Testemunha nega ter vendido a história de Winona Ryder

Testemunha nega ter vendido a história de Winona Ryder

Por Jill Serjeant

BEVERLY HILLS (Reuters) – A ex-segurança da Saks, peça chave no julgamento de Winona Ryder por roubo, foi acusada na quinta-feira pelos advogados de defesa da atriz de ter vendido sua história, inventado fatos para relatar em juízo e vasculhado a agenda da atriz em busca dos números de telefone de atores de cinema.

Mas Colleen Rainey, a segurança em questão, resistiu a 90 minutos de interrogatório duro conduzido pelo advogado de Ryder, Mark Geragos, e deixou a defesa acuada com sua principal acusação: a de que viu Ryder recortando as etiquetas de segurança de bolsas num vestiário da elegante loja Saks Fifth Avenue de Beverly Hills.

A promotoria encerrou seus argumentos, deixando em aberto se Ryder vai ou não depor quando a defesa retomar sua argumentação, nesta sexta-feira.

Winona Ryder, 31 anos, negou as três acusações de roubo, vandalismo e roubo agravado feitas contra ela após sua visita à loja da Saks Fifth Avenue em Beverly Hills, em dezembro passado.

Ela é acusada de ter tentado roubar cerca de 5.500 dólares em artigos de grife e, se condenada, pode ser sentenciada a até três anos de prisão.

Rainey reconheceu ter omitido de seus relatórios iniciais alguns detalhes sobre como ela pôde ver Ryder no vestiário, especialmente o fato de que olhou por meio das frestas na persiana da porta.

A ex-segurança, hoje estudante de MBA, disse que, em função da falta de tempo, ela “não teve o luxo de anotar tudo… Eu mencionei que a observei no vestiário, mas não mencionei as frestas”, ela disse ao júri.

Geragos, que afirma que os funcionários da Saks e a promotoria resolveram aplicar um tratamento especialmente duro a Ryder por ela ser uma celebridade, apresentou documentos mostrando que Rainey abriu uma empresa de “serviços de redação”, em conjunto com seu namorado, candidato a roteirista, duas semanas depois da formulação formal da acusação contra Winona Ryder, em março.

Isso foi feito com o intuito de vender sua história?”, indagou o advogado.

Não”, respondeu Rainey.

Você vendeu a história sobre Winona Ryder?”, perguntou Geragos outra vez, mais tarde. “Não”, ela respondeu.

SEGURANÇA NEGA TER DITO QUE RYDER É “VACA

Geragos acusou a segurança de vasculhar a agenda de Ryder depois que a estrela de “Garota, Interrompida” foi levada a uma sala no subsolo da Saks.

Você não vasculhou a agenda dela e disse ‘olhe aí o número de telefone de Bono, o número de tal e tal pessoa’?”, indagou Geragos.

Não”, respondeu Rainey.

Você não disse ‘Oh, meu Deus, eu adoro Keanu Reeves’, e não anotou o número dele?”, disse Geragos. “Não”, respondeu Rainey.

Você jogou alguma coisa em Ryder?”, perguntou Geragos. “Não”, disse Rainey.

Você a chamou de vaca?”. “Absolutamente não”, respondeu a ex-segurança.

Vestindo calça e casaco escuros e uma camisa cor creme, Ryder olhou com expressão hostil para Rainey enquanto esta negava acusações de que teria inventado que Ryder disse que estava roubando como parte de uma pesquisa para um filme que estaria fazendo.

Um policial de Beverly Hills e outro agente de segurança da Saks envolvidos na prisão disseram que a atriz se manteve calma e educada o tempo todo.

O agente de segurança da Saks Ernest Amayo disse ao júri que Ryder admitiu estar usando debaixo do casaco duas bolsas pelas quais não havia pago.

Amayo disse que perguntou à atriz, depois de ela ser detida, se ela levava consigo qualquer objeto pertencente à loja além das meias, acessórios de cabelo e chapéus que teriam sido encontrados em suas sacolas.

Ela disse ‘Sim, claro’, abriu o casaco e me mostrou duas bolsas, que me entregou sem problemas”, disse Amayo.

O policial Mark Parker disse ao júri que Ryder também entregou a eles uma tesoura que levava no bolso do casaco.

Em dado momento, Ryder disse que estava entrando no clima para fazer um papel de cleptomaníaca. Ela disse que queria saber qual é a sensação de roubar de uma loja”, disse Parker.

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