Mês: maio 2006

Bono faz gig surpresa em Mônaco

Bono faz gig surpresa em Mônaco

Fonte: O Popular

A festa anual do Grande Prêmio de Fórmula-1 de Mônaco (a Grand Prix Ball) teve um tempero especial em sua edição 2006, que aconteceu no último fim de semana na Côte d’Azur.

Bono, que estava entre as centenas de convidados VIPS da festança, lá pelas tantas subiu ao palco em que o guitarrista Wyclef Jean se apresentava para juntos deliciarem os convidados com uma versão de “Redemption song”, de Bob Marley. A performance inesperada do líder do U2 emocionou os presentes. E no mesmo instante, os bacanas que se divertiam por lá sacaram suas câmeras digitais para registrar o momento.

Além da gig de Bono Vox, a comemoração de caráter benemerente também arrecadou mais de um milhão de dólares.

Armani lançará coleção em prol da causa da Aids em Londres – Product RED

Armani lançará coleção em prol da causa da Aids em Londres – Product RED

Parte de artigo da Folha Online

A coleção feminina para o verão 2007 do Empório Armani mudou de endereço: será apresentada na passarela, em setembro próximo, em Londres ao invés de Milão.

Os representantes do grupo Armani se apressam em explicar que não é uma traição, mas uma “iniciativa extraordinária”, no âmbito da London Fashion Week. Na ocasião do evento de moda e música, será celebrado também o lançamento da mini-coleção Empório Armani RED, dedicada à campanha Red lançada pelo cantor Bono Vox, vocalista da banda irlandesa U2.

O grupo Empório Armani é um dos cinco parceiros que aderiram à iniciativa lançada por Bono e Bobby Shriver no último Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, para sustentar com capital privado o Fundo Global de Luta contra a Aids na África.

O British Fashion Council, responsável pela organização da semana de moda londrina, se declarou contente com a presença de Armani na abertura do evento. “É um prazer lhes dar as boas-vindas, a cidade permanece entre as capitais mais inovadoras da moda mundial, e é muito apropriado que Empório Armani RED seja lançada aqui, também porque é uma iniciativa emblemática da capacidade de uma grande marca ao se unir a uma grande causa”, declarou Hilary Riva, presidente da British Fashion Council.

A mini-coleção Empório Armani Red incluiu roupas, acessórios, relógios, jóias e perfumes, sendo que 40% da margem de lucro líquido será transferido diretamente para o Global Fund.

U2 está em lista de músicas mais conservadoras

U2 está em lista de músicas mais conservadoras

Fonte: Terra

A revista norte-americana National Review fez uma lista das 50 canções mais politicamente conservadoras do rock. Entre as eleitas, estão faixas gravadas por artistas como Rolling Stones, Beatles, Bob Dylan, The Who e U2. A vencedora foi Won’t Get Fooled Again, do The Who. “O movimento conservador está cheio de revolucionários desiludidos. Este poderia ser seu tema”, justificou a publicação. Já a canção dos Stones, Sympathy for the Devil, mostraria o relativismo moral como sendo coisa do demônio.

Confira as dez primeiras músicas da lista:

1 – Won’t Get Fooled Again, The Who

2 – Taxman,” by The Beatles

3 – Sympathy for the Devil, The Rolling Stones

4 – Sweet Home Alabama, Lynyrd Skynyrd

5 – Wouldn’t It Be Nice, The Beach Boys

6 – Gloria, U2

7 – Revolution, The Beatles

8 – Bodies, The Sex Pistols

9 – Don’t Tread on Me, Metallica

10 – 20th Century Man, The Kinks

Obs.: título original da matéria alterado

Bono diz na África que amadureceu como ativista social

Bono diz na África que amadureceu como ativista social

Fonte: Reuters

ACRA, Gana – O vocalista do grupo U2, Bono, disse que amadureceu como ativista social ao longo dos últimos quatro anos, desde que começou a percorrer o mundo levantando dinheiro e conscientizando o público sobre a difícil situação de milhões de habitantes da África subsaariana. Ele aprendeu que convencer os países ricos a abrir a torneira e inundar o continente de dinheiro não vai resolver os problemas da África. E que é preciso cobrar dos governos africanos a responsabilidade pela aplicação desses recursos.

Estamos saindo da adolescência do otimismo, quando achávamos que bastava fazer passeatas e atrair muita ajuda para transformar a vida dos africanos. Isso não basta”, disse ele à Reuters na quarta-feira, ao final de uma viagem em que percorreu seis países africanos. “Os problemas são muito mais complexos, e acho que em alguns momentos os africanos devem ter sorrido ou se retraído ao nos ver pensando que apenas dinheiro seria capaz de resolver seus problemas”.

Nos últimos anos, o vocalista do U2 tem estado no centro das atenções por fazer campanha em prol do cancelamento da dívida e da ajuda à África. Ele contou que, durante esses anos, ao fazer a ponte entre os dois mundos, passou a perceber que, quando bem investida, a ajuda pode combater as doenças e a miséria. Ela também pode auxiliar a África a opor resistência à crescente competitividade dos bens baratos produzidos por países asiáticos como a China, que vêm inundando os mercados africanos e levando ao fechamento de fábricas.

Estamos próximos de um momento de virada para o continente”, disse ele. “Por mais que seja crítico garantir a chegada do dinheiro assistencial, é igualmente crucial que esse dinheiro seja bem gasto e que os medicamentos sejam corretamente distribuídos”.

BARRICADASNEGOCIAÇÕES

Bono não acha que a ajuda deve vir acompanhada de condições difíceis, mas falou: “Concordo com a condição de que se enfrente a corrupção e a falta de ação”. Ele disse que compreende que esse pensamento o tornará impopular com alguns movimentos sociais com os quais tem feito campanha, que não acreditam que a ajuda deva vir acompanhada de condições.

Para alguém como eu, que, por minha própria profissão, é mais afeito às barricadas do que às negociações, isso faz parte do amadurecimento”, disse o cantor. “Aquilo que antes era chamado de assistência externa hoje precisa ter dois nomes. Um deles pode ser o de misericórdia, reação a uma emergência, como a ajuda para combater uma pandemia. Não se pode manter a população refém de seus governos em questões como essas. A outra ajuda se chama investimento, mas para essa precisamos ter muito cuidado em decidir para onde ela vai”, afirmou.

Bono disse que será muito importante ouvir ativistas africanos: “Devemos ouvi-los e eles dizem ‘não invista em nossos países enquanto tivermos lideranças corruptas”’. Bono disse que não houve um momento único que o levou a transformar sua maneira de pensar a África, mas que se sentiu inspirado pelo que viu na viagem.

Houve histórias de sucesso, como operárias de uma fábrica desfilando camisetas para exportação num desfile de moda no Lesoto (enclave sul afruicano), uma empresa que fabrica mosquiteiros na Tanzânia, os investimentos em Ruanda que estão transformando o país em centro tecnológico regional, e o setor empresarial e o mercado de ações em Gana.

Mas Bono também viu cenas de carência constante: uma ala pediátrica no hospital principal de Kigali, Ruanda, onde quatro ou até seis crianças dividem um leito, e uma escola onde até 100 crianças em cada sala de aula e o telhado está ruindo. “As transformações estão vindo muito devagar para uma geração inteira que não tem acesso à educação e à saúde”, disse ele.

Bono se despede da África prometendo lutar por comércio

Bono se despede da África prometendo lutar por comércio

Fonte: Reuters

Após uma bem-sucedida campanha pelo perdão da dívida de alguns dos países mais pobres do mundo, o roqueiro-ativista Bono quer agora convencer os donos do mundo a tornar o comércio mais vantajoso para a África. Na última escala de uma viagem por seis países do continente, Bono disse na quarta-feira que há um novo clima de otimismo a respeito da África e que novos empreendedores estão surgindo, mas que os subsídios agrícolas e outras barreiras comerciais em grandes mercados, como EUA e Europa, ainda impedem maiores progressos.

Falando à Reuters, Bono disse saber que essa luta não será fácil. “Estamos contra interesses velados e poderosos grupos de pressão”, disse ele, após visitar um mercado de Acra, capital de Gana. Bono disse que ele e outros ativistas precisam explicar melhor aos produtores agrícolas norte-americanos e europeus como seus subsídios prejudicam os agricultores africanos. O cantor espera que seu envolvimento dê mais voz ao continente na chamada Rodada Doha de negociações comerciais globais, atualmente paralisada por causa da questão agrícola.

Os movimentos sociais nos darão musculatura política e isso torna (a campanha) factível, mas será uma briga grande”, acrescentou.

O líder do U2 visitou fábricas de tecidos e roupas no Lesoto e na Tanzânia, onde muitas empresas fecharam, com a consequente perda de empregos, devido ao fim do sistema de cotas de acesso a mercados pelo Acordo Múltifibras, que beneficiava os produtores de países pobres. Os produtores asiáticos estão ocupando esse espaço. No Mali, Bono visitou uma comunidade que cultiva algodão para ver de perto o impacto dos subsídios norte-americanos sobre o setor, que estaria reduzindo os preços globais e arruinando os produtores africanos. Em Gana, Bono disse que a incerteza sobre a Lei da Oportunidade e do Crescimento Africanos, que dá aos países em desenvolvimento maior acesso ao mercado dos EUA, está pesando como uma “Espada de Dâmocles” sobre a cabeça dos países africanos.

O roqueiro começou o dia reunindo-se com empresários ganenses para melhor entender as restrições a seus negócios. “As pessoas precisam de ajuda, porque ainda há pobreza, mas mais importante para todos é a necessidade de comércio”, afirmou ele à platéia. “A África deveria conseguir criar uma alternativa para a dominação chinesa no setor do vestuário.”

Para conseguir o perdão da dívida dos países mais pobres, Bono usou sua influência junto ao público e manteve reuniões pessoais com líderes mundiais. Em junho de 2005, o G8 (grupo dos países industrializados mais ricos) aceitou cancelar as dívidas de 18 países, a maioria africanos, e dobrar a ajuda ao continente até 2010. Na reunião de quarta-feira com Bono, o presidente de Gana, John Kufuor, elogiou o trabalho do cantor pela África, mas disse que a expansão do comércio deve andar junto com a ajuda, para que a pobreza possa ser combatida.

Nossa parte do mundo está em transição, e será preciso algum músculo para manter as mudanças”, afirmou ele. “Com as políticas corretas e algum incentivo, conseguiremos formar parcerias para competir. Para que Gana atinja tal posição, precisamos de alguma ajuda.”

Bono aproveita pausa em turnê na África e canta com banda local

Bono aproveita pausa em turnê na África e canta com banda local

Fonte: Terra

O roqueiro irlandês Bono tirou uma noite de folga da campanha de ajuda à África e retomou seu trabalho costumeiro – a música -, juntando-se a uma banda local no Mali.

Bono, que está visitando seis países africanos, fez uma parada informal, na noite de segunda-feira, ao bar Piroge, às margens do rio Níger, na capital do Mali, Bamako.

O roqueiro e alguns amigos ouviram a banda Samaquera, que toca músicas que têm mais de mil anos de idade usando um banjo pré-histórico – o Djelin”goni, feito de madeira, couro de vaca e linha de pesca trançada como cordas.

Durante a última música, o roqueiro irlandês levantou-se, pegou o microfone e, por cerca de 10 minutos, participou de um canto típico africano, acrescentando uma letra enquanto cantava.

É uma música maravilhosa”, ele disse depois. “Fico me perguntando se as canções são exatamente como eram naquela época, ou se sofreram mudanças”.

Foi uma noite tranquila no Piroge e apenas um punhado de moradores locais pareceu reconhecer a estrela.

Bono e seu grupo de apoio DATA (sigla em inglês para Dívida, Aids, Comércio e África) estão pedindo ao Ocidente para que não volte atrás com relação a promessas de ampliação de ajuda ao continente africano.

Eles começaram o dia em uma escola em Abuja, na Nigéria, e foram ao Mali para ver como os fazendeiros locais são diretamente afetados pelos baixos preços do algodão – cuja responsabilidade eles atribuem aos subsídios norte-americanos.

Eric Clapton critica Coldplay e U2 em entrevista

Eric Clapton critica Coldplay e U2 em entrevista

Eric Clapton, um dos principais guitarristas da história do rock and roll, não poupou críticas em entrevista recente ao jornal inglês The Time.

Ele afirmou que todo o “poder” da música está concentrado nas mãos de Simon Cowell (produtor da BMG e júri do programa American Idol), Coldplay e U2.

Clapton completou, dizendo que as duas bandas “se limitam a aparecer em entregas de prêmios e que não vê nenhuma diferença entre elas”.

Além disso, ele disse também que a música pop rock atual está deixando suas raízes rock and roll de lado.

Eric Clapton ainda confirmou que deverá lançar uma autobiografia em 2007, que deve ser lançada também em áudio.

Fonte: !Oba Oba

Bono pede combate à corrupção na África

Bono pede combate à corrupção na África

Fonte: Terra

O líder da banda irlandesa U2, Bono, que pressiona países ricos a manterem suas promessas de ajuda à África, disse no domingo que o continente precisa combater a corrupção, o maior obstáculo a novos investimentos.

Em meio às promessas de países industrializados de dobrar a ajuda ao continente até 2010, Bono alertou que a menos que a corrupção seja combatida, a boa vontade das nações ricas pode se dissipar.

Há uma janela de oportunidade, mas ela pode se fechar se coisas como a corrupção não forem combatidas”, disse Bono a jornalistas que viajam com ele, antes de uma reunião com ministros da Economia de países do continente na capital nigeriana Abuja.

Eu vou além e digo que o único grande obstáculo aos negócios e para a renovação das economias no sul é a corrupção e o único grande obstáculo na obtenção de dinheiro para os negócios, se vocês considerarem ajuda como investimento, é a corrupção”, disse o cantor e ativista.

Bono afirmou que os contribuintes das nações desenvolvidas também exigem mais responsabilidade de seus líderes políticos para se assegurar que o dinheiro que vai para a África é usado corretamente.

O cantor disse que há uma “simplificação excessiva da África que considera” que todos os países africanos são corruptos. Ele acredita que em muitos casos a ajuda internacional tem feito mais mal que bem à África e que é importante a criação de oportunidades para que o continente ajude a si mesmo por meio de mais comércio.

O Ocidente tem realmente que entender que os africanos não querem ajuda, eles precisam de ajuda, e o que a África deseja e o que ela merece é o comércio como uma rota de saída das suas atuais dificuldades”, disse Bono.

Os africanos podem estar mais doentes de Aids, tuberculose e malária, mas eles precisam muito de ajuda”, acrescentou.

Erradicar malária é como primeira caminhada na Lua, diz Bono

Erradicar malária é como primeira caminhada na Lua, diz Bono

Fonte: Reuters

ARUSHA (Reuters) – O cantor e ativista Bono disse neste sábado que a idéia de erradicar a principal causa de mortes na África na próxima década é tão excitante quanto assistir Neil Armstrong dar seu primeiro passo na Lua.

O líder da banda irlandesa U2 — que está na metade de uma excursão por seis nações africanas — foi inspirado pelo uso de nova tecnologia em uma fábrica de uma família na Tanzânia que produz redes que irão repelir mosquitos, o inseto que transmite a malária.

É a razão mais excitante que ouvi para sair da cama de manhã. Isso está mudando o mundo”, disse Bono após um passeio pela A to Z Textile Mills.

A empresa se uniu ao Sumitomo Chemical do Japão para se tornar a primeira fábrica na África a usar a nova tecnologia que faz redes de longa duração tratadas com inseticida.

A malária atinge entre 300 milhões e 500 milhões de pessoas por ano. Um milhão dos que ficam doentes morrem, principalmente crianças e bebês. Das mortes, mais de 80 por cento acontecem na África e mais da metade delas poderia ser evitada se os mosquiteiros nas camas fossem disponibilizados para as famílias, de acordo com especialistas.

A demanda por redes contra mosquitos originada por grupos de combate à Aids, Unicef e pelo Fundo Global de Luta contra Aids, Turbeculose e Malária excede a oferta mundial, sugerindo uma expansão na A to Z que irá ampliar a capacidade para 15 milhões por ano, ante 6 milhões.

Bono, que é um dos maiores defensores da África no mundo, disse que o sucesso da A to Z também é um bom sinal para um continente que luta por melhores condições econômicas.

Há duas coisas se unindo aqui para mim que são idéias gigantes”, disse ele. “Uma é que o fim da malária está no horizonte e a segunda coisa é você ver a África respondendo à China na indústria.”

Vocês estão vendo o início de uma luta contra a dominação chinesa no setor de tecidos e o engraçado é que isso é resultado do aumento da luta contra a malária.”

Muitas fábricas africanas de tecidos e roupas foram forçadas a reduzir empregados ou fechar devido à crescente competição dos produtos mais baratos da China e o fim do Acordo Multi Fiber no ano passado que deveria proteger os países em desenvolvimento.

Anuj Shah, diretor-executivo da A to Z, concorda com o comentário do roqueiro sobre a China, observando que se a África quiser se tornar competitiva em relação à Ásia, deverá usar o algodão cultivado localmente para produzir seus tecidos e vestuários, reduzindo custos. “A maioria dessas empresas que tem estado na África chegaram com máquinas de costura e compraram tecidos da China, Vietnã e Índia e você não pode competir com isso”, disse Shah. “Você precisa começar verticalmente.”

Ele disse que empregar e treinar pessoas na África não é um problema, mas vender seus produtos em grandes mercados como os EUA e a Europa é mais difícil.

Da minha perspectiva, o lado do marketing me assusta e se eu conseguisse alguns parceiros mais fortes nos EUA que se preocupassem com o marketing, eu poderia ampliar para uma maior capacidade.”

Richard Feachem, que preside o Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculoe e Malária, com sede em Genebra, e que está viajando com Bono, disse que o fundo tem compromisso para comprar cerca de 110 milhões de redes no mundo todo, tornando-o o maior distribuidor mundial.

Nossa política é que nós compraremos todas as redes de longa duração que qualquer um puder produzir, isso é tecnologia preferencial”, disse ele.

Em Ruanda, Bono promete manter campanha de ajuda à África

Em Ruanda, Bono promete manter campanha de ajuda à África

Fonte: Reuters

KIGALI (Reuters) – O roqueiro irlandês Bono prometeu na quarta-feira continuar fazendo pressão sobre os Estados Unidos e outros países ricos para manter a ajuda enviada à África.

Em Ruanda, a segunda escala de sua viagem por seis países africanos, o ativista e vocalista do U2 disse que há sinais de que o G8 (grupo dos oito países mais industrializados do mundo) está retrocedendo em relação à promessa de, até 2010, dobrar o volume da assistência à África. O G8 tem nova reunião prevista para julho, na Rússia.

Bono disse que viajou a Washington recentemente e se reuniu com integrantes do Comitê de Verbas da Câmara dos Deputados norte-americana, que cortou 2,4 bilhões de dólares dos 3 bilhões pedidos pelo presidente George W. Bush para ajuda ao exterior, no próximo orçamento federal.

Conversamos sobre isso com os gentis cavalheiros e damas. Eles nos receberam de braços abertos, nos deram tapinhas nas costas e mostraram os olhos úmidos de lágrimas. Quando deixamos a cidade, eles reduziram o orçamento em 2,5 bilhões de dólares”, contou.

A decisão tomada pelo comitê em maio é apenas um dos primeiros passos na formulação das contas fiscais dos EUA para 2007, e, antes de se chegar a um número final, o Senado também terá que dar seu parecer.

Existem obstáculos, e precisamos ter uma atitude de otimismo”, disse Bono, depois de visitar um hospital na capital de Ruanda, Kigali, que é centro de realização de exames e tratamento para Aids, e onde cada leito é compartilhado por três doentes.

Há anos Bono faz campanhas em favor do perdão da dívida, da assistência e de condições comerciais melhores para a África, utilizando sua fama para exercer influência sobre a política africana dos países ricos.

Ruanda foi um dos 18 países que, no ano passado, se beneficiou da campanha pelo cancelamento da dívida de alguns dos países mais pobres do continente.

Os EUA têm problemas próprios hoje, mas esses problemas não se comparam àquilo que estes homens e estas mulheres de coragem enfrentam diariamente”, disse ele, falando dos médicos e das enfermeiras do hospital de Kigali.

A África depende em grande medida de verbas externas para pagar a terapia antiretroviral para os aidéticos. Os medicamentos antiretrovirais retardam em muito a progressão da doença.

Richard Feachem, que dirige o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária e que está fazendo a viagem na companhia de Bono, disse que, se as verbas do exterior para o combate à Aids deixarem de chegar, muitas pessoas vão morrer.

Mais tarde, Bono visitou o Memorial Nyamata ao Genocídio, na periferia de Kigali, onde milhares de pessoas foram massacradas no genocídio de Ruanda, em 1994.