Cartões postais para fechar Sellafield inundam Londres

Cartões postais para fechar Sellafield inundam Londres

Mais de um milhão de cartões postais foram entregues ao primeiro ministro inglês Tony Blair e ao príncipe de Gales ontem como parte de um protesto irlandês para fechar as instalações nucleares de Sellafield.

Pessoas de todas as partes da Irlanda colocaram no correio os cartões depois de semanas de campanha, apoiando celebridades como o jogador de futebol Roy Keane e os astros pop Ronan Keating e Samantha Mumba.

Os 1,3 milhões de cartões postais foram enviados para chegarem a 10 Downing Street e ao Palácio de Saint James ontem no 16° aniversário do desastre de Chernobyl. Outros foram endereçados para Norman Askew, diretor da empresa British Nuclear Fuels Ltd, que opera Sellafield.

A campanha Shut Sellafield, encabeçada por Ali Hewson, esposa do astro do U2 Bono, pedia às pessoas que expressassem seus medos de que a usina ameaçasse o meio-ambiente e oferecesse um alvo para terroristas.

A Sra. Hewson foi a Downing Street ontem e disse que ela estava maravilhada com os resultados.

Eu estou muito orgulhosa de ser irlandesa. A resposta da nação irlandesa à campanha Shut Sellafield

foi fantástica. Mais de 1,3 milhões de pessoas no país expressaram o desejo de fechar a usina de reprocessamento, o que é uma mensagem muito forte ao governo inglês.”

Os cartões postais enviados a Blair mostram um olho e têm a mensagem: “Tony, olhe-me nos olhos e diga-me que eu estou seguro.” O cartão enviado ao príncipe Charles no Palácio de Saint James mostra uma imagem da Irlanda sofrendo as conseqüências de um desastre nuclear em Sellafield. Um terceiro mostra os lábios de uma pessoa pedindo a Norman Askew para “dizer a verdade”.

A Sra. Hewson convidou os ingleses a se unirem a eles na campanha porque, conforme ela disse, “Vocês estão correndo tanto risco quanto nós. Existe o potencial para a situação ficar muito séria.”

Se os ingleses fossem fazer disto o assunto para uma eleição, eles (o governo) teriam que escutar. Nós estamos correndo todos os riscos e ainda assim não podemos opiniar sobre a questão”, disse ela.

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