremos uma turnê em arenas, mas nós não temos ideia sobre como irá ser a produção até que as músicas e o conteúdo deste projeto estejam certos. Vamos despir a complexidade e nos focar mais na música e menos na produção. Pelo menos é assim que eu vejo”.

Fonte: U2tour. de / Fotos: Ralph Larmann

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The Edge faz dueto com Bryan Ferry

The Edge faz dueto com Bryan Ferry

Ontem à noite The Edge dividiu o palco com o cantor Bryan Ferry, no baile promovido pelo Great Ormond Street Children´s Hospital, em Londres.

Era um evento beneficente para arrecadar dinheiro para programas e pesquisas de câncer / leucemia.

Edge e Bryan Ferry fizeram uma apresentação de Carrickfergus.

The Edge e o cantor Darren Holden

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Dia do cantor: Bono entre os 100 melhores do mundo

Dia do cantor: Bono entre os 100 melhores do mundo

No dia do cantor, Billie Joe Armstrong – vocalista do Green Day – fala sobre Bono, que ocupa o 32° na lista dos 100 melhores cantores do mundo de acordo com a Rolling Stone americana.

Nascido: 10 de maio de 1960.
Músicas chaves: ‘One’, ‘With or Without You’, ‘Where The Streets Have No Name’, ‘Beautiful Day’.
Influenciou: Eddie Vedder, Chris Martin, Tom Yorke.

“Eu descreveria Bono cantando como 50% de Guinness, 10% de cigarro – e o resto é religião. Ele é um cantor físico, como um líder de um grupo de coral gospel e ele se perde no momento melódico. Ele vai a um lugar fora dele mesmo, especialmente na frente do público, quando ele alcança notas altas. É de onde sua potência vêm – o puro, o natural Bono. Ele fala sobre coisas que ele acredita, seja sobre a economia mundial ou AIDS na África. Mas a voz vem sempre antes. É onde mora sua convicção.

Ele tem muitas influências.Você ouve Joe Strummer, Bob Marley, Otis Redding, Elvis Presley e até John Lennon.E ele tem a mesma classe de Robert Plant. É impressionante as notas que ele alcanças nos primeiros versos de ‘Sunday Bloody Sunday’. Mas é filtrada no coroinha irlandês. The Joshua Tree mostra a maestria que a voz de Bono tem e o que ele aprendeu com o punk, new wave e músicos americanos, como Bob Dylan. Nos momentos de calma em ‘With or Without You’, você consegue imaginá-lo sentando sob as estrelas. Então, quando ele volta com o refrão, de repente é uma chuva de granizo.

Muito da forma livre de Bono cantar vem do ritmo da banda e do sentimento de sinos da igreja do Edge tocando, a maneira como a guitarra canta naquele delay. Bono pode deslizar vocalmente sobre tudo isso. Mas é muito natural. E ele não tem medo de ir além do que ele é capaz, em algo bizarro como seu falsete em ‘Lemon’. Em ‘Kite’, em All That You Can´t Leave Behind, ele segura como se ele tivesse chorando de alegria.

Eu nunca tive a sensação de que ele estivesse manipulando a potência de sua voz para se exibir. Eles dizem que um submarino nunca vai no caminho inverso. Esse é Bono, sempre procurando por uma nova maneira de cantar. Essa é uma coisa que eu aprendi com ele: nunca descanse. Continue aprendendo e seja um bom ouvinte. Esse é o espírito de cantar – e ele tem isso definitivamente.”

Fonte: Rolling Stone

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Como The Edge criou o som clássico de sua guitarra no U2

Como The Edge criou o som clássico de sua guitarra no U2

Muitas pessoas não podem se gabar de estarem na mesma banda por mais de 35 anos, com os mesmos amigos que conheceu na escola. Mas Dave Evans, ou melhor The Edge, pode. O guitarrista começou a tocar com Bono, Larry Mullen Jr. e Adam Clayton enquanto estavam na Mount Temple Comprehensive School, em Dublin. Praticamente, os quatro aprenderam a tocar os instrumentos depois de formarem a banda.  The Edge e seu irmão Dick, que também iniciou na banda, construíram uma guitarra pra tocarem. Demorou um pouco para The Edge desenvolver o que é agora o som clássico de guitarra do U2. No início, seu estilo era mais blues-rock, como o irlandês Rory Gallagher, que pode ser ouvido em ‘Street Mission’, logo no comecinho da carreira.

The Edge iria adquirir a primeira peça do quebra-cabeça para o seu som de guitarra quando ele foi de férias com sua família para Nova York, em 1978. Ele comprou uma Gibson Explorer, de 1976, edição limitada. The Edge pagou $ 248,40 pela Explorer, o que era muito dinheiro para um jovem guitarrista naquela época. Mas hoje dá pra dizer que é um instrumento sem preço, considerando o significado na criação do som do U2 e o seu uso nas incontáveis gravações.

Quando The Edge colocou em leilão sua Gibson Les Paul de 1975, em 2007, ela arrecadou $240,000 e embora tenha sido usada por ele em turnês desde 1985, ainda não chegava perto da importância para o som do U2, desde que a Explorer esteve por perto desde o comecinho. The Edge falou sobre comprar sua guitarra e a reação de seus companheiros de banda na série da BBC ‘The Story of the Guitar’: “Eu apenas a peguei na loja e senti que foi maravilhoso, é essa aqui. Na verdade, eu fui para comprar, eu acho que ia comprar uma Les Paul, mas eu me apaixonei por essa guitarra. Eu a trouxe de volta e foi como… foi meio estranho olhando… os caras da banda irão olhar e dizer ‘o que’? Houve uns olhares estranhos no primeiro dia, mas todos adoravam o som. Eu acho que virou como uma assinatura, ninguém estava mais tocando Explorer naquela época, e logo nós viramos famosos por ela. Apesar de algumas outras coisas, obviamente.”

A Explorer tem algumas ‘batidas’ nesses anos todos pela estrada, com um acidente particularmente desagradável, como The Edge disse no ‘The Story of the Guitar’: “Ela teve alguns acidentes durante com os anos. Este aconteceu no Radio City na metade dos anos 80. Nós estamos tocando num show e os seguranças foram um pouco brutos, e havia algumas crianças na frente sendo atacadas. Então, eu realmente, joguei a guitarra para intervir e parar com aquilo. Bono parou o show e nós resolvemos e eu voltei, peguei a guitarra e a cabeça estava pendurada. Tava totalmente quebrada… Nós a consertamos. Eu não tenho certeza se afetou o som, eu não conseguia dizer a diferença quando a peguei de volta.” Mas o reparo é bem visível na parte de trás do braço, já que a peça reposta é de uma madeira mais nova e assumiu uma cor diferente com os anos.

The Edge ainda usa a Explorer, mas ela foi aliviada do trabalho em turnê e só é usada no estúdio, explica Dallas Schoo, técnico de guitarra do Edge, em uma entrevista na Music Radar: “Nós finalmente a aposentamos. É uma guitarra muito importante para gravação, que finalmente o convenci de deixá-la em casa. Nada muito sério aconteceu com ela, mas passou anos no sol, tomando chuva – shows ao ar livre fazem isso. Eu queria cortar pela raiz enquanto eu podia.”

Mas se você o que uma Explorer de 1976 pode fazer, você poderia estar enganado como Dallas disse: “As melhores são difíceis de achar porque a Gibson tinha dois modelos em produção naquele ano. Aquelas que foram produzidas de junho a dezembro tinham o braço fino, mas os modelos que foram produzidos no começo daquele ano tinham um braço grosso como um bastão de beisebol. São essas que o Edge prefere. Gibson não fez muitas delas, apenas umas 1800 e as pessoas se apegam a elas.”

A segunda peça do quebra-cabeça na criação do som do U2 veio na forma de uma unidade de eco. The Edge tem Electro Harmonix Memory Man Deluxe, um pedal de delay que permite modular a melodia original com coro ou efeito vibrato. Edge experimentou com diferentes intervalos de delay e mudando a modulação da melodia original. O som mais perto associado ao do U2 é talvez o eight-note delay ouvido em ‘Pride (In The Name of Love)’ e ‘I Still Haven´t Found What I´m Looking For’.

Uma vez que é bastante complicado definir o tempo de delay específico no Memory Man, The Edge iria usar dois processadores de rack Korg SDD-3000 no meio dos anos 80, depois incorporando o TC Electronic 2290 Digital Delay. Ele tem dois processadores em algumas músicas do U2, como por exemplo ‘Where The Streets Have No Name’, que usa dois delays paralelos com tempos diferentes de delays.

A peça final do quebra-cabeça para o começo do som do U2 veio na forma do amplificador que Edge tem usado por décadas. É um VOX AC30 Top Boost de 1964 num cabinet dos anos 70. The Edge ficaria com esse som característico, ou suas variações, para todos os álbuns do U2 nos anos 80. Durante a década de 90, The Edge e os outros integrantes do U2 sentiram a necessidade de reinventar seu som, o que foi um grande sucesso, especialmente no álbum Achtung Baby de 1991. Mas The Edge já voltou ao clássico delay AC30 em algumas músicas do All That You Can´t Leave Behind e How To Dismantle An Atomic Bomb – acho que você não deveria mexer muito com uma coisa boa.

Tradução do site Gibson

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The Joshua Tree entre as capas mais clássicas

The Joshua Tree entre as capas mais clássicas

O site Metafloss fez uma matéria contando a história por trás de 11 capas de discos bem diferentes, que ficaram marcadas no mundo da música.

Entre elas, temos The Joshua Tree do U2 – idealizada por Steve Averill e Anton Corbijn.

“A “árvore de Josué”, ou Joshua Tree, é uma espécie de cacto do deserto americano. Ela foi nomeada por Mórmons do século XIX devido sua forma única, que os lembrava da história bíblica de Josué indo para os céus.

Foi o estranho aspecto atemporal da árvore que levou o U2 para o Death Valley National Park na Califórnia. A foto da capa, tirada por Anton Corbijn, provou-se um perfeito ornamento para os grandes hinos do rock contidos neste álbum.

“Ela é supostamente o mais velho organismo vivo do deserto”, disso o baterista Larry Mullen Jr.
Essa árvore caiu e morreu em 2000. Os fãs do U2 construíram um marco comemorativo no local onde ficava o cacto.”

Já traduzi aqui, há algum tempo, uma matéria de fãs que foram atrás deste local. É muito bacana! Com fotos de como está esta região atualmente e as homenagens dos fãs do U2. Re-leia aqui.

Veja quais são as outras capas e suas histórias no Whiplash.net 

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Interpretação da música “Gone”

Interpretação da música “Gone”

Tenho uma edição da revista NME Originals especial sobre o U2, publicada há alguns atrás. Nela há um artigo chamado The Band of Holy Joy, que traz uma entrevista com a banda durante a parte européia da turnê The Joshua Tree. Me chamou a atenção algo que o Bono disse. Ele e o jornalista Sean O´Hagan estavam falando sobre o show de Roma. Ele descreve a forma como se sente durante os shows mais ou menos assim:

As coisas ficam fora de controle lá em cima. Eu sinto tudo como se fosse em câmera lenta. A multidão, a banda, tudo parece mais lento. Como num sonho. Só quando eu saio do palco eu me dou conta de que era eu que estava excitado, acelerado demais. Levo horas pra descer, pra voltar aqui pra baixo.”

Essas palavras, ditas por ele em 1987, me lembraram de Gone. Sempre pensei que Gone pintasse uma espécie de auto-retrato do Bono como rock star, no palco, e a difícil aterrissagem depois, ao final de cada show, algo que poria em cheque a identidade dele. Ou pode ser mesmo sobre qualquer outro rock star, como Michael Hutchence, para quem ele tem dedicado as performances ao vivo de Gone. Bom, vou tentar explicar essa minha interpretação:

You get to feel so guilty got so much for so little
Then you find that feeling just won’t go away
You’re holding on to every little thing so tightly
Till there’s nothing left for you anyay

O rock star sente-se culpado por ter conseguido tanto por tão pouco, como se ele não valesse tanto assim e essa sensação pesa sobre ele a ponto de ele achar que ela nunca passará. Então ele tenta manter tudo em perspectiva, agarrando-se a pequenas coisas, coisas da sua vida real, do seu verdadeiro eu, mas não existe mais nada lá para ele.

Goodbye, you can keep this suit of lights
I’ll be up with the sun
I’m not coming down
I’m not coming down
I’m not coming down

Mas o fascínio, a atração é mais forte, o imaginário do rock star persiste, e ele diz adeus ao seu eu, continua vestindo seu terno de luzes, essa existência irreal da qual ele não consegue voltar. O rock star nele se recusa a voltar, a aterrissar, ele ainda estará lá, mesmo quando o sol chegar.

You wanted to get somewhere so badly
You had to lose yourself along the way
You change your name but that’s okay, it’s necessary
And what you leave behind you don’t miss anyway

Aqui acho que ele fala um pouco de sua trajetória, ou da trajetória desse rock star wannabe, da ambição de chegar onde chegou. Porém, para isso, ele teve que se perder pelo caminho, seu eu verdadeiro ficou pra trás. Seu nome foi trocado, sua identidade substituída, mas ele tenta se convencer de que ele não precisa mais do que ficou para trás.

Goodbye, you can keep this suit of lights
I’ll be up with the sun
I’m not coming down
I’m not coming down
I’m not coming down.
‘Cause I’m already gone
Felt that way all along.
Closer to you every day
I didn’t want it that much anyway

O rock star sente que não há mais volta, que de fato sempre se sentiu assim, perdido. A cada dia ele está mais perto disso, de se transformar de vez nesse outro ser, mas ele se dá conta de que não era exatamente isso que ele queria, não dessa forma.

You’re taking steps that make you feel dizzy
Then you learn to like the way it feels
You hurt yourself, you hurt your lover
Then you discover what you thought was freedom was just greed

Ele confessa que está indo longe demais, que está embriagado com o sucesso, a ponto de aprender a gostar de se sentir assim (talvez haja aqui uma referência sobre uso de drogas). Mas com isso ele se machuca e também ao seu amor. E então a maior desilusão de todas, o que ele pensava ser liberdade na verdade era apenas ganância, ambição. O que sobra então? Será que valeu à pena se vender desse jeito?

Goodbye, and it’s an emotional
Goodnight, I’ll be up with the sun.
Are you still holding on?
I’m not coming down…
I’m not coming down
I’m not coming down


Aqui o rock star dá adeus ao seu público, um adeus emocionado. Sim, ele ainda estará lá quando o sol chegar, ele se recusa a voltar á realidade. Mas ele continua inseguro, será que o seu eu verdadeiro vai aguentar? Será que ele ainda estará lá? Btw, lembram do que ele diz no vídeo do México?”I´m just a little guy…you make me feel so big!”Mais ou menos por aí. Onde termina Paul Hewson e começa o Bono? Qual a nossa responsabilidade nisso?

Essa análise que fiz é anterior à publicação do U2 By U2. Vejam o que o Bono fala sobre Gone no livro, acho que não fica muito longe do que pensei ao ler o tal artigo da NME:

‘Gone’ é o retrato de um jovem garoto sendo uma estrela do rock, tentando se livrar das responsabilidades e apenas aproveitando as viagens, os ternos de luzes, a fama. You change your name, well that´s okay, it´s necessary. And what you leave behind you don´t miss anymay (Você muda o seu nome, mas está tudo bem, isso é necessário. E o que você deixa pra trás você não sente saudades). Mas eu acho que o que esse álbum fala é sobre coisas que você não consegue deixar pra trás. É como o professor universitário que não consegue dançar. Lá no fundo, nós não somos tão superficiais quanto queríamos.”

Mais adiante no livro, quando ele recorda a morte de Michael Hutchence, ele comenta sobre o show que fizeram logo após essa triste perda, e de como dedicaram Gone a ele. Ele termina dizendo: “Algumas músicas são como premonições e esta é certamente uma delas.”

MT

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1,2,3, 14… Bono ‘aprende’ a contar em espanhol

1,2,3, 14… Bono ‘aprende’ a contar em espanhol

Seguindo a dica do Éverson Candido, parece que esse vídeo não foi muito divulgado.

Então, aqui está pra quem ainda não viu.

É bem engraçado, entre outras coisas o entrevistador resolve ensinar Bono a contar em espanhol.

Assistam!

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Promoção: Ganhe um U22

Promoção: Ganhe um U22

A UltraViolet-U2 está fazendo uma super promoção neste mês pra comemorar o aniversário do U2.

Então, se preparem porque a gente quer ver quem é fã de verdade!

Para concorrer:

1. Curta a página da UltraViolet-U2 no Facebook;
2. Compartilhe a imagem da promoção;
3. Siga a UltraViolet-U2 no Twitter;
4. Dê RT no tweet da promoção;
5. Envie o nome das 7 músicas que estão no mix musical para promou22@ultraviolet-u2.com até o dia 17/10/2012.

Confiram o regulamento abaixo e boa sorte!

1- Promoção válida em território nacional, no período de 26/09/2012 a 17/10/2012;

2- A participação é aberta a todos os cadastrados no Facebook e Twitter, residentes no território brasileiro;

3- A participação na promoção é voluntária e gratuita, não havendo, para a mesma, cobrança de qualquer espécie ou necessidade de qualquer desembolso ou compra por parte do participante;

4- O prêmio: 1 (UM) exemplar do U22. O prêmio é pessoal e intransferível e não poderá ser convertido em dinheiro, nem substituído por qualquer outro produto;

5- A promoção:
– Para concorrer o participante terá que enviar o nome das 7 músicas que estão no mix musical
(http://soundcloud.com/ricardo_fly/promo-o-u22-ultraviolet-u2) para
promou22@ultraviolet-u2.com;

– Será aceita apenas uma resposta por participante, sendo considerada válida a resposta mais antiga;

– Somente serão aceitas as respostas enviadas até às 23h e 59min do dia 17 de outubro de 2012, horário de Brasília;

– Durante o período da promoção serão divulgadas dicas no Twitter e Facebook sobre as canções contidas no mix musical;

– Os participantes que acertarem os nomes das canções do mix musical irão para a segunda etapa da promoção, onde será conhecido o ganhador através de um sorteio;

– Havendo apenas um único acertador não ocorrerá sorteio;

– O prazo para reclamação do prêmio é de 7 (sete) dias a contar da data de divulgação do resultado, prevista neste regulamento;

– Caso o ganhador não reclame o prêmio no prazo definido, serárealizado um novo sorteio com os participantes  da segunda etapa –excluindo o primeiro ganhador.

6- O sorteio:
O sorteio será realizado no dia 20/10 (sábado) às 20h, utilizando o site SorteiosPT (http://sorteiospt.com/) e o seu resultado serádivulgado no Twitter e Facebook.

7- Das obrigações do participante: para participar o interessado deverá curtir a página da UltraViolet-U2 no Facebook, compartilhar PUBLICAMENTE a imagem da promoção, seguir a UltraViolet-U2 no Twitter e retuitar a mensagem da promoção;

8- Será desclassificado e perderá o direito ao prêmio o participante que não cumprir os itens descritos acima.

9- Todas as decisões da UltraViolet-U2 são soberanas, definitivas eirrecorríveis;

10- O participante que vier a ser premiado autoriza o uso de seu nome e imagem para divulgação da conquista do prêmio, sem que dessautilização decorra qualquer ônus à UltraViolet-U2;

11- Não poderão participar deste concurso as pessoas direta ou indiretamente envolvidas na organização deste e familiares (definidos como: pais, filhos, irmãos, e esposas/ os ou que residam no mesmo domicílio) *;

12- A participação nesta promoção implica no conhecimento e na total aceitação do disposto neste regulamento.

* Equipe da UV: Adra Garcia, Ana Vitti, Everson Candido, Carol Feher, Ricardo Rocha e Fernanda Bottini

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Bono não comparece à cerimônia de entrega da Ordem da Águia Asteca

Bono não comparece à cerimônia de entrega da Ordem da Águia Asteca

Estava marcada para acontecer hoje a cerimônia de entrega da Ordem Mexicana Águia Asteca. Porém, Bono não compareceu por problemas de agenda.

O presidente mexicano, Felipe Calderón, entregou então a mesma honra a outros três estrangeiros – como já estava programado – num hotel localizado no coração de Manhattan, em Nova York.

Lembrando que este prêmio ao Bono foi anunciado na semana passada. O governo mexicano decidiu fazer esta condecoração devido ao trabalho humanitário do vocalista do U2, que sempre promoveu campanhas sociais e apoiou organizações como a Anistia Internacional, Greenpeace, Free Burma, The Chernobyl Children´s Project, ONE.

A Ordem da Águia Asteca é a maior honraria concedida pelo governo do México a um cidadão.

Fonte: Animal Politico

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U2 completa 36 anos de carreira

U2 completa 36 anos de carreira

Em 25 de setembro de 1976, o U2 se reuniu pela primeira vez. Larry Mullen – apenas um garoto de 14 anos – colocou um aviso no mural da escola procurando músicos para formar uma banda. Bono, ainda Paul Hewson, os irmãos Evans, Dick e Dave, que viria a ser The Edge, e Adam Clayton responderam ao anúncio. Estava formado aí o U2, uma das maiores bandas de toda a história do mundo do rock.

Mas o começo não foi tão fácil assim. O primeiro ensaio aconteceu na cozinha da casa do Larry, em Artane, e eles mal sabiam tocar direito. Veja aqui uma cena do filme ‘Killing Bono’ que reproduz esse momento:

BONO: “O Larry foi incrível, pois sabia tocar bateria muito bem e o som era fantástico. Quer dizer, tocar bateria na cozinha é como cantar no chuveiro. A bateria mal cabia na cozinha. Nem sei como é que coubermos todos lá.”

ADAM: “Não tocamos muito, estivemos mais conversando. Acho que o Bono nem sequer levou a guitarra, mas isso não o impediu de assumir a liderança.”

LARRY: “Durante cerca de dez minutos, foi a banda do Larry Mullen, para proteger meu ego. Além disso, estávamos na minha cozinha. Depois, apareceu o Bono e estragou tudo. Basicamente destruiu a minha oportunidade de ser líder.”

EDGE: “Não tivemos um começo lá muito promissor. Conversamos muito, éramos um grupo de pessoas tocando músicas que mal conhecíamos para tentar impressionar-nos mutuamente, na tentativa de perceber se tínhamos gostos musicais semelhantes. Era tudo muito primitivo, mas acho que conseguimos encontrar alguns pontos comuns. Lembro-me de ter pensado que gostava de todos ali, que era o mais importante. Achava que eram todos legais.”

LARRY: “Eu não os conhecia nem eles me conheciam. Nunca me tinha passado pela cabeça enfiar quatro ou cinco estranhos num espaço para tocar música. Agora, tudo parecia possível. Quando terminamos o ensaio, agendamos logo um segundo ensaio.”

ADAM: “A estratégia era encontrar uma sala para ensaiar na escola. Acho que era uma forma de nos tornarmos conhecidos na escola, de fazer com que todos soubessem que tocávamos numa banda.”

LARRY: “Mr. McKenzie, o nosso professor de música na Mount Temples, deixava-nos ensaiar na sala dele às quartas-feiras, à tarde. Donald Moxham, um dos professores de História e bem amigo nosso, contribuía para que a escola nos apoiasse.”

EDGE: “Eu e o Larry sabíamos tocar umas coisas, mas o Adam não tocava nada, apenas fingia que tocava. No entanto, como tinha um baixo, não tínhamos dúvidas que iria ser o nosso baixista. O Bono nem sequer tinha guitarra, mas achava-se o guitarrista principal.”

LARRY: “Foi óbvio desde o início que o Bono ia ser o cantor, não porque tivesse uma voz excelente, mas sim porque não tinha guitarra, amplificador, nem transporte. Que mais é que ele poderia ser?”

E mesmo improvisando no início, não sabendo muito bem o que ia sair dali, os garotos acreditaram que aquilo era algo que gostavam e que queriam se empenhar a fazer. Assim, de uma apresentação na escola eles começaram a gostar de tocar juntos e foram se apresentando em outros diversos lugares. Primeiro usando o nome Feedback e The Hype, só então U2. Assista esta cena reproduzida no filme ‘Killing Bono’.

ADAM: “U2 surgiu naturalmente, do nome do avião espião, do qual eu tinha ouvido falar, pois a minha família era ligada a aviação. Não sei se os outros fizeram a mesma associação de ideia. Não era um nome óbvio, não enchia os olhos. Era o que gerava menos desentendimentos.”

EDGE: “Era o melhor entre os piores. Pensamos naquele nome durante alguns dias e dissemos: “Bem, sempre é melhor que Hype. Por que não experimentamos durante algum tempo?” E escolhemos o nome U2. Á medida que o tempo ia passando, fomos gostando cada vez mais do nome. Tinha um impacto gráfico muito intenso. Não significava nada em particular, por isso, começamos a gostar do fato de não ter grandes conotações. E também nos diferenciava do The Whatevers, do The Jam, do The Clash, de todas as bandas que naquele tempo tinham nomes começados por “The.” O nosso nome era um pouco diferente, mas não foi de forma alguma um momento “Eureca”, tipo: “É o melhor nome do mundo.” Foi mais do tipo: “Serve”.”

LARRY: “Da primeira vez que nosso nome apareceu no jornal, nos chamaram de “U2 Malahide”. O que eles queriam dizer era ‘U2 de Malahide’, que, como é óbvio, também não estava certo.”

BONO: “A gente ainda estava na escola, mas na minha cabeça Mount Temple tinha se tornado uma sala de ensaios. Tenho grande carinho por ela como um lugar que ajudou a moldar a mim mesmo, aos meus amigos e à minha banda, uma sensação de orgulho de que nós éramos parte de algo em progresso. Eu realmente acreditava que o U2 era capaz de se tornar algo extraordinário, não sei por quê.”

E assim foi! Aqueles quatro garotos de Dublin começaram a se empenhar cada vez mais, a ganhar destaque e fazer shows por toda a Irlanda e Grã Bretanha, até conquistar o mundo inteiro. Isso aconteceu nos anos 80.

A épica performance da banda no festival Live Aid em 1985, com transmissão global pela TV, apresentou o U2 à diversos países que ainda não o conheciam, tocando ‘Sunday Bloody Sunday’ e ‘Bad’, e mostrando seu engajamento social. E depois, em 1987, o álbum ‘The Joshua Tree’ fez com que o grupo estourasse e conquistasse de vez o sucesso internacional, com hits como ‘Where The Streets Have No Name’ e ‘With Or Without You’.

Quando a crise se abateu sobre a banda no final dos anos 80, todos achavam que o fim estava perto. Foi um momento realmente difícil para todos, que sentiram a necessidade de mudar. E mudar não é nada fácil. Podemos ver melhor como foi essa fase do U2 no documentário ‘From The Sky Down’.

O resultado foi uma completa renovação na música, no visual e nas atitudes. O U2 lançou o álbum ‘Achtung Baby,’ em 1991, e partiu para a turnê ‘ZOO TV’, se consagrando ainda mais. Até hoje, a música ‘One’ é considerada uma obra-prima e entra em qualquer lista de melhores músicas de todos os tempos. O grupo ganhou status de “maior banda do mundo” com a “maior turnê” já feita, que serviu de referência para diversos outros grupos posteriormente, revolucionando o modo de um artista se apresentar em shows.

A partir daí, o U2 continuou na década de 90 na mesma linha de inovação, explorando mais o lado tecnológico e de ironia até o álbum ‘Pop’ (Foi quando a banda aterrissou pela primeira vez no Brasil, com a turnê ‘PopMart’).

Já nos anos 2000, o U2 “voltou às raízes”. Muitos não gostam deste termo, até mesmo alguns dos próprios integrantes da banda, mas o grupo decidiu fazer um álbum mais ‘rock and roll’. Na minha opinião, classifico ‘All That You Can´t Leave Behind’ como um dos principais do U2. É daqueles discos que têm a marca registrada da banda, trazendo músicas importantes como ‘Beautiful Day’, ‘Elevation’ e ‘Walk On’.

O mais recente disco do U2, ‘No Line On The Horizon’, parece que fechou um ciclo ao mesmo tempo que a primeira década do século XXI acabou. A banda viajou pelo mundo com a turnê “U2 360°”, o maior espetáculo já feito, batendo todos os recordes de arrecadação e público.

 Ainda não sabemos qual será o rumo certo do U2. Muito tem se falado, principalmente o Bono, que quase assustou bastante gente no ano passado quando indagou sobre o futuro da banda. Foi apenas uma frase mal interpretada que gerou esse tipo de notícia sobre o fim do grupo. Logo depois, ele mesmo falou que o U2 estava trabalhando em três álbuns diferentes e que estavam passando ótimos momentos no estúdio, como há muito tempo não acontecia. Gavin Friday, um dos amigos pessoais dos integrantes do U2, e o produtor, Danger Mouse, também fizeram declarações de que o próximo disco deles seria bem diferente. Ao que tudo indica, parece que o novo álbum pode ser lançado em 2013, de acordo com a Mercury Records. Vamos torcer!

Com certeza, o U2 com seus 36 anos de carreira ainda tem o que mostrar, ainda vai surpreender os fãs novamente. É raro encontrar uma banda que tenha os mesmos integrantes desde o início, sem nenhuma alteração. Isso mostra o quanto eles são especiais e o quanto a amizade deles prevalece acima de tudo, inclusive dos interesses da banda. O comprometimento entre eles é sem tamanho, nunca vi igual por aí.

Larry Mullen Jr., que resolveu começar tudo isso, colocando um anúncio no mural da escola procurando músicos pra formar uma banda, foi perguntado uma vez como o U2 conseguiu se tornar o que é, uma das maiores bandas do mundo. Ele simplesmente respondeu: “Eu não tenho ideia”. Mas eu arrisco a dizer que uma das respostas pode ser exatamente essa: o respeito e a amizade entre eles e o comprometimento dos integrantes. Cada um tem uma personalidade diferente, um jeito único de ser e pensar, mas quando todos estão reunidos a ‘mágica’ acontece e eles conseguem fazer músicas que emocionam milhões de pessoas. Tenho orgulho de dizer que o U2 é a trilha sonora da minha vida, porque cresci ouvindo esses irlandeses, e acredito que vocês que estão lendo também vão dizer o mesmo.

Por isso, OBRIGADA U2!!

PARABÉNS LARRY, BONO, EDGEADAM!!

* Citações retiradas do livro “U2 BY U2”

Por Fernanda Bottini


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