Mês: janeiro 2003

EUA têm de ser líderes na guerra contra a aids

EUA têm de ser líderes na guerra contra a aids

BONO VOX

The Washington Post

Harry Truman uma vez disse: “Confio nas pessoas porque, quando elas conhecem os fatos, fazem a coisa certa.” Os fatos sobre a aids nos países mais pobres – especialmente na África – são hoje bem nítidos. Eles mostram não só uma tragédia humanitária sem precedentes, mas também um perigo claro e atual para os Estados Unidos.

Na África, 9.500 pessoas contrairão o HIV e 6.500 perderão a vida para a aids hoje, morrendo por causa da falta de medicamentos que subestimamos.

Quando elas morrem, levam consigo seu poder de gerar renda – e deixam para trás seus filhos. A menos que nós, como uma comunidade internacional, lancemos uma guerra contra esse assassino, a África terá pelo menos 25 milhões de órfãos da aids no fim desta década.

Como os historiadores e os críticos dos EUA um dia observarão, uma praga de proporções bíblicas se espalha enquanto os americanos assistem a ela. Uma síndrome do Senhor das Moscas está surgindo: crianças educando crianças. É difícil para o coração não se comover com a imensa perda de vidas. É difícil para a mente não enxergar as implicações da destruição da família africana, das economias africanas, das esperanças africanas, da segurança.

Embora os seqüestradores de 11 de setembro fossem na maioria sauditas ricos, eles se refugiaram no Estado falido do Afeganistão. Deve haver dez Afeganistães em potencial na África. O secretário de Estado, Colin Powell, advertiu que a aids, tanto quanto qualquer nação fora-da-lei, é grave ameaça à segurança dos EUA e à estabilidade do mundo.

Não tem de ser assim. Os medicamentos podem cortar pela metade a chance de uma mulher passar o HIV para seu filho. As drogas anti-retrovirais produzem o chamado “efeito Lázaro”: um paciente à beira da morte pode voltar ao trabalho em três meses. É um bom retorno para um investimento de US$ 1 por dia, que é o que essas drogas nos custam hoje.

Quando me reuni com o presidente Bush no ano passado, ele prometeu que, apesar do déficit, esses esforços não ficariam sem financiamento se pudéssemos mostrar-lhe programas eficazes. Nós podemos.

Investimentos prudentes por meio de ajuda bilateral bem dirigida e do Fundo Global para o Combate à Aids, Tuberculose e Malária estão salvando e transformando vidas com base no que funciona: prevenção, tratamento e cuidados. Vejam Uganda, Senegal, Zâmbia. Não investir agora deixará para nós um déficit moral e, para nossos filhos, as conseqüências de um déficit global de segurança.

Generosidade – Recentemente, viajei pelo Meio-Oeste americano falando sobre a aids. No coração dos EUA, sentimos a decência e a generosidade que brota do solo. E ouvimos o murmúrio de um movimento. Numa parada de caminhões em Iowa, motoristas nos disseram que transportariam medicamentos para a África do Sul, onde 50% dos caminhoneiros são portadores do HIV. Em igrejas em Iowa, Illinois e Nebraska, pediram-me para pregar do púlpito.

Os fatos estão transformando os EUA, como Truman previu. Em milhares de cartas e ligações para a Casa Branca e o Congresso, o povo americano diz que a aids é uma emergência. Especialistas em saúde concordam que são necessários pelo menos US$ 2,5 bilhões dos EUA neste ano para dar a arrancada na guerra contra o HIV e para mostrar aos povos mais pobres que os americanos são um parceiro verdadeiro para a saúde, a segurança global e a prosperidade.

Sou da Europa, onde a reação ainda não está à altura da escala da crise – teremos de seguir a liderança dos EUA nesta guerra. É uma chance de mostrar do que os EUA são a favor e não só do que são contra. Dois bilhões e meio de dólares é muito dinheiro. Mas seria demais para ajudar a salvar a vida de 3 milhões de pessoas negras por ano, cuidar dos 13 milhões de órfãos da aids na África e evitar que 30 milhões de pessoas contraiam o HIV? Duvido que a maioria dos americanos ache que sim.

Em termos puramente financeiros, trata-se de um extraordinário retorno de investimento. A liderança americana forçaria outras nações a fazer sua parte. Quanto mais demorarmos, maior será o custo – medido em milhões de vidas e muitas dezenas de bilhões de dólares. Todo discurso sobre o Estado da União é histórico e todo orçamento, importante. Mas, diante desses fatos, é agora que a liderança americana – liderança global – realmente importa.

Meu negócio é fazer música. O negócio do presidente Bush é fazer história.

Estou convencido de que, se ele declarar diante do Congresso que a epidemia da aids na África é uma emergência, tanto americanos quanto pessoas no resto do mundo se oferecerão para ajudar. E, se ele apoiar seu compromisso com seu orçamento, mostrará ao mundo o tipo de liderança que só os EUA podem oferecer.

O autor, líder da banda U2, é ativista da aids e fundador da organização Dívida, Aids e Comércio na África

Disco dá ritmo à campanha contra dívidas externas

Disco dá ritmo à campanha contra dívidas externas

(BR Press) – O Fórum Social Mundial mal acabou e já deixa rastros – sonoros, inclusive. Lá foi lançado o CD Drop the Debt (Cancelem a Dívida). Isso mesmo: o disco oficial da campanha Jubileu 2000 – Por um milênio sem dívidas!, que traz um interessante “samba do crioulo doido” em termos de world music, unindo África e Brasil – Chico César, Fernanda Abreu, MV Bill, Tribo de Jah e Lenine estão presentes —, passando pela França, Polônia e Japão.

O Brasil é o primeiro país do mundo a lançar esse CD, iniciativa da ONG francesa Dette & Développement (Dívida e Desenvolvimento) encampada aqui pela gravadora independente MCD World Music. A renda com a venda dos discos ajudará a manter o trabalho de conscientização da população sobre o problema acarretado pelo cabresto que as dívidas externas colocam nos países em desenvolvimento.

O Jubileu 2000 é uma coalisão de sindicatos, ONGs, igrejas e cidadãos de várias partes do mundo, que defende que o processo de endividamento dos países de terceiro mundo é injusto e está inviabilizando a sobrevivência da maioria de sua população. A idéia do Jubileu faz parte da tradição judaico-cristã, remetendo à necessidade de uma redistribuição das riquezas, para que a sociedade não desabe sobre o peso de sua própria desigualdade. Bono, vocalista do U2, é o mais famoso porta-voz da campanha Jubileu 2000.

Portanto, comprar Drop the Debt é, antes de uma escolha musical, um manifesto contra a manutenção da dívida a juros exorbitantes e pelo seu cancelamento imediato. O Brasil devia US$ 228,6 bilhões em dezembro de 2001. O Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento estima, por exemplo, que as vidas de cinco milhões de crianças podem ser salvas se os valores destinados ao pagamento das dívidas fosse utilizado em saúde e educação.

Entre os outros artistas presentes estão a cantora caboverdeana Cesária Évora, o congolês Lokua Kanza e o grupo francês The Fabulous Troubadors.

Preço do CD: R$ 23,00.

Mais informações sobre o Jubileu 2000 nos sites www.jubileubrasil.org.br e www.dette2000.org.

A próxima estrela em clipes do U2?

A próxima estrela em clipes do U2?

O Daily Star de hoje conta que Bono deu à atriz Lara Flynn Boyle (The Practice) o seu telefone no Globo de Ouro e perguntou a ela se ela gostaria de estrelar o próximo clipe do U2.

Eu sou uma grande fã do U2. Eu amo você. Vou trabalhar de graça”, ela supostamente disse ao cantor.

Bono diz que U2 vai fazer disco de guitarra

Bono diz que U2 vai fazer disco de guitarra

O novo disco do U2 deve ser lançado no fim deste ano. Quem deu a informação foi o vocalista, Bono, durante a cerimônia de entrega dos prêmios do Globo de Ouro, em que a música “The Hands That Built America” foi premiada como melhor canção original. Segundo ele, esta será a primeira vez que o U2 fará um disco orientado pela guitarra. “Edge, se me permite dizer, está produzindo um material extraordinário. É um disco de guitarra. Eu acho que é nosso primeiro”, disse ele. Com seu último disco, “All That You Can´t Leave Behind”, os irlandeses deixaram de lado todas as super produções que maracaram seus discos na década de 90, e se concentraram apenas no poder das canções. “Eu adoro singles no rock´n´roll. Era isso que eu amava no Nirvana, era o que eu amava nos Sex Pistols e, voltando mais, nos Beatles e nos Rolling Stones – quando voc~e faz aquela única gravação que muda tudo”, disse Bono. “É o começo. Estamos trabalhando nas músicas agora. è cedo para dizer se alguma delas vai ser um single, mas tem coisa legal vindo aí”, disse Edge.

Veja mais no Rockwave

U2 não revela detalhes de novo lançamento

U2 não revela detalhes de novo lançamento

Apesar de comemorar muito o Globo de Ouro recebido no domingo (pela canção “The Hands That Build America, composta para o filme de Martin Scorsese Gangues de Nova York), Bono e The Edge não quiseram revelar detalhes do novo trabalho do U2. Até o final do ano, o grupo deve lançar um novo álbum de canções inéditas, ainda sem direção anunciada.

As donas do show

As donas do show

Atrizes comandam a festa do Globo de Ouro e corrida ao Oscar já tem favoritos

Começam a ficar claras as peças do jogo do Oscar. A cerimônia de entrega do 60º Globo de Ouro, anteontem, no Beverly Hilton Hotel, em Beverly Hills, Califórnia, que para o Brasil significava a possibilidade de um prêmio de melhor filme estrangeiro para Cidade de Deus, do paulista Fernando Meirelles (Fale com ela, do espanhol Pedro Almodóvar, foi o vencedor), deixou uma mensagem ”feminista”: o Oscar é ”delas”. Os dois filmes mais premiados e vencedores nas principais categorias são marcados pela atuação de grandes atrizes: de um lado, o musical Chicago, de Rob Marshall, com as poderosas Renée Zellweger, ganhadora do prêmio de melhor atriz de comédia/musical, e Catherine Zeta-Jones, também indicada na mesma categoria. Do outro, está o drama As horas, de Stephen Daldry, baseado no livro de Michael Cunningham, com as geniais Nicole Kidman, que levou o prêmio de melhor atriz em drama por sua interpretação da escritora Virginia Woolf; Meryl Streep, também indicada pelo filme, mas que ganhou o prêmio de atriz coadjuvante em comédia por outro, Adaptation, de Spike Jonze. E ainda a sempre genial Julianne Moore, indicada a melhor atriz em drama por Far from Heaven.

As duas produções ficaram ainda com os prêmios de melhor filme em seus estilos (diferentemente do Oscar, o Globo de Ouro, dado pela Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood, separa os dramas das comédias, que ficam junto com os musicais). Chicago, baseado na peça de Maurine Dallas Watkins, que foi para a Broadway pelas mãos de Fred Ebb e do antológico Bob Fosse, ainda levou o prêmio de melhor ator em musical/comédia, recebido por um Richard Gere emocionado e que deu os mais longos agradecimentos da noite. Em prêmios, o musical ficou com uma pequena dianteira (três) em relação a As horas (dois), mas a disputa ainda está indefinida – deve desempatar no número de indicações ao Oscar que cada um receber. Mas o caminho está certo: no Oscar, cujos indicados serão conhecidos em 11 de fevereiro e os premiados em 23 de março, é a dramaturgia, particularmente a feminina, que vai comandar a festa.

O discurso de agradecimento de Nicole Kidman confirmou a tese. Séria, sem os faniquitos de Renée Zellweger e de Richard Gere, ela agradeceu por seu filme ter grandes papéis femininos e pediu a escritores que criassem mais papéis para mulheres e a produtores que se interessassem mais por filmes centrados nelas.

Os dois favoritos até agora, no entanto, não têm diretores consagrados (Stephen Daldry foi muito elogiado por seu Billy Elliot, de 2000, mas não o suficiente para torná-lo bola da vez para a consagração, e Rob Marshall não tem currículo muito conhecido). São filmes de produtor (e de grandes elencos). Isso levou o Globo de Ouro de melhor diretor para as mãos do veterano e sempre genial Martin Scorsese, com o épico Gangues de Nova York. Todo mundo na festa entendeu: Scorsese, um dos diretores mais queridos da classe cinematográfica americana, e desde já franco favorito ao Oscar na categoria, foi ovacionado de pé. Tanto que, bem-humorado, pediu ”menos euforia” para que pudesse começar os agradecimentos. Seu filme levou também o prêmio de melhor canção (para a banda irlandesa U2) e é o mais provável terceiro nome da lista de indicados ao Oscar de melhor filme.

Globo de Ouro ajuda na bilheteria de filmes premiados

Globo de Ouro ajuda na bilheteria de filmes premiados

Por Dean Goodman

LOS ANGELES (Reuters) – A nova comédia familiar “Kangaroo Jack” liderou as bilheterias do feriadão do Dia de Martin Luther King na América do Norte, arrecadando quase 22 milhões de dólares em sua estréia. A entrega do Globo de Ouro, no último domingo, acabou beneficiando os filmes premiados como “Chicago” e “The Hours”.

Chicago” recebeu três Globos de Ouro no domingo, e “The Hours”, “Adaptação”, “About Schmidt” e “Gangues de Nova York” levaram para casa dois cada. Entregues pela Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood, o Globo de Ouro é um indicador bastante confiável para as prováveis tendências do prêmio máximo do cinema, o Oscar.

As indicações ao Oscar serão anunciadas em 11 de fevereiro e os ganhadores, em 23 de março. No ano passado, apenas cinco dos 13 ganhadores de Globos de Ouro receberam Oscar, mas ainda assim o Globo teve um dos melhores índices de acerto entre as muitas premiações dadas em Hollywood.

O musical “Chicago”, da Miramax, ficou em sexto lugar nas bilheterias do feriadão, tendo arrecadado 9,1 milhões de dólares de apenas 557 cinemas entre sexta-feira e segunda. Seu total acumulado já chega a quase 29 milhões de dólares.

Chicago” recebeu os Globos de Ouro de melhor ator (Richard Gere) e melhor atriz (Renee Zellweger) na categoria musical/comédia.

A Miramax também distribuiu “Gangues de Nova York”, que valeu a Martin Scorsese o prêmio de melhor direção e à banda de rock U2 o prêmio de melhor canção original. O filme ficou em 11o lugar nas bilheterias, com 4,7 milhões de dólares obtidos em 2.170 cinemas.

GANGUES DE NOVA YORK” JÁ RECUPEROU SEUS CUSTOS

Rick Sands, da Miramax, observou que Scorsese é um dos poucos diretores conhecidos pelo grande público nos EUA, fato que aumenta a credibilidade do filme e suas perspectivas comerciais.

Levando-se em conta as previsões de lucros secundários (em VHS e DVD, por exemplo), o filme, que custou 100 milhões de dólares e arrecadou 61,5 milhões até agora, já se pagou.

Na categoria drama, o prêmio de melhor filme ficou com “The Hours” (Paramount Pictures), que também deu o prêmio de melhor atriz a Nicole Kidman.

Jack Nicholson foi considerado o melhor ator por “About Schmidt” (New Line Cinema), que também recebeu o prêmio de melhor roteiro.

Uma porta-voz da Paramount disse que o estúdio decidiria na segunda-feira como capitalizar em cima do sucesso de “The Hours” no Globo de Ouro. O filme está sendo exibido em 402 cinemas e ficou em nono lugar nas bilheterias, com 5,7 milhões de dólares.

Uma porta-voz da New Line disse que o estúdio espera um aumento moderado na bilheteria de “About Schmidt” na segunda-feira.

O longa-metragem está sendo exibido em 946 cinemas e aparece em oitavo lugar nas bilheterias, com 6,6 milhões de dólares obtidos no fim de semana prolongado.

Na competição pelos prêmios de melhor ator e atriz coadjuvantes, que não fazem distinção entre drama e comédia, os escolhidos foram Meryl Streep e Chris Cooper, ambos de “Adaptação” (Columbia Pictures).

O filme rendeu 2,2 milhões em 564 cinemas, valor insuficiente para figurar entre as 10 melhores bilheterias.

Tropeços e acertos na moda do Globo de Ouro

Tropeços e acertos na moda do Globo de Ouro

Nicole Kidman, mais uma vez, brilhou pela elegância, assim como Cameron Diaz e Sarah Jessica Parker. Entre os escorregões, o que mais chamou a atenção foi o de Lara Flynn Boyle, que apareceu vestida de bailarina, com direito a tutu e laços nas pernas

Nova York – Com os ecos de 11 de setembro de 2001 ficando para trás, as cerimônias de premiações de Hollywood voltam a ser palco de experimentações na área do estilo. A 60ª edição do Globo de Ouro, realizada ontem no hotel Beverly Hilton, na Califórnia, levou ao tapete vermelho vários erros e acertos, além de mostrar um bom panorama do poder dos produtores de moda sobre as estrelas.

Nicole Kidman é, de longe, a mais elegante estrela de Hollywood. A australiana, que há várias temporadas vem acertando no tom de seus looks, apareceu com um tomara-que-caia justo da Yves Saint Laurent em tom pastel (lilac). Embora os enormes brincos indianos que testavam a resistência os lóbulos da orelha tenham sido um pouco exagerados, ela apostou na maquiagem correta (simples e delicada) e em um penteado natural e discreto, com os cabelos presos em um pequeno coque, adotado também por outras estrelas.

A diva fashion e mãe recente Sarah Jessica Parker, estrela de Sexo e a Cidade, mostrou a recuperação da silhueta e aproveitou para colocar um ajustado corselet usado com calça – um look criado pelo badalado Hedi Slimane. Sua colega de elenco, Kim Cattral, apareceu elegante em um vestido vermelho decotado e justo de Valentino. Cameron Diaz também encantou, em um minivestido Chanel preto.

Para quem quisesse apreciar um trabalho incrível de alta-costura, a atriz Maggie Gyllenhaal apareceu em um vestido branco da Chanel couture todo formado por rosas bordadas, feitas à mão. O vestido curto tinha uma gola rulê de flores e um delicado laço cor-de-rosa na cintura alta.

Alguns dos erros, no entanto, acabaram chamando bem mais atenção do que os acertos, com o prêmio principal indo para Lara Flynn Boyle, que deu o que falar ao escolher uma roupa de bailarina (com direito a laços amarrados pelas pernas). A ex-namorada de Jack Nicholson destoava do clima geral do evento e justificava a escolha dizendo em entrevistas que sempre sonhou em ser bailarina. “Se gostarem ou odiarem, tudo bem, pelo menos estou me divertindo”, disse ela. Hmmm. O nome do estilista responsável pela idéia é David Cardona.

Curiosamente, a ousadia foi amplamente comparada pela imprensa americana ao famoso vestido de Björk imitando um cisne. A comparação é bem infeliz, porque Flynn Boyle está longe de ter a autenticidade da cantora islandesa.

Outra que também derrapou foi Debra Messing, a Grace do seriado Will & Grace. Ela usou um vestido de Vera Wang (a rainha dos trajes de casamento nos Estados Unidos) que ressaltava o pouco busto e revelava mais pele do que o necessário. Outra que destoou foi Sharon Stone, cujo comportamento espalhafatoso também causou surpresa. Ela vestiu um traje de inspiração sadomasoquista de Versace, com saia de faixas pretas, usado com botas. Ligeiramente inapropriado para a idade dela.

Entre os homens, Bono mostrou que parou no tempo ao insistir no look de óculos coloridos (um Bulgari de lentes azuis), acreditando que o acessório iria cair bem com a falta de gravata para seu smoking. Seu colega de banda, The Edge, também deslizou ao manter o gorro preto.

Guto Barra, da Planet Pop

U2 leva Globo de Ouro por tema de “Gangues de Nova York”

U2 leva Globo de Ouro por tema de “Gangues de Nova York”

da Redação

The Hands that Built America”, composta pelo grupo irlandês U2 para o filme “Gangues de Nova York”, venceu no último domingo (19) o Globo de Ouro de melhor música original para filme.

O prêmio foi recebido por Bono Vox, líder da banda, que agradeceu o Globo e falou sobre a presença irlandesa na formação do povo americano -assunto abordado por “Gangues”. O guitarrista The Edge esteve também presenta à premiação.

Na disputa pelo prêmio, a banda bateu “Die Another Day”, feita por Madonna para “007 — Um Novo Dia Para Morrer”; “Father and Daughter”, de Paul Simon, composta para “Os Thornberrys”; “Here I am”, de Hans Zimmer e Bryan Adams, composta para “Spirit: Stallion of the Cimarron”, e “Lose Yourself”, de Eminem, para “8 Mile”.

A entrega do Globo de Ouro, que aconteceu na noite de sábado (19), em Los Angeles, é considerada uma “prévia” para o Oscar, que acontece no dia 23 de março. “Gangues de Nova York”, filme para o qual o U2 compôs a canção vencedora, levou também o prêmio de melhor diretor para o cineasta americano Martin Scorsese.