Mês: maio 2002

Bono apela para nações ricas combaterem pobreza na África

Bono apela para nações ricas combaterem pobreza na África

ADISABEBA, Etiópia (Reuters) – O astro de rock irlandês Bono Vox fez nesta quarta-feira um comovido apelo para as nações ricas aumentarem a ajuda para a África e perdoarem sua dívida, dizendo que era do interesse deles impedir que os países pobres virem outro Afeganistão.

Simplesmente não é aceitável que a Etiópia, onde 62% dos adultos são analfabetos, onde um milhão de crianças é órfã, nos pague 100 milhões de dólares por ano”, disse Bono em um discurso pontuado por aplausos e vivas de delegados em uma conferência anual do Banco de Desenvolvimento Africano (BDA).

Isso não é aceitável sob aspecto algum, em nenhum nível, em nenhum lugar, de jeito nenhum”, disse o líder da banda U2 no encerramento da conferência na capital da Etiópia, Adis-Abeda.

Bono está na última parte de uma viagem a quatro nações africanas ao lado do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’Neil. A inusitada dupla já visitou Gana, África do Sul e Uganda, discutindo pobreza e temas sociais e de desenvolvimento, e o cantor tem defendido maior ajuda estrangeira a cada etapa do caminho.

(Por Tsegaye Tadesse)

Maurício Manieri prega remar contra a maré do modismo

Maurício Manieri prega remar contra a maré do modismo

Maurício Manieri acha que seu sucesso foi em parte algo que casual, que por detalhes talvez não estivesse onde está agora, com três discos e o mais novo, Apartamento 82, bem recebido por seu público. Com o primeiro, A Noite Inteira, fez mais de 300 shows e resvalou na casa do 1 milhão de cópias – a numeração mágica para qualquer artista pop brasileiro. O cantor esteve nesta segunda no Chat Show do Terra, conversou com os internautas e mostrou suas canções mais românticas ao piano, junto com seu irmão e parceiro Marcelo ao violão.

Desde pequeno tocamos juntos. Eu apareço como o Maurício Manieri artista, mas poderíamos ser uma banda”, diz Maurício sobre a relação com o irmão. O cantor afirma que não pertence à faixa purista e que quer apenas fazer seu som, esperando ser um dia reconhecido por seu estilo. “Tenho meus princípios. Tento emocionar as pessoas com minha música, que é a representação de minha essência. As coisas no nosso país estão muito erradas. Os artistas verdadeiros vão sumir. Está se criando um hiato. O modismo tira muito da identidade. Modismo lembra a coisa ‘comercial’. Isso é algo que tira o sentimento. Se tira isso, para mim não faz sentido. Os falsos artistas são os caras que não estão nem aí para a música. Se o cara está lá só para aparecer, aí rola um ‘falsiê’”, prega Manieri, que distribuiu beijos para suas fãs internautas.

A inspiração para suas canções românticas são seus relacionamentos, suas paixões. Ele diz que diz que nunca uma paixão sua se reconheceu em uma música, mas que já disse para uma “essa aqui é você”. Manieri está voltando depois de um período de afastamento proposital para preparar Apartamento 82. “Tive um pouco de medo com a volta. Tenho de fazer minha história. Mas vão surgir dificuldades e medos, é claro. Mas eu estava vendo uma entrevista do Bono: se ele tem medo, quem sou eu?”, compara. Quanto ao sucesso, acha que isso não deve ser o objetivo final: “Vamos fazer sucesso? Não, vamos fazer boas músicas, isso sim. Acho que esse é o lance.”

Robbie Williams é eleito “maior homem da música” na Grã-Bretanha

Robbie Williams é eleito “maior homem da música” na Grã-Bretanha

O cantor foi eleito o “maior homem da música” em uma votação promovida pelo canal, somando mais de 77 mil votos. Em segundo lugar, outra surpresa: Michael Jackson.

Elvis Presley ficou em terceiro, seguido por Lennon, Freddie Mercury e Bono. O VH-1 está apresentando vídeos dos cem mais populares pop stars do gosto dos telespectadores.

Visita a Uganda evidencia divergências entre Bono e O’Neill

Visita a Uganda evidencia divergências entre Bono e O’Neill

CAMPALA, Uganda (Reuters) – O secretário norte-americano do Tesouro, Paul O’Neill, e o roqueiro irlandês Bono revelaram, na segunda-feira, ter divergências grandes em suas opiniões sobre como os países ricos devem ajudar a África miserável.

Os dois, que estão em Uganda, cumprindo a terceira parte de uma viagem de estudo da dívida que já os levou a Gana e à África do Sul (e que vai terminar na Etiópia), manifestaram idéias diferentes quanto ao perdão da dívida externa e a ajuda em dinheiro ao continente.

Quando eles visitaram uma escola primária em Campala, O’Neill expressou surpresa pelo fato de seis ou sete crianças usarem o mesmo livro, e sugeriu que a ajuda voluntária poderia diminuir carências como essa.

Acho que, se as pessoas entendessem que se doassem seis cópias de um livro determinado, cada criança poderia ficar com uma, isso seria mais fácil de compreender do que um pedido de mais dinheiro”, disse O’Neill.

Se você faz alguma coisa que ajuda as pessoas com coisas reais, palpáveis, isso ajuda mais do que mensagens ‘cósmicas’ sobre bilhões de dólares”, disse O’Neill.

Bono, que milita há anos em favor do perdão da dívida e da assistência à África, respondeu dizendo que é urgentíssimo os países ocidentais ricos darem mais dinheiro aos pobres.

Serão necessários bilhões de dólares … mas isso não é nada ‘cósmico”’, disse o roqueiro, acrescentando que mais dinheiro ajudaria as crianças a terem uma refeição por dia e acesso à educação, que pode prepará-las para um futuro melhor.

Antes da visita à escola, Bono e O’Neill, além do ator de Hollywood Chris Tucker, conheceram um projeto de construção de poço na zona rural, onde ambos concordaram ser um ótimo exemplo de boa utilização da assistência humanitária.

O poço, que custou cerca de 1.000 dólares para ser cavado, fornece água limpa para 500 pessoas e, segundo as autoridades locais, ajudou a reduzir a incidência de diarréia e outras doenças na área.

(Por Glen Sommerville)

África está em chamas com a miséria, diz Bono

África está em chamas com a miséria, diz Bono

A África é um continente em chamas por causa da miséria da dívida, da pobreza e das doenças, e as nações ricas do Ocidente deveriam, para seu próprio bem, oferecer mais ajuda para apagar o incêndio, disse o roqueiro irlandês Bono Vox no sábado.

Em entrevista à Reuters, Bono elogiou seu companheiro de viagem, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O’ Neill, e demonstrou sua determinação em pressionar por mais ajuda aos países assolados pela Aids, como a África do Sul, e para países afundados em dívidas.

Gosto muito do secretário O’Neill, pessoalmente. Não gosto do fato de que os Estados Unidos não estão contribuindo muito nos últimos 10 ou 20 anos, assim como outros países”, disse Bono.

A dupla insólita está no meio de sua viagem de 11 dias por quatro países africanos, parte missão investigativa e parte missão de divulgação da dimensão arrepiante dos problemas que devastam a África.

Mesmo na África do Sul, o país mais rico da região, estatísticas oficiais dizem que 29 por cento da população não tem emprego. Estimativas independentes colocam a cifra em quase 40 por cento.

Bono, como sempre trajado informalmente e usando óculos escuros, disse que continua envolvido em negociações com O’Neill e afirmou que compreende o ceticismo norte-americano em ceder ajuda por causa de fracassos nos passado no uso dessa ajuda.

Mudando o mundo

Então estou dizendo: bem, se puder mostrar onde a ajuda seria bem gasta, os senhores iriam lá? E ele está respondendo sim, o presidente Bush (dos EUA) está dizendo sim no momento, o Congresso está dizendo sim no momento… então, estou aqui, e é disso que se trata”, disse Bono.

Ele defende a idéia de que mais ajuda representa maior estabilidade em uma região que poderá ficar desestabilizada se não receber apoio. “É mais barato prevenir incêndios do que apagá-los”, disse o astro da banda U2.

Não posso mudar o mundo, mas estou me engajando com pessoas que podem”, disse, em alusão à sua relação com poderosos de Washington, Londres e outros países.

Bono e O’Neill se encontraram cerca de um ano atrás – depois de hesitação inicial do secretário, que duvidava dos motivos do cantor – e decidiram viajar à África juntos.

Desigualdade

Bono disse que o Ocidente “estuprou e pilhou este continente”, mas tem agora uma chance de se redimir por meio do perdão da dívida e de ajuda generosa. Ele deplorou ações recentes dos EUA, como a ajuda de bilhões de dólares em subsídios extraordinários para agricultores norte-americanos.

Dizemos aos africanos que eles não podem receber subsídios comerciais, caso queiram empréstimos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, e então damos subsídios para proteger nossa própria agricultura”, reclamou.

Não tenho nada contra proteger fazendeiros norte-americanos – só não diga aos outros que não podem fazer o mesmo.” Ele e O’Neill vão para Uganda no domingo e fecharão a viagem na Etiópia, no final da semana que vem.

Reuters

Bono e O’Neill destacam combate à AIDS em viagem pela África

Bono e O’Neill destacam combate à AIDS em viagem pela África

SOWETO, África do Sul (Reuters) – O secretário norte-americano do Tesouro, Paul O’Neill, e o roqueiro irlandês Bono fizeram uma escala em sua viagem pelo continente africano, na sexta-feira, no maior hospital do mundo, situado na África do Sul, epicentro da epidemia de HIV/Aids que atinge a região.

Nada menos que um em cada nove sul-africanos tem Aids ou o vírus da doença, o HIV.

Bono e O’Neill foram recebidos por um coral feminino que cantou uma canção zulu. A unidade de pesquisas sobre o HIV do hospital foi aberta oficialmente em janeiro.

Pela manhã da sexta-feira, O’Neill, que é o mais poderoso ministro da área financeira no mundo, e Bono, vocalista da banda U2 (e defensor do perdão da dívida externa dos países pobres) visitaram a fábrica da Ford em Pretória, maior montadora de veículos na África subsaariana, com 3.500 operários.

A fábrica é vista como tendo uma política exemplar em relação à Aids.

O roqueiro elogiou a Ford por sua luta ativa contra a doença, dizendo: “Não se pode ter os benefícios de um mercado global sem arcar com algumas responsabilidades”.

Na quinta-feira, O’Neill e Bono estiveram com o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, e o ministro das Finanças, Trevor Manuel. Bono disse que espera encontrar-se com o líder sul-africano mais uma vez antes de deixar o país.

O astro é conhecido por seu interesse em questões ligadas ao desenvolvimento africano. Ele e O’Neill se conheceram há um ano e combinaram fazer uma viagem pela África, que foi inicialmente prevista para o final de 2001, mas acabou adiada em função dos ataques de 11 de setembro.

Depois da África do Sul, eles devem visitar a Uganda e, em seguida, a Etiópia, onde devem passar a noite numa reserva natural.

(Por Glenn Somerville e Nick Kotch)

Bono e O’Neill sentem cheiro de maconha em fábrica na África

Bono e O’Neill sentem cheiro de maconha em fábrica na África

PRETÓRIA, África do Sul (Reuters) – Um episódio inusitado — e, digamos, cheiroso — marcou a visita do cantor Bono, líder da banda U2, e do secretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neill à África do Sul: ao visitarem uma fábrica da Ford perto de Pretória, na sexta-feira, um forte cheiro de maconha atraiu a atenção de alguns membros da comitiva.

Um representante da empresa automobilística confirmou que cerca dos 3.500 trabalhadores haviam realmente fumado a erva.

A fábrica é considerada pela Ford como a maior construção no Hemisfério Sul. Foi um dos desejos de O’Neill ter um plano modelo para testar e oferecer tratamento aos trabalhadores com AIDS.

Quando um jornalista perguntou a um representante da empresa se fumar maconha afetava a eficiência, Bono e O’Neill expressaram interesse no fato.

Eles fumam?”, perguntou surpreso O’Neill. “O que eu sei? É algo que eu não sei nada a respeito”.

A empresa disse que a prática não era usual e indicou que havia alguma tolerância, contanto que a segurança não fosse posta em jogo.

Bono viu o caso com tranquilidade.

Eu mesmo já estava começando a sentir o efeito do fumo”, brincou o músico.

Os dois estão a meio caminho da turnê pelos países de Gana, África do Sul, Uganda e Etiópia, encontrando-se com autoridades do governo e visitando também escolas, hospitais e fábricas.

Na África, Bono pede a O’Neill que EUA coloquem a mão no bolso

Na África, Bono pede a O’Neill que EUA coloquem a mão no bolso

Por Glenn Somerville e Ed Stoddard

PRETÓRIA (Reuters) – O secretário do Tesouro norte-americano, Paul O’Neill, e o cantor irlandês Bono, do U2, trouxeram na quinta-feira questões como dívida, ajuda e temas sociais ao país mais rico da África.

Os dois fazem juntos uma viagem pelo continente, para avaliar suas necessidades. Na entrevista coletiva após encontro com o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, Bono fez piada com O’Neill, dizendo que “ele é o homem que cuida da carteira da América, e estou tentando abri-la. E não quero uns trocadinhos.”

Bono e O’Neill se encontraram há cerca de um ano e decidiram fazer a viagem, adiada para agora por causa dos atentados de 11 de setembro.

O cantor, um dos mais populares do mundo, faz campanha pelo perdão da dívida dos países mais pobres e é conhecido por seu interesse na África. O’Neill, ministro das Finanças da única hiperpotência do planeta, é um ardoroso defensor do liberalismo econômico.

O secretário afirmou que a primeira etapa da visita, Gana, deixou claro para ele que as soluções para a pobreza podem ser simples, como por exemplo cavar poços artesianos ao custo de 5 mil dólares. “Em vez de ficar procurando temas para debater, tentei reunir fatos e descobrir como a vida realmente é sobre o terreno,” disse.

Falando separadamente, Bono disse que aproveitou a visita a Mbeki para criticar os subsídios agrícolas dos Estados Unidos, que segundo ele prejudicam o livre comércio. Ele se disse “enfurecido” com o fato de Washington oferecer esses privilégios enquanto pede que a África e outras regiões pobres sejam menos protecionistas. “(O pacote de subsídios) é a mensagem errada,” disse.

Em um comunicado conjunto, O’Neill e seu colega africano, Trevor Manuel, se comprometeram a “combater todas as formas de crimes financeiros, especialmente a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.” Manuel disse que abordou com O’Neill questões sobre o desenvolvimento africano e formas de atrair investimentos.

Em Gana, Bono disse que o apoio aos Estados Unidos pode se transformar em ódio se Washington não agir contra a pobreza. “Passamos pelas ruas e as pessoas acenam, saltam, estão felizes de ver os Estados Unidos,” afirmou. “Se este país não receber ajuda, não sentirá que houve um recomeço. Você volta em cinco anos e eles estarão atirando pedras no ônibus.”

Bono e O’Neill ainda vão visitar Uganda e Etiópia.

Fã faz versão em Lego de clipe do U2; assista

Fã faz versão em Lego de clipe do U2; assista

Um fã alemão do U2 fez uma reprodução em Lego do clipe “Numb”, da banda.

Wolfgang Bögge disponibilizou o vídeo na quarta-feira (22), em seu site ZooTV, dedicado ao U2.

O clipe original de “Numb” foi lançado em 93.

O vídeo mostra o guitarrista The Edge, que faz o vocal da faixa, sentado em uma cadeira. O músico demonstra autocontrole em diversas situações, como quando é assediado por fãs ou ao ter sua cabeça enrolada em uma corda.

No site de Bögge é possível assistir à versão de Lego ao lado do vídeo original da banda, para comparação.

Numb” (anestesiado) integra o décimo disco do U2, “Zooropa”.

No ano passado, a banda norte-americana White Stripes lançou um clipe de imagens feitas de Lego, para “Fell in Love with a Girl”. A música faz parte do terceiro disco do grupo, “White Blood Cells”.

Para assistir ao clipe de Lego de “Numb”, é necessário ter Divx instalado no seu computador. Para baixá-lo, clique aqui.

Para assistir à versão de Lego de “Numb”, clique aqui.

Para assistir à versão de Lego de “Numb” ao lado do clipe original, clique aqui.

Para assistir ao clipe de “Fell in Love with a Girl”, do White Stripes, no site da BBC, clique aqui.

Mulheres brilham em prêmio de música

Mulheres brilham em prêmio de música

Nova York – Foram divulgados os vencedores de um dos principais prêmios musicais do Reino Unido, Ivor Novello Awards, para compositores. Desta vez, as mulheres saíram na frente. Dido, Kate Bush e o time por trás do hit Can´t Get You out of My Head, de Kylie Minogue, ganharam a maioria dos prêmios. Os compositores da faixa cantada pela australiana, Cathy Dennis e Rob Davis, levaram os prêmios de melhor canção de dance music, trabalho mais popular e melhor hit internacional. Dido foi eleita a compositora do ano e Kate Bush ganhou o prêmio pelo conjunto de sua carreira e sua contribuição para a música britânica. O Ivor Novello para a canção com melhor música e letra ficou com Walk On, do U2.

Planet Pop