Especial “U2… E você também! – Parte 5”

Especial “U2… E você também! – Parte 5”

Olá!

Depois de uma pausa, o especial ‘U2 e você também!” retorna com dois textos de fanáticos pela banda. Alexandre Canale, da UV de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul e um texto da nossa mais nova e ativa colaboradora do site, Fernanda Bottini. Confira!

A primeira vez que “ouvi” U2 foi com “With or Without You”, mas tomei conhecimento da existência da banda um pouco antes.

Em 1985 foi lançada uma revista especializada em música chamada “Bizz”, pela Editora Abril. Tinha 10 anos e minha mãe comprou a primeira edição.

Não conhecia nenhuma banda internacional, mas devorei a revista assim mesmo. Nessa época, várias bandas de rock nacional surgiram. E a galera da escola resolveu fazer uma.

Não tinha instrumento, mas para entrar na banda disse que tinha uma música.

Não tive dúvida, peguei a Bizz e copiei a letra traduzida de Pride (In the Name of Love), de uma banda chamada Udois. Inventei uma melodia bem punk e mostrei para gurizada. Eles desconfiaram, mas já era tarde. Eu já estava na banda do colégio.

Estranho, mas esse foi meu primeiro contato com o U2. Gostei sem mesmo ouvir. E quando ouvi… fiquei completamente alucinado.

Be Strong!

Alexander Luiz Canale
Caxias do Sul – RS

A lembrança mais antiga que tenho do U2 é de quando eu era criança e ainda não falava ou entendia inglês. Ouvia as músicas no rádio, via os clipes e gostava, mas ainda não tinha me ligado tanto porque raramente conseguia guardar os nomes das canções.Era justamente aquela época de “Where The Streets Have No Name”, “I Still Haven´t Found What I´m Looking For”.Convenhamos, realmente, são nomes grandes, hehe. Logo depois, tive uma professora na 4ª série que adorava rock. De cara me identifiquei muito com a “Tia Renata” e ela adorava U2. Nas aulas de artes, que eram mais “lights”, levávamos um rádio escondido e algumas fitas (sou do tempo do K7) pra escutarmos. Era um momento de descontração, falávamos sobre música, trocávamos informações, era o começo da MTV… Bons tempos! Aí me conectei de vez com a banda, não só pela música, mas pelas mensagens que eles passavam.

Posso dizer que dessa época pra cá minha paixão só cresceu. E eu sempre dava um jeito de colocar o U2 na minha vida, de mostrar pros outros como a banda era maravilhosa. Até mesmo nos estudos, sempre que possível, citava o U2 nos trabalhos. África e seus diversos problemas raciais e de miséria, Guerra na Bósnia, imperialismo norte-americano, as diferenças religiosas na Irlanda… Pra quase tudo eu arrumava uma maneira de colocar o U2 no meio. E sempre deu certo, recebia boas notas, rs.

Assim, fui fazendo minha “fama” com a família e amigos. Quando o assunto era U2 ou Irlanda, lembravam de mim. Tanto que ganhei de presente uma boneca especial da Barbie e também uma Minnie de pelúcia, ambas com roupas típicas irlandesas. Fora os amigos que a banda nos traz, né. Já fiz amizades pelo chat no site do U2 (Zootopian), pelo fã clube Ultraviolet, até na fila da livraria onde houve o lançamento especial do CD “How To Dismantle An Atomic Bomb” conheci o Claudio Dirani, que viria ser o autor de dois livros sobre o U2. Com a ajuda da Internet, e agora também fazendo parte da equipe de editores do site Ultraviolet U2, faço cada vez mais amigos, conheço mais gente. Alguns ainda estão no mundo virtual, mas muitos outros já consegui trazer pra vida real.

O U2 consegue despertar em mim sensações inexplicáveis. É uma felicidade muito grande quando escuto as músicas, leio sobre eles, assisto aos shows. Claro, nem só de momentos bons vive um fã. Passei por muitas dificuldades durante a Vertigo Tour, em 2006. Como muitos, devido à tremenda desorganização dos produtores, não consegui comprar meu ingresso para o primeiro show. Passei um dia inteiro na fila do Pão do Açúcar, sem comer, sem beber, enfrentando um calor de quase 40°. Desespero total com as confusões, com as notícias que iam chegando, com a chegada de mais e mais policiais. Fui embora aos prantos sem meu ingresso, toda queimada de sol e desidratada. Mobilizei toda a família no telefone, para a venda do segundo show, e graças a Deus consegui comprar. O show foi maravilhoso, de lavar a alma mesmo. Valeu a pena todo o esforço.

Mas cada vez que passa, o U2 consegue me surpreender mais. Agora com a turnê 360°, já tinha me preparado para enfrentar possíveis problemas, mas foi até tudo bem tranquilo. Apesar de ter o DVD da turnê e já ter visto vários vídeos no youtube, quando a gente entra no estádio e vê o tamanho do palco e da “garra” é algo de ficar com a boca aberta literalmente. Pude conferir outros shows de bandas grandes, como Rolling Stones e Kiss, mas nada se compara a este último show do U2. Fiquei realmente surpresa com a mega estrutura, os efeitos… Alguém já iluminou o céu? Creio que não, mas o U2 sim. Quase não tenho palavras pra descrever a emoção deste show. Por 2 horas consegui esquecer todos os problemas do dia-a-dia, me desconectei de tudo. Só pensava no U2, me entreguei de alma mesmo. Foi uma experiência pra guardar pro resto da vida. Simplesmente, o melhor show que já vi na vida. E afirmo que, mesmo se a banda se apresentasse em um palco simples, sem telões gigantescos e iluminação extraordinária, eu sentiria a mesma felicidade. O que importa mesmo são aqueles 4 caras cantando e me encantando. Com o U2, aprendi que, claro é maravilhoso desfrutar de uma super estrutura, mas o mais importante é a essência. A grandeza desse show não seria possível sem as performances de Bono, Edge, Larry e Adam. E isso tento trazer pra minha própria vida. Mesmo sendo milionários, eles são pessoas simples, que se importam com os outros e trazem mensagens positivas, tanto através de suas músicas, como das suas ações humanitárias. O mundo precisa de mais pessoas como o U2.

Fernanda Bottini – Co-Editora Site Ultra Violet

5 Replies to “Especial “U2… E você também! – Parte 5””

  1. Lindos depoimentos!  Já estava com saudade das histórias dos fãs! rsrs
    A forma como o U2 tocou cada um com sua música é sempre emocionante…legal

  2. Sou novo aqui, mas achei muito legal dar espaço aos fãs de verdade falarem sobre sua imensa paixão pelonosso U2, muito legal. aprovado

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