Contas da Vivendi são investigadas

Contas da Vivendi são investigadas

LONDRES/PARIS (Reuters) – A Comissão de Operações de Bolsa da França iniciou uma investigação na contabilidade da Vivendi Universal nesta terça-feira. O fato atraiu as atenções e deixou em segundo plano o empréstimo para ajudar a empresa a honrar as dívidas.

Uma equipe da Comissão que fiscaliza o mercado acionário francês compareceu à sede da Vivendi em Paris para analisar as contas da empresa, uma semana após irregularidades das contas de 2001 terem vindo à tona.

A investigação foi iniciada ao mesmo tempo em que a Vivendi fechou acordo para um empréstimo de um bilhão de euros junto a seis bancos, o primeiro passo para a solução de sua crise de liquidez, informaram fontes familiarizadas com o acordo na terça-feira.

Depois de evitar a crise de caixa, a Vivendi está também negociando outro empréstimo, de 2,5 bilhões de euros, que permitiria que regularizasse sua situação enquanto enfrenta a imensa dívida acumulada em uma série de aquisições lideradas por Jean-Marie Messier, que foi derrubado de seu posto de executivo-chefe.

As fontes dizem que o BNP Paribas, Société Générale, Deutsche Bank, Crédit Lyonnais, Citigroup e CSFB haviam fechado acordo para a concessão de uma linha inicial de crédito de um bilhão de euros à Vivendi, segunda-feira à noite.

O empréstimo de um bilhão (de euros) resolverá as preocupações de liquidez mais imediatas. O montante final do crédito será finalizado assim que eles tiveram uma idéia melhor sobre os planos estratégicos da empresa”, informou uma fonte próxima às negociações.

A Vivendi não fez comentários imediatos.

A nova administração da Vivendi, que assumiu na semana passada, conduzia negociações de emergência com os bancos depois que foi recusado ao grupo o crédito adicional de que necessitava para manter em dia o serviço de sua dívida de 19 bilhões de euros.

As fontes dizem que a linha de crédito daria à segunda maior empresa de mídia do mundo um prazo muito necessário de estudo. Mas não estava claro, de imediato, se o novo empréstimo estaria condicionado à venda de ativos específicos da empresa, entre os quais há a Universal Studios e gravadoras que têm sob contrato artistas como o U2, Eminem e Sting.

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